O futebol-arte na coleira
Gustavo Sixel, do Opinião Socialista
Voltamos a ser vira-latas. Com a campanha e a derrota para a França, os jogadores enterraram a frase do escritor Nelson Rodrigues que, após o título de 1958, profetizou que havíamos perdido o complexo de vira-latas. Em campo, o Brasil caminhou de um lado a outro, sem conseguir ameaçar o adversário. Não rosnou, não lutou, não ofereceu perigo. Não mordeu a bola. Não mostrou os dentes. Não jogou com garra. Como todo vira-lata, não teve raça.O melhor time do mundo mostrou-se apenas uma matilha de cães adestrados. O clima de euforia dos malas Galvão Bueno e Pedro Bial tomou conta do país, mas invadiu primeiro a cabeça dos jogadores. Afinal, se o time era comparável ao de 70, como poderia não se classificar para a final? Entrar em campo era apenas cumprir um "script". A vitória viria, assim como o afago ou o presente do dono após uma pirueta...
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