O Mundial de Zidane
Por Eduardo Galeano (*)
Montevidéu, julho/2006 – No cenário da sanidade, um ataque de loucura. Em um templo consagrado à adoração do futebol e ao respeito de suas regras, onde a Coca-Cola proporciona felicidade, Master Card leva à prosperidade e Hyundai dá velocidade, são disputados os últimos minutos da última partida do campeonato mundial. Este é, também, a última partida do melhor jogador, o mais admirado, o mais querido, que está dizendo adeus ao futebol. Os olhos do mundo estão voltados para ele. E, subitamente, este rei da festa se converte em um touro furioso e investe contra um rival e o derruba, com uma cabeçada no peito, e se vai.
Deixa o campo por determinação do árbitro e pela vaia do público, que seria uma ovação. E não sai pela porta principal, mas pelo triste túnel que leva aos vestiários. No caminho, passa ao lado da taça de ouro reservada à equipe campeã. Ele nem a olha.
Quando este Mundial começou, os especialistas disseram que Zinedine Zidane estava velho. Mariano Pernia, o Argentina que joga na seleção espanhola comentou: “Velho é o vento, e continua soprando”. E a França derrotou a Espanha e Zidane foi, nessa partida, e nas seguintes, o mais jovem de todos.
Depois, no fim do campeonato, quando aconteceu o que aconteceu, foi fácil atacar o ruim do filme. Mas era, e continua sendo, difícil compreendê-lo. Será verdade? Não será um pesadelo, um sonho equivocado? Como pôde abandonar os seus quando mais necessitavam dele? Horacio Elizondo, o árbitro, lhe deu cartão vermelho com toda a razão, mas por que Zidane fez o que fez?
Ao que parece, o zagueiro italiano Marco Materazzi lhe dirigiu alguns desses insultos racistas que os energúmenos costumam gritar desde as tribunas dos estádios. Zidane, muçulmano, filho de argelinos, havia aprendido a se defender, desde a infância, quando recebia ataques desse tipo nos subúrbios pobres de Marselha. Conhece bem esses insultos, mas lhe doeram como a primeira vez, e seus inimigos sabem que a provocação funciona. Mais de uma vez fizeram com que perdesse a cabeça desta maneira suja, e Materazzi não é, digamos, famoso por sua limpeza.
Este Mundial esteve marcado pelas declarações das seleções, antes de cada partida, contra a peste universal do racismo, e Zidane foi um dos jogadores que o fez possível.O tema é candente. Às vésperas da Copa do Mundo, o dirigente político Jean-Marie Le Pen proclamou que a França não se reconhecia em seus jogadores, porque eram quase todos negros e porque seu capitão, um árabe, não cantava o hino nacional. Algum tempo antes, o treinador da seleção espanhola, Luis Aragonés, havia chamado de negro de merda o jogador francês Thierry Henry, e o presidente perpétuo do futebol sul-americano, Nicolas Leoz, apresentou sua autobiografia dizendo que nasceu em um povoado onde viviam 500 pessoas e três mil índios.
Mas pode-se reduzir a um insulto, ou a vários insultos, esta tragédia do vencedor que escolhe ser perdedor, do astro que renuncia à glória quando a tem ao alcance das mãos? Talvez, quem sabe, essa louca investida tenha sido, embora Zidane não quisesse, nem soubesse, um rugido de impotência.
Talvez tenha sido um rugido de impotência contra os insultos, as cotoveladas, as cusparadas, os chutes mal-intencionados, as simulações dos especialistas em contorções, mestres do ai de mim, e contra as artes de teatro dos farsantes que matam e exibem uma cara de não fui eu.
Ou, talvez, tenha sido um rugido de impotência contra o êxito esmagador do futebol feio, contra a mesquinhez, a covardia e a ganância do futebol que a globalização, inimiga da diversidade, está nos impondo. Por fim, na medida em que o campeonato avançava, ficava cada vez mais claro que Zidane não era deste circo. E suas artes de magia, sua presença, sua melancólica elegância, mereciam o fracasso, bem como o mundo de nosso tempo, que fabrica em série os modelos do sucesso, merecia este medíocre campeonato mundial.
E, de alguma maneira, também se pode dizer que a Itália merecia a Copa, porque todas as seleções, algumas mais, outras menos, jogaram à italiana e com o mesmo esquema de jogo, linha de quatro atrás, defesa fechada e gols roubados graças a contra-ataques.
A Itália se impôs, como tinha de ser. No final, o esquema tático causou muitos bocejos, mas também lhe deu quatro títulos mundiais. E ao longo desta quarta vitória sofreu dois gols, um contra e outro de pênalti, e na retaguarda, não na vanguarda, teve seus melhores jogadores: Buffon, goleiro, e Cannavaro, zagueiro.
Oito jogadores da Juventus chegaram à final em Berlim: cinco jogando pela Itália e três pela França. E se deu a casualidade de a Juventus ser a equipe mais comprometida nos escândalos que vieram à público pouco antes do Mundial. Das mãos limpas aos pés limpos: a justiça italiana parecia decidida a mandar para o exílio, a série B e a série C, os clubes mais poderosos, incluindo a Lazio, a Fiorentina e o Milan, do virtuoso Silvio Berlusconi, que praticou a fraude e a impunidade no futebol, nos negócios e no governo. Os juízes comprovaram toda uma classe de trapaças, contra árbitros, compra de jornalistas, falsificação de contratos, adulteração de balanços, divisão de posições no campeonato italiano, manipulação dos programas da tele...
Um ministro do governo anunciou a anistia caso a Itália vencesse o Mundial. A Itália ganhou. Tudo isso dará em nada, uma vez mais, e como sempre? Zidane foi punido por muito menos.
Alguém, não sei quem, soube resumir da seguinte maneira a Copa 2006: “Os jogadores têm uma conduta exemplar. Não bebem, não fumam, não jogam”. Os que de vez em quando acertavam a bola no gol, não jogavam bonito, e os que jogavam bonito nunca acertavam o gol. Toda a África ficou fora logo cedo, e não demorou muito para toda a América Latina também partir para o exílio. O campeonato mundial se converteu em uma Eurocopa.
Os resultados recompensavam este que agora chama de sentido prático: altos muros defensivos e na frente algum atacante, um Cavaleiro Solitário, implorando um favorzinho de Deus. Como costuma ocorrer o futebol e na vida, perde o que melhor joga e ganha o que joga para não perder.
Os pênaltis ajudaram a injustiça. Até 1968, as partidas difíceis eram definidas no cara ou coroa. De alguma maneira, continua sendo assim. Concluída a prorrogação, os pênaltis se parecem muito com o capricho do acaso. A Argentina foi mais do que a Alemanha, e a a França mais do que a Itália, mas uns poucos segundos puderam mais do que duas horas de jogo, e a Argentina teve de voltar para casa e a França perdeu a Copa.
Pouca fantasia foi vista. Os artistas deram lugar aos levantadores de peso e aos corredores olímpicos, que ao passarem chutavam a bola ou um adversário.
O Mundial foi tão aborrecido que os donos do negócio não tiveram outra coisa a fazer a não ser imaginar projetos para injetar entusiasmo no decaído espetáculo. Uma das idéias nascidas dentro da Fifa propõe castigar o empate não concedendo ponto às equipes. Outra sugere aumentar a distância entre as traves para aumentar o número de gols. E outra, se não te agrada este cardápio, pretendem uma Copa a cada dois anos.
Mas o futebol profissional, espelho do mundo, joga para ganhar, não por prazer, e o cálculo de custos zomba destas inúteis piruetas imaginárias dos burocratas que comandam o futebol mundial. Menos mal que o futebol profissional não é todo o futebol. Basta sair às ruas, ir às praias, aos campinhos, para comprovar que a bola pode rolar com alegria. No futebol profissional, o que aparece na televisão, pouca alegria se vê. Parecemos condenados à nostalgia do velho tempo dos cinco forwards e à triste comprovação de que agora nos resta apenas um, e no passo que seguimos nem um restará: todos atrás, nenhum na frente. Como comprovou o zoólogo Roberto Fontanarrosa, o atacante e o urso panda são espécies em extinção. (IPS/Envolverde)
(*) Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina e Memórias do fogo.
(Envolverde/ IPS)
www.envolverde.com.br
9 Comentários:
Camaradas,
Acompanhei com muita atenção a iniciativa do "arquibancada" e quero parabenizá-los pelo feito. O fato de companheiros bancarem o feito de ocupar, resistir e produzir no mundo virtual e do próprio partido apoiar tal esforço, me estimulou a levar adiante o plano até então na gaveta de também tocar um blog, o http://blogmolotv.blogspot.com.
Espero que outras iniciativas como essas possam ser materializadas.
Palmas ao arquibancada.
Minhas saudações revolucionárias.
► COLEGAS ARGENTINOS ! (Leiam Páginas 96 e 171) É a denúncia de duas supostas operações contra arqentinos, envolvendo o PCB e PSDB. É matéria de interesse de seu povo. Envie este relato as autoridades e a Imprensa Internacional. Ajudem Carlos a contar a sua história de tortura e perseguição política. Vamos questionar a Comunidade Literária Latino-Americana sobre os jornalistas escritores brasileiros que fazem da literatura um instrumento de tortura psicológica e aqueles que fazem apologia a psicotortura como forma de controle em sociedades modernas.
► Ajudem Carlos Eduardo a divulgar a sua história de tortura psicológica e perseguição política por mais de 10 anos, pelos partidos políticos PCB (leia-se PPS) e PSDB (leia-se Ação Popular), reproduzindo disquetes e CDs e enviando-os para o Congresso, Senado Federal, deputados federais, deputados estaduais, vereadores, Ministério Público, Juízes de Direito, policiais federais e estaduais, empresários, imprensa nacional e internacional e anistia internacional via correios e Internet.
PRIMEIRA PARTE
Em "Legítima defesa"
(A verdadeira história da Inveja e do Mal Secreto)
Carlos Eduardo da Silva, RG nº 3361693/RJ, atualmente funcionário efetivo do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com mat. Nº 353.570-1, trabalhou no Jornal do Brasil por 13 anos, sendo 11 anos com carteira assinada. Foi diretor do SJPMRJ - Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e também o responsável pelo pedido de investigação da forma pela qual algumas das aposentadorias especiais para os perseguidos políticos estavam sendo encaminhadas por esta entidade no período 1994/1995, início do governo FHC. Sua atitude foi de "legítima defesa" por estar sendo pressionado pelo seu chefe de Sr. Fábio Dupin, na empresa em que trabalhava, JORNAL DO BRASIL, que era também o chefe do presidente do sindicato, Sr. Paulo César Santos Rodrigues, e que junto com ele e seus parentes estavam na fila das referidas aposentadorias.
Maquiavelicamente, Sr. Fábio baixava horários e os cobrava com ameaças
de demissão por justa causa de forma insistente, o que levou Carlos perceber que seu verdadeiro intuito era o de afastá-lo do sindicato para que a benesse corresse solta. Carlos procurou o Sr. Paulo César e tentou por várias vezes dissuadi-lo daquela trama, que tinha chegado ao nível da chantagem. Uma petulância para quem estava levando para aposentadoria toda a família e os amigos por um esquema viciado.
Por fim o Sr. Fábio Dupin, deu-lhe uma carta de advertência, o que foi para ele a gota d'água. Esta atitude fez com que ele perdesse a paciência com aquele esquema e formalizasse um pedido de investigação daquelas aposentadorias, e muita gente foi preciso para abafar aquele escândalo, que, fruto do "denuncismo" do PT, teve como conseqüência mais grave, um horrível acidente (ou incidente) com um dos filhos do Sr. Paulo César, o qual ele muito lastimou.
Mas qual foi a chantagem?
A chantagem foi de cunho sexual. Aos vinte e três anos Carlos teve relações sexuais com um travesti. E, como Paulo César sabia disto passou a estocá-lo com esta informação para constrange-lo e afastá-lo do sindicato. Certo dia, o Presidente do Sindicato, encontrou Carlos na xerox do jornal em horário de trabalho e fuzilou: "...o João Caputo (Tenente da Aeronáutica e ligado ao PC do B, um amigo comum entre Paulo Cesar e Carlos) esteve, esta tarde toda, no sindicato e ficamos relembrando aquele seu affair com aquele traveco, a Samantha."
Aquela frase, foi um soco no fígado de Carlos, que casado há dois anos, pensou em sua família e ficou envergonhado em ver sua vida pregressa ser explorada daquela forma por uma pessoa que ele havia se empenhado em sua campanha sindical, freqüentava a sua casa e vice-versa. Carlos fechou-se em copas. Ele sabia que Paulo César, do PCB, estava maracutando aposentadorias de pessoas e parentes que sequer pertenciam a categoria dos jornalistas, resolveu encarar aquela chantagem a qualquer custo. Obteve informações sobre o esquema das aposentadorias, que corriam fora do horário normal de trabalho e se prolongavam até as duas horas da manhã em um sindicato que era péssimo em seu atendimento aos associados. Resolveu então pedir uma investigação sobre as aposentadorias.
►Texto da Carta que Carlos entregou a Diretoria do Sindicato
Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1994.
À DIRETORIA DO SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO.
Eu, Carlos Eduardo da Silva, membro desta diretoria, venho por esta, formalizar o meu protesto junto a este colegiado, a fim de que obtenhamos das pessoas (diretores, funcionários e delegados) ligados ao encaminhamento das aposentadorias Excepcionais (aposentadorias por Anistia) maior transparência deste processo.
A forma sigilosa, para não dizer escondida, pela qual vi algumas pessoas montando esses processos no sindicato me fez levantar suspeitas sobre tais documentos.
O acesso que tive à duas pastas de documentos do sindicato no dia 5 de setembro último me revelou que estão sendo encaminhados os pedidos de aposentadorias por anistia do diretor-presidente Paulo César Santos Rodrigues, da sua irmã Sônia Rodrigues e de seu cunhado ("Bira") bem como do diretor Antônio Carlos Baptista dos Santos entre outros.
Pelos documentos, que li, pessoas estranhas ao movimento sindical estariam "maquiando" seus processos com um veio sindical que, soube-se, seria um dos critérios considerados fortes para as aposentadorias serem aprovadas na comissão formada pelo ministro do trabalho Marcelo Pimentel.
Por isso tudo acima descrito, é urgência deste colegiado a formação de uma comissão (que contenha a comissão de ética deste sindicato) para investigar a fundo esses processos, sob pena de sermos coniventes, no mínimo por omissão, com este "tipo de fraude" contra a previdência.
Sem mais para o momento, subscrevo-me,
Carlos Eduardo da Silva
O pedido foi feito em uma reunião ordinária da diretoria do sindicato e foi arquivado por ter o presidente o apoio da maioria. Em fevereiro de 1995, trabalhando em pleno feriado de carnaval, Carlos recebeu do Sr. Fábio Dupin um boletim de advertência e foi aí, que ele resolveu então, dar uma cópia do pedido de investigação das aposentadorias a Sra. Bethe Costa, jornalista da Central Globo de Jornalismo, que tinha sido presidente da diretoria que os antecedera no sindicato e agora fazia oposição a atual diretoria, um dos inimigos figadais que Sr. Paulo César fez durante as eleições e pessoa ligada ao PT, para que a mesma questionasse nas assembléias o Sr. Paulo César sobre as tais aposentadorias. Carlos licenciou-se do sindicato e continuou a trabalhar na empresa até o término de seu mandato, sendo logo depois demitido do jornal pelo Sr. Fábio Dupin. Toda esta maracutáia das aposentadorias foram noticiadas em 38 manchetes de "O Globo" e outras tantas no "Jornal Nacional". No Jornal Nacional foi dada uma manchete que fez Fábio Dupin sumir da redação por uma semana.
Carlos ficou sabendo, através da mídia, que houvera um telefonema anônimo para a Polícia Federal, em que apontava, embaixo de uma banca de jornal da Praça 15, aquela cópia do pedido de investigação, cedida, por Carlos a jornalista Bethe Costa, "...como sendo a prova das fraudes nas aposentadorias encaminhadas pelo sindicato". Apesar de a carta ser assinada por Carlos, ele não teve participação naquele plano, embora tenha ligeira desconfiança de quem o tenha feito.
Os "prejudicados" pelo escândalo não foram poucos. Era um derrame de 89 aposentandos dos quais 38 pertenciam à mesma empresa em que ele trabalhava, com a particularidade de carregar para a benesse boa parte do departamento de arte do Jornal do Brasil.
Na época, Carlos não tinha a menor idéia do vespeiro em que ele tinha metido a mão e de quão grande era o esquema, e somente com o surgimento gradual das informações através da imprensa ao longo do tempo tornou mais claro para ele compreender que aquelas aposentadorias eram benefícios do governo Fernando Henrique Cardoso dirigidos aos anistiados políticos ligados aos partidos de esquerda PPS (o partido de fachada do PCB – Partido Comunista Brasileiro) e PSDB (o partido de fachada da AP/JUC), ambos de ideologia Marxista-Leninista e que passava por dentro do Jornal do Brasil, que estava sendo usado pelo Partidão e pelo PSDB como leasing político - haja vista seu expediente -, e pelo sindicato. Em horário nobre, pode-se ver quando uma repórter no Jornal Nacional indaga ao presidente FHC sobre o escândalo, e ele rebate com a mesma pergunta para ela, algo mais ou menos assim: "...eu é quem pergunto sobre o escândalo. Foi no sindicato de vocês não foi?"
Mas, o denuncismo do PT, que na pessoa da Sra. Bethe Costa, mirou os seus "canhões de Navarone" da mídia televisiva para massacrar a gestão do seu arquiinimigo pessoal e político no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do RJ, Sr. Paulo César, acertou toda uma militância de esquerda do Partidão e da AP (leia PSDB), que queria surfar naquela benesse.
Ela transformou em manchetes bombásticas a maracutáia daqueles que acostumados a cobrar ética aos outros se viram no olho-do-furação de um escândalo sobre a sua falta. Era um esquema para correr em surdina mas, os escândalo desferido pelas manchetes de jornais, acabou por forçar seus idealizadores a escancarar as portas daquela benesse a todos, muito antes do tempo. O escancaramento foi uma tática. No frisson desencadeado pela corrida do ouro, raros seriam os que titubeariam entre o legal e o moral, conforme o ex-editor do Jornal Movimento, Raimundo Pereira, que preferiu ver naquilo uma imoralidade. Com o escancaramento quem padeceu foi o erário público.
Percebendo que os coleguinhas de militâncias estavam sendo atingidos pelo fogo amigo, ou seja, era uma trombada de militantes (da mídia ligada ao PT) contra militantes (da mídia ligado ao PCB e AP), se recompuseram.
► Folha de São Paulo - Maio~junho/2004
Dividido, PPS formaliza apoio a Serra
O PPS formalizou ontem de manhã seu apoio ao candidato do PSDB à Prefeitura de
São Paulo, José Serra. Com ataques ao governo Lula e ao PT, o presidente do partido, senador Roberto Freire, disse que é necessário formar uma "nova frente democrática" e afirmou que não aceitará "patrulhamento" do PT.
"O PPS não é atrelado, alinhado ou subalterno ao PT. Não estou perguntando como PT está se posicionando em vários municípios. O PT é livre para decidir seu caminho, como nós também somos livres", disse Freire, em entrevista após o ato.
.....
"Ele [Ciro] tem dificuldade de entender a cultura do velho Partidão [PCB, substituído pelo PPS]. Há decisões tomadas pelo partido Brasil afora de que eu discordo, mas, como presidente, eu as respeito", disse Freire.
O ato de ontem contou com a presença de Serra, de Alckmin e de lideranças do PFL, que indicou o vice do tucano, além de Freire.
Em seu discurso, o senador disse que a aliança é "um reencontro histórico", porque, segundo ele, PSDB e PPS são herdeiros da AP (Ação Popular) e do PCB, que estiveram juntos desde os anos 60 e no regime militar. Em 63, Serra, da AP, foi eleito presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), com o apoio do PCB.
Como "...em política tem que haver um culpado", o responsável por aquele bombardeio e massacre da imprensa tanto quanto por aquela trombada, que flagrou vários figurões da política e vários militantes históricos e de reputação ilibada, da esquerda com as mãos naquela botija e arrasou com a família do Sr. Paulo César que resultou em um incidente com um dos seus filhos, passou a ser a difamação e a inveja, mal secreto de Carlos. E, em nome dele emitiram uma tremenda fatura.
Como o denuncismo só pode ser o da patota ou de qualquer membro da patota, Carlos não foi perdoado por ser um desempatotado e pedir uma investigação naquele derrame de aposentadorias, que corria de forma muito suspeita dentro de um sindicato do qual era diretor.
Como os "...grandes mistérios costumam ser desfeitos não tanto pela competência da polícia ou dos repórteres, mas porque vazam, ou seja, porque é difícil guardar segredo"(1 = retirado do livro "Inveja, mal secreto"), sejam eles segredos de divã, sejam eles segredos de grupos, o certo é que, no meio daquela confusão, quando alguns virtuoses da ética e de reputação ilibada, envolvidos tentavam a todo custo provar a sua inocência e a legalidade - e não a moralidade - de seu pleito ao mesmo tempo que reclamavam da falta de ética da cobertura da imprensa, Carlos foi informado, que em petit comités - as chamadas igrejinhas do Partidão (PCB) - reuniam-se para ouvir uma gravação sua em que ficava provado que o fator de motivação para ele pedir aquela investigação era o mal secreto de Carlos, a inveja, que praticamente naquela gravação confessava "...querer e ter direitos sobre a tal aposentadoria" e não a sua revolta por ele ter recebido, do aposentando Sr. Fábio Dupin, ameaças de demissão e uma carta de advertência depois de 11 anos de trabalho na empresa, além de ser chantagiado para se afastar do sindicato pelo Sr. Paulo César, portanto um primeiro passo para tornarem mais realista as ameaças de demissão por justa-causa trabalhista a um diretor de sindicato.
Podemos fazer um paralelo entre a verdade, em sua plenitude, e um iceberg, que para ser conhecido em sua totalidade, deve ser sondado em todos os seus aspectos, tanto suas partes imersas quanto as emersas e nessas, todas as suas angulações. Carlos conhecia o Sr. Paulo César e uma de suas irmãs, Sônia Rodrigues Mota, desde a muito, tanto quanto a prática e o temperamento de ambos e somente ele pode saber todos os motivos que o impeliram a pedir uma investigação naquelas aposentadorias. Não foi um, foram muitos.
Mas viram naquilo um gancho. E nele se penduraram.
E, acostumadas a enxergarem somente aquilo que lhes convém, as igrejinhas politicaMenti-corretas, supõe-se, depois de passarem pelo crivo de suas comissões de ética, leia-se juízo ou tribunais de exceção, e seu conchavos políticos, construíram sua estória oficial, "...uma mentira que repetida muitas vezes tornou-se uma verdade" (prática da máxima da propaganda nazista) para eles e que não fora publicada na imprensa, mas passaram a difundir a tal versão entre os do metie e os da patota enquanto apontavam para Carlos. Formaram o seu dossiê e foram em frente na difusão da versão propulsora de sua vingança.
A outra versão dos fatos, que circulava via mídia impressa e televisiva, valeu por parte do ético jornalista e escritor Zuenir Ventura, atualmente colunista de "O Globo", um dos aposentandos prejudicados - amigo de trabalho de Fábio Dupin por mais de 10 anos e amigo de Paulo César e de seu pai, o teatrólogo Nélson Rodrigues - indignados discursos sobre as "...perdas e danos" de quem cochilara e "...acordara no meio de um escândalo" (artigo Perdas e Danos publicado em 27 maio de 1995 no JB). E, numa genuína demonstração da sua revolta, aparentemente, abandonou seus amigos de militância no barco que afundava, e partiu para auto-defesa – apadrinhado pelo senador Artur da Távola em artigo "Notícia, hiper-realismo e ética" publicado em 12/06/1995 no JB - diante da "...falta de ética" dos refletores da mídia que colocava "...um dos melhores escritores de sua geração" junto a um "...rol de passageiros, em que se misturava um grupo que alçava vôo em situação irregular" ao mesmo tempo em que ele, como articulador do PCB para a imprensa do Rio e sua militância, comandava nos bastidores das redações a elucidação e desvelamento – via gravações de divã do Carlos - do verdadeiro e único motivo que fizera eclodir o escândalo das aposentadorias, a "...inveja, mal secreto" de Carlos, para quem o mais "...importante não era o que ele ganhava, mas o que o outro perdia"(1).
Ói que lindo !
Pronto! Aquela gravação, cedida pela psicóloga do Carlos, que circulou entre os confrades, por si só bastou para que ele fosse julgado e condenado à sua revelia e sua história aparentemente passou a ser contada por outrens e sua pena encaminhada – via centralismo democrático - intra e interpartidos sem direito de defesa. A sagacidade de seus olhares vira total falta de ética na gravação do desempatotado, mas nada vira na cessão da gravação pela terapeuta-engajada. Seria essa miopia explicável pelo mal, secreto para os leigos e nada secreto para os iniciados desses grupos, de se usurparem os segredos de divã?
Carlos não teve o mesmo direito de defesa que os envolvidos naquele processo tiveram diante da justiça. Sim, pois a querela transformou-se em dois processos, um do Sr. Paulo César e seu grupo contra Carlos e outros e um outro processo que era da Arfoc, uma associação de fotógrafos e seu grupo, contra o Sr. Paulo César, no qual Carlos figurava como testemunha. O M.P. resolveu investigar as irregularidades, cometidas por militantes históricos, entre eles o último secretário geral do PCB, Salomão Malina, que não era jornalista e estava se aposentando pelo sindicato dos jornalistas, e seu filho Léo Malina, juntamente com outros militantes do PCB e funcionários do mesmo jornal, encontradas nas investigações daquelas aposentadorias. Carlos não acompanhou nenhum dos dois processos citados, mesmo aquele em que ele era testemunha e muito menos os outros, pois estava mais interessado em ganhar o necessário para prover a ele e aos seus e não tinha tempo para rebater futricas.
► COMISSÃO PODE CASSAR MAIS OITO REGISTROS ILEGAIS
Jornalistas fraudaram documentos para obter aposentadoria especial
Salomão Malina, ex-combatente da Segunda Guerra e ex-secretário-geral do PCB, poderá perder o registro de jornalista com o qual obteve aposentadoria de R$ 8 mil, com base na Lei da Anistia. Malina, seu filho Léo e mais seis beneficiados com aposentadoria desse tipo terão o registro julgado pela comissão .....
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(04/12/1997)- Jornal "O Globo"- Editoria: O País – Edição: 1ª - Autor: Vannildo Mendes – Tamanho: 444 palavras – Caderno: Primeiro Caderno
"A Máfia do Divã" ou "Fala, divã" (como título de capítulo - do livro Inveja, mal secreto - seria um ato falho do autor? Um vocativo, para um divã que fala?)
Mas, e a gravação da psicanálise de Carlos?
Realmente, na época, Carlos procurou ajuda de uma psicóloga por estar deprimido e por estar sendo pressionado no sindicato e na empresa em que trabalhava. Começou a fazer análise com a esperta profissional Márcia Erlich, que pertence a famosa e polemica "Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro", que foi indicada por seu cunhado o Dr. Júlio Sérgio Waisseman, também psicanalista e psiquiatra ligado ao Partidão e que era casado, na época com a irmã de sua mulher, a Drª. Marina Baptista de Azevedo, médica do Município do Rio de Janeiro, de cuja participação neste relato mereceria quase um capítulo aparte.
A famosa "Sociedade" tinha um programa com a finalidade de propiciar atendimento psicanalítico a pessoas que não tinham condições econômicas para arcar com o custo habitual daquele tratamento. Para isto o Departamento mantinha, na sede da Sociedade, um serviço de avaliação e encaminhamento das pessoas interessadas aos profissionais da sociedade comprometidos com aquele atendimento. Carlos foi entrevistado por ela, que depois lhe deu seu endereço, Rua Visconde de Pirajá, 407/506, Ipanema, começando assim, a sua análise. Ela lhe disse que tinha o costume de gravar as sessões de seus pacientes e perguntou ao Carlos se poderia gravar suas sessões para otimizar o tratamento. Por miopia, o barato lhe foi caro. Não enxergou nada de mau naquilo e infelizmente concordou com a gravação, embalado "...na relação transferencial analisando-analista"(1), na certa "...invejando o equilíbrio mental de sua analista, ou o que ele supunha que ela tivesse." (1). A gravação da Sra. Márcia Erlich foi lícita. Ninguém duvidaria. A ilicitude foi cedê-la para outros fins que não o psicoterápico conforme ela havia se comprometido. Talvez, isso explique a forma estranha como ela agia, com interferência no processo psicanalítico, pois quando Carlos dizia estar sendo pressionado pelo Sr. Fábio Dupin na empresa por causa daquele esquema no sindicato, ela interferia dizendo: "...isso é coisa sua Carlos!"
Carlos se lembra do dia em que chegou em sua sessão psicanalítica morrendo de raiva por estar sendo ameaçado por Fábio Dupin e chantagiado e protelado por Paulo César – por quem ele lutou para ser presidente do sindicato - e no final, ao tentar se explicar o porquê de sua revolta extremada, externou seu pensamento a sua psicanalista: "...se você me perguntar se eu queria aquela aposentadoria, eu vou lhe dizer que sim....mas,...." E, antes que ele completasse o seu pensamento foi interrompido em seu, ....digamos......momento significativo psicanalítico, pela esperta psicoterapeuta que gravava as suas sessões e que não o deixou terminar.
Depois de conseguir aquela "confissão", (que queria?), entrou de férias e ao retornar, aumentou o valor das sessões por duas vezes, em pleno Plano Real, e contra-argumentava aos reclamos de Carlos se justificando com uma "...inflação do período", induzindo Carlos a desistir do tratamento, pois aqueles aumentos se contrapunham à intenção com que ele a procurara no departamento de assistência psicológica da associação a que ela servia.
Não fosse o intercâmbio de informações entre a profissional do divã engajado, a psicóloga Márcia Erlich, e sua patota do jornal em que Carlos trabalhava, que outro lugar seria o mais propício para ele se questionar – fazendo uma indagação de foro íntimo e secreto - sobre o motivo mais forte que o impelia a pedir uma investigação naquelas aposentadorias: se por estar se sentindo protelado ou se por estar sendo protelado, ameaçado e chantagiado?
Carlos ao procurar ser sincero com ele mesmo e com seus atos, caiu naquela arapuca aparelhada com divã e acabou por ser mais uma vítima d'A psicanálise da tortura'.
A informação sobre a difusão da gravação não o surpreendera, pois a "praxis" dos "divãs engajados" – "...esses enxeridos que arrancam confissões, que vasculham a alma das pessoas, que satisfazem todo o seu voyeurismo e ainda cobram por isso "(1) - de servirem a dois senhores faz com que ao longo do tempo e sem que o código penal consiga alcançá-los, por não se poder provar este tipo de prática, padeça de um cacoete que é o de falarem de quem eles tratam sem que, ao menos, lhes perguntemos.
Foi essa, pelo menos a impressão com que ele ficou, pois em conversa com o mesmo cunhado Júlio Sérgio Waisseman, psicanalista-psiquiatra-engajado, - cuja mãe Lily Waisseman, segundo ela mesma, trabalhava (e atendia no ramal 3303) na mesma viva ONG do Rio com o ético jornalista e escritor Zuenir Ventura, a quem elogiava na frente de Carlos, externando que o "...achava uma gracinha de pessoa" – lhe disse que tratava de uma colega sua da redação e que "...ela estava mal quando foi procurá-lo" e pediu para ele "..não falar nada para ninguém".
Esta atitude de seu cunhado deixou Carlos indignado, mas não falou nada a respeito por não querer criar um clima e por perceber, que seu cunhado apesar de também cuidar da cabeça alheia, não tinha maturidade suficiente na sua para preservar a intimidade de seus pacientes. Atualmente, Carlos ao refletir sobre este caso chega a seguinte conclusão: se ele, levianamente, fazia isto com pacientes comuns, o quê não faria com um paciente que fosse uma persona non grata ao partido em que ele militava?
Isto, sem falar que corria a boca miúda dentro da redação do jornal em que Carlos trabalhava, que “...era para se afastar dos psicanalistas e psiquiatras que estavam em evidência na mídia.”.
Pergunta-se: por quê? Seriam chamarizes de algum objetivo político que a patota tinha? Vejamos, se o objeto-vítima de seu interesse fosse vigiado por uma escuta permanente e precisasse de um médico dessa área, não seria fácil através de qualquer mídia vendê-lo como um sério profissional, em cima de reportagens próprias, que se encaixariam como uma luva para a necessidade daquele objeto-vítima?
Esta possibilidade é uma fantasia? Responda você meu caro leitor!
Mas, primeiro leia este relato, em tom de desabafo, até o fim.
Mas, Carlos sabia demais sobre o aquele jornal.
Aquela mesma impressão sobre esta vil “práxis” se confirmou, na empresa em que trabalhava, quando não muito tempo antes do imbróglio sindical, testemunhou o colega engajado Alexandre Medeiros (filho de um médico da USP), que sob a batuta do ético jornalista e escritor Zuenir Ventura, que emprestava o favor de editor-tampão do Caderno Cidade, chegar com "...informações de divã", ao regressar da apuração de uma matéria sobre o "Caso Bateaux Mouche". Ele narrava displicentemente que "...um dos espanhóis", que respondia pela empresa a cujo citado barco pertencia, se "...encontrava muito mal e pensando até em fugir" e que as informações eram "...quentes" eram "...segredos de divã". Carlos estranhando o comentário de bate-pronto lhe perguntou: "...como assim?..., segredos de divã?" O colega tergiversou e sorrindo disse: "...Ah! o resto eu não posso falar."
E também não precisava. Carlos, ex-militante, tinha entendido tudo.
O Editor da página, o respeitável e ético Mestre Zu, deixou passar um tempo, e discretamente mais reservadamente deu um puxão-de-orelha em seu boquirroto pupilo. Tudo observado discretamente por Carlos, que depois notou também que a matéria, espertamente, não levava o crédito do grande repórter que apurava matéria com divãs de psicoterapeutas.
Fica a pergunta: a quem pertencia o divã que divulgava seus segredos para repórter? Como o espanhol chegou até ele? Ou, ele até o espanhol?
Observe que eles sabiam com antecedência que o espanhol iria fugir. Estaria o espanhol sendo induzido a fazer aquilo que eles queriam que ele fizesse?
"...Fala, divã!"....
Não é de se admirar que o espanhol se encontrasse "...muito mal, e pensando até em fugir".
E, conforme as palavras cheias de ato falho de nosso ético, respeitável e venturoso jornalista escritor Zuenir Ventura, em sua literatura de mentira, muito menos é de se admirar que "... no Rio de Janeiro dos anos 90, a classe média recorresse aos terreiros como nos anos 70 recorria aos psicanalistas. Parecendo estar preferindo se proteger, em vez de se curar" (1). E, que na época somente Carlos parecia não ser atento para essa precavida preferência.
Que azarão este Carlos heim !?
Portanto, empresários, políticos, profissionais liberais e qualquer um que preze por sua privacidade, prefiram "...se proteger em vez de se curar"(1)! Fujam dos divãs engajados, se for possível identificá-los!
E, não fora somente aquela meia frase que o nosso boquirroto repórter Alexandre Medeiros, deixara transparecer todo um "...segredo" das informações de divã. Em outra ocasião na presença de Carlos, em papo distraído e de embevecido "affair" com outra repórter chamada Cláudia Benchimol da editoria de economia ele disparou, como se fosse um advinho: "...você tem uma parente que é psicóloga!". Ele disse isto, como se estivesse estado com a parente dela anteriormente, sem ter sido apresentado por ela.
Ela retrucou: "... sim, como você sabe?"
Ele respondeu: "...ah porque eu sei". Cláudia, pessoa ligada ao PT, logo deve ter percebido que o complicaria se insistisse em fazer mais perguntas a respeito daquele assunto e passou a falar sobre outra coisa.
O responsável pelo processo do "Caso Bateaux Mouche", na época, era o Juiz Valmir de Oliveira Silva da 23ª Vara Criminal. Os responsáveis por aquela tragédia deveriam e devem pagar por seus crimes. Isto seria o certo, no entendimento de Carlos. Mas, como a qualquer um que intui, o episódio da fuga daqueles espanhóis do Brasil, merecia uma profunda investigação, pois o que se pode fazer com um divã engajado, uma escuta ambiente - escuta com aparelhos de longo alcance - e uma mídia aparelhada é inimaginável. Carlos sabe disso por experiência própria desses últimos 10 anos de sua vida.
Induz, manipula e "psicotiza".
Tor-tu-ra psicologicamente.
Teatro-realidade ou conto-do-vigário, a força motriz desses grupos
Pode-se também questionar a forma como aquele divã (psicólogo, psicanalista ou psiquiatra?) atravessou na frente do espanhol, já que é prática da militância o uso do "teatro-realidade". Uma espécie de conto-do-vigário – muito usado pela antiga malandragem do Rio de Janeiro -, que somente depois que a vítima cai, é que passa a entender como lhe deram a pernada. Isto quando ela descobre.
Carlos, um curioso, às vezes se pergunta: será que o espanhol já se deu conta da pernada que levou?
Nossa saudosa e querida atriz, Yara Amaral, que perdeu sua vida naquela tragédia, segundo seus próprios confrades – na voz de nossa querida dama do teatro (realidade?...êpa...calma, perguntar não ofende) Fernanda Montenegro - em especial de televisão gravado no "Linha Direta" sobre o acidente em setembro de 2004, que subtilmente corrige informação omitida nos outros especiais sobre o caso, "...era pessoa politicamente ativa". Ela quis dizer militante do Partidão, militante de PCB ou PCBão. Tanto quanto outros passageiros daquele barco, com quem Carlos trabalhou.
Esta edição de jornalismo sério de Linha Direta (setembro/2004) tinha dois sentidos: Primeiro, o de fazer a correção subliminar daquela informação que haviam sonegado por anos e que sabiam que Carlos sabia. Segundo, a de conseguir saber se conseguiam arrancar mais informações de Carlos, que eles sabiam, ou para ser mais preciso, tinham a certeza de estar vendo o programa lá na cidadezinha de Redenção da Serra, no interior do Vale do Paraíba, lugar para onde o partido o enxotara afim de desferir-lhe uma curra psicológica de grande monta.
Explico, com a escuta de sua casa, e sabendo que ele fazia comentários raivosos sobre a máfia que o vinha perseguindo, procuravam saber o quê mais ele sabia sobre o caso "Bateaux Mouche" além do que eles sabiam que ele sabia. O leitor vai entender melhor, a medida que ler este relato.
Partido é instrumento para exercer a democracia. Não deveria ser usado como instrumento para promover revanchismo ou fazer justiça fora da esfera judicial, pois daí passaria a figurar como crime organizado, no mesmo nível do PCC, que oportunamente devemos lebrar aqui, se organizou graças ao knowhow passado aos criminosos comuns pela mesma militância de esquerda do PCB (que vem perseguindo Carlos), que hoje no poder, bebem do próprio veneno e ninguém parece se lembrar disso. Não querem que "...a massa atrasada" entenda que a segurança dela, foi menos importante que a luta dessas gangs pelo poder. Pelo visto não foi somente o PCC que assimilou knowhow, foi uma troca de knowhows.
É certo que na esfera judicial, muitas vezes e as vezes muito do que deveria haver, serão divergentes o direito e a justiça, sem falarmos em coisas piores. Mas, é aí nessa esfera que os partidos realmente preocupados com a democracia deveriam atuar, no sentido de fazer convergir o direito e a justiça para todo cidação comum e , não somente para aqueles que pertencem ao partido.
Com esmero e afinco, Carlos procurou um termo mais apropriado para designar tais grupamentos, não deixando transparecer todo o seu rancor, mas depois de 10 anos (em 2005) de tormento diário e perseguição política, não encontrou nenhum outro que os definisse mais corretamente que: gangs, máfia ou patota.
"Todos os homens do presidente", a vida imita a arte que imitou a vida
Seria por acaso, que o mesmo colega do jornal, responsável pela matéria do "Bateaux", a quem Carlos nunca vira no sindicato antes, durante a retomada do sindicato pela tropa de choque da patota, lhe tivesse aparecido por lá? Acredito que não. Podemos chamá-lo de um dos aparelhos incrustados na mídia, um setor estratégico na difusão das versões unânimes e definitivas, através de um jornalismo sério e responsável.
Devemos destacar alguns nomes no expediente do Jornal do Brasil, na época em que vazava informações de divã para aquela redação, para que se faça as devidas ligações ao longo deste relato: o primeiro, Jorge Hilário de Gouvêia Vieira (um dos fundadores da ONG VIVA CRED – um subproduto da VIVA RIO - , que atua na Rocinha) por sua ligação com o movimento ViVa-RIO, um nicho do Partidão. E, o segundo, o do Diretor Sérgio do Rêgo Monteiro por curiosidade em saber qual o grau de parentesco entre ele e José Carlos do Rêgo Monteiro, ex-presidente do SJPMRJ – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do RJ - e militante do Partidão e Gina Torres Rego Monteiro , uma das colegas de trabalho da Dr. Marina Baptista de Azevedo, a cunhada de Carlos.
Um outro que constava daquele expediente era João Geraldo Piquet Carneiro.
► JORNAL DO BRASIL
JB Expediente
Conselho Editorial
M.F. do Nascimento Brito
Conselho Corporativo
Francisco de Sá Júnior.
Franscisco Grós
João Geraldo Piquet Carneiro
Jorge Hilário de Gouvêia Vieira (um dos fundadores da ONG VIVA CRED,
que atua na Rocinha)
Luis Otávio de Motta Veiga
Editor
Dácio Malta
Editor executivo
Manoel F. Brito
Sec. De Red. Orivaldo Perim
Diretor: Nélson Baptista Neto.
Diretor: Rosenthal Calmon Alves.
Diretor : Sérgio Rêgo Monteiro
Explicável ou inexplicavelmente, o sindicato da categoria, que não tinha verba suficiente para cobrir a folha de pagamento de seus funcionários e que por anos se arrastara com fisionomia decadente, recebeu uma reforma geral em suas instalações, o que foi espertamente justificado em um de seus boletins (ver APÊNDICE), logo na primeira gestão-tampão de diretoria pós-escândalo, quando foi retomado por outros empatotados da mesma patota, o que acabou por ficar, com eles mesmos, o controle dos processos contra seus próprios correligionários que se aventuravam naquelas aposentadorias.
As testemunhas que foram avocadas pelo Sr. Paulo César no processo que ele moveu contra Carlos, eram todas do Partidão (leia rol de testemunhas: Barbosa Lima Sobrinho; Alfredo Vianna; José Chamilete; Arthur Parayba e Paulo Dettman). E, a defesa de Carlos neste processo, no qual ele era réu, estava a cargo do escritório DCE – Dumans, Cerqueira e Advogados, de Alexandre Dumans, professor da UERJ e amigo de Jorge Hilário Gouvêa Vieira, aquele ligado ao ViVa Rio do ético jornalista escritor Zuenir Ventura, todas também do Partidão. Escritório este que assessorava o Jornal do Brasil na época.
Dá para se ter uma idéia no que se sucedeu, não? A acusação (querelantes) era do Partidão e a defesa dos querelados estava a cargo de um escritório que serve ao Partidão. Fizeram um acordão.
E o único que ficou de fora foi o Carlão. Para levar safanão.
Enquanto no Judiciário tem-se a instituição do impedimento, em política isso não existe. É difícil de provar que fulanos de tal é militante e pertence a tal partido e está sendo testemunha de ciclano de tal que também é militante do mesmo partido. Ou, que fulano de tal que trabalha no jornal e é militante do partido, tem um parente, que também militante do partido é um psicólogo. Portanto a questão da ética fica ao critério político dos interesses do partido e de cada um de seus camaradas. A ética acaba por chafurdar no terreno arenoso da política, onde impera a ética da política, que suplanta todas as outras ética de seus camaradas.
Resumo da ópera: Querelante e querelados na querela do sindicato passaram a ser os mesmos! Exceto Carlos.
Fácil não?!
Uma informação passada a Carlos por Jacozinho da Arfoc – Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinegrafistas – e que é importante para a correta compreensão dos fatos é a de que a Sra. Bethe Costa, que havia se aproveitado da cópia da carta que Carlos lhe cedera detonando seu inimigo figadal Sr. Paulo César, havia sido levada pelo ético Zuenir para trabalhar na sua viva ONG do Rio, um nicho do Partidão.
Queriam desde de então, dar informações a Carlos da forma como o estavam isolando e se vingando.
Assim o ético jornalista escritor Zuenir Ventura - o grande pesquisador de divãs dos psicanalistas (1 – pág.27) -, com sua fita gravada com segredos de divã do Carlos convenceu a Sra. Bethe Costa da injustiça que se cometera pela intriga de um invejoso, que queria aquela aposentadoria. Ela que foi a responsável pelo "...linchamento moral contra o Sr. Paulo César e sua família", e pelo acidente com o filho deste, promovido pela atuação de seus confrades de partido na mídia televisiva fez o seu mea-culpa.
A arrependida repórter de TV se recompôs politicamente com o Partidão. O ético Zuenir publica um livro sobre um herói nacional do PT, Chico Mendes, e no coroamento da recuperação de sua imagem, anos mais tarde ocupa lugar na comitiva presidencial de Inácio Lula, que foi a Portugal. Imputam a culpa pelo episódio das aposentadorias a inveja, mal secreto de Carlos e reforçam e ampliam as forças do revanchismo político contra ele onde formam um verdadeiro pool de partidos – PPS (PCB), PSDB (AP), PT e outros que seus conchavos permitissem - a "...botar fogo no rabo do invejoso"(1). Uma verdadeira covardia com o intuito de vingança e psicotização de Carlos.
Defenestrado das redações, isolado e sozinho, Carlos teve seu registro de jornalista - obtido da mesma forma que muitos integrantes da patota que atuavam no jornal – praticamente cassado.
Ele não se importou(?) em ter ficado com a pecha de "...alcagüete da polícia", na certa mais um pecado dele, "...invejoso" e "...viado", entre outros adjetivos que lhe imputaram, e tocou o seu barco, foi à luta sem ficar choramingando o leite derramado, perda de amigos, emprego, profissão e foi tentar ganhar o seu pão-de-cada-dia como taxista na praça de Niterói, já que para sobreviver ele nunca dependeu da imagem de empatotado-politika-Menti-corrrretu.
Mas, a patota não ficou contente em escapulir livre e solta daquela maracutáia e com a versão dos fatos a seu favor e, como o real crime de Carlos era saber demais, passou a persegui-lo e atormentá-lo obsessivamente ao longo desses longos 10 (dez) anos, portanto muito mais que 10% da vida de qualquer brasileiro, nos quais ele veio se esquivando a medida do possível desde 1995, o "...ano que não terminou" para ele.
Parecia ser de amplo conhecimento entre os militantes, as "...sacanagens" que vinha acontecendo com Carlos, pois num rápido encontro, na Alameda de Niterói, entre ele e sua ex-colega de redação do JB, Janice Caetano militante do Partidão, então presidente do mesmo sindicato do qual ele fora diretor, após uma conversa rápida sobre devolução dos proventos oriundos da correção dos Planos Collor e Bresser e após o deslocamento de seus respectivos carros, ele ouviu nitidamente daquela que antes fora EDITORA-DE-PÁGINA-DE-DEFESA-DO-CONSUMIDOR-DE-OGLOBO deixar no ar, em comentário com seu marido Alaor, fotógrafo e também ex-colega de redação de Carlos, a seguinte frase: "...ele tem cara de safado e tem mais é que ser sacaniado mesmo!". Ela falou aquilo para que ele pudesse escutar. Fazia parte da tortura da qual Carlos estava sendo vítima, ele saber que estavam atormentando-o e torturando-o e não poder provar ou mesmo se defender. Pois contra a covardia não tem como se defender.
Ói que líndio! (expressão do narrador)
Pois é, para os da militância, como aquela EDITORA-DE-PÁGINA-DE-DEFESA-DO-CONSUMIDOR, divulgar e escutar gravações de divã não tem nada haver com defesa de consumidor.
Se você, como consumidor, fosse desreipeitado nos seus direitos e tivesse que fazer uma escolha, qual a escolha que você faria? Preferiria ser ludibriado por um eletrodoméstico que não funcionasse ou por um psicólogo, psiquiatra, psicanalista ou qualquer profissional da área médica, que você pagou honestamente e que saiu distribuindo a fita da gravação de sua psicanálise por aí ou o psiquiatra que lhe receitou um remédio inapropriado para a sua anciedade, por conta de uma perseguição política em função de uma técnica de psicotização?
A jornalista picareta Janice Caetano não acha isso. Podemos acreditar nessa editora de página de Defesa do Consumidor?
Carlos foi desrespeitado em seus direitos, mesmo guardando o segredo da patota por mais de 10 anos, até por que ele não queria mais nenhuma confusão e por não saber a tamanha importância que tinha aquela informação. Por respeito as vítimas daquela tragédia, Carlos não esboçou um só movimento de revide durante todo esse tempo em que sofreu com as torturas impostas por eles.
Mas tudo tem um limite.
Somente agora, a partir junho de 2004, por insistência dos perseguidores de Carlos, que foram além dos limites do suportável para ele, ao tentar psicotizá-lo dentro da casa de seu sogro e conseguir deixá-lo tão mal psicologicamente em dois anos e meio de convívio com eles quanto os oito anos anteriores em que se debateu sozinho no município de Niterói. Destruiram a paz de sua família, mulher e filhos, e conseguir danificá-la com novo trauma para seus filhos, decidi contar a sua história sem a mesma elegância e o mesmo "véu de alegoria" do competente e ético jornalista e escritor Zuenir Ventura, portanto em nome de sua legítima defesa, um direito inalienável de qualquer um que foi injustiçado, politicamente perseguido e humilhado de forma desleal dentro de um Estado democrático de direito em cuja Constituição em seu Art. 5º, inc. III reza que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante e que mesmo aos condenados, o que não é o caso de Carlos, a lei não lhes reservará penas degradantes, perpétuas, cruéis ou de ba-ni-men-to, e começar a dar sua versão dos fatos a quem interessar possa, sobre o que veio acontecendo na sua vida e sobre os métodos usados pela patota antes que Carlos faça bodas de ouro de torturado e perseguido e ainda leve de quebra um atestado de maluco, que é, o que a patota veio tramando com mais afinco nesses últimos tempos (2002~2005) de "sacanagens" (ou tormento/transtorno fabricado) ao encurralá-lo numa pequena cidade do interior paulista do Vale do Paraíba, região sob domínio daqueles mesmos partidos envolvidos no imbróglio dos aposentandos e que acabou por deixá-lo tão "...mal" quanto aquele "...um dos espanhóis".
A "legítima defesa" reside no fato de podermos contar a sua história – que é a busca da verdade -, dado o baque emocional que teve nesta última investida desses Partidos em atormentá-lo. Sua história passou a ter para ele mais importância do que qualquer outra coisa que já almejara em sua vida depois de 10 anos de perseguido e humilhado diante de seus filhos, que acabaram por ter a impressão errada de seu temperamento em função dessa perseguição. Nesse sentido – o da importância da história de cada um - passou até a compreende um pouco a necessidade visceral daqueles empatotados em querer estoriar sua versão, que não fosse o requinte ou vingança de, humilhá-lo em todos os aspectos, o de querer atestá-lo, por excesso de zelo, como quem "...ouve vozes e sofre de confusões mentais", não pondo um ponto final naquele episódio tão triste para todos os envolvidos, já estaria mais do que contada e sacramentada, como a versão verdadeira daqueles distantes fatos.
Mas, em verdade, não era por isto que eles buscavam.
O tormento psicológico tinha o propósito de psicotizá-lo deste o início. E, não era assim interpretado por ele. Carlos pensava que era uma espécie de vingança, sob a forma de "...tortura chinesa" , como assim lhe passaram.
Sim, porque as "sacanagens" dissimuladas – método de ação daqueles que, compreensivelmente, são contra a venda de armas, o que impede a legítima defesa de qualquer cidadão - tiveram várias etapas e que podem ser relatadas: de início com violência, inclusive contra uma criança de seis anos - o filho de Carlos, que por várias vezes foi surrado por outras crianças numa vila em que moravam, em 1996-1997 e que até hoje (Jun/2004) não sabe o porquê de ter acontecido aquilo com ele - por isso, sujeito a legislação especial. Carlos acha que o filho dele foi alvo do tormento, como forma de vingarem o acontecido ao filho de Paulo César, que (sic) tinha colocado fogo no próprio corpo ao ver a sua casa transformada num verdadeiro inferno por conta de manchetes de jornais e investigações da Polícia Federal sobre as aposentadorias.
Depois passou a ser mais cirúrgica - para usar um apropriado termo médico - dirigindo-se especificamente a ele. Podemos classificá-las também como uma "...tortura psicológica", crime previsto na Constituição e no código penal brasileiro; crime de racismo (como forma de desvirtuar sua atenção para a origem da perseguição), também imprescritível e inafiançável; ameaça à testemunha; tentativas de intimidação; invasão de privacidade em tempo integral nos últimos 10 anos; abuso de autoridade; impedimento do exercício da profissão (como jornalista e como motorista de táxi); obstrução da justiça; perturbação da ordem; perseguição com violência e humilhação; agressão física; trotes; brincadeiras com os serviços de telefonia; brincadeiras com abastecimento de água e energia e etc... E, por fim o de crime de formação de quadrilha em mais de um estado da Federação.
Como poderíamos chamar isto? Crime organizado contra uma só pessoa?
Uma verdadeira covardia!
Atualmente encontra-se no estágio da ridicularização, humilhação e da tortura psicológica, para fechar com chave de ouro através de uma tentativa, de tachá-lo como "...maluco" – que é uma das modalidades de queima de arquivo, muito utilizada nos países da antiga cortina de ferro e forma pacífica adotada pelas patotas. Lembram-se da história de Nilcéia Pitta? Queriam interná-la. Lógico que, em seu caso com um toque de sacanagem, que bem ao gosto de nosso povo, esconde o intuito de banalizar o tormento-tortura-perseguição obtendo cumplicidades e adeptos com facilidade. Enquanto o baixo clero político tacha de louco aqueles que traz a tona suas maracutáias - vide Severino Cavalcante X Roberto Jerffeson – o alto clero político possui um método de tormento psicotizador e conta com sua militância, na polícia, nos jornais e com os profissionais da área de saúde para psicotizá-los e encaminhá-los a um tratamento psiquiátrico.
No início, deduz-se, a perseguição foi por vingança, apesar de saberem que ele, como ex-militante, sabia demais. Depois de certo tempo aquilo que ele sabia foi confirmado através da escuta que tinham de sua casa. Com suas escutas em tempo integral e com tantas informações que obtiveram de Carlos, ela passou a ser, através de um tormento/transtorno fabricado a partir das informações que obtiveram de seu divã, um instrumento com intuito de psicotizá-lo, fazendo com que ele procurasse tratamento, comprovando assim, "...ter problemas psicológicos", por saberem ser ele conhecedor da informação sobre o vazamento de seu próprio divã e do divã de "...um dos espanhóis" e de como a aquela militância age para o caso de ele vir futuramente a falar a sobre suas experiências no convívio eles.
Carlos, como vítima do vazamento de seu divã não representava nenhuma ameaça, pois eles achavam que ele não sabia do vazamento. E, mesmo que soubesse, como provar? Mas não era somente uma vítima do vazamento de seu divã e da tortura psicológica, mas uma testemunha deste crime, que deveria ser considerador hediondo – a tortura psicológica dos espanhóis do "Caso Bateaux Mouche", que os levou a figirem do país e, que era um fato irreverssível.
Uma testemunha do vazamento do divã de um dos espanhóis que fugiram.
Ou, fizeram-no fugir?
E, com certeza, por estarem aquelas igrejinhas decididas a protegerem, a qualquer custo, do conhecimento da população os seus métodos e o seu "Segredo de Fátima" – ou seu "Código Da Vinci" - que consiste em possuírem, além da contradição, uma grande rede de informações nos inescrupulosos divãs engajados. Tais inescrupulosos acabam por lançar suspeitas inclusive sobre aqueles que, politicamente participantes, são(?) e foram(?) honestos em sua ética e bons profissionais, à medida que, nossa mentalidade mediana tende a generalizações.
Os divãs engajados são espertalhões, que em se fazendo passar por psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e médicos atropelam a ética médica - tão importante para seus pacientes e tão aclamada no caso Almílcar Lobo, que sofreu um linchamento moral, foi e é tese de incontáveis e éticos psicoterapeutas-engajados, teve seu registro cassado pelo CRM-RJ, teve sua punição estendida ao Dr. Leão Cabernite (seu psicanalista didata) e foi questionado em uma entrevista feita pelo mesmo ético jornalista escritor Zuenir Ventura intitulada "A psicanálise da tortura", publicada em 14/09/86 no Jornal do Brasil – para servirem a uma outra "ética", à da política, cedendo informações de divã dos seus clientes à sua patota, quando aqueles são desafetos desta e ou a informação é relevante e conveniente ao encaminhamento da política de seu Partidão.
► Pequeno trecho da reportagem "A psicanálise da tortura"
Jornal do Brasil, 14/09/86 por Zuenir Ventura / Colaboraram Jorge Antônio Barros e Susana Schild
A crônica da tortura no Brasil dos anos 1970, que tem sido escrita apenas pelos torturados – até porque, por dever de ofício, torturador faz falar, não fala -, ganha a partir de hoje um narrador especial: Amílcar Lobo, 47 anos. Como tenente do Exército e médico lotado no quartel da PE da Barão de Mesquita, o Dr. Lobo ou Dr. Carneiro, como era conhecido lá, conviveu intimamente com a tortura durante mais de três anos, de l969 a l973. Lobo nega tê-la praticado, mas admite ter sido conivente com ela, o que lhe dava uma posição privilegiada: não participava das sessões mas, como militar, sabia quem as promovia e, como médico, tratava dos que a sofriam. O seu relato tem assim a isenção de um testemunho, digamos, neutro. Os torturadores precisavam dele para continuar torturando e os torturados não raro necessitavam de seus cuidados pra sobreviver. Não se pode acusar as suas confissões de revanchistas ou ressentidas como se costuma fazer com as denúncias de ex-torturados. É um depoimento histórico diante do qual se fica dividido entre a admiração e a repulsão. É difícil não admirar a sua corajosa atitude hoje, como é impossível não rejeitar, como repulsiva, a sua criminosa cumplicidade de ontem.
Excelente entrevista - "A psicanálise da tortura", cujo autor, Mestre Zu, em seu lide afirma "...torturador faz falar, não fala..." - não fosse o fato de esquecer de dizer que às vezes o torturador faz não falar ou tortura por se ter falado, por se saber demais, por se ter testemunhado (ou pedido investigação) ou para psicotizar alguém que sabe do "segredo dos divãs" do PCB (Partido Comunista Brasileiro = PPS), como forma de censurar, se vingar e enlouquecer sua vítima.
Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Não se tem saída, na ditadura torturava-se para falar e agora tortura-se para não falar, ou seja, por censura.
Se para os engajados da saúde a ética profissional não lhes é tão importante por se submeter a ética política, é de interesse público e justo que a população - e portanto seus pacientes - saiba que muitos (ou todos?) profissionais engajados não a respeitam, o que nos permitirá ter mais cuidado na hora de escolher tais profissionais.
Acreditamos que ninguém, incluindo os da patota, gostaria de freqüentar um divã engajado, lugar onde tudo que você falar poderá se voltar contra você, por saber com conhecimento de causa, de outrens, lógico, o que é ter sua intimidade confidenciada a um profissional – que por força do ofício, possui corações e mentes de seus pacientes - pago para lhe prestar ajuda e ver essa sua intimidade ser divulgada intra e interpatotas com a finalidade de lhe prejudicar, humilhar e fazê-lo doente.
Por coincidência ou não, o certo é que no meio dessas sacanagens que Carlos veio sofrendo, sempre lhe apareceram de forma enfática, inclusive com "encenações"de situações das quais sem dúvida nenhuma ele se lembra, de somente lá, ter falado e dado ênfase quando deitado e "relaxado" naquele "divã furado" (aquele que vaza. "... Fala, divã") de sua experta psicóloga.
Por exemplo: Imaginem senhores! Uma psicoterapeuta, que grave sessões, diagnostifique o problema de seu paciente e ciente de que ele tomou uma atitude que "prejudicaria" seus correligionários possa ceder tais gravações a sua patota. Embora difícil de provar, isto não é impossível de o paciente, digo a vítima, descobrir como lhe armaram a trama e muito menos de ratificá-la, dado o longo tempo de sacanagens armadas pela patota que até então (JUN/2004) não sabiam que ele sabia, que a profissional empatotada havia cedido as gravações.
Pasmem senhores! Essa "profissional" nunca será comparada a um Amílcar Lobo, não terá o seu registro cassado pelo CRM-RJ e nem, como este, será "...varrida da condição de humano", embora no entender de Carlos façam parte de lados opostos de uma mesma moeda. A atitude da profissional talvez a transforme, entre os seus correligionários, em uma verdadeira heroína, por ser a responsável por municiar, com idiossincrasias de seu paciente, a vingança de sua patota contra o desafeto que sofria de um "...mal secreto, a inveja".
Ói que lindo! (expressão do narrador)
Êpa! Pausa para balanço!
Dois divãs distintos tendo os mesmos voyeurs de segunda mão – aqueles que espiam o que o psicanalista, "..o voyeur"(1) de primeira mão, espiou.
É grave a situação!
O ético intelectual Zuenir Ventura, não contente em transformar seu voyeurismo em elegante analogia, alegoria e sofisticado mote literário em seu livro Inveja, mal secreto, – uma prova de sua pegada de voyeur de 2ª mão - para humilhar Carlos entre seus pares e correligionários, transformando-o em chacota de intelectuais empatotados (veja entrevista de Regina Zappa, com quem Carlos trabalhou, filha do ex-embaixador em Cuba, Ítalo Zappa, declaradamente ligada ao PCB fez com o ilustre jornalista escritor Zuenir Ético Ventura, por ocasião do lançamento de sua literatura de araque), covardemente o partido do qual ele era articulador, divulgou-os intra e inter-patotas, para se vingar, angustiando, apavorando, humilhando, sacaniando, desesperando, psicotizando, ameaçando, enfernizando, enfermizando, enfim A-TOR-MEN-TAN-DO, "sinonimizando" uma TOR-TU-RA diária de tempo integral durante mais de 10 anos, uma pessoa, que em legítima defesa usou de um expediente legítimo para se defender das ameaças de seu chefe no jornal e do presidente de um sindicato, com métodos de cuja sofisticação e empenho faria corar até mesmo o Doutor CARNEIRO (codinome de Amílcar Lobo).
► Pecado inconfessável (entrevista de Zuenir Ventura a Regina Zappa)
De Regina Zappa. Jornal do Brasil, 16/8/98.
...
- E as analogias?
- Encontrei coisas curiosíssimas. Lendo a Bíblia, encontrei a definição de que a inveja corrói como o câncer. Outra foi a metáfora do câncer que é o caranguejo, porque ele corrói em silêncio. E o que corrói também em silêncio? A inveja. As definições começavam a bater de tal maneira...Coisa que ninguém diz o nome...Eram tantas as afinidades que comecei até a me policiar para não parecer que estava forçando a barra para estabelecer a analogia.
...
- Você anuncia no começo que não se trata de um livro sobre inveja, mas de alguém escrevendo sobre a inveja.
- Então, decidi botar tudo no livro. Por isso é que se justifica a entrada da doença. Se estava disposto a incorporar todo o processo ao livro, seria hipocrisia omitir aquilo que tinha acontecido de mais traumático para mim durante esse tempo.
...
- No livro você expõe seu sentimento em estado bruto...
- Você está dizendo isso e me ocorre uma palavra. É um livro visceral, sai das entranhas.
...
- Assim como a inveja.
- A inveja tem essa coisa. Os verbos associados a ela são corrosão, destruição. Ao mesmo tempo, é preciso encarar a inveja como uma reação humana. Quando vemos estados extremos da maldade humana, tendemos a virar as costas, a nos afastar, como se aquilo não pertencesse à nossa categoria, à nossa espécie. Todos os teóricos da inveja acham que a melhor maneira de lutar contra ela é assumir que todo mundo a tem, em graus diferentes. Alguns são graus patológicos de escravização total a esse sentimento.
...
- Mal secreto são três livros em um. Tem a inveja, a doença e a história da Kátia. Essa personagem que se envolve num suposto crime é verdadeira ou é fictícia?
- Não vou revelar. Por várias razões. Adotei a forma de ficção quando o livro deveria ser não-ficção. Uma das razões para isso é que tem ficção mesmo no livro. Outra é por questões de segurança. Estou trabalhando com material em alguns casos muito explosivo, tem crime etc...
Compreende-se, o homem é fruto de suas circunstâncias. E, a sede de vingança – "...a cólera que espuma"(1) do ético jornalista escritor Zuenir Ventura, – que, além da covardia de bicar morto (sim, foi o que ele fez com ex-tenente do exército, o médico Amílca Lobo), em outros tempos, gostava de jogar tinta marron na cabeça de ancião (sim, foi o que ele fez com o dono da Tribuna da Imprensa, Hélio Fernandes) - fez aflorar no ético intelectual o seu alter-ego, o Dr. Carneiro , a quem outrora criticava.
O poder parece corrompe ao ponto de sempre reproduzir os substratos de suas engrenagens, ou seja, tanto os seus AmilcaresLobos quanto os seus SérgiosMacacos da vida.
O torturado de ontem será o torturador de amanhã?
Seria de bom alvitre que o jornalista escritor seguisse o conselho de uma mãe-de-santo de sua literatura – Inveja, mal secreto -, que lhe disse: misinfio, sunce "...tá muito carregado, devia tomar cuidado!" (1), é bom deixar esse negócio de inveja prá lá. Mas, o Partido do qual o elegante intelectual era articulador, - o PCB - parece ter seguido o conselho de outro personagem de seu livro, o Seu Tranca Rua, cujo remédio para "...combater o invejoso" (1) é "...o senhor bota fogo no rabo dele" (1).
Enquanto a relação de Carlos com a psicanálise era de alguém procurando se conhecer, o mesmo não se pode afirmar sobre o ético jornalista e escritor, que pela evidência histórica dos fatos de sua relação com tais profissionais, demonstra ser outra: a política. A mesma política que dita a sua "ética".
► Retirado do site "Portalliteral Zuenir Ventura".
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1968 - Acompanha em Paris a mobilização dos estudantes. Tido como o articulador da imprensa do Rio para o Partido Comunista, é preso após o AI-5 e passa três meses entre o Sops, o Dops, o quartel da PM Caetano de Faria e o do Exército em Harmonia. Divide cela com Hélio Pellegrino, Ziraldo, Gerardo Mello Mourão e Osvaldo Peralva. No mesmo dia de sua prisão, sua mulher e seu irmão são levados pela polícia e permanecem presos durante um mês. Zuenir deixa a prisão em março de 1969 com o aval de Nelson Rodrigues, que conseguira junto aos militares a libertação de Hélio Pellegrino, mas este condicionou sua saída à do companheiro de cela.
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1989 - Por decisão dos editores Marcos Sá Corrêa e Flávio Pinheiro, é feito repórter especial do “JB” e, como tal, vai ao Acre, onde o líder seringueiro e ecologista Chico Mendes fora assassinado em dezembro de 1988. Fica mais de um mês no estado apurando o crime e produz uma série de reportagens que lhe vale dois prêmios: o Esso de Jornalismo, o mais importante do país, e o Wladimir Herzog, de direitos humanos.
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1993 - Como reação às chacinas da Candelária (oito meninos mortos) e de Vigário Geral (21 pessoas mortas), ajuda a criar o Viva Rio, organização não governamental voltada para projetos sociais e campanhas contra a violência.
1994 - Depois de passar nove meses indo à favela de Vigário Geral, transforma a experiência no livro “Cidade partida”, um retrato das causas da violência no Rio. O livro ganha o Prêmio Jabuti de Reportagem.
1995 - Por decisão do então editor-chefe Dácio Malta, torna-se colunista semanal do “Caderno B”. Numa viagem a Cuba com uma delegação brasileira, encontra-se com Fidel Castro e entrevista ao lado de Rubem Fonseca o escritor cubano Senel Paz.
Existe o artifício velhaco do orador ou escritor, que ao abordar tema de conduta moral ou ética, engana seu público, ao levá-lo acreditar que ele, tão loquaz no assunto, seria sem sombras de dúvida um agraciado dos objetos de seu discurso ou daquilo que cobra em outrem. Como o escritor, que ao discorrer sobre heróis nacional ou exigir ética na psicanálise acaba por camuflar seu íntimo, seu alter-ego, induzindo subliminarmente seus leitores ao erro de confundi-lo com o herói ou com o objeto de seu discurso e de sua cobrança, quando na realidade a sua prática não tem nada haver com o seu discursso.
Fala, divã!
É de causar calafrios ver o ético jornalista escritor Zuenir Ventura desfilar com medalhões da psicanálise e de citar em sua literatura-de-faz-de-conta, várias instituições ligadas a ela e de saber que "...os psicanalistas – cinqüenta e sete deles - foram também os que mais colaboraram com(1)" a sua pesquisa sobre a inveja (leia páginas 27 e 149 do livro Inveja, mal secreto).
Estaria aí incluída a Psicotorturapeuta Márcia Erlich?
Isso pode levar pessoas de pensamentos estreitos, medianos e maldosos e de qualquer um que pense, a ilações. Como se diz no funk "...tá tudo dominado". Porque o que ele, sem dúvida, omiti em sua literatura-de-araque, e ninguém traz escrito na camiseta o nome do Partidão a que pertence, é a sua militância política e a militância política e a área de influência de boa parte de suas referências e conhecidos. Atuam assim como um grande número de figurantes nesse grande teatro-realidade para público desavisado.
Todos que leêm jornais diariamente ao longo dos anos, não se ilude com nenhum político de palanque. Todos sabemos em sua maioria eles possuem seus lados côncavos e não resistiriam a uma biografia não autorizada, mas são com os militantes anônimos, aqueles que não se identificam publicamente com partido algum, que devemos ter cuidado. Eles se transvestem de médicos, de escriturários, de policiais, de jornalistas, de jornalistas escritores, de psicólogos, de artistas, de apresentadores de TV, de funcionários públicos, de polícia, de promotores de justiça, advogados, policiais federais, fiscais da fazenda, de vizinhos, de amigos, de parentes, de sogros, de cunhados , etc..., etc..., e são eles quem faz andar a política do partido e poderão ser eles os seus torturadores mais íntimos.
O ético Zuenir Ventura e sua patota preferiu ver em Carlos um invejoso. "Assim é se lhes parece...".
Poderiam vê-lo como um moleque iconoclastra, daqueles que, em sua festa de aniversário, deixa o mágico contratado para entreter ele e seus amiguinhos, desconsertado ao ver seus truques revelados um-a-um. Ou, como aquele outro moleque que ao ver o rei, inflado por sua claque, grita "...o rei está nu ".
A "praxe" de uma macabra história ou "A tirania da malícia"(1)
O que esta por trás da ”Inveja, mal secreto" de Carlos é uma macabra história de um outro pleno pecado pós-moderno, muito "...mais malévolo de todos os componentes da malícia"(1) e muito mais dissimulado ainda que a inveja, por esta ser humana e a outra não.
É a "praxe" espúria da "...politização da psicanálise", a usurpação sistemática de informações de divãs, obtidas nos consultórios de cruéis e inescrupulosos psicoterapeutas engajados, e a sua posterior utilização com finalidades políticas de apavorar, torturar psicologicamente, psicotizar e fazer doente os seus próprios pacientes.
Implantaram aquela práxis na luta contra um regime ditatorial e ilegítimo e se acomodaram com os dividendos colhidos por ela e a conservaram, mesmo durante o regime democrático e legítimo com a intenção do aprofundamento da democracia e de implantação do socialismo democrático.
É a blitzkrieger da social-democracia. Tudo pelo social. Na luta pela cidadania e na construção de uma sociedade mais justa e politika-menti-currreta, tudo se justifica sob o ponto de vista desses grupos, inclusive o desrespeito a privacidade do divã de seus próprios pacientes.
A "práxis" espúria dos divãs engajados de difundirem idiossincrasias de seus pacientes para uso "político" deve sair dos corredores da discussão acadêmica, para ganhar o campus nacional, transformando a questão em debate mais amplo para aperfeiçoamento de nossa democracia.
Resumo da ópera: Arrancou-se a falta de ética de Amílcar Lobo e de seu psicanalista didata Leão Carbinete, da Sociedade Psicanalitica do Rio de Janeiro, para implantarem a sua ética a todos os divãs de sua grande militância anônima. Tiraram um Amílcar Lobo e infiltraram inúmeros clones deste – os psicotorturapeutas - para servirem ao seu partido.
Conclua você, meu caro leitor! Some as informações da "estória da esquerda", sobre o trio que lutou pela ética na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro: Hélio Pelegrino, Zuenir Ventura e Eduardo Mascaranhas; da prática do vazamento de informações dos divãs para a militância do partido a que pertencem e consequentemente para a militância do partido na redação do jornal.
É duro dar o braço a torcer, mas Amílcar Lobo estava certo quando em seu livro – que difilmente será encontrado, pois o Partidão também controla o mercado editorial do país - previu a politização da prática da psicanálise. Submeteram e submetem o secreto de cada cidadão que procura uma ajuda através da terapia do divã - leia-se psicanálise - ao crivo da militância política de partido e ainda saíram com jaquetão e fama de paladinos da ética.
Para quem estava acostumado a editar jornal com informações do divãs de inscrupulosos psicotorturapeutas de sua gang, fazendo do jornalismo um instrumento de tortura, produzir um livro sobre a inveja, mal secreto de Carlos, foi pinto para mestre Zu, que passou a fazer da literatura também um instrumento de tortura.
► Trecho do texto "Homenagem a Hélio Pellegrino" de Miriam Chnaiderman
" É o que vai afirmar o Dr. Amilcar Lobo Moreira da Silva, criticando Hélio Pellegrino e Eduardo Mascarenhas - Hélio e Eduardo querem politizar a instituição e "não se pode querer fazer política dentro de uma instituição científica."
....
► Trecho do texto "O Real da Ética" de Helena Besserman Vianna
"Um último exemplo: em 1989, Amilcar Lobo escreve suas memórias em livro intitulado – "A Hora do Lobo e a Hora do Carneiro" (seu codinome na equipe de tortura). Em resposta a crítica que fiz a esse livro, Lobo diz o seguinte: "...Dra. Helena Besserman Vianna escreve que em nenhum momento me mostro envergonhado pelo que cometi ou assisti nos quatro anos que fiz o serviço militar. No entanto...parece esquecer que o Homem utiliza a tortura e os assassinatos há milhares de anos, desde que se organizou em sociedades. Há bem pouco tempo, a Inquisição torturou e matou inúmeros judeus e há pouco mais de quarenta anos o regime nazista alemão procedeu da mesma forma. Assim é o Homem na sua total estrutura mental e eu não me envergonho de ser um deles...".
Convido-os a refletir e questionar no que esta declaração de Lobo contem de anti-ético mas, especialmente, de transmissão deformada do pensamento freudiano, dentro e fora do "setting" analítico ou a postura ética dos psicanalistas face ao real da ética."
SEGUNDA PARTE
Se malandro soubesse como é bom ser honesto, seria honesto só por malandragem (Jorge Bem Jor)
Seria difícil prevê o caminho que por agora se aventura o ético jornalista escritor Zuenir? Poderia tornar-se um acadêmico - mais um prêmio por serviços prestados à nossa inteligentzia - e assim ocupar a cadeira de seu velho companheiro de ética na psicanálise, e se juntar a seus antigos camaradas do copydesk daquele profíncuo aparelhão chamado Jornal do Brasil, como por exemplo, Ivan Junqueira, o secretário da Academia Brasileira de Letras que eticamente premiou a sua esposa Cecília Costa (ex-economia do JB), em um prêmio de literatura oferecido pela ABL?
O Partidão chegou a Academia, e o futuro já não é inconteste, tranforma-la-á numa "Sociedade dos Poetas Mortos" e políticos vivos, leia-se vivaldinos.
Não que falte legítimos escritores nas fileiras do Partidão, pelo contrário, abundam. O problema é que no caixote de boas maças, a patota acaba por contrabandear uma podre ou bichada, pois tanto quanto um aparelho incrustado na imprensa, traz prejuízos a imprensa (ex. a matéria de Marcelo Carneiro, descrita neste relato) fazendo-a um instrumento de versões para encobrir operações políticas do partido a qual o jornalista-aparelho pertence, mudando a relidade dos fatos, um jornalista escritor inescrupoloso ou qualquer um outro engajado de boa-pena, passam a usar a literatura como instrumento de domínio e convencimento, como alguns moderninhos que já fazem apologia – com inspiração fruto de informações privilegiadas de quem é militante - da tortura psicológica, quando não faz da própria literatura um instrumento de tortura, conforme o livro Inveja, mal secreto, do jornalista escritor Zuenir Ventura.
Oportuno aqui seria relembrar mais um de tantos outro disse-que-me-disse que corriam pela redação do JB, quando o Mestre Zuenir estava com uma de suas crias literárias – o livro "1968 o ano que não terminou" - ocupando por semanas o topo do ranking de os mais vendidos da revista Veja. Ficção ou não-ficção, diziam as más línguas que aquele ranking era feito de "verdades e mentiras", que os critérios eram manipuláveis e servia de trampolim não só para lançamento de jornalistas com algum talento a escritores de forma miraculosa, tanto quanto para colocar em evidência qualquer escritor, político e até livros que fosse de encontro com os interesses do Partidão.
Assim, um jornalista talentoso, o que é diferente de um escritor talentoso, pode se transformar a médio prazo em "...um dos melhores escritores de sua geração." Um artifício para fabricar jornalista-escritor e político-escritor com trilho e destino certo. Isto sem falar nas matérias "lobbies" sobre jornalista-escritor, que volta e meia pode-se ler nas páginas daquele periódico semanal, em jornais (vide Folha Ilustrada 18/06/05) e nos livros que o pessoal engajado escreve com o intuito de difundir os nomes ligados a sua confraria ideológica.
Vamos dar uma espiadinha?
Olha que a coincidência ! Na coluna de Os mais vendidos de Veja, edição 1930 – ano 38 - nº 45 de 9 de novembro de 2005 aparece no topo de Não-ficção o livro Por Dentro do Governo Lula, de Lúcia Hippolito, uma (Joanete, menina do Jô) daquelas que compõe a barricada que Jô Soares armou contra o governo Lula, neste período de bombardeio pré-eleitoral.
Com certeza todos os brasileiros ("...a massa atrasada"), devem estar disputando com unhas e dentes essas crias literárias.
O Partidão consegue conciliar ou confundir os interesses pessoais de seus militantes com os interesses do partido.
Carlos se lembra de quando Paulo Adário, o líder do GreenPeace no Brasil, falou na sua frente, quando ele ainda era sub-editor de política do JB, que queria ir para o Green Peace. E foi não foi?
Mas,...voltemos a quem esta na berlinda. O Mestre Zu.
Tudo bem que o peso das Letras, hoje, seja menor que o peso da política na escolha dos acadêmicos, mas daí a termos um jornalista escritor psicotorturador comprovado por sua própria literatura, entre seus membros, seria um escândalo.
Segundo Sun Tzu, autor de "A arte da Guerra", - o livro de cabeceira dos empatotados - a verdadeira arte da guerra é a dissimulação.
Pergunta-se: Mestre em quê Zu?
Responde-se o porquê : Na realidade o livro – Inveja, mal secreto - de Mestre Zu, funcionaria como um objeto previamente construído para sua defesa. Como eles (do Partidão) sabiam que Carlos tinha a informação do vazamento do divã de um dos donos do "Bateaux Mouche" que passava pela edição do Mestre, que diante mão sabia que eles fugiriam do país, ele fabricou o livro "Inveja, mal secreto", não só como ataque (a melhor defesa não é o ataque?), mas também como objeto de defesa, para o caso de Carlos vir, algum dia, falar do vazamento do divã do espanhol para aquela esperta edição. Assim, ele poderia alegar que era por causa de seu livro sobre a inveja, que motivou Carlos a inventar esta situação dos espanhóis para se vingar.
É mais fácil se defender do crime de fabricar livro com gravações de divã da inveja de um desafeto do que se defender do crime de fazer estrangeiros fugirem do país por tortura psicológica, através de edições expertas de jornal em função de informações de divã, que obtinham do psicotorturapeuta do espanhól.
Um artificio malandro, criado antecipadamente, para a sua defesa?
Tem-se que dar o braço a torcer, o homem é Mestre não é à-toa.
E o que é pior, agora ele é Doutor também! (vide O Globo de quarta-feira, 22/06/05, editoria RIO pág.19)
Portanto, o cuidado com ele deve ser redobrado.
A técnica da dissimulação e do teatro-realidade é de imediato colocada em prática pela esperteza da patota. Mas, a parte filosófica do livro de Sun Tzu, como a que diz que o inimigo não deve ser derrotado em 100%, parece ter sido despresada pelos perseguidores de Carlos ao arrancarem dele, aquilo que ele mais ama: a sua família.
Vamos espiar mais?
Pode-se ter uma idéia do que fizeram com aquele "...um dos espanhóis" que estava "...mal e pensando até em fugir", não?
Falaram de tudo, menos que ao longo do processo ficou provado que não houve superlotação do barco (veja arquivo Defesas – Antônio Evaristo de Moraes Filho.doc e aproveitar para dar uma espiadinha nos promotores de justiça), como a imprensa na época divulgou e ainda divulga. Não falaram que a atriz Yara Amaral militava no PCB e que o psicoterapeuta de um dos esponhóis, vazava informações para mesa de edição do ético jornalista escritor Zuenir Ventura
►JORNAL DO BRASIL
sexta-feira, 7/01/94 pág. 15
Matéria: Donos do "Bateaux Mouche" (acidente de 88) têm prisão pedida
■ Acusações de formação de quadrilha e sonegação fiscal levam o M.P. a oferecer denúncia contra cinco empresários.
O M.P. através do promotor Marcos Ramahyama pediu ontem à 23ª Vara Criminal a prisão preventiva de cinco donos do Bateaux Mouche Rio Turismo Avelino Rivera, Pedro Gonzalez Mendez, José Ramiro Fernandez, Ramon Rodrigues Grespo e Geraldo Sienna.
O pedido foi feito com base em denúncia por sonegação fiscal. Eles já tinham sido denunciados no fim de 93 por sonegação fiscal e uso de contas fantasmas.
As investigações começaram logo depois do Revillon de 1988 quando o naufrágio do Bateaux Mouche IV matou 55 pessoas. Dos nove proprietários do iate apenas dois estão presos desde 28 de outubro de 93: os empresários Álvaro Pereira da Costa e Faustino Puertas Vital, que cumprirão quatro anos de pena em regime semi-aberto no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho em Bangu.
Ambos saem todo dia, bem cedo, para trabalhar no Restaurante Sol e Mar, cujas contas também estão sendo devassadas pela justiça, e só voltam às celas no fim da noite. Além deles, Avelino Fernandes Rivera, José Ramiro Gandara Fernandes, Gerardo Mongarde Senra e Pedro Gonzales Mendes foram denunciados no mês passado pela procuradora da República Bianca Matal. Todos estão recorrendo da decisão da Justiça Federal, após perderem ações de indenização que no entanto, até agora, não foram pagas às famílias das vítimas.
O M.P. do Estado também, ofereceu denúncia por crime de sonegação fiscal e falsidade ideológica contra o grupo espanhol, enquanto a Secretaria estadual de Economia e Finanças enviou dossiê à Central de Inquéritos sobre contas fantasmas e fraudes fiscais praticadas pela empresa:
2º CLICHÊ
Coordenadas
Denunciados no mês passado pela procuradora da República Bianca Matal os empresários Avelino Fernandes Rivera, José Ramiro Gandara Fernandez, Gerardo Mongarde Senra e Pedro Gonzales Mendes – também donos da Bateaux Mouche Rio Turismo – atualmente recorrem de decisões da Justiça Federal, após perderem dezenas de ações de indenizações. Estas, no entanto, até agora não foram pagas às famílias das vítimas no naufrágio em 88.
O M.P. do Estado também ofereceu denúncia por crime de falsidade ideológica contra o grupo espanhol por terem Avelino, José Ramiro e Pedro Gonzales aberto contas fantasmas no Bradesco (nº 1.630) e Unibanco (nº 121.574-7). As duas estão em nomes de Carlos Augusto da Silva, Antonio Vasquez Fernandes e Antônio Carlos Montes. A perícia nos cartões de assinatura das contas abertas pelos empresários no Unibanco foi encomendada pelo tributarista Bóris Lerner, que perdeu seu único filho, a mulher e três amigos no naufrágio do Bateaux Mouche.
O Instituto Del Picchia, de São Paulo, comprovou que Carlos Augusto da Silva, Antonio Carlos Montes e Antonio Vasquez Fernandes eram, na verdade Avelino, Álvaro e Faustino em mais um golpe.
Coordenada
Tragédia Causada por negligência
Organizado do passeio no barco que afundou por excesso de passageiros numa noite de ventos fortes – o empresário Francisco Garcia Rivera dono da Itatiaia Turismo – ainda está em liberdade, absolvido pela justiça.
Outros três condenados militares da Marinha responsáveis pela Capitania dos Portos sofreram condenações, mas tiveram suas penas suspensas.
O empresário que negou socorro às vítimas Carlos Mathias, morreu aos 70 anos em outubro de 93. Ele foi condenado por omissão, mas não chegou a ser preso por causa da idade.
Denúncia – Os sobreviventes logo denunciaram que a negligência dos organizadores do passeio à Praia de Copacabana fora a causa do naufrágio. Os proprietários do restaurante Sol e Mar, também donos do barco; a empresa promotora do evento, Itatiaia Turismo; e a Capitania dos Portos dividirão para sempre a responsabilidade pela morte de 55 pessoas das 140 que estavam no Bateaux.
Denúncia que não chegou a ser provada, muitos afirmaram ter visto quando, após duas vistorias, um militar da Capitania dos Portos teria recebido dinheiro do comandante do barco, liberado logo em seguida. Uma semana depois, o Ibope ouviu 300 cariocas e apenas 27%, responderam acreditar que a justiça seria rigorosa.
Entre as vítimas estavam a atriz Yara Amaral, a mulher do ex-ministro Anibal Teixeira; Maria José Andrade e Souza, empresários e turistas.
Os responsáveis pelo barco não foram vistos naquela madrugada, sequer para reconhecer o corpo do comandante.
E qual foi o pecado de Carlos?
Foi o de ter sido uma testemunha acidental daquela peleja entre EMPRESÁRIOGANANCIOSO x PATOTA-POLITIKAMENTi-KORRETTa.
- Numa tabelinha de dar inveja a qualquer time do Brasileirão ou da Copa do Mundo, APARELHONOESTADO após driblar com bola entre as pernas de EMPRESÁRIOGANANCIOSO, puxa-lhe o calção e o deixa com a genitalha exposta. Faz um lançamento longo para OUTROAPARELHONOESTADO que também deixa EMPRESARIOGANANCIOSO zonzo, dá uma entre as "canetas" de EMPRESÁRIO, ....dá um lençól e passa para APARELHOPRIVADODOM.P., que pega a bola, mata no peito e lança para SEUZENIR-ÉTICUVENTURA que de bate-pronto, chuta forte para o gol. A bola bate na trave. O chute, apesar de ser forte e em direção ao gol, não entra.
- Até aí tudo dentro da legalidade aparente do jogo. E até aí o juiz estava atento.
- Mas, pera aí!
- Eis, que alguém da EKIPEMÉDIKA, o PSICO-TORTURAPEUTADOPCB de EMPRESÁRIOGANANCIOSO veste a camisa do time adversário, o PATOTA-POLITIKA-MENTi-KORRETTA, e aproveitando o rebote da trave, em brilhante tabelinha com SEUZUENIR-ÉTICUVENTURA, passam por todos, para desepero(?) da defesa e entram os dois com bola e tudo.
Goooooooooooool da PATOTA-POLITIKA-MENTi-KORRETTA.
É senhores !
Essa o juiz não viu!
SEUZUENIR-ÉTICUVENTURA é peladeiro antigo e artilheiro nessas tabelinhas com EKIPEMÉDIKAdePSICOTORTURAPEUTADOPCB.
Pergunta-se: será que a MILITANTENAPULIÇA e MILITANTENAPM compunham o time do PATOTA-POLITIKA-MENTi-KORRETTA? E, como será que eles atuavam?
É aí que a coisa pega para Carlos, que sem querer viu a intrusão da EKIPEMÉDIKA na peleja entre EMPRESÁRIOGANANCIOSO x PATOTA-POLITIKAMENTi-KORRETTA.
A EKIPEMÉDIKA, não poderia participar deste jogo. É jogada suja, e por isso a partida – do ponto de vista jurídico - deveria ser anulada.
Por incrível que pareça a parte mais suja, da jogada coube ao médiku.
Esta tabelinha "felomenal" e invencível para quem a faz, chama-se, APARELHAMENTO DO ESTADO. E, como diriam, numa época não muito distante, os nossos doutos politika-menti-Korrettos é o "...estado dentro do ESTADO".
Isto não poderia, isto traz prejuízo a quem, sendo cidadão brasileiro, e não sendo confrade do partido, a cujo aparelhamento pertence, poderá se ver prejudicado em seu mais elementar direito.
Carlos trabalhou com o saudoso Tim Lopes na redação do Jornal do Brasil. Tim Lopes era do Partidão. O assassinato dele foi solucionado e seus assassinos foram presos e julgados em mais ou menos 2 anos, um tempo recorde para os padrões brasileiros. Isto mostrou ao povo que tudo pode ser apurado e resolvido, quando se tem interesse político. Não há nesta observação, a menor crítica na solução rápida desse crime. O certo é que fossem todos os casos de assassinatos e crimes dessa monta, solucionados e seus malfeitores punidos, julgados e presos em um espaço de tempo menor ou na pior das hipóteses no mesmo espaço de tempo.
Mas não é bem assim que a banda toca em todos os lugares. Para o cidadão comum, um desempatotado, os crimes não são solucionados sequer na pior hipótese de tempo, e isto quando são solucionados.
E, no caso específico de Carlos, a sua luta para apurar e investigar o vazamento do divã de um dos espanhóis, para provar que existe tortura psicológica no Brasil e como ela se dá; o vazamento de seu próprio divã, que se desdobrou em livro de um militante travestido de pseudo-jornalista-escritor psicotorturador; a tortura que sofreu por quererem psicotizá-lo e a destruição de sua família, não serão apurados de forma correta e isenta por um Ministério Público, Polícia Federal ou qualquer autoridade competente, por estarem elas de alguma forma comprometidas por este aparelhamento do Estado. Pode-se dizer que este foi um crime "chapa branca" ou "PontoGovPontoBr", por ter muita gente envolvida que pertence ao aparelho de Estado e, que seria mais fácil para eles "comprovarem" que Carlos "...tem problemas psicológicos", do que ir a fundo em uma investigação, que acabaria comprovando a tortura psicológica com anuência do Estado.
Trabalhar em jornal pode fazer mal a saúde, ...mental
Carlos até então (2004), pensava que estava sendo vítima de uma vingança por sua atitude – pedir investigação no sindicato e ter prejudicado o último(?) secretário geral do Partidão e fundador e presidente de honra do PPS (PCB), o herói de guerra e ex-pracinha, Salomão Malina e com ele um monte de militantes daquelas agremiações. Enganou-se. Não era somente uma vingança. Estavam a sua caça para psicotizá-lo com um tormento produzido por eles e ele não tinha entendido dessa forma. E, por quê queriam fazer isto com Carlos? Por ter sido ele uma testemunha acidental de uma operação do Partidão no jornal em que ele trabalhava.
Um banimento por tortura psicológica?
Não é nenhuma novidade em se tratando do jornal em que trabalhou. Ele se lembra bem de um repórter da editoria geral (caderno Cidade do JB) chamado Pelozzi, apareceu na redação do jornal se lamentando, que depois que seus chefes o mandaram apurar uma matéria sobre um seqüestrador que freqüentava o Palácio das Laranjeiras tinha sido despedido e não estava conseguindo arrumar emprego em nenhum outro jornal do Rio. Ele contou que tinha estado na cadeia e tinha entrevistado o seqüestrador e este lhe deu uma entrevista confirmando que era um "habitué" do Palácio Laranjeiras. Esta informação não saiu como notícia no Jornal do Brasil, um jornal que afundado em dívidas precisava muito do governo do Estado na época, o governador Moreira Franco. Mas, pouco tempo depois, esta informação saiu escancarada no Jornal Nacional.
Aquele repórter com certeza não era do Partido. Aquele repórter não sabia que tinha sido usado politicamente.
No caso de Carlos, sofisticaram. Sabiam que ele cumulara bastante informações, principalmente a dos vazamentos dos divãs, que a posteriori foi confirmada através da escuta que tinham de sua casa.
Explico: Quando ele morava numa vila na Rua Fagundes Varela, 270 c/3 no Ingá um bairro de Niterói, passou um especial sobre o "Bateaux Mouche", e ele, sem saber até então que estava sendo espionado acabou por fazer o seguinte comentário para sua mulher, dentro de sua casa e na hora em que passava em sua TV o tal especial sobre o "Caso Bateaux Mouche": " ...a Yara Amaral era do Partidão e aqueles safados tinham informações sobre o divã de um desses espanhóis. Sabiam que o espanhol estava mal e ia fugir do país."
Pronto isto foi a confirmação para eles, que o escutavam, de que Carlos sabia demais. Na vila ele já estava sendo atacado pelo tormento dissimulado sob forma de turras entre vizinhos – o "...fogo no rabo do invejoso(1)". Armaram entre outras coisas a mentira da Inveja, mal secreto e passaram a atormentá-lo obsessivamente para que ele não tivesse tempo de pensar e juntar as suas informações e ficar simplesmente fugindo. Quem está fugindo não pensa. Fica somente atormentado e fugindo.
Não muito tempo depois - quando Carlos ainda morava na mesma vila em Niterói - foi lançado o livro Inveja, mal secreto, por coincidência, o único de uma coletânea de sete livros intitulada Plenos Pecados que Carlos viu em uma reportagem feita justamente no horário em que ele assistia a TV no Jornal da Tarde.
Com o seu olha debochado e fazendo as analogias, aparece o ético jornalista escritor Zuenir Ventura justamente na hora em que não sendo do costume de Carlos estava ele diante da telinha da Globo.
Uma coincidência como esta pode ser construída com o tripé escuta ambiente da vítima (no caso Carlos) + mídia aparelhada + jornalista-escritor-psico-torturador coordenador do PCB para a imprensa – o voyeur de 2ª mão dos divãs do Rio de Janeiro.
Era um deboche via satélite – dando a entender que o livro sobre a inveja (qual seja, uma inveja específica, aquela inveja) era dirigido a alguém que poderia estar diante da TV e cujo livro também dava a entender ser ele o responsável pela "...provocação"(1) que "...tirava a tranqüilidade e a paz de espírito de outra pessoa e se põe a cutucá-la até que ela perca a calma"(1) - enquanto alguns dos vizinhos de Carlos "...botavam fogo no rabo do invejoso" (1) e de sua família?
Apesar de ter sentido o baque, na época, Carlos não teve o entendimento completo daquela provocação, por não desconfiar e nem saber que tinham a escuta de sua casa. Tinha que lutar pelo seu pão-de-cada-dia como taxista. Não deu bola para aquilo e procurou seguir a sua vida.
Mas, como militantes de um Partido cheio de sujeiras e paranóico por resguardá-las, na certa, estavam preocupados no que ele sairia falando por aí. Isto na realidade, foi somente uma justificativa de manipulação para "...botarem fogo no rabo do invejoso"(1). E aqui é importante que se esclareça isto. Carlos estava vivendo de seu táxi, e estava mais interessado em seu trabalho e na criação de seus filhos do que em sair por aí falando sobre aquela operação banimento por tortura psicológica do Partidão. Mesmo porque, ele somente tomou conhecimento da importância daquela informação em 2004, quando teve que parar para pensar direito o porquê estavam lhe perseguindo tanto por tanto tempo. Carlos, em um período de 10 anos falou somente duas vezes sobre aquela operação ba-ni-men-to do Partidão: uma vez na vila, durante o programa sobre o "Bateaux Mouche", e uma outra vez, quase dez anos depois, em conversa com o seu sogro Dr. Neymar Neves, que o espionava junto com os seus filhos, os cunhados de Carlos em Redenção da Serra.
É....podem rir!
Meu amigo Carlos é lerdão de raciocinio e na compreenção das coisas.
Um outro argumento que confirma ter sido esta perseguição uma vingança sofisticada da Patota, reside no fato de que, depois que Carlos acabou por se revoltar com esta situação e passou a descrevê-la quase minuciosamente, gravou vários CD's e disquetes, produzindo um Kit-Denúncia em que contava a sua história recheando-a com as provas circunstanciais (comprovante de multas, recibos de aluguel, fotos de seu carro batido, etc...e etc...), distribuindo-os na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e para alguns vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e depois pedindo a 23ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Ministério Público Federal e Polícia Federal para que investigassem a sua história, contando-a também ao jornal "O Estado de São Paulo" e revista "Isto É", ele não teve nenhum retorno como resposta, confirmando ter sido vítima de um crime "chapa branca" ou "pontogovpontobr". Portanto, não seria ele falar sobre este assunto, por duas vezes ao longo de 10 anos, de forma reservada, que levaria algum prejuízo aquela Patota.
Foi realmente uma vingança sofisticada.
Atuam segundo o princípio: se não há provas, não há crime. Logo o cara "...é maluco."
Reservaram a Carlos uma "tortura" perversamente planejada e homeopaticamente perpetuada, que mudou muito o curso de sua vida, que desde então já sofreu todo tipo de mise-en-scène de ameaças, manipulação e sacanagens diuturnas que uma patota de "prejudicados vingativos e psicotizadores", que contando com seus aparelhos – com seus agentes na milícia pública, agentes nas mídias, agentes no serviço público e com políticos influentes e muitos figurantes - verdadeiras forças ocultas, anônimas e dissimuladas, podem fazer com um seu desafeto isolado politicamente durante todos esses anos, quando por vezes, chegou a ter que se defender no corpo-a-corpo e com constrangimentos e humilhações diante de seus filhos.
E nessas sacanagens esse pessoal não perdoa nem crianças, apesar de inúmeras vezes se esconderem atrás delas, seja como bons samaritanos e defensores de cidadania, seja como provocadores e psicotorturadores.
Este tipo de perseguição/tormento, por ser dissimulado, "...psicológico", muitas vezes subliminar, mas nem sempre "...sem violência" absoluta no sentido restrito da palavra, dificilmente pode ser comprovado e jamais será investigado por qualquer polícia ou ministério público estadual ou federal com absoluta isenção, por serem estas instituições também motivadas politicamente pelos mesmos partidos envolvidos naquele imbróglio das aposentadorias e que hoje representam o establishment.
Explico: Na divisão entre o PCB e PC do B. Enquanto este decidia ir para a Guerrilha no Araguaia, aquele outro decidiu pela "via pacífica" investir na pequena burguesia e ir em busca do poder através das associações de profissionais liberais (OAB, ABI, ABL, SINDICATOS, etc...etc..), nos meios de comunicações, na cultura e pelas entranhas da máquina do Estado - Ministério Público, Polícia Federal, Receita Federal, etc..., etc... Percebe-se hoje, que a tese do Partidão venceu.
"Via pacífica", não quer dizer necessariamente via legal, isto é, dentro das leis vigentes em nosso país, como a nossa Constituição e o nosso Código Penal Brasileiro ou , a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Mas, podemos divulgar a história de Carlos e o modus operandis da patota, o que é um grande avanço, pois acabará por demonstrar, ressalvadas as devidas proporções, que grupos que se auto-intitulam de "esquerda", progressistas, de vanguarda e politikamenticorretos além de gostarem do erário público - como assim nos têm demonstrado as manchetes dos jornais - também possuem suas listas negras de perseguidos, seus atormentadores de plantão, e servem-se de seus Amílcares-Lobos-da-vida e usam o aparato de Estado para fins revanchistas e torturadores, ou seja, praticam com muito mais requinte e inteligência, sem deixarem rastros ou testemunhas, métodos que possuem a mesma natureza aos que a ditadura usava contra seus opositores.
Devemos mostrar, por exemplos, a todos, que os seus métodos podem fazê-los se sentir como o personagem vivido por David Carradine em O Ovo da Serpente de Ingmar Bergman e que somente pessoas que ousaram prejudicá-los saberão da existência deles. Devemos divulgá-los para que a sociedade possamos meditar se desejamos isto em uma democracia.
O princípio que norteia a defesa da lei e da democracia é o de que se assim não o fizermos, a próxima vítima poderá ser nós mesmos, um nosso filho ou neto.
O que é isso companheiros? Durante sua militância política, ainda na ditadura, Carlos foi preso junto com uns amigos por estarem pichando o muro de uma fábrica, na Av. Suburbana, palavras de ordem a favor de uma Constituinte. Ficou incomunicável por um dia e foi interrogado por um policial que queria saber quem os havia mandado fazer aquilo. Nada revelou. Teve sorte. Nenhum trauma para ele.
Hoje, nos último 10 anos, em pleno Estado democrático de direito, em uma democracia pela qual lutou, por entregar uma cópia de um pedido de investigação em um sindicato do qual ele era diretor e cedê-la a jornalista Sra. Bethe Costa e por ter informações que colocariam por terra a mascara de éticos e polica-Menti-correto de algumas "celebridades" militantes do PCB, veio sendo politicamente perseguido e torturado/transtornado pelos últimos 10 anos e não tem Comitê de Tortura Nunca Mais (um outro nicho do PCB) que ele possa recorrer e nenhuma indenização de perseguido por motivação política que possa reivindicar por ter perdido quatro empregos e pelo menos uma oportunidade de emprego e que veio sofrendo ameaças de que perderá o seu último emprego – a duras penas conquistado - como funcionário público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo se "...não fizer nenhuma besteira." Ou seja, se contar o que sofreu por parte desses grupamentos. Emprego conquistado com muito mais sacrifício do que qualquer um outro candidato do mesmo concurso, que não tivesse sendo atormentado para não conseguí-lo. Isto, sem contar os seus prejuízos materiais por ter tido que mudar de endereço por mais de sete vezes - uma vez foi com rescisão de contrato e portanto pagando multa rescisória, em sua terceira expulsão de moradia – e uma avalanche de multas de trânsito, sem contar os prejuízos por danos morais, perda de tranqüilidade, separação de seus filhos e toda uma série de coincidências sucessivas que perdurando por todo esse tempo com certeza trouxe-lhe muitos traumas uns superados e outros não, tais como angústia, sentimento de perseguição, a somatização de sua angústia com aparecimento de manchas roxas espalhadas pela sua região pélvica, dores no peito, tínus, taquicardias e que nas crises depressivas - de cujo conhecimento eles tinham através de escutas de sua residência e de seu divã - advinham pensamentos que iam do suicídio ao assassinato de alguém que estivesse participando daquele esquema sádico, como forma de por término àquele tormento, quando chegou a ficar várias vezes fóbico e ter sintomas de síndrome do pânico, por ficar mais vulnerável ainda, logo depois que sua mulher carregou seus dois filho para viver com eles no interior de São Paulo por não querer entender o seu comportamento estressado de seu marido, resultante de sua aflição por ter como pano de fundo de sua vida uma perseguição que dela não conseguia se livrar e que chegou a pensar em furar o próprio ouvido para não escutar os insultos, que, em geral "sussurrados", vinha escutando nos últimos 2 anos (2002~2004) e que no fim do ano, novembro e dezembro de 2004, acabou por ficar com um dos músculos de sua face sem controle (recuperado?), tamanha a decepção que lhe causaram em uma cidade no interior do Vale do Paraíba para onde também o baniram com o intuito de desferir-lhe uma curra psicológica de grande monta auxiliados pelos médicos da família de sua mulher, seus cunhados. Isto sem falar no conflito que se estabeleceu, em seu lar (que era do conhecimento deles), entre ele e sua mulher por ele achar que ela deveria ser mais solidária com ele, que a amava, e que enfrentando uma situação que lhe impuseram de forma cruel, não tinha sequer espaço para falar com ela sobre o que estava lhe acontecendo. E, por ele não querer que ela falasse em voz alta determinados assuntos que lhe fossem concernentes, dentro de sua própria casa. Ou, o apavoramento de ter que conviver com sua história abafada por ser difícil de contar e explicar a forma como eles o atormentavam, por não confiar em ninguém e pelo medo de falar sobre o que vinha ocorrendo e ser mais prejudicado ainda por isso, por envolver gente muito poderosa. Some-se a isto a humilhação de quem, consciente de que tem uma escuta em tempo integral, inevitavelmente tem que tratar de assunto íntimos e particulares dentro de sua casa. E, a maior das perversidades que foi a de afastá-lo de seus filhos por uma segunda vez e levando seus filhos a ficarem contra ele numa situação da qual ele sempre quis preservá-los.
Se isto não é tortura, camaradas é bom rever os seus conceitos.
Tortura é tortura. Seja física ou psicológica. A tortura psicológica não fica nada a dever a um pau-de-arara. Se na tortura física o hematoma é visível, na psicológica o hematoma não é visível - a não ser quando se somatiza - mas não deixa de existir.
Este método de atormentar/transtornar uma pessoa, faz o acima descrito com qualquer indivíduo, e no caso de Carlos, apesar de se passarem 10 longos anos daquele imbróglio, para ele, parece não mais que um ano. A vida continuou para todos, mas para ele parece que uma parte se cristalizou naquele episódio. E, se o objetivo era adoecê-lo com certeza de uma certa forma foi alcançado pois de lá para cá não houve um dia sequer em sua vida que ele não conseguisse ficar o dia inteiro sem pensar no que fizeram e estavam fazendo a ele e sua família, mulher e filhos, sem que ele pudesse efetivamente comprovar. E isto não só por ser as psicotização ininterruptas, e sem intervalos que lhe permitisse um descanso mental, mas por ter, ao longo desses anos, transformado em um pensamento compulsivo. Era o quê eles queriam.
Acrescento ainda entre os males que o abateram duas úlceras e uma gastrite diagnosticadas, logo após este período e um segundo afastamento de seus filhos com o constrangimento de ter ficado com a pecha de nervoso ou "..maluco" diante deles por ter se revoltado com aquela situação de teatro-realidade de sua vizinhança e dentro da família de sua mulher.
A técnica do tormento psicotizador produz na vítima, que a ele é submetida por longo tempo, o mesmo sintoma ou reações de quem sofreria da doença naturalmente. E, o objeto do tormento-psicotizador-produzido, por mais convicta que seja de que está sendo vítima de uma maquiavélica conspiração, por não ter o conhecimento de um "profissional" da área psicológica, em determinados momentos poderá titubiar, em relação a si mesmo ao procurar se auto-analizar procurando explicações sobre o porquê de ficar tão mal, quando a elas fica submetido. Pode inclusive levar a vítima a pensar que ela realmente tem algum problema, pois se não tivesse não sofreria tanto com este tipo de tortura.
Uma outra característica do tormento-psicotização, é que para a vítima, o transtorno é cumulativo e cansativo. Para os que fazem são brincadeiras. É um crime de muitos. E, crime em que muitos participam não há punição.
Seria nesse sentido, que nossos tutores ditatoriais se referiam quando falavam em "...democracia relativa"?
Tais métodos pode transformar qualquer cidadão democrata convicto, ou para ser mais preciso social-democrata, como Carlos, em um passageiro da "Nau dos Insensatos" que observa que a mesmo grupo capaz de mobilizar a população de uma zona sul do Rio de Janeiro para uma passeata a favor do desarmamento, pode estar por trás das ameaças de tapa na cara e flagrante de tóxico que lhe querem imputar de forma teatral dentro de uma delegacia, quando nela foi em socorro de seus direitos, e que a sua atitude só poderá ser a que se tem quando se esta assistindo ao filme: ficar sentado na poltrona, só que muito mais revoltado do que se estivesse vivendo tudo aquilo em uma ditadura.
Nesta nau estariam pessoas de origem judia que vivem falando sobre o massacre de seu povo pelos nazifacistas - como o psiquiatra Júlio Sérgio Waisseman, sua mãe Lily Waisseman ou aquele SR.RABINOD'ACABALADAINVEJA citado na pág.100 do livro de Zuenir Ventura - como se fossem pessoas que não pertencessem ao mesmo Partidão, possam colaborar como personagens que nada sabem, (ou pior, tentam esconder?) sobre a prática espúria dos divãs que vazam com intuito de psicotizar, mas que sabem muito sobre a inveja. É pura judiação. São os judeus que fazem jus a palavra judiar.
Ói que lindo!
Atormentavam e reprimiam Carlos obsessivamente. Atormentavam e reprimiam. Atormentavam e reprimiam. Qual a saída? A loucura da aflição, o sofrimento, a ansiedade, a insegurança, a raiva, a humilhação, a angústia, a desconfiança, todos os desconfortos psicológicos subsequentes.
Somente se visto por esse mesmo ângulo - o da insensatez - consiga-se explicar que médicos, que psicanalistas, que terapeutas, que psiquiatras e que psicólogos engajados, possam se preparar por anos em cursos universitários para sanar um ser humano, e irrefletidamente(?) passarem por cima do bom senso, de seus aprendizados, de seus códigos de ética, da declaração universal dos direitos humanos e principalmente de nossas próprias leis pétreas constitucionais, para colaborar com o justo oposto, tentando psicotizá-lo, tornando-o amargurado; fóbico; receoso; humilhado; ansioso; estressado; amedrontado; oprimido; nervoso; "...com problemas psicológicos"; envergonhado; desacreditado e enfim...doente.
Quanto mais se refletir sobre esse assunto, e na 2ª parte fica mais claro, mais decepcionado e amedrontados ficaremos ao perceber que os doutores engajados, envolvidos com a área de saúde, além de encaminhar as políticas sociais de saúde apregoadas pelos seus partidos, possuem uma outra função social, que é a de psicotizar, fazer adoecer e até atestar – remediando-o inapropriadamente - como pessoa "...que tem confusões mentais e ouve vozes", alguém, por ser uma persona non grata aos olhos de seus partidos, que ao persegui-lo como "...ingrato", "...detentor de um mal secreto", "...um animal" "...viado", um "...invejoso" e "...alcagüete da polícia" confirmaram ser ele, um conhecedor de seu "segredo de Fátima", enquanto estava, por eles, sendo espionado. Atitude esta sempre condenada por eles mesmos quando se tratava dos órgãos de repressão durante a ditadura. Somente o Partido, o Partidão, tem o direito ao secreto, e ao segredo. O partido da espionagem e do "Big Brother" não agüenta "...uma espiadinha".
O mesmo olhar deveremos ter para compreender aqueles que se disseram perseguido pela ditadura e, que até desfrutam de gordas aposentadorias por isso, sem entrarmos no mérito do merecimento ou não, passam a perseguir, como se a perseguição sob um regime democrático não fosse tão ou mais injusta e aviltante quanto aquela feita sob um regime de exceção. E, como se uma tortura psicológica fosse destituída de uma tortura física e esta não se constituísse daquela e o conceito de homem integral não existisse na dialética caolha e malandra da patota.
Resta constatarmos então, que os apelos à ética nunca passaram de uma reles figura de retórica daqueles que sempre vêm a público exigi-la quando se sentem atingidos pela sua falta. Eram pura encenações – a dissimulação, o teatro-realidade, o conto-do-vigário (a vigarisse) - em busca do poder.
Sim. Para esses grupos - o "...pessoal do bem" - direitos humanos, cidadania e direito ao segredo só tem validade para eles, para aqueles que não ousaram entravar-lhes os interesses e para aqueles que se fantasiam de politica-menti-korrretus.
Esse tipo de crime, acredite, é federal pois passou de um estado da federação para outro – do Rio de Janeiro para o Vale do Paraíba (SP) e no Vale do Paraíba, de um município para outro - sem perder suas características e seu modus operandis variando, talvez, em requinte e obsessividade.
Carlos não vai ganha nenhum prêmio de jornalismo investigativo, mas na pior das hipóteses, a divulgação de tais métodos poderá fazer o cidadão, que deles tiver conhecimento refletir um pouco mais se vale mesmo a pena pedir uma investigação, por mais justa e legítima que ela seja, e ficar sendo perseguido a vida toda ou abaixar a cabeça, enfiar a viola no saco, amedrontar-se e continuar sua vida normal, sob a égide do medo, conforme vivenciamos nos anos de chumbo.
Em meados de 2004, Carlos leu uma matéria em um jornal de São Paulo em que o repórter dava a entender que o Sr. João Francisco Daniel, irmão do prefeito assassinado Celso Daniel, tentou, em vão, "...se mudar para o interior da Bahia a procura de sossego e paz." Isto, dias depois, valeu um editorial de outro jornal, também de São Paulo, em que o editorialista pedia mais respeito dos políticos pela família do ex-prefeito de Santo André.
Carlos pode perfeitamente entender a que tipo de pressão deveriam estar sendo expostos e ficou muito curioso em saber a forma pela qual eles estariam sendo também punidos por ousar se confrontar com o poder em busca da verdade sobre o assassinato de seu parente. A curiosidade de Carlos era saber se a forma (modus operandis) com que eles estavam sendo desrespeitados tinha algum ponto em comum com o dele, o que o levou a telefonar para algumas redações de jornais e revistas e propor como pauta uma matéria sobre as perseguições desencadeada por partidos de esquerda a seus desafetos, pois talvez isso não fosse algo tão inusitado assim, e que o inusitado, seja a sua divulgação pela mídia.
Meu amigo é um sonhador.
Modus operandis
Com os métodos da patota você se sentirá, no início, como se o mundo estivesse contra você, sem se dar conta que são formas dissimuladas da ação de seus agentes que agirão segundo a orientação de quem tem a escuta de seu ambiente e a observação de sua casa, e no caso dele – Carlos - com informações que tinham de seu divã. Se Carlos com sua pequena experiência de militância ficou bastante tempo sem entender o que estava acontecendo, imaginem quem não tem nenhuma experiência nesse sentido? Mas, não se preocupe não, pois se você ficar por muito tempo sem se dar conta de que é uma perseguição, eles com certeza o farão fazê-lo sentir que é, senão para eles isso não terá a mínima graça. Aos poucos eles vão fazer você entender que tem conhecimento de tudo a seu respeito, e quando você finalmente entender como eles agem, num flashback, você compreenderá como agiram com você até então. Assim, explicando as diversas situações de estressamento e os porquês dos seus pães-com-manteiga sempre caírem com ela voltada para o chão. E, aí está a graça para eles: é você ter consciência e não poder fazer nada, não ter como se defende sem se prejudicar ainda mais. Com a consciência dos métodos usados por esses grupos você se sentirá vigiado todo o tempo, angustiado e surgirá um outro sentimento que é o de perseguição sem saber objetivamente quem esta fazendo isso consigo. A sua ansiedade e o seu estressamento serão constantes e se você for casado com uma mulher que por mais que você explique isto a ela, ela (estranhamente) não queira entender e ache que a sua atitude deve ser a de não se deixar se provocar por ninguém, independentemente do que façam com você, aí é o fim.
Você ficará varrendo problemas para debaixo do tapete, pensando assim, que um dias eles cessarão com aquela tortura. Engano, isto acabará criando um monstro, que não para de crescer. Porque eles irão explorar o seu cisma familiar, seu calcanhar de Aquiles, até as últimas conseqüências, transformando aquela mulher castradora, em uma espécie de testemunha íntima de seu "...problema psicológico". E, atuarão sempre na ausência dela. E, às vezes, de forma subliminar ou não, na sua presença. E, ela continua a dizer a você não ter percebido nada. E no final de tudo, mais de 10 anos depois, você irá se perguntar se ela, sua mulher, também não estaria por trás de toda esta trama macabra para psicotizá-lo ou apartir de quando ela entrou nessa trama ou se ela entrou para salvar a família dela, que descobertos por você que estavam participando de uma trama para sua psicotização, passou a chamá-los de "...família de médicos psicotorturadores". Pois, depois de 10 anos, de perseguição que, durante os quais você vem mostrando tudo a ela, e ela, num exercício de sadismo e perversidade, ainda aja de modo estranho com você dizendo que "...você tem que ser feliz e parar de reclamar dos outros" ou dizendo que você deveria fazer um "...tratamento".
De início é assim: eles montam campana e funcionam auxiliados com os seus colaboradores na milícia pública, na comunidade e na política local. Montam o chamado aparelho, - um personal torturer para ficar na sua cola, que fará o "...mundo girar em torno de seu umbigo" e nunca mais você será o dono do seu destino, pois com estas informações privilegiadas a seu respeito estarão sempre um passo ou dois a sua frente em tudo aquilo que for do seu interesse – digamos uma espécie de serviço reservado, como aqueles da Polícia Militar, isto se não for usado o da própria corporação, quando seus agentes, pessoas ligadas ao partido, estão no comando – cujo principal objetivo é vigiar sua vida através de escuta telefônica e/ou ambiente (aparelhos de escuta de longo alcance), mesmo que fora da esfera judicial e se possível com microcâmera com a qual observarão suas reações e promoverão as "coincidências" e com o tempo muita humilhação, sacanagem e tormento que o levarão a um estado psicológico deplorável.
Tendo este especialista como coordenador, maestro ou diretor, que faz a ponte entre a militância, contando com vários figurantes (que em sua grande maioria nem sabem o porquê estão fazendo aquilo com você mas fazem suas "micagens" assim mesmo) e que poderíamos chamá-lo de o "Grande Irmão", com carta branca entre os referidos agentes, que os contatos políticos lhe abrirão. Formando assim uma espécie de divisão social da tortura psicológica.
Esse esquema de formação de aparelho, que era montado, para nos anos da ditadura tentar minar um injusto sistema político de governo, em uma democracia passa a ser usado para perseguir e humilhar uma persona non grata que sabe demais ou lhes trouxe algum prejuízo, manchando-lhes a imagem e para o encaminhamento de um objetivo político qualquer que tenham em vista.
Sofrimento sob medida para a sua infelicidade
É inacreditável o quê uma escuta permanente por parte de pessoas, que lhe querem atormentar, pode fazer com sua vida e com sua psiquê. Em tese é impossível de se imaginar e, pela desagradável experiência de Carlos, ele não sabe o que é pior, se quando se tem consciência dela, a escuta, ou quando não se tem esta consciência.
É tortura psicológica. A eficiência desse sistema reside justamente em produzir sofrimentos sob medida para o sua infelicidade, em cima do conhecimento que se tem de sua intimidade sob todos os aspectos sem que a vítima possa comprová-los, até mesmo para os que o cercam.
É a vida copiando a arte. Quem viu "A lente do amor" coincidentemente na tela quente da Globo (segundo semestre de 2004, a tarde) , quando Carlos estava no ápice de seu sofrimento com a "curra psicológica" desferida por seu sogro, seus cunhados – todos médicos e trabalhando na área de saúde - sua vizinhaça, e por boa parte da população daquela cidadezinha de Redenção da Serra?
Fazia parte, ao longo da trama contra Carlos, parecer sempre querer que ele "...visse no outro aquilo que estava dentro"(1) dele.
Queriam despertá-lo, ou que ele associasse aquela tortura psicológica – com pinceladas de sacanagens - que estavam fazendo com ele com aquele filme, sem que ele pudesse sair falando sobre ela, sob pena de ter comprometida a sua saúde mental? E, antes ou depois daquele filme, coincidentemente não muito tempo distante um do outro, exibiram o "Mundo de Truman". Queriam mexer com a capacidade de compreensão e associação de Carlos?
É quando a TV invade o seu lar e interage com o seu sofrimento, ou seja, "...bota fogo no rabo do invejoso", mesmo quando ele se encontra sentado no sofá de sua casa. Entre outras coisas, seriam pinceladas de absurdo no meio de uma tortura psicológica, que ao narrá-las o fariam desacreditado e um louco em que o mundo "...gira em torno de seu umbigo”?
Como a notícia e reportagem que dirigida a muitos, tem endereço certo, pode também a programação ter este mesmo endereço?
Apartir do entendimento de como a patota o estava psicotorturando, explica-se as referências a filmes, que foram espalhadas no texto deste relato.
Quem o vigiava, o conhecia bem. E, sabia que ele entenderia aquela mensagem cifrada. É coisa de profissional da tortura psicológica de alta sofisticação.
Essa invasão de privacidade é uma forma segura para quem quer lhe prejudicar sem que você possa provar efetivamente que ela existiu ou existe e que você está sendo ou foi vítima dela. E se você contar, para um cidadão comum, podem taxá-lo como louco.
Se você for uma pessoa envolvida com o crime organizado, você poderá ser Anacondizado. Digamos que tem lá a sua justeza. Mas, se você for trabalhador e honesto, que apenas se defendeu num bateu-levou e foi uma testemunha acidental de uma maracutáia da patota, você será sacani-condizado ou psicoti-condizado.
E, quando você descobrir toda a tramóia, e quiser contar a sua versão dos fatos, você será engessado. Você será colocado em uma zona Z, - em uma faixa social - em que nada funcionará a seu favor. E não se admire, se, não muito raro, funcionarem contra você. Os poderes constituidos não funcionarão para quem está vivendo nesta zona Z. Aquele personal torturer que vai ficar na sua cola, e que fará o "...mundo girar em torno de seu umbigo" vai isolá-lo dos poderes constituidos. A Polícia, a Justiça, o M.P. e etc... e etc...não funcionarão para você. E aqueles, que por acaso, você forçosamente tiver que entrar em contato, de você, se esquivarão com as desculpas a mais diversas possíveis. E, um simples telefonema e até mesmo um e-mail, dependendo com quem você fala, pode ficar muito complicado para você.
Com um esquema desse, digamos que você tenha um direito líquido e certo, por exemplo, uma anistia dada pelo governo Itamar Franco para os demitidos das estatais no governo Collor. E, Carlos foi demitido da Embratel. E, digamos que, quem estivesse encaminhando a sua reintegração, fossem petistas de um outro sindicato, mas alheio ao seu problema, que supostamente não saberiam do seu caso no sindicato de sua categoria. Ao escutarem - através de escuta ambiente ou telefônica - o que você falar, no recôndito de seu lar, sobre aquele seu interesse naquele seu direito, logo irão se comunicar politicamente com aqueles outros ativistas políticos, mostrando-lhes o seu dossiê e contando a sua estória ao modo deles e aí vão empatarem o seu projeto de forma dissimulada não liberando documentos em tempo hábil que lhe permita entrar com um mandado de segurança, que teria um certo tempo, 6 meses (180 dias), para ser impetrado, para sua reintegração naquela estatal. E, para isso contarão com a sua própria ajuda, pois inconsciente de que estão lhe vigiando permanentemente, você mesmo cantará a pedra que eles usarão ou estão usando contra você, ao reclamar que a "...Fulana do PT (Carmen do Sintel) está prendendo um documento importante para você, e que assim você perderá o prazo para impetrar um mandado de segurança...". Farão isso tudo sem que você descubra, pelo menos de imediato. Depois de um certo tempo, você verá se repetir tudo aquilo que você disser dentro da sua casa.
Tudo bem! Você não vai perceber e contratará um advogada recomendada por sua mulher, que tinha uma causa trabalhista via sindicato da categoria dos servidores públicos. Depois que você pagar parte dos honorários que ele pediu inicialmente para dar entrada nos documentos ele misteriosamente não mais lhe receberá e todos os telefonemas que você der para tentar se comunicar com ele não terá retorno e ele nunca estará no escritório quando você sair de sua casa dizendo que vai lá, para "...lhe perguntar o quê está havendo". Mais uma vez você desistirá meio desconfiado daquele advogado e sem entender direito o porquê de seus empreendimentos não darem certo.
Passado um ano mais ou menos você entrará em contato com um outro advogado que um amigo taxista de seu ponto lhe recomendou, dizendo que ele tinha ganho uma causa trabalhista para ele, e elogiando muito o trabalho do profissional. O advogado, Dr. Leonardo, aparentemente muito bom, com escritório na Rio Branco, 181 sala 3302, que lhe fará ver como seria "...fácil a sua recolocação na empresa." Você entregará todos os documentos necessários para ele dar entrada no processo novamente e novamente tudo descrito acima se repetirá. Você nunca mais conseguirá falar com ele, nem mesmo por telefone.
Este último advogado lhe armará uma peça que somente muito depois você vai entender: no dia e hora marcados por telefone, você chegará ao escritório dele e sua secretária vai dizer que o Dr. Leonardo já "...estava para chegar, e o que o impedia era um pneu furado, praticamente na esquina de seu escritório". A secretária falou que ele "...não sabe trocar o pneu e estava esperando o socorro". Prestativo, você logo se prontificará a trocar o pneu para aquele cidadão que estava em apuros com um P.M. a pressioná-lo a tirar o carro daquele espaço valioso para o tráfego da Av. Rio Branco. Você trocará o pneu e além disso, levará na mala de seu carro uns azulejos para o pai do advogado que morava em Niterói. E, nunca mais conseguirá ver ou falar com o tal advogado.
Este tipo de tortura sob forma de Pegadinha, eles vão cansar de fazer com quem eles perseguem para psicotizar.
Coincidentemente, o responsável pelo SINTEL, que lutava pela anistia dos demitidos da era Collor, na Embratel, era Sr. Gilberto S. Palmares (da Embratel), um atual Deputado Estadual pelo PT.
Assim, um direito líquido e certo seu não se concretizará de jeito nenhum enquanto que as benesses deles se concretizarão, mesmo que direito algum eles tenham sobre elas.
Entenderam? Os camaradas cometeram os crimes de obstrução da justiça, invasão de privacidade e perseguição sem que você pudesse provar nada disso. E, Carlos somente foi descobrir isto muito tempo depois.
Você entrou no ar sem saber.
"Bem vindo ao mundo de "Truman, o Show da vida." Onde você nunca mais será o senhor do (seu) destino"
Desta forma, seu pão-com-manteiga cairá sempre com ela voltada para o chão e a Lei de Murphy será implacável aos seus negócios, mesmo que não tenham uma só chance deles darem errado. Você se sentirá um tolo ao descrever algumas situações, que você percebe, e que eles, depois de brincarem bastante com você, o deixarão perceber, por fazê-lo parecer com alguém defendendo alguma "teoria da conspiração."
Com este esquema, eles vão vasculhar a sua vida e passar a conhecer você e os seus; seus interesses; suas pendências; seus objetivos; suas necessidades; seus anseios; quem você conhece; se você se encontra sozinho em sua casa, com sua mulher ou com alguma visita; se ela acredita ou não naquilo que você relata a ela; aquilo que lhe incomoda; o jornal e ou a revista que lê ou assina (podendo inclusive sair nesses jornais e revista alguma reportagem que possa vir a influenciar suas decisões – fazer a sua cabeça, formar a sua opinião -, fazê-lo comentar algo sobre ela (reportagem), e assim transformar em informações que serão captadas pela escuta que tem de sua casa ou fazê-lo ciente de alguma informação que ignora, mas que são editadas com o intuito de fazê-lo cônscio dela, como por exemplo, o dispositivo GPS de rastreamento, colocando-o assim a par da tecnologia que estão usando no seu rastreamento sem que você possa ter provas de como o fizeram, o quê faria de você um lunático tentando convencer uma esposa incrédula em sua tese); as suas reações aos estímulos produzidos por eles; a sua rotina e a rotina dos seus; quais os motivos de suas cizânias com a sua mulher e com seus filhos; suas idiossincrasias (se tem o sono leve, se é um boquirroto, se tem ótima audição, se é uma pessoa estressada, reativo, prestativo e irritadiça e se é uma pessoa observadora ou não, por exemplo); os seus aspectos psicológicos (tais como fazer boas associações de fatos, idéias e palavras ou propensão ao isolamento, de se afastar de pessoas que você sinta que não gostem de você ou que se insinue como partícipe dessa perseguição, por exemplo); saberão se você sofre de alguma depressão ou não (no caso particular de Carlos, eles já sabiam através de sua psicotorturapeuta, mas no caso de qualquer uma outra pessoa que não dispusesse de uma psicotorturapeuta, ele ficarão sabendo, porque é inevitável que elas acabem por fazer comentários dentro de sua próprias casa sobre o assunto); saberão quem são os seus parentes e se eles também são do partido ou não (para depois com o tempo poderem chegar até eles, ou como no caso de Carlos, usarem eles como espiões que desfrutam de sua intimidade), em resumo como um rato de laboratório - um hamster - você será estudado e aí através dessa coleta e paralelo a elas – muito provavelmente gravadas - as coincidências, as torturas sob forma de tormentos e as "...torturas psicológicas" - como assim lhe atravessarão em conversas com terceiros - passarão a acontecer em sua vida, pois eles destacarão um personal torturer para ficar na sua "cola", que com o tempo saberá tudo sobre você, o seu(dele) objeto-vítima, e que podemos chamá-lo também de "O Grande Irmão".
Uma das características é a de tentar envolver o maior número de pessoas possível e inimagináveis para lhe provocar.
Entre tantas outras sacanagens, tudo que você disser dentro de sua casa passará a acontecer, e pessoas passarão por você repetindo pedaços de frase que você havia dito em seu lar. Outras virão provocá-lo de maneira estudada, isto é, virão fazer justamente aquilo que você não gosta, baseado naquilo que você fala dentro de sua casa. Você passará a ser fritado dentro de suas próprias cuecas.
Embora a patota tenha um linguajar rebuscado e erudito em suas análises conjunturais, é com palavreado rasteiro e fofocas que procurarão atingi-lo.
Você participará de uma espécie de "Big Brother" involuntário e sem direito a nenhum prêmio a não ser o de se emputecer. Isso mesmo sua vida passará a ser manipulada e você será editado no sentido restrito da palavra.
É pura perseguição, humilhação, manipulação, indução e "psicotização".
Você estará mergulhado em um micro-precursor do sistema descrito pelo visionário livro "1984" de George Orwell onde o "Big Brother" - o "Grande Irmão" -tudo ouve tudo vê e busca vaporizar o vestígio de todos que cometam a crimidéia de denunciá-los.
Primeira expulsão
Muita gente vai atravessar estrategicamente no seu caminho ou itinerário procurando confusão e lhe provocar de diversas e dissimuladas formas por qualquer papel de bala que você deixar cair e se prepare para se chatear muito. Antes de você desconfiar de que tem alguma coisa errada acontecendo, pode passar pela sua cabeça que você tem algum problema de relacionamento – é isto que eles querem, isto se chama INTROJEÇÃO, onde a vítima acaba olhando para ela mesma com o olhar de seus perseguidores - como resultado da insegurança com que você ficará, pois encontrará muitos vizinhos bastante mal intencionados e outros se fazendo de mal intencionados, cujo resultado é o mesmo, numa vila (Rua Fagundes Varela, 270 casa 3 – Ingá - Niterói) em que você for morar. Farão pagode até de madrugada na porta de sua casa, mesmo que você esteja com sua filha de seis meses doente, procurando confusão e se você se incomodar o líder deles o chamará para briga – por ser isto o que ele realmente quer, e para lhe testar até onde você vai para se defender e defender a sua família - e se você chamar a polícia, ela não tomará nenhuma atitude por parecer mancomunada com aquela situação.
Essas provocações não terão trégua, e serão deflagradas independentemente do momento por que você estiver passando. Com filho doente ou não, agirão da mesma maneira. E você deverá esconder quando estiver doente, pois este seu momento de fraqueza pode ser francamente explorado. Seu vizinho da casa em frente a sua, Laércio Cerqueira Salim, que obsessivamente se colocará como liderança das sacanagens pelo bairro, gritará que irá lhe "...expulsar da vila como já fizera antes com um tal Sr. Paulo por ser você um Judeu como o outro" e por ser ele um "...Libanês" tentando assim desvirtuar, e conseguindo por um certo tempo, o verdadeiro sentido daquelas agressões dissimuladas sob rusgas de vizinhos.
O dia que você estiver saindo com seu filho de 5 anos para levá-lo a fonoaudióloga poderá ser alvo de uma lata de cerveja quase cheia que passará raspando sobre a cabeça dele. Este fato o deixará quase a ponto de cometer uma loucura.
Seu vizinho chamará o tempo todo pessoas que, com ele freqüentam o bar da esquina para ficar lhe mostrando e o ameaçando dissimuladamente, tentando e até conseguindo constranger-lhe dentro de sua própria casa. Pois mesmo quando ele não estiver em casa, alguém lá ficará para substitui-lo e ficar tentando irritá-lo com suas micagens. Sempre que você for dar um passeio com a sua família e tiver que passar em frente ao bar que eles freqüentam, por mais despercebido que você se faça, eles sempre tentarão lhe constranger. E, o mesmo ocorrerá nos arredores de seu bairro.
Chegarão ao cúmulo de no dia do batizado de sua filha, fazerem um churrasco ao lado de sua casa para ficar entrando fumaça para dentro dela, tendo como freqüentadores, pessoas que ficaram fingindo estarem armadas. Tudo isso para tirar o seu sossego. Os tipos de provocações serão muitos e variados e irão da ameaça diária e acintosa às sacanagens diuturnas, como colocarem comida de passarinho sobre o seu carro de trabalho para que os pombos o sujem.
Seu filho, de 5 anos na época, não poderá brincar um dia se quer em frente a sua casa, sem que venha a ser surrado várias vezes por dia, pelos filhos dos vizinhos, e, não raramente, por todos ao mesmo tempo. Haverá um dia em que você será testemunha da crueldade infantil, quando o filho do vizinho que liderava aquele complô contra a sua família, correndo ao lado do seu em uma brincadeira aparentemente inocente, dar um empurrão em seu filho justamente na hora em que os dois, lado a lado, passavam próximos a uma protuberância da janela de uma das casas. Ver o supercílio de seu filho sangrando após testemunhar esta crueldade infantil incentivada por pais que lhe querem atingir e expusá-lo de sua moradia é revoltante. O pior ódio que exite é o ódio por motivação política. Este não respeita ninguém.
Você e sua família será alvo do ódio de sua vizinhança sem entender o porquê. Sim, porque na época, você nem desconfiava que tinham a escuta de sua casa e muito menos que tratava-se do tal tormento dirigido.
No aniversário dos amiguinhos dele você mandará presentes, mas nem isso adiantará como forma de aproximação e mesmo que com delicadeza e educação você tente solucionar o problema durante 1(um) ano e meio, não será atendido. Um ano e meio de provocações ininterruptas. Você irá perceber então que de alguma forma aquele pessoal estará afim de atingi-lo através de seu filho, e então você vai prendê-lo em casa para protege-lo, enquanto todos os amiguinhos dele irão brincar em frente a sua casa tentando afrontá-lo. Aquelas crianças muito provavelmente eram instruídas por seus pais. E mesmo que o tal vizinho faça tudo isso com você, você perceberá que boa parte da vizinhança parecerá corroborar naquilo. E alguns começarão a ajudá-lo a produzir um cheiro de alguma substância química, por ser ele um farmacêutico, talvez enxofre, para dentro de sua casa durante a noite. Nos fins de semana irão colocar T-O-D-A-S as crianças para brincarem aos berros, histeria e provocações em frente a sua varanda e bolas irão a toda hora bater na sua grade da janela e farão tanto barulho que você será incapaz de ver uma TV, ler ou dormir e obrigatoriamente você terá que sair de casa e dar uma volta para refrescar a cabeça. Inúmeras vezes você terá que sair de sua casa e passear forçosamente para não brigar. Se nos fundos da sua casa tiver um estacionamento, você poderá ser acordado de madrugada com tiros de revólver disparados de dentro desse estacionamento para intimidá-lo. Depois de por umas três vezes que você inutilmente chamar a polícia para dirimir conflitos causados por eles, você, por mais revoltante que seja, vai pensar e chegará a conclusão que é melhor vender a sua casa e se mudar dali.
Você vai reclamar para seus cunhados, a Dr.ª. Marina e o Dr. Júlio Waisseman, o que está acontecendo com sua família, e eles não vão dar muita atenção para o assunto. Você achará que eles não estão querendo valorizar aquilo, não tocará naquele problema. Mas, entre outras coisas sempre desconfiará daquele desinteresse deles no assunto. Um desinteresse que não era normal. Mas, quando anos mais tarde você descobrir que eles sabiam de tudo aquilo e se fizeram de desentendidos e dissimulados, você vai entender até que ponto pode chegar a "...perfídia da malícia (1)."
Foi justamente neste período em que você morava na vila, que, talvez, movidos pela memória do editor ou daquele repórter que cobria o caso "Bateaux Mouche", irão transmitir o especial na TV sobre o assunto e ouvirá o seu comentário de que "...a Yara Amaral era do Partidão...e aqueles sacanas tinham informações do divã de um dos espanhóis e sabiam que ele iria fugir do país." E, na época, você sequer atinava para a importância dessa informação, ou seja, como ela por si só valeria todo o empenho do Partido em lhe perseguir. Na realidade você nem sabia que era o partido que estava lhe sacaniando sob a forma dissimulada de rusga entre vizinhos.
Também, foi nesta sua moradia que você viu o debochado lançamento do livro "Inveja, mal secreto" pelo ético jornalista escritor Zuenir Ventura.
Você ficará com a nítida impressão de que foi "..expulso" daquela vila conforme aquele morador havia lhe jurado.
Depois poderão, por exemplo, homeopaticamente abarrotar um de seus carros de multas (uns R$ 4 mil mais ou menos), e cada vez que você passar por determinados guardas de trânsito do município, eles poderão simular (fingir) que estão lhe aplicando mais multas, só para instigar a sua "neura", que diante mão, eles estão sabendo, você ficará muito preocupado e tenso, por terem a escuta ambiente de sua casa e por conhecer sua reação. Com este simulacro, cada multa que lhe aplicarão valerá por dez o que o deixará a-pa-vo-ra-do. Pois vários guarda municipais irão fingir que estão lhe dando multas sempre que você passar por eles. E, como existe uma desproporção entre o número de multas que lhe aplicam e o número que encenam, você procurará relaxar. E, quando você assim o fizer, "os escutas" de sua casa perceberão e mandarão aplicar-lhe mais, para você ficar neurótico com elas.
Você por telefone em conversa com uma amiga reclamará indignado contra as multas e da forma com que elas estão aparecendo, e depois de dois dias aparecerá um cidadão que lhe fará um teatrinho procurando confusão com você ao estacionar o carro dele no seu ponto de taxi. Você discutirá com ele e no outro dia ele estará num bar rodeado de guardas-municipais de trânsito apontando para você, que se encontra em seu ponto de táxi trabalhando, dando a entender a você que vão lhe aplicar mais multas ainda. Esqueça a palavra sossego. Ele não existirá para você.
E as multas não pararão de chegar, ainda mais por serem elas, as multas, motivos de brigas entre você e sua mulher, porque o carro mais multado estará em nome dela e eles a ouvirão, através da escuta do que se passa em sua casa, quando ela gritar pra que você: "...seu infeliz...tire o carro do meu nome, vou acabar com a carteira suja e cassada por conta disso."
O engraçado disso tudo é que ela nem dirigia.
Eles irão explorar as discordâncias e a crise conjugal entre você e sua simplória mulher que não desconfia e nem quer saber ou entender que você esta sendo espionado e sacaniado. E, quanto mais você relatar fatos como fator de convencimento de que aquilo tudo esta sendo orquestrado contra você, mais ela achará que "...você implica com qualquer um" e "...acha que o mundo gira em torno do seu umbigo." Ela estranhamente irá sempre se colocar entre você e aqueles que estão lhe sacaniando.
Ela nunca pensará de outra forma, e sua vida e os revezes que ela tiver serão sempre estruturados por este comportamento dela em não entender o que está se passando com você. Ou, quem sabe? Ela foi colocada alí para isso?
Esta mulher caiu do céu para os planos deles.
Planos que irão ficar cada vez mais sofisticados até chegar na trama da psicotização dentro da casa de seus sogros e cunhados.
Em cima dessa fissura do casal, enfiarão uma cunha que o farão se separar. É em cima dela que eles vão criar o seu tormento mais íntimo. Vão procurar estragar o seu relacionamento com ela a todo custo. E, o seu tormento fabricado acabará por ganhar força própria dentro de sua casa, pois o seu vizinho, que o provoca o tempo todo, terá um tratamento mais digno que você dentro de sua própria casa.
E, ao final de dez (10) anos do começo de tudo e dois (anos) apartir do seu relato ter início, você se perguntará até que ponto esta mulher caiu do céu para os planos deles, ou apartir de que ponto ela passou para o lado deles?
O Casal de sádicos com diploma de doutores dá as caras
Cansado de ficar exposto às sacanagens, por ter como ganha-pão o trabalho como motorista de taxi, tentará voltar para a imprensa e lá eles o instalarão como subchefe de arte no Jornal dos Sports em 1998, profissão que você gosta. Seus algozes deixarão você se estabelecer e depois de ouvi-lo dizer em sua casa, que "...apesar de trabalhar muito, foi a melhor coisa que me aconteceu em minha vida nos últimos tempos", coincidentemente logo depois que você disser isto, virá um figurão, que, até então, você nunca ouviu falar, e o bicará para o olho da rua. E, em 2004, você descobre que o figurão se chamava Sérgio Henrique Sá Leitão Filho, militante de um daqueles partidos inicialmente citados e assessor especial do Ministério da Cultura (do ministro Gilberto Gil).
Outro exemplo de tortura com requinte de crueldade: o Jornal dos Sports, que pertence a família VELOSO, e que um de seus membros, o jovem Luiz Augusto Veloso, tinha sido um dos prejudicados naquela mamata das aposentadorias, admitiu Carlos em sua empresa, para logo depois, que ouvi-lo falar em sua casa que estava contente de ter conseguido voltar a trabalhar com diagramação, irá demiti-lo através do Sr. Sérgio Henrique Sá Leitão Filho.
E, logo depois de demitido, virão os seus cunhados, o psiquiatra Dr. Júlio Sérgio Waisseman e a Drª Marina Baptista de Azevedo cumprimentá-lo da seguinte forma: como vai o táxi? Tá bom o táxi?
Um casal de sádicos com diploma de doutores.
Como perseguido político, você poderá ter uma certeza. Sempre irá para frente por força de um pontapé no traseiro.
Na vila em que você mora, poderão assobiar para sua mulher quando ela estiver saindo para o trabalho e se você reagir com indignação esse mesmo assobio será espalhado por todos os lugares que você freqüentar durante quase o dia todo, todos os dias. E, oito anos depois ele aparecerá dentro da casa de seu sogro, na tentativa de transformar a tortura psicológica frustrada - pois você a percebeu a tempo -, como forma de banalizar e transformar em simples chacota o seu induzimento a um tratamento psicológico arquitetado pelo Partido, por ele e pelos seus cunhados, todos médicos e militantes dos partidos inicialmente citados.
Nesta perseguição desencadeada a você, dá para observar, pelo jeito que as pessoas agem, que parecem conhecê-lo sem que o tivessem visto antes. Passam lhe subliminarmente o sentimento de que você está sendo mostrado por alguém que você não sabe quem. E, os lugares por mais belo e tranqüilo que sejam, você não vai conseguir desfrutar da beleza e nem de sua tranqüilidade. E, o seu sonho, que todos temos quando nos mudamos para algum lugar, vão se transformando em pesadelos que parecem repetições dos pesadelos passados nos lugares dos quais você, por causa deles, tinha se mudado.
Ameaças dentro da delegacia
Você vai vender sua casa e vai se mudar para o aluguel, com receio de que poderá encontrar esse mesmo tipo de vizinhança em outro lugar, por parecer muito estranha a forma com que eles agem. Eles saberão exatamente para onde você foi, e muitas vezes, como demonstração de eficiência, lá se instalarão (na forma de outros agentes) antes de você, no seu aguardo, e as sacanagens continuarão. E em novo endereço, num sobrado da Rua Princesa Isabel, 113 – Térreo (Bairro de Fátima – Niterói), por exemplo, o novo vizinho, Élcio da Cruz Mondengo, sem mais nem porquê, começará a reclamar da sua "...rotina pesada" e do seu barulho mesmo que você reprima seus filhos o tempo todo para não dar margem a se repetir o mesmo que aconteceu na vila e nenhum barulho você faça. Ele também cavará confusão consigo, batendo de forma constante em seu teto, inclusive de madrugada, quando você silenciosamente levar sua filha de 3 anos para fazer xixi durante a noite. E sua mulher que tem o sono profundo, que não acordaria nem com a explosão de uma cabeça-de-nêgo ao lado dela, não verá nada disso. Ele irá perturbá-lo a qualquer preço, até mesmo com disparos de arma automática para amedrontá-lo e ameaçando-o de forma velada, da mesma forma como fizeram na vila.
Você acionará o 190 (o chamado de emergência) e eles não comparecerão ao seu chamado. E se você for até a autoridade responsável pela área, uma delegacia de polícia, por exemplo, ela, na figura de um delegado, passará a lhe questionar, dizendo que "...você não sabe identificar o disparo de uma arma automática" e que só "...mandaria a polícia para casos de tráfico e assaltos" e se voltará contra você de forma teatral fazendo menção que você é um "...usuário de tóxico ou maluco e que está criando confusão com um morador antigo que vive a mais de 30 anos no bairro", demonstrando exatamente de que lado da pendenga está, quando também o então detetive estará com a mão armada para esbofetiá-lo dentro da delegacia que você procurou para socorrer os seus direitos. Isto depois que ele se certificar, inquirindo-o, de que você não tem testemunha daquilo que se passa com o seu novo vizinho. Você fará um relato para um B.O. e tudo o que você disser no boletim aparecerá com mais freqüência dali por diante. Entre outras coisas você relatará principalmente um diálogo entre um casal, em que um homem se fingindo de irritado começa a falar "...esse safado, filho de uma puta não vai ficar aqui" e uma mulher tentando acalmá-lo retruca "...deixa ele prá lá, não faz isso." (Este diálogo senhores aparecerá em vários lugares em que você for morar e por último dentro da casa de seu sogro, quase 7 anos depois, que será reproduzido pelo seu cunhado Mário Celso e sua mulher Kátia que trabalham no PSF – Programa Saúde Família que tinha como chefe o seu sogro Dr. Neymar Neves).
Por lhe passarem a impressão de estar tudo combinado entre eles e por você não poder provar que eles estão mancomunados naquilo, você sairá de lá revoltado e apavorado depois de ser ameaçado dentro da própria delegacia.
Eles não darão a você a cópia do boletim de ocorrência, mas sim um protocolo para que você o pegue dois dias depois. Você apavorado e tendo que ganhar o seu pão de cada dia, ficará com o protocolo e nunca mais terá coragem para voltar aquela delegacia, procurando evitar confusão.
Só depois de muito tempo é que você vai saber como ele fizeram aquilo: com uma escuta de sua casa. Aí você vai entender porque o delegado e outros policiais pareciam que tinham chegado com pressa, na delegacia no dia em que você foi prestar seu depoimento.
Somente com o tempo você perceberá que a tática deles é esta: se a polícia age dessa forma com você, a quem você irá recorrer?
Falará dentro de sua casa com sua mulher o quê aconteceu, e eles estarão ouvindo você dizer que "...não é doido de ficar peitando polícia" e ficarão cada vez mais seguros de que você será sempre um refém de suas ameaças, mesmo as dissimuladas e daí você estará amarrado com o barbante do medo de polícia, pois como um pária em cidadania você constatará com freqüência a presença de nossas Polícias Militares como agente da sacanagem e que na melhor das hipóteses elas estarão atuando de forma omissa no cumprimento de seu dever. E, a partir dai é que a Polícia Militar passará a atuar como ícone de sua perseguição e tormento.
Muitas patamos cheias de soldados e até mesmo oficiais passarão por você durante todos os dias, rindo de sua cara a qualquer hora e principalmente a cada pegadinha que você cair. Agem como se eles estivessem apontando-o para os outros policiais. E numa blitz eles o reconhecerão e farão você parar e revistará o seu carro, como se fosse algo de rotina. Mas um deles se afastará, começará a cochichar com um outro e ficará apontando-o, como muitos o farão durante muito tempo, conforme o início de tudo dentro da redação do jornal em que você trabalhava e de acordo com o que você disse a sua psicotorturapeuta Márcia Herlich.
Como você trabalha como taxista e volta-e-meia seu carro está na mecânica, não seria muito difícil para eles instalarem algum tipo de rastreador em seu carro. Passará a coincidir a presença da patamo da Polícia Militar nos lugares em que você estiver a tal ponto, que você desconfiará de estar sendo monitorado por algum localizador, mas não tomará iniciativa em esclarecer por medo de ver a sua busca por seus direitos mais uma vez serem frustradas e por não ter tempo suficiente para parar de trabalhar, pois como autônomo você tem que fazer o seu próprio dinheiro e não daria este gostinho de ser ridicularizado por conta de provocações. E, já que você não tem nada a temer, pra que se preocupar com um rastreador.
Foi um erro pois esta patota é obsessiva e o que você fez foi varrer aquele problema para debaixo do tapete.
"...Uma tortura psicológica"
Você não querendo rescindir o contrato do aluguel do sobrado, passará 30 meses sendo acordado várias vezes no meio da madrugada não conseguindo ter um sono tranqüilo do início ao fim, durante uma noite sequer. Não deixar dormir é um dos métodos de tortura mais eficazes, pois leva sua vítima a ficar em estado de estresse altíssimo. E, alguns vazamentos inexplicáveis de água que estragarão seus livros e documentos surgirão e terá sua luz, ou água interrompida justamente quando você estiver no banho, principalmente quando a caixa de luz e a bomba d'água for única para sua casa e a do seu vizinho de cima.
Ele aproveitará qualquer discussão que você tiver dentro de sua casa, seja com seus filhos ou com sua esposa para poder lhe irritar batendo fortemente em seu teto exatamente naquela hora. E se você for para a sala, lá ele socará o seu teto, se você for para o quarto, para lá ele também irá bater, e se você for para a cozinha para lá ele mudará da mesma forma, batendo, procurando lhe irritar todo o tempo. Aí você não agüentará, e num ato de desespero e indignação por tanto tempo de provocação, sairá de casa, pegará um tijolo e acertará a janela dele. Ele aparecerá com a cara mais cínica possível e irá lhe perguntar "...por que você fez isso comigo?" Logo depois ele irá chamar a Polícia Militar para lhe constranger diante de seus filhos, em mais uma encenação ridícula de inversão de papéis em que o provocador se faz de vítima e a vítima se torna o provocador.
E do lado de quem você acha que ficará a sua mulher?
Ela finge não ver aquelas provocações do vizinho de cima do sobrado durante uma dicussão entre Carlos e ela, e pede desculpas ao vizinho e paga a janela quebrada pela pedrada de Carlos.
Na conclusão deste relato você verá que sua imagem diante de seus filhos, com o tempo, irá de deteriorar e isto, para Carlos, foi o maior crime que eles cometeram contra ele. Ele já estava sendo editado, como pessoa com problemas psicológicos, para seus filhos, sem que ainda se desse conta de tal edição.
Irão colocar pessoas para fazerem um teatrinho de que irão lhe executar, e isto você verá acontecer tanto em Niterói, o berço do Partidão, quanto na distante cidadezinha de Redenção da Serra, situada no Vale do Paraíba, anos mais tarde. É uma caçada obsessiva e angustiante.
Depois de 1 ano e meio nesse sobrado, sofrendo com provocações initerruptas, você terá taquicardias, dores no peito, suores noturno e ficará fóbico sempre que começarem a provocá-lo, mesmo que dissimuladamente. Você ficará com uma tremedeira interna. Uma tremedeira nas suas entranhas. Isto vai mexer com você de forma visceral.
Querem que você sofra e vão atravessar recados por outrem, para você ficar sabendo que aquilo "...é uma espécie de tortura chinesa", uma "...tortura psicológica". Todas as atitudes deles serão psicológicamente dissimuladas, um crime que sempre será imputado a loucura entre aspas da própria vítima. Esta é uma das piores tortura que existe, pois parece que todos estão contra você.
Enquanto no cárcere, mesmo que você se encontre sozinho pendurado em um pau-de-arara, você tem certeza de que alguém lá fora, pensa como você, neste tipo de tortura sempre parece que todos estão contra você, o quê, termina por aumentar sua angústia, pois parece que ninguém a sua volta se importa com você nem com o seu sofrimento. A tortura psicológica, que faz tanto mal quanto qualquer pau-de-arara, é ato vil de quem tem vergonha de assumir que tortura. E qualquer tipo de tortura é, segundo palavras do próprio Hélio Peregrino, "...um crime de lesa-pátria."
Neurotização
Eles o induzirão a associar a sua presença a um ou mais sons que lhe sejam irritantes, mesmo que corriqueiros e bobos, como assobios e ou latidos de cachorros, como determinada notícia que dirigidas a milhões de telespectadores pode possuir endereço certo, e sempre que você estiver chegando ou saindo de casa, se preparando para dormir ou dormindo, brigando ou reclamando com o filho ou com a mulher, eles vão disparar o tal som.
As crianças não perceberam nada do que está acontecendo com você e você sempre procurará preservá-las desse ambiente, desta guerra em sudina, procurando mostrar pra elas que "A vida é bela". Mesmo a contragosto dela, você colocará sua mulher a par de tudo o que vem lhe ocorrendo, mas ela escuta tudo e fica calada. Hoje, em 2005, você começará a ficar desconfiado das atitudes estranhas dela e se indagará se ela fazia parte da tramóia de sua psicotização ou se ele passou a participar depois que você brigou com a família dela toda por conta de ter descoberto a tramóia dentro da casa deles.
Eles começarão da seguinte forma: sempre que você estiver chegando em sua casa, eles emitirão aquele som. Emitirão aquele som várias vezes por dia em função da sua presença, do local em que você estiver e daquilo que você estiver fazendo, que será detectada por alguém ou alguma câmara escondida, inclusive colocando em certos dias praticamente toda a redondeza para reproduzi-lo durante a madrugada, sabendo que você acordará e depois de um certo tempo (27 meses X 30 dias = 810 dias por uma média de 15 a 20 vezes por dia = entre 8100 a 16200 vezes), você não suportará mais aquele som. Você sabe que está sendo espionado e associará aqueles sons ao momento ruim em que você está vivendo. Estão lhe criando uma neurose. Freud explicar. O que não dá para explicar é a quantidade enorme de médicos, psicólogos, psicanalistas e psiquiatras – os psicotorturapeutas - envolvidos com este tipo de tortura.
No dia em que sua mulher sair de casa para viver com seus dois filho em São Paulo, por não agüentar o seu modo estressado e ansioso de lidar com os afazeres de sua casa e sua rotina, você pegará o telefone e falará com seu irmão que não agüenta mais ouvir o som com o qual estão lhe atormentando. Erro crasso, pois você acabou de dizer a eles que o objetivo deles foi alcançado. E, esse som dali em diante será uma das marcas registradas de sua perseguição e aparecerá em todos os lugares possíveis e imaginários e o acompanhará em todo o seu percurso de moradia juntamente com o assobio que deram para a sua mulher na vila da qual sua família foi expulsa. Com isso eles amararam o significante ao significado.
TERCEIRA PARTE
O segredo do tormento dissimulado
Por ser um som – pasmem! Latido de cachorro (gravado ?) - muito vulgar e encontrado em todos os cantos, eles poderão dispará-lo sem que ninguém perceba que é com você e sem que você possa falar nada com alguém sob pena de ser alvo de gracejos ou ridicularizado por isso. Mas, ficará trincado o tempo todo, sabendo que é com você que estão mexendo.
Este som associado a escuta que eles tem de seu ambiente o tornará uma vítima indefesa de suas provocações. A não ser que você queira ser chamado de louco e vítima de mais gracejos, jamais poderá denunciá-los. Você será acordado constantemente por este som, seja no meio da noite ou de madrugada. E inúmeras serão as provocações que poderão fazer com este inocente e vulgar som. De tal maneira, que em suas depressões, se você as tiver, ficará difícil distinguir aquele que é casual daquele que lhe é dirigido. E, é este o segredo do tormento dissimulado.
Você hipersensível por seu casamento esta se desmoronando, aí é que eles vão explorar este seu flanco e você não ficará sossegado um dia seque dentro de sua própria casa. Até porque, você sabe, estarem eles conscientemente trabalhando o seu inconsciente e então você se sentirá vigiado o tempo todo. E aí quando você estiver transando com sua mulher e no clímax da relação eles vão disparar aquele som ou bater em seu teto, que você sabe ser provocação e que estarão dizendo a você que estão sabendo o que está se passando na intimidade da sua casa. Com isso se estabelece um diálogo sem palavras em que eles, certamente munidos com sua psicologia aplicada à tortura e auxiliados por suas escutas, devem saber que o incomodarão, por tirar a sua concentração de qualquer coisa que você esteja fazendo e por se sentir provocado e vigiado o tempo todo sem poder fazer nada para se defender e por ser até mesmo difícil de explicar em poucas palavras. Você se sentirá cada dia mais ansioso e angustiado com essa nova situação, pois em sua rotina diária, você constatará sempre a presença deles, no mínimo, sem vê-los, pois você estará ouvindo aquele som obsessivo produzido por eles em momentos significativo da sua intimidade. Eles agirão em bloco em todos os lugares que você estiver.
Vivenciando este pesadelo diário e initerrupto, você não irá para um psiquiatra por pura convicção de que não tem nada de desequilíbrio mental e sim sendo vítima de uma perversa vingança da patota-polítika-menti-korrreta.
Você se sentirá sob um regime de liberdade vigiada
Se o seu casamento estiver ruindo por incompreensão e insensibilidade de sua mulher em lhe recusar a ser solidária e entender que além de você sofrer de uma depressão cíclica, você tem o direito de reagir àquelas situações de provocações que já perduravam por muito tempo e que elas são a principal responsável pela sua anciedade, pelo seu estresse e esgotamento emocional, aí será um prato cheio para eles se deliciarem em atormentá-lo sem que você possa reagir contando com uma espécie de aliada – ou inocente útil - dentro de sua casa. Numa postura estranha, ela carregará os seus filho dizendo que não está se separando, "...mas dando um tempo na relação."
Esta situação que você está vivendo lhe deixará num estresse constante, aponto de você querer conversar sobre assuntos, que lhes são concernentes, com sua mulher através de gestos e escritas, o quê ela rechaçará veementemente e passará, até como auto-afirmação, a gritar coisas as quais não deveriam ser ditas nem em sussurros.
Ela, por ser simplória, rebaterá todos os seus argumentos para convencê-la de que tudo o que vem acontecendo na sua vida está sendo orquestrado, dizendo "...você se acha o centro do mundo, enxergue que você não é tão importante assim para que o persigam". Eles vão escutar esta frase de sua própria mulher, que não faz nenhum esforço em falar absolutamente nada em voz baixa e íntima por não acreditar em sua tese que estão lhe vigiando e provocando e você depois escutara esta mesma frase de outras pessoas como forma de ridicularizá-lo. Cientes de que as provocações são um fator de seu estressamento e pivô de brigas e desentendimentos dentro de sua casa terão aí um bom combustível para elas. Você sempre ficará inseguro e indeciso entre o revidamento das agressões e provocações ininterruptas dirigidas a você e o convívio com sua mulher que lhe rejeita as explicações e cuja incompatibilidade de gênios parece irreconciliáveis diante daquela situação. E, seus filhos, estes sim, parecem ser os únicos contatos afetivos que você tem, mas que, o estresse constante impostos por eles, o deixarão com falta de paciência com eles, por mais que você os ame.
Vivenciando esta loucura durante o seu dia de serviço e chegando a hora de largar o seu serviço e tiver que voltar para casa, você vai com um medo do que poderá estar esperando por você.
Táxi vomitado. Uma batida sob suspeita. E segunda expulsão
Se, por falta de opção, você estiver trabalhando em um táxi, como era o caso de Carlos, por vezes (espaçadamente umas quatro ou cinco) poderão entrar em seu táxi, na figura de um passageiro comum e vomitá-lo, e depois que você limpá-lo, para que você não pense que foi um acidente comum de trabalho – o que poderia acontecer com qualquer taxista - eles voltarão para mostrá-lo, com seus códigos de identificação, não ter sido um acidente e sim um incidente covardemente provocados por eles. E, aí você não saberá se deve ficar alegre ou triste quando entrar algum passageiro em seu táxi. É isso que querem, que você sofra em tempo integral. É isso um sofrimento que ninguém vê, nem mesmo aqueles que o rodeiam.
Você vai entender o que eles estão fazendo com você e não vai saber o quê fazer para se defender ou conseguir parar esta perseguição. E isso, por vezes, estragará todo o seu dia, pois você não conseguirá pensar em outra coisa a não ser nesses episódios que o deixarão com muita raiva o tempo todo. Várias serão a formas de tentarem lhe sacaniar em todos os pontos de taxi que você tiver possibilidade de parar : aparecerão pessoas para lhe apontar; aparecerá os mesmos sons provocativos e que você ouve em sua casa e que não o deixa dormir; pessoas estranhas que lhe xingarão de "'...animal" no meio da rua como fazia o seu vizinho da vila; gracinhas, como chamadas trote e passageiros-agentes que o recusarão seus serviços por motivos fúteis, numa espécie de mutirão para aumentar o seu inferno astral.
Pessoas dentro da cooperativa em que você trabalha não largarão do seu pé, sempre criando um caso com você até conseguirem lhe dar uma suspensão injusta de um dia de trabalho através de armações covardes, que a princípio você ficará somente desconfiado que é uma armação com vínculo político, mas que, com o tempo e com as novas informações que lhe passarão, confirmarão ter a armação o vínculo que você desconfiou, pois o pai do cooperado que armou isso para você era um oficial da reserva da Aeronáutica militante do PSD e era candidato a prefeitura de Itaguaí, um município vizinho de Niterói.
Eles vão torturar dissimuladamente e lhe mostrar pistas de que eles estão fazendo isto com você sem que você possa provar absolutamente nada. Todo esse massacre, tem um propósito: colocar a sua auto-estima em baixa, fazê-lo rejeitado e afetivamente vulnerável em todos os ambientes que você freqüentar. No caso de Carlos eram atuações baseadas em "..segredos de seu divã." A sua depressão que é cíclica, que não precisaria ser tratada por um psiquiatra, aumentará devido a anos de tormento e perseguição, depois que sua mulher insensibilizada com sua situação, não sabendo conviver com problemas, e não agüentando o seu estresse, pegar os seus filhos e se mudar deixando-o sozinho e mais vulnerável e exposto ainda às sacanagens da patota, pois aquilo que eles não faziam na presença dela, sem ela, tinham muito mais liberdade e tempo para fazê-lo chegando ao ponto do acinte.
Uma semana antes de sua mulher se mudar para São Paulo com os seus filhos, você pressionado por colegas da cooperativa vai passar mal dentro de seu carro e terá que ir para o posto médico local e depois de recuperado ouvirá aquele colega de trabalho que mais lhe pressiona dentro da cooperativa dizer que "...você merece está passando por isso", como se ele fosse instigado a falar isso pelo seu personal torturer.
Você será torturado todos os dias o dia todo. Você conhecerá uma outra face do povo brasileiro que, mesmo não sendo uma pessoa totalmente ignorante nunca viu descrita em nenhum outro lugar. É algo pa-vo-ro-so, que o fará chorar escondido e de forma inaudível para que seus algozes não se percebam e disso se aproveitem.
Você, pai zeloso, que durante cinco anos pegava em seus braços sua filha que dormia no sofá para levá-la para cama, de repente ficará sem esses únicos laços afetivos para os quais vive e trabalha: os seus filhos.
Você não terá como se recuperar sozinho daquele baque que o deixou fóbico, cheio de espasmo e latejamentos por todo o corpo e como um disco quebrado que fica repetindo o que estava acontecendo com você durante o tempo todo. Terá que procurar ajuda de uma outra psicóloga (Luiza) e uma médica homeopata unicista (Martha Freire) para se recuperar de um estado emocional deplorável, com toda a desconfiança que sua triste experiência com tais profissionais lhe trouxe.
Um de seus carros poderá sofrer uma batida estranha de um caminhão da Clin – empresa que pertencia ao prefeito da cidade em que você mora, Nitéroi - dias depois que, coincidentemente, você fizer comentários por telefone sobre um boato, que corria na "praça", a respeito dele, quando ele também era candidato a reeleição em 2000. Coincidentemente o motorista que dirigia o seu taxi era também funcionário da prefeitura de Niterói. Seu táxi ficará 34 dias parados para consertar um paralama.
Quando fizer esta associação de fatos, você ficará fóbico. Para você, sem sombra de dúvida aquilo foi mais uma armação da patota.
Você foi escolhido como 'inimigo público'.
Como se eles quisessem sempre lhe mostrar isso de forma subtil e perversa. Deixando-o sempre desconfiado de tudo e de todos. Você ficará um fóbico ambulante, pois quando você estiver se dirigindo para qualquer lugar você já vai pensando no que poderá esta a esperá-lo.
Você vai morrer e renascer a cada dia. Mas, como você é um brasileiro e o brasileiro não desiste nunca. Estando você, mais uma vez, de mudança, esquecerá(?) – ou não conseguindo sanar(?) - a situação vai tocar sua bola pra frente.
Toda aquela confusão causada pelos moradores do 2º andar do sobrado acabará no Juizado Criminal de Pequenas Causas. Durante a 1ª audiência de reconciliação, e havendo reconciliação, no momento em que a responsável pela mediação se retirar da sala, deixando você e o outro querelante, Sr. Élcio da Cruz Mondego, a sós e frente-a-frente, o mesmo ficará mostrando a língua e fazendo caretas tal qual uma criança com problemas mentais, dizendo com essas "micagens" que a justiça pode ser ocupada com brincadeiras e que tudo que estão fazendo com você também não passa de uma tortuosa molecagem.
Síndrome do Pânico
Você se mudará para Alameda São Boa Ventura, uma avenida no Fonseca – em Niterói - e mais uma vez, eles lá estarão a bater obsessivamente em seu teto, logo no primeiro dia que você chegar com sua mudança para o apartamento e você notará que o sadismo continua. Sabendo ser provocação, você suportará e eles não satisfeitos com isso, depois de um mês batendo constantemente em seu teto sem que você esboçasse qualquer reação de irritação e desespero, passarão a deixá-lo deitar para dormir, e passando uns quinze minutos quando você começar a cochilar e aprofundar seu sono, então darão uma porrada enorme que o fará acordar amedrontado, repetindo o que houve no tal sobrado. Sua vida será um 'eterno pesadelo'.
Tudo parece ser estudado por eles. Além de estar sofrendo pela falta de sua família, que você, em seu íntimo, sabe que foi destruida por esta obsessão em lhe atormentarem. Você notará que, por estar morando sozinho, parece que o seu tormento fica maior pois não terá a companhia de seus filho e de outras pessoas com quem você possa dividir a sua atenção. O seu foco nas provocações acabará por aumentar a tal ponto que você ficará antenado o tempo todo nelas. E, eles, como profissionais da tortura, saberão disso. Pouco tempo depois não será somente o condômino superior que estará fazendo isso com você, mas também o de baixo e o do lado de seu apartamento e passarão por você pela manhã rindo da sua cara.
Quando você tiver chance de, durante o dia, tentar cochilar para tentar recuperar semanas mal dormidas, por passar – sem exagero – noites inteiras acordado, por ser uma exigência de quem trabalha dirigindo um taxi, um adolescente do prédio, que fica em casa praticamente o dia todo, irá para o apartamento daquele senhor que mora no andar acima do seu e assumirá a tarefa de chateá-lo não deixando você dormir também durante o dia. Você está coinsciente de como tudo está funcionando, mas se reclamar, passam a lhe chamar de maluco.
Você ficará com síndrome do pânico por se sentir obsessivamente perseguido de forma dissimulada e por ouvir pessoas gritarem o seu nome ou apelido pela janela e telefonemas noturnos perguntando por pessoas, cujo intuito principal, você sabe, é também não deixá-lo dormir ou acordá-lo o tempo todo, deixando-o cada dia mais estressado. Você, no início irá reclamar com o vizinho de cima, perguntando o que está acontecendo que ele não para de bater no assoalho dele (o seu teto) e que está sendo impossível você dormir assim. E, ele espertamente colocará você no livro de reclamações do condomínio fazendo reclamações sua, dizendo as maiores mentiras a seu respeito e invertendo o ocorrido, procedimento este que você ignorava no condomínio. Com o transcorrer do tempo, sem conseguir resolver o problema e sem confiar na polícia, que o segue o tempo todo, você tentará resolver a questão fazendo a mesma coisa contra ele, batendo bem forte em seu teto (o assoalho dele), para também, poder acordá-lo. Mas, numa armação desavergonhada, eles se juntarão na portaria em torno de oito a nove pessoas para lhe pressionar, juntamente com dois policiais militares em um carro de marca gol do batalhão, que sem possuírem etiquetas de identificação se recusam a fazer boletim de ocorrência para lhe entregar, mas insistem em dizer que você está tumultuando o condomínio. Todos atuarão nesse teatro-realidade contra você, até as 5 horas da manhã. Nesse bando, haverá um mais exaltado e violento que ficará de dedo em riste para sua cara dizendo que vai fazer e acontecer, e você, em sua defesa dirá o mesmo para ele, e o líder deles, o seu vizinho de cima, falará para ele "...é sem usar de violência gente!...", mostrando-lhe que é tudo orquestrado.
Certo dia, você verá esse mesmo líder entrando ou fingindo entrar - fingir também faz parte da informação ou contra-informação que eles vão sempre usar para confundi-lo o tempo todo - na Escola Superior da Polícia Militar. Este tipo de encenação é super fácil para eles fazerem, quando se tem no carro da vítima um rastreador.
Você se sentirá um verdadeiro trouxa ao sentir que o imposto que você paga, resultante do seu suado dinheiro, pagar o efetivo da PM, que institucionalmente feito para lhe proteger, é usado para dar cobertura a quem o atormenta ou é, ele próprio, o responsável pelo seu tormento.
Aquela noite agitada no prédio vai fazer o condomínio convocar uma reunião para resolver o caso do barulho após as 10 horas da noite. A reunião era uma farsa. O seu vizinho do andar de cima irá trocar a batida obsessiva por um arrastar de móveis durante toda a noite e colocarão uma pessoa de salto alto que irá lhe fazer a mesma perturbação.
Encherão a sua paciência de tanto mudarem o seu canal de TV com algum controle remoto de alta potência; fazerem um cheiro de fio queimado e cabelo queimado invadir o seu apartamento e produzirem ruído em seu telefone. Você passará a ficar desconfiado das pessoas que se aproximarem de você. E, por vezes, quando você passar por eles, sentirá o sorriso de canto-de-boca do cara-de-pau.
Um mundo quase perfeito
Com a patota você não será levado para o "DOI-codi", para as masmorras do regime, ...paternalistas... a céu aberto, promoverão um programa de assistência aos desafetos chamado "A tortura bate a sua porta" sob a forma, do que eles chamam de "...sacanagem ou tormento".
Ao fazer justiça com a próprias mãos, a patota, não leva em conta se o "crime" que eles atribuem às suas vítimas, foi doloso ou culposo.
Adeptos da inclusão social e da participação de todos nas atividades sociais, terminarão com a forma elitista com que os DOI-codi's e as OBAN's do regime ditatorial selecionavam seus truculentos torturadores, que em geral homens, não podiam ter aversão a sangue. Hoje, com a tortura psicológica, usam a não-violência e pregam a proibição do uso de armas de fogo, pois conseguem obter o mesmo resultado sem sujar as mãos de sangue.
Com a adoção da tortura psicológica como forma de perseguir seus inimigos, a patota possibilita, que um intelectual (exemplo: Zuenir Ventura), que uma "velhinha de Taubaté" (exemplo: Maria, mulher do Pedro Marx de Redenção da Serra), que uma doutora que tem aversão a sangue (exemplo: Drª Marina Baptista de Azevedo) ou que uma outra doutora de feições de anjo de "Bisquit" (exemplo: Márcia Baptista Azevedo de Moraes), e até mesmo que crianças e octagenários, possam dela - da tortura psicológica – participar sem qualquer impedimento. É a AP, a AÇÃO POPULAR.
É a tortura Ampla, Geral e Irrestrita a serviço de uma nova ordem social.
Conseguiram uma proeza com a divisão social da tortura: dissociar do torturado a figura do torturador, pois a vítima – o torturado – ficará mal sem que nenhum de seus torturadores se veja ou veja no outro torturador um torturador, como alguém que está fazendo mal a outro semelhante. Assim, inexiste o sentimento de culpa, que seria um sentimento próprio de quem estaria fazendo algo ruim para um seu semelhante, pois a vítima fica soterrada por uma tonelada de granito, sendo que os seus torturadores jogaram somente uma mãozinha de pedra, o quê não faz de ninguém um torturador.
Carlos não cometeu crime algum. Pediu uma investigação no derrame de aposentadorias que estavam sendo encaminhadas via Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro do qual era um dos diretores e foi uma testemunha acidental de uma operação conjunta do PCB e do PSDB e por isso sofreu toda esta perseguição.
Amílcar Lobo, morreu em circunstância não muito bem esclarecidas, parece ter sido um acidente, segundo o que se noticiou na imprensa. Não se quer aqui tomar partido de, segundo a esquerda na época, um torturador, mas sabendo-se como atuaram no "Caso Bateaux Mouche" e no caso do testemunho de Carlos, aplicando com quase perfeição a arte da dissimulação e da epionagem, a sociedade deveria reabrir uma investigação na morte daquele médico-psiquiatra.
Podemos estar sendo omissos se não abrirmos nossos olhos para uma sociedade que se aponta em nosso horizonte em que a palavra "...desaparecido político" pode estar sendo substituida por outras, quais sejam: "...Transtorno Bipolar", "..acidente", "...acidente automobilístico", "...esquizofrênico", "...assalto seguido de morte", "...pessoa que ouve vozes e tem confusões mentais", "...rusgas entre vizinhos", "...briga de trânsito" ou como fruto de uma tortura psicológica perversa e initerrupta com anuência do ESTADO: "... SUISSÍDIO".
Vamos ficar de olho Senhores! Não vamos deixar Carlos Eduardo sofrer nenhum "...acidente", "...assalto" ou "...transtorno bipolar"! Façam mais do que orar por ele. Vigiem-no! E vamos lutar contra a Tortura psicológica!
Terceira expulsão
Você não agüentará as sacanagens no condomínio e terá que forçosamente rescindir seu contrato – que tinha a sua dissimulada cunhada, a Drª. Marina Baptista de Azevedo, como fiadora - pagando uma multa de R$ 800,00, que você como taxista não poderia assumir. No dia da rescisão de seu contrato, você vai ouvir da dona da administradora de seu apartamento e que é ao mesmo tempo advogada do condomínio onde fica o apartamento (algum conflito de interesse?) uma frase atravessada na conversa, como se fosse um aviso, "...o senhor fala demais."
Você vai ficar patinando nos seus negócios. Apesar de trabalhar quase que duas jornadas diariamente, seus proventos não dará para nada. Você acabará trabalhando para pagar multas, mudanças, rescisão de contrato, médicos e aluguéis de imóveis que você não poderá usufruir para dormir ou descansar sem ser provocado.
Quando seu carro precisar ir para uma oficina, para alguma lanternagem (funilaria) e pintura você poderá ser boicotado pelo dono da oficina, que parece fazer tudo para irritá-lo, por mais paciência e honestidade que você tenha no pagamento do serviço. E adivinhem quem estará na porta da oficina para demonstrá-lo que aquilo não é por acaso? Isso mesmo! A milicada fardada e com o carro da corporação, fazendo a sua vigília.
Você que foi trabalhar no taxi por falta de opção e tinha um turno de 16 horas por dia por não ser do ramo e não ter experiência no assunto, tentando assim compensar em quantidade, aquilo que não tinha em qualidade para o ofício, se verá em apuros não conseguindo dormir nem descansar o suficiente.
Em determinado período, e por quase um mês, nervoso sem dormir e contando com a possibilidade de passar alguns dias com seus filhos na casa de seus sogros, em Redenção da Serra, uma cidadezinha do interior do Vale do Paraíba paulistano, logo no primeiro dia que você estiver por lá, não conseguirá dormir, pois o vizinho dele, um tal Sr. Peixe, um senhor aposentado como segurança de uma firma do Vale, não o deixará dormir pois passará a noite toda batendo na parede do seu quarto dissimulando o abrir e fechar de um portão que não seria preciso nem fechar e muito menos abrir até as quatro e meia da manhã.
Você desconfiará daquela coincidência, ficará nervoso e não conseguirá dormir, pelo menos por aquela noite. Você observará que os seus cunhados que dormem no quarto ao lado se mexem a toda hora na cama também incomodados pelo barulho que o tal vizinho faz, mas pela manhã ninguém reclama de nada a não ser você. E, eles dissimuladamente fingem nada perceber. Mas apesar disso, os espertos cunhados, durante a próxima noite, preferirão dormir no outro quarto e colocam as crianças para dormir no deles. Carlos achou aquele movimento muito estranho e ficou muito desconfiado deles. Mas, decidiu deixar mais essa desconfiança sua, no seu imenso arquivo de suspeitas (de cunhados) não confirmadas. Com o tempo, ficará claro para você que não foi nenhuma coincidência. Como é que você poderá convencer pessoas de que isto está acontecendo em sua vida sem que digam que você é um louco?
Sozinho, longe de seus filhos e sem que sua mulher consiga cumprir o que lhe prometeu, ir com seus filhos visitá-lo, pelo menos uma vez por mês, você achará que não tem muito sentido em ficar trabalhando tanto para nada. Vai procurar vender seus táxis e procurará morar mais próximo a eles. Para isso você tentará resolver o caso das multas.
Apavorado com a quantidade de multa que estão lhe aplicando e achando aquilo injusto e fruto de armação, surgirá no pedaço um certo coronel Jairo dos Santos Lopes, um aposentado da polícia militar que, dizem, dará jeito nas multas, por ter um esquema dentro da JARI, com tanto que você dê 40% do valor das multas para ele poder distribuir esse dinheiro entre os que julgam o mérito da questão. Procurará saber se aquilo o que dizem é verdade ou não. Algumas pessoas da cooperativa em que você trabalha aparecerão na sua frente enchendo a bola do cara. Você por telefone falará com sua mulher que conheceu o tal coronel da PM, que, dizem, dará jeito nas suas multas. Ela lhe perguntará se você confia nele. Você vai dizer que é a única chance que você tem de pagar aquelas multas sem que precise vender o carro para isto e que, apesar de todas a sacanagens parecerem vir da PM, seria impossível que todos dentro daquela corporação, estariam interessados em lhe sacaniar. E, que diante daquela situação preferirá arriscar. A realidade é que a sua situação é tão braba com R$ 4.000,00 de multas, que você passa a querer acreditar que vai dar certo.
Você topará depois que ele lhe comprovar que deu solução em multas de cooperativas de vans e em frotas de firmas. Isto feito você pegará o carro que tem um número descomunal de multas, e passará para ele resolver. Você vai entregar o serviço e vai pagar, segundo a sua exigência, antecipadamente e em "cash", pois no trato ele diz que tem que distribuir a grana para o pessoal lá de dentro da JARI (do governo do PT/PDT), senão não seria deferido. Depois de um certo tempo, ele chegará com uma quantidade de multas deferidas que baterá em pouco menos com valor que você deu a ele em dinheiro (R$ l.600,00). O restante ele vai dizer que o pessoal da Jari extraviou os documentos de seus recursos e não conseguem achá-los. Você voltará várias vezes na casa do tal coronel para tratar do assunto e ele não dará jeito nas multas pendentes e sempre que lá você estiver o filho dele vai ficar soltando aquele assobio que o faz associar aos que lhe estão sacaniando e que você ouviu pela primeira vez na vila que você morava e que foi direcionado para sua mulher.
Você terá que engolir tudo isto a seco e continuar a sua vida esperando qual vai ser a próxima canalhice que irão lhe aprontar.
Resumo da ópera: Coincidentemente, o teatro-realidade colocou em seu caminho um coronel, que surgiu do nada, baseado na escuta que tinham de sua casa e no seu desespero com aquela quantidade de multas que eles mesmos lhe aplicaram.
Mais uma vez, torturam-no com requinte de crueldade.
Arrumaram uma quantidade enorme de multas para Carlos e colocaram em seu caminho um coronel da PM, um solucionador do seu problema, certo?!
Seria este um plano piloto que se desse certo poderiam avançar ao ponto colocá-lo doente e depois atravessar-lhe um psiquiatra para saná-lo?
Eis aí uma pequena demonstração do quê se pode fazer com uma escuta permanente de sua casa. A escuta combinada com o teatro-realidade pode manipular e fazer este tipo de cretinice com qualquer um.
O Ovo da Serpente
A sua vida começa a ir ladeira abaixo. Acossado pelo tormento produzido, você vende seu imóvel, consquistado com suor e sacrifício, por receio de encontrar o mesmo ambiente em outro lugar. Passa a viver em um imóvel de aluguel com medo de viver o mesmo pesadelo que tinha vivido naquela vila. Depois de passar por dois imóveis alugado e tendo que sair de um deles pagando multa por rescisão contratual depois de um ano. Você passa a morar em um quartinho nos fundos da casa de alguem, para não precisar fazer contrato de aluguel, o que lhe facilitaria sair com mais rapidez do local, no caso do tormento produzido continuar de forma insuportável. Assim, apesar de continuar trabalhando arduamente, a sua qualidade de vida vai diminuindo a cada dia que passa.
Receoso de que você poderá cair na mesma situação em um outro local em que você for morar não mais quererá morar com aluguel de contrato e alugará um quarto sem contrato, num lugar bem distante do centro da cidade Niterói, que é o lugar em que você trabalha. E, sempre com a esperança de que aquele sadismo possa finalmente ter um término. Você vai mudar para Pendotiba, mais precisamente para Rua Reitor Argemiro de Oliveira, nº 45 casa 2. Seu sossego, ali, não perdurará por mais que três dias quando poderá ser assustadoramente acordado no meio da noite com um cheiro horrível de pneu queimado ou fio queimado dentro de seu quarto com uma voz feminina sussurrada, que parecia ser a da sua senhoria, do outro lado da parede dizendo "...olha que ele vai descobrir heim!" - modus operandis típico do serviço reservado da polícia militar - ou acordar amedrontado com estrondos de cabeças-de-nêgo colada a sua parede no meio da noite.
Também neste imóvel, você será acordado no meio da madrugada todos os dias com batidas nas paredes feitas pelo adolescente filho dos donos do imóvel.
Você acordará de forma fóbica, com a tal tremedeira em suas vísceras, todos os dias. E, depois disso dificilmente você volta a dormir direito.
Chegará o dia, em que você, morto de cansado e doido para descansar encontrará seu quarto todo molhado como se tivessem esguichado água dentro dele. Você vai procurar o marido dela e proprietário para conversar e ela dirá que ele esta viajando e até o dia que você resolver sair de lá ele não aparecerá. Mas, mesmo com ele viajando você sempre ouvirá a voz dele a noite. A dona deste quarto ficará insistindo para que você ligue o telefone, como se recebesse orientação de alguém para isso. E como se quisesse fazer graça com a sua relação de desconfiança com o aparelho e aquela insistência dela.
Neste local, você completará mais ou menos uns 4 anos sendo acordado diariamente de forma dissimulada, tanto no meio da madrugada quanto pela manhã, por alguém da vizinhanças, isto é, sem ser por livre e espontânea vontade.
Mais uma mudança de "O Fugitivo"
Como o sossego não veio com a distância do centro, você mais uma vez mudará de residência, pois pelo menos será "...torturado" em um lugar próximo ao seu lugar de trabalho, gastará menos gasolina e poderá trabalhar até mais tarde, hora em que você supõe que todos já estejam dormindo. Neste seu último endereço você ficará convicto de que não existirá um lugar que você possa morar sem que alguém lhe faça alguma gracinha ou lhe aplique algum trote.
O certo é que você apanhará sem ver a mão que lhe bate, e, mesmo que dela possa se aperceber não conseguirá provar o quê estão fazendo com você. Dizer que uma perseguição dessas não mexe com o seu lado emocional seria uma mentira. Não mudaria de tantos endereços, não fosse ela. E, sabendo da forma que agem, você deixará de fazer determinados tipos de negócios com medo de ver por terra qualquer empreendimento seu que possa ficar expostos aqueles modus operandis de seus sádicos perseguidores.
Você não ficará impedido de ir e vir e aparentemente você tem o seu livre arbítrio, mas inconscientemente o que está acontecendo em sua vida é a caricatura de uma "fuga alucinante" que faria qualquer David Vincent do antigo seriado "O Fugitivo" morrer de inveja, pois já nesse tempo, 2001~2002, perdurava por 7 anos.
"...O fogo no rabo do invejoso" continua em outro Estado e em outros municípios
Por você ser um apaixonado, não correspondido, por sua mulher e por seus filhos se reconciliará com ela na esperança de ver a sua família novamente reunida e tentar consertar o estrago que fizeram nela. Você mudará para outra unidade da federação, um outro município, onde mora seu sogro que é conhecido de todos por já ter sido prefeito da cidade e que hoje (2002~2004), com os seu 80 anos de idade ainda trabalha no programa PSF – Programa Saúde Família da prefeitura local. Pessoa por quem, até então, você tem a maior apreço, admiração e estima.
A tortura percorrerá os 370 quilômetros que você atravessou com a esperança de ficar livre dela, e você poderá ver gradativamente o recomeço de tudo. Começarão a se insinuar, e sua casa poderá se acercar-se de pessoas que lhe insultarão e farão ameaças sussurradas tais como "...vamos jogar o filho dele na represa" e de forma sussurrada também o xingarão, em sessões que podem durar horas, de "...filho da puta", "...safado", "...mau-caráter", "...viado" e etc... tanto durante o dia quanto da noite e sabendo exatamente em que cômodo você se encontra e se de um lado ou de outro da casa. E isto foi o mais assustador: independentemente de hora ou lugar da casa que se encontrasse poderia ouvir esses sussurros. E, sempre que puderem tentarão relembrá-lo daquele cheiro de pneu queimado, neste novo ambiente. Impedidos de martelarem o seu teto, por ser uma casa a sua nova moradia, acordarão você com batidas de pedaço de toco ou algo equivalente no chão da casa vizinha durante a madrugada, uma forma de manutenção da sua fobia pós-traumática.
A tortura psicológica vai chegar a sua mais íntima privacidade quando você ouvir que o seu vizinho vai dizer com precisão o quê você está fazendo dentro do seu banheiro. Você ouvirá ele dizer, como se tivesse dialogando com outra pessoa: "...ele está pintando o cabelo", ou "...ele esta tocando punheta" ou "...ele deixou a amante dele lá no Rio" e isto corresponder a realidade.
A vítima desse processo, começa a ficar fóbica dentro de sua própria casa e acaba por ficar paranóica, procurando alguma câmara escondida dentro do local em que se encontra ou procurando o local por onde lhe observam. Mas, depois com calma a vítima chega a conclusão que um profissional experiente da escuta pode saber, não só em que lugar da casa ela se encontra como também o que ela está fazendo quando se tem uma escuta ambiente de alta qualidade.
A "...amante" a que ele se referia era uma psicóloga, chamada Lenita, que tinha consultorio em Niterói, na Rua Miguel de Frias. Era uma psicóloga/psicanalista de linha "lacaniana" ligada a mesma associação e corrente psicanalista que o psiquiatra/psicanalista Dr. Júlio Sérgio Waisseman – ex-cunhado de Carlos – freqüentava, em Botafogo e que o Partidão coincidentemente a plantou no caminho dele, logo depois que sua mulher foi para São Paulo levando os seus filhos. Ela era competente e respeitável em sua profissão e viajava para todos os congressos que podia, fazendo seus contatos políticos por esse Brasilzão afora e no último ano em que ela e Carlos se viram ela estava fazendo pós-graduação na UERJ, um outro nicho do PCBão. A sua tese, publicada em livro, tem como tema "...o sofrimento psicológico pelo qual passa uma criança, quando seus pais se enfrentam numa separação litígiosa." Carlos desconfiado da psicóloga, a ela, nada revelou do que sabia sobre os vazamentos de divãs e para dizer a verdade, ele nem estava ligado nisto, ele só queria trabalhar e voltar a reunir a sua família novamente para poder ficar junto com seus filhos. Preferiu então desfrutar daquela companhia prazerosa, de boa conversa e objetiva em suas carícias.
Você constatará um certo requinte de crueldade psicológica, pois aqueles mesmos vizinhos, que cercam a sua casa e lhe ofendem, chegarão com presentes para seus sogros, justamente quando você estiver conversando com eles ou pedirão aos seus sogros "...papel de embrulho emprestado", o que ele prontamente atenderá. Na certa para irritá-lo ou cavar alguma atitude sua de relatar o fato ao seu sogro e se ver desacreditado de que aquilo esteja acontecendo com você. Ou, que você reaja dizendo que o tal vizinho vem lhe insultando e aí se estabeleça uma situação que o coloque como pessoa que "...ouve vozes e tem confusões mentais."
Você que nunca falou para os seus sogros a respeito da perseguição e muito menos da forma como ela é feita, não só por ser achar que fosse algo difícil deles entenderem e em respeito às suas idades, por consideração e por não querer preocupá-los com os seus problemas tão rasteiros, assim continuará a não preocupá-los, também não falando, do que ali, naquele município em que eles moram há mais de 45 anos e desfrutam de bom relacionamento com o atual prefeito e toda a cidade, estão fazendo com você.
Mas, talvez não fosse esta a atitude que ele, seu sogro, esperasse de você. Na realidade, e somente depois você ficará sabendo que aquilo tudo já estava preparado para você muito antes de você ir morar lá, carregado pelos préstimos de seu cunhado Dr. André Luiz Baptista de Azevedo. A trama consistia em fazê-lo relatar aos familiares de sua mulher o quê estavam os seu vizinhos "...daquela cidade pacata" fazendo com você ou reclamar para ele o quê vinha ocorrendo e se ver desacreditado.
Era um mega teatro, um lugar onde todos agiriam como se estivessem tramando contra você, e os únicos em que você confiaria seriam os seus "familiares" , sogros e cunhados que ao vê-lo relatar, o desacreditariam dizendo que não há nada disso naquela cidade pequena e calma. E, com a repetição constante desse processo o resultado é obvio. É o coletivo contra uma só pessoa.
Conclusão? O problema seria seu! Então? Deve procurar um psiquiatra!
O bom senso nos diz, que qualquer problema não resolvido hoje se tornará um problemão amanhã. Em um ambiente propício, circunstancializado pela recusa de sua mulher, única pessoa com quem que você fala sobre esse assunto, em entender sua aflição e angústia e se recusa a sequer falar sobre o assunto com você e que, assim você sabe, corresponde a expectativas daqueles que o escutam, o "Grande Irmão", conseguirá implantar nessa região do Vale uma produção milionária, um verdadeiro "projac" para sua psicotização, mas que você só ficará sabendo muito depois.
Quando conseguir descobrir a trama que armaram para você é que você vai entender que foi enxotado ou BA-NI-DO do Rio de Janeiro para uma cidade do interior (Redenção da Serra/Taubaté), que já estavam a sua espera, conforme aconteceu nos diversos endereços para os quais você mudava. Compreensível, já que nesta região abundam mais os políticos ligados aqueles partidos – PPS (leia-se PCB), PSDB (leia-se AP) e PT que fizeram um pool para sua psicotização e sofrimento.
Você arrumará um ponto de taxi para trabalhar em outro município, também do Vale do Paraíba, a 78 Km daquele em que mora sua família e alugará um quarto em uma pensão no qual pagará R$ 200,00 por mês, e no qual você ficará trabalhado e durmindo durate a semana e voltando para casa nos fins de semana. No primeiro mês, ocorrerá tudo bem e depois de uns vinte dias no segundo mês o dono lhe pedirá para você adiantar o pagamento do próximo mês – uma forma de lhe amarrar ao constrangimento -, pois ele esta precisando de dinheiro. Você então procurará atendê-lo e aí não terá mais sossego com uma pessoa que começará a bater no teto de seu quarto desde a hora que você chegar cansado para dormir até às 4 e meia da manhã e por vezes, quando você chegar cansado e querendo dormir, terá o sobrinho dos donos da pensão dormindo em sua cama. Aí você descobrirá através de conversa entre eles mesmos que "...estavam no churrasco na casa de um PM chamado De Paula", da Ronda Escolar. Passaram assim a informação, que é para você associar aquele fato à Polícia Militar que a tempos vem agindo como eminência parda de sua perseguição.
O guarda de trânsito pertencente a Policial Militar Rodoviária, em estando você em nova cidade, lhe arranjará uma forma fundamentada de lhe multar na estrada e depois aparecerão motoqueiros de trânsito da PMR que irão parar em seu ponto de taxi para ameaçá-lo veladamente com frases do tipo "....é, por que aqui eu enfio a caneta mesmo e não tem conversa!" reproduzindo assim o mesmo ambiente traumático que você pensava ter deixado para trás. Com carro oficial e fardados, polícia militar poderá passar por você, na calada da noite - para usar um termo bastante propalado nos anos de repressão – e gritar "...viado" quando estiverem emparelhados com você.
Depois, por coordenados por alguém, as patamos desviarão o curso normal de todas a viaturas da corporação para chegar até a delegacia, para assim poderem passar em frente ao ponto de taxi em que você trabalha e desfilarem rindo de você. E não transpareça estar incomodado com isso pois a tal brincadeira levará o dia todo todos os dias. Seus colegas de ponto não desconfiarão do que está acontecendo com você, até porque você não sai por aí falando do seu passado, portanto "...isso é coisa sua!" Certo?
Você tentará outra opção de trabalho, um concurso público, por ficar sempre exposto às brincadeiras da milicada.
Deixará seu carro de praça (táxi) na mão de um motorista auxiliar e depois de um tempo, no clímax de seu tormento, seu carro estranhamente pegará fogo acidentalmente e de um prazo de 10 dias para ser reparado ele ficará 60 dias parado em uma oficina que fará quase de tudo para demonstrá-lo que estão com uma tremenda má vontade em consertá-lo. Você ficará 60 dias sem receber um vintém.
Parece que você já viu isto antes? Exato. O seu pesadelo não vai parar de se repetir.
Tudo farão para que você fique desconfiado que o acidente foi provocado, procurando encaraminholar, ou como dizem por aqui enchouriçar idéias em sua cabeça com atuações magistrais de tortura psicológica. Ou, quem sabe(?) transmitir a verdadeira e dissimulada versão. Porque pessoas vão chegar até você para lhe dizer que dizem que foi proposital o tal incêndio. E, o seu próprio motorista vai ficar sinalizando de forma subliminar, incinuando-se, que ele estaria também por trás daquilo. Embora você não duvide de que tenha sido um incêndio provocado, você nada pode fazer num caso desses. Você só tem uma certeza, a de que você nunca saberá a verdade.
Sendo tantas as sacanagens, as informações e as contra-informações, você perderá a referência daquilo que é acidental e daquilo que não o é, e preferirá focar na sua tranqüilidade no que importa, pois o carro estava no seguro e você tinha um concurso público pela frente. Você ficará dois meses sem o rendimento que o carro lhe trazia.
A impressão que vai ficar é a de que o acidente foi arranjado tanto quanto aquela batida que o caminhão lhe dera em outro carro seu em Niterói, mas você não pode fazer absolutamente nada quanto a isso, terá isso sim que enfiar a sua raiva sabe-se lá onde, e seguir sozinho em seu sofrimento.
Gente! É pura perversidade!
Você será um eterno solitário, e não conseguirá fazer nem um amigo de verdade, desses que as pessoas normais tem.
Cientes das pessoas com que você se simpatiza e tem um bom relacionamento em seu ponto, delas se acercaram e logo depois, você estará percebendo essas mesmas pessoas participando do mesmo teatro ao ouvi-la dizer quando você dela se aproximar, que "...a gente pensa que o cara é gente boa e descobre que é o maior safado", como se quisesse fazê-lo perceber que aquilo fosse dirigido a você, quando na verdade é mesmo dirigido a você. Mas não é só isso, ele também mudará o comportamento em relação a você. Vão ficar trabalhando a sua rejeição o tempo todo.
Saberão o seu itinerário e nele se prostrarão dissimuladamente em corredor polonês os chamados marronzinho, guarda de trânsito de São José dos Campos, para chamá-lo de "...viado" acintosamente.
Na lógica de qualquer ser pensante forçosamente lhe imporá uma dedução: se a mesma milícia se dispusesse a perseguir criminosos como o perseguem, o índice de criminalidade no país seria baixíssimo.
E, quando você ver o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alkmin na televisão dando entrevista e dizendo que "...falta mais integração entre as polícias dos estados", justamente quando você tinha acabado de escapar da perseguição da PM de Niterói para ser perseguido pela PM do Vale do Paraíba segundo um mesmo modus operandis, você vai soltar gargalhadas com preocupação, se aquilo também não foi uma provocação via satélite do médico Geraldo Alkmin, de Pinhamonhangaba, região do Vale do Paraíb e amigo de seu sogro, o Dr. Neymar Neves.
Às vezes, respeitamos os nossos governantes muito mais do que eles se dão ao respeito. Quem se lembra das gaiatices feitas por FHC "flitando" e sentando na cadeira de Jânio Quadros e depois pagando o mico de perder as eleições para prefeito de São Paulo?
Não precisavam fazer nada disso, mas o poder da política pode tudo.
A curra psicológica foi sofisticada senhores, faziam Carlos sentir que a sacanagem era dirigida a ele, quando era mesmo dirigida a ele, mas ele nada poderia fazer em sua própria defesa e nem conseguir convencer seus parentes médicos, que já estavam preparados para desdizê-lo, indagá-lo e levá-lo a concluir e duvidar de sua própria sanidade mental.
Seria o Governador do Estado de São Paulo, o médico Geraldo Alkmin, um dos patrocinadores da curra psicológica de Carlos em sua região de origem e que era também quem segurava o emprego do seu sogro na prefeitura de Redenção da Serra, que aos 80 anos já deveria ter sido aposentado compulsoriamente não fosse a amizade dele com o governador?
Sim, porque este teatro, levou Carlos a se lembrar de um fato passado a anos atrás: o sogro de Carlos, o Dr. Neymar Neves, trabalhava em Natividade da Serra (cidade próxima de Redenção), quando Carlos que passava as férias (ou feriado prolongado) em sua casa de Redenção da Serra, foi a uma festa feita pelos políticos da região em homenagem ao médico ético e dedicado a ajudar os outros, um médico que "...fazia o bem sem olhar a quem", segundo um dos que discursaram em sua homenagem. Depois do discurso o mesmo político chegou perto do Dr. Neymar e disse-lhe que o Dr. Alkmin havia lhe mandado um abraço. Isto aconteceu na frente de Carlos, que estranhando o nome Alkmin, perguntou ao próprio Dr. Neymar, o sogrão do peito, quem era Alkimin? E o sogrão do peito de Carlos repondeu que Alkmin era um político da região. Talvez por aquela época o Alkmin nem pensasse que seria um governador do Estado de São Paulo, que dirá um candidato a presidente.
A presença da Polícia Militar do Estado de São Paulo será tão constante nos seus trajetos que vai levá-lo a pensar que tem gente muito alta ajudando a lhe atormentar. A polícia do estado agiria dessa forma sem o conhecimento do Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho (PSDB) – aquele que já respondeu a processo por usar bandido como informante da polícia, talvez por não saber a diferença, que Lúcio Flávio, bandido de décadas atrás, sabia com muita clareza ao dizer: "...bandido é bandido e polícia é polícia."? Sim, Saulo de Castro Abreu Filho, aquele secretário que armou aquela cilada para um jogador argentino se submeter às nossas leis quando ele mesmo, a elas não se submete? E, quando existem Tribunais Desportivos, próprios para o devido enquadramento de desportistas infratores?
Aliás, deveria ser motivo de muita desconfiança por parte de nossos vizinhos argentinos, esta coincidência de ter como vítimas, cidadãos argentinos, em duas supostas operações políticas (ver pág. 165) do PCB (leia-se PPS) e do PSDB (leia-se Ação Popular, PCB e JUC), justamente por serem estes partidos unidos e contrários a formação de um bloco Latino-americano independente do norte-americano.
Mas, voltemos a história de Carlos. Estaria Saulo de Castro Abreu Filho contando com a assessoria do coronel da PM Sebastião Souza Pinto ligado ao PPS, que foi empossado como chefe do Centro de Policiamento do Interior, logo depois que ele se estabeleceu como taxista na cidade de São José dos Campos, em 2002, e que iniciou aquela operação dentro da Polícia Militar e que pode ser classificada como o uso do aparato do estado para revanchismo e psicotização?
Repito, você se sentirá, um primeiro dissidente político. É como se estivesse vivendo sob um regime de liberdade vigiada antes mesmo de nos tornarmos uma república democrática socialista politica-menti-korrreta que não repeita as leis constitucionais de uma democracia.
O engraçado dessa história é que Carlos ficou sabendo da nomeação do coronel Sebastião Souza Pinto através da imprensa local, o jornal ValeParaibano, pela qual demonstrava pouco interesse, de forma sus generis. Homem de confiança da Deputada Ângela Guadagnin de Moraes, o cumhado de Carlos, José Carlos Moraes ex-secretário de Saúde de Jacareí estava um bom tempo com o jornal aberto na página em que noticiava a nomeação do coronel Sebatião Souza Pinto como Chefe do Centro de Policiamento do Interior. Isto ocorreu logo depois que Carlos tinha arranjado um ponto para trabalhar como taxista, em São José dos Campos.
Na hora, Carlos não entendeu que na realidade o seu militante cunhado queria que ele lesse aquela notícia - coisas do teatro-realidade. Isto ele só foi descobrir depois de entender que naquela curra psicológica que armaram para ele, fazia parte colocá-lo a par de situações que o levaria a ficar desconfiado e estressado – paranóico com o que estavam armando contra ele. E, que o levasse a pensar que aquela nomeação do coronel não fora por acaso – como não o foi - e sobre isso nada pudesse falar, por que orquestrados todos diriam que "...Carlos estava delirando" ou como aquela psicotorturapeuta , Márcia Erlich, "...isso é coisa sua, Carlos".
É uma técnica de paranoialização, estressamento e psicotização da vítima. Na matéria que saiu no ValeParaibano dizia ser o coronel pessoa ligada ao PPS, partido do qual Carlos dizia, em sua casa sempre vigiada com escuta, ser um dos partidos que estava por trás das sacanagens armadas para ele.
É a imprensa séria e responsável na cobertura de notícias com endereço certo. Apesar de ter trabalhado em jornal por tanto tempo, esta é uma das funções das mídias, que Carlos somente foi descobrir na própria pele, durante a trama que lhe armaram para psicotizá-lo, qual seja, a de colocá-lo a par de informações que o estresse e dar pistas daquilo que estão tramando contra você, orientados por alguém que tem a escuta de sua casa.
Com o celular desligado e transitando a pé pela cidade de São José dos Campos, onde você conseguiu um ponto para trabalhar, notará que é facilmente localizado pela PM que além de saber a sua rotina, parece que usa o sistema de câmaras espalhado pela cidade e que foi instalado recentemente segundo informações do jornal ValeParaibano (2002/2003). E, pela observação de determinadas situações, você vai desconfiar que eles tem o grampo de seu telefone celular.
Pessoas se prostrarão em seu caminho para lhe chamar de "...paranóico" e ou para citarem alguma coisa íntima ou familiar sua para deixá-lo "...paranóico" e para provarem a você que eles são bem informados a seu respeito, apesar de você ter chegado de outro estado recentemente.
Se você tentar fazer um curso, e Carlos fez três, para participar de concursos públicos, em sua sala de aula, encontrará alguns estudantes que se plantarão atrás de você somente para lhe fazer os mesmos insultos que você esta cansado de ouvir e o mesmo poderá acontecer em uma biblioteca (a da UNIVAP em SJC), que você escolha freqüentar para tentar estudar em paz. Vai ter muito segurança tirando onda com a tua cara nesta mesma biblioteca. E no dia da prova do referido concurso lá estará a polícia militar para fazer gracinhas que o farão entender que são direcionadas a você. Mesmo que a prova do concurso seja em outra unidade da federação, em Brasília, lá estarão fazendo gracinhas ou insinuando-se, provando assim que além de bem informados a seu respeito também são onipresente como o foram nos oito endereços que você morou.
Ainda nesta época em 2003 no curso preparatório para Oficial de Justiça, eles - seus algozes - vão fazer uma sacanagem com você que só depois que você for empossado no serviço público, em maio de 2005, é que você vai entender: Sempre que você entrar no banheiro do cursinho vão disparar aquele som do latido de cachorro na vizinhança procurando dizer a você que está sendo observado. Como não vê a forma como eles o observam, não vai dar bola para aquilo. Isto vai durar praticamente o período todo do curso para Escrevente Técnico Judiciário. Um dia você, longe de sua mulher e bastante excitado vai entrar no banheiro e se masturbar diante do espelho pouco ligando para o tal latido que lhe avisa que estão lhe observando. O tempo vai passar e depois de um ano e alguns meses e você já empossado uns três meses em seu emprego, vão repetir aquela sacanagem, por uns quatro ou cinco dias, sempre que você entrar no banheiro do forum em que você trabalha. E, para fechar a bricadeira, quando você estiver no banheiro, entrará um homem, e transloucadamente, engatará a seguinte frase: "...banheiro é feito para fazer as nossas necessidades, mas tem pessoas que usam para se masturbar". Na realidade ele usará um outro termo, no lugar da masturbação. A sua associação será imediata, isto vai lhe reportar aquela época. Você vai se lembrar de que chegou até a olhar em todos os lugares que pudessem colocar uma microcâmera e se indagará se seria possível terem colocado uma câmara por trás do espelho que existia no banheiro do cursinho, e que foi de frente para ele que você se masturbou. Acredite!
Qualquer semelhança com "Big Brother" pode não ser coincidência.
Dispa-se de sua intimidade, você será vigiado até mesmo dentro do banheiro.
A Técnica da perseguição psicológica, virtual
Depois de pouco tempo que você adquirir um carro, no início de 2003, e transitando com ele pela Dutra você verá um comboio de mais ou menos umas 10 patamos da polícia militar que virão correndo e o alcançarão na estrada e, cada uma, ao passar por você, acenderá a luz estromboscópica de seus bigorrilhos que ficarão piscando, e fará um curto sinal com a sirene procurando estabelecer um código de identificação, ou uma identificação psicológica, que o fará associar aquilo que estão fazendo a sua presença. Fazendo-o diferenciar uma patamo casual daquela que assim proceder, motivada por sua presença. Indicam assim que sabem onde você está localizado. Com este modus operandis da polícia militar, você se sentirá perseguido psicológicamente em qualquer lugar do estado. Ficará no mínimo embaraçoso se você estiver com alguém no carro e, eles fazendo, agora sem a sirene, o que estavam fazendo - interceptando-o dissimuladamente com os seus bigorilhos piscando – você disser que estão a perseguí-lo. Ninguém acreditaria na sua conversa. A quantidade de carro da polícia que você encontrará na estrada e outros comboios fazendo o mesmo vai ser incrível. Dessa brincadeira participarão também o efetivo da Policia Rodoviária Estadual, que estarão sempre ao longo da estrada que você forçosamente pega do município em que você mora, Redenção da Serra para chegar a um outro município maior, Taubaté, em que sua mulher trabalha e que você tem que ir para fazer compras e passear com seus filhos. A PM não faz nada a não ser lhe interceptar - uma perseguição virtual e psicológica - passando em sua frente em qualquer lugar que você esteja, agindo com se fosse um encontro casual, com a única diferença de que estarão com suas luzes estromboscópicas de seu bigorilho piscando graciosamente - seu código de identificação. Isso acontecerá em todos os lugares em que você estiver com o seu carro, no seu município, nas estradas, e em qualquer cidade que você estiver na região.
Depois que sua mulher, a seu contra-gosto, fizer uma assinatura de uma revista de atualidades, Revista Época, você verá publicada nela, uma reportagem sobre este rastreador/localizador GPS-Celular. Lerá também no jornal ValeParaibano, que seus cunhados trazem para casa, matérias publicadas que dizem que a polícia Militar do Estado de São Paulo, está instalando estes mesmo rastreadores/localizadores em suas viaturas. Lerá também nelas que o responsável por estas instalações seria o coronel Sebastião Souza Pinto. Conclusão! Você ficará desconfiado de que instalaram um rastreador deste em seu carro, sem conseguir provar que isto aconteceu. Você confidenciará suas suspeitas a sua mulher, que prefere que você não dê bolas para isso.
A sua suspeita, envolve o seu cunhado Mário Celso Baptista de Azevedo, que com menos de uma semana de carro novo, pediu o seu emprestado, enquanto o dele foi "consertar" e ficou com o carro por pelo menos uns 3 dias e tudo o descrito no parágrafo anterior passou a acontecer alguns dias depois.
E como funciona a perseguição psicológica com as patamos?
Explica-se.
Primeiro: antes do cerco da Dutra descrito anteriormente, as patrulhas da PM, na cidade de Taubaté ficavam normalmente com seu bigorrilhos apagados. E, depois daquele cerco, toda vez que você for a cidade eles ficarão com eles acesos e piscando. Eles serão acendidos a medica que o lacalizarem conforme o descrito. E, ao longo da estrada que você pega para ir do seu município para Taubaté os carros da Polícia Rodoviária Estadual também estarão fazendo o mesmo. Queriam lhe dizer que sabiam onde você se localizava a cada esquina?
Segundo: Em determinado dia você vai buscar sua mulher no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, você chegará com seu carro e lá encontrará uma viatura da polícia militar normalmente de serviço. Com sua luz estromboscópica apagada. Depois de uns 5 minutos que você estiver por lá, chegará uma outra com a sua luz estromboscópica piscando e pararão em sua traseira, sinalizando que sabem que você está lá. E, também sempre estarão sinalizando a você que sabem que você está no município próximo daquele em que você reside.
Mas, a sofisticação não reside só em colocar um rastreador em seu carro. A sofisticação está em fazer você, que nada entende de rastreador, passar a entender como funcionam. É diante dessa informação, que colocarão você a par de como você está sendo perseguido.
Explica-se.
Apesar de sempre perceber a presença da PM nos locais em que você estava em Niterói, você não sabia como eles faziam aquilo. Na época você pensava que era rastreado por celular e até então (2004) você nada sabia sobre GPS-rastreador. Sabendo-se que você é assinante e leitor de revistas de atualidades e que provavelmente, nada sabe sobre esta tecnologia, verá coincidentemente como fruto de um jornalismo sério, publicada em 17 de maio de 2004, na revista "Época", que você assinou recentemente, uma matéria chamada "Segurança enganosa", sobre o sistema de rastreamento por satélite. Tomará conhecimento dele, e ficará quieto, sem falar alto sobre isto com sua mulher, mas sempre sem nada falar, apontará as coincidências de a PM está nos lugares em que você passar, para ela, que sempre observa tudo calada.
Senhores! A sofisticação está tanto no rastreador que colocaram em seu carro, como na forma que usam para colocá-lo a par de situações - via o teatro-realidade das coincidências - de tecnologia como a do GPS, que você até então a ignorava, e assim levá-lo a ver como estão lhe sacaniando, sem que você possa sequer falar sobre o assunto sob pena de ficar defendendo a "teoria da conspiração", diante de 'seus espertos parentes', que estão todos mancomunados com a trama de sua psicotização, prontos a questioná-lo sobre a sua saúde mental e elogiando o psiquiatra do posto médico com quem o seu sogrão do peito milita.
Na hora você não vai entender aquela coincidência e nem irá vê-la como coincidência, mas depois de todo o quebra-cabeça armado você vai perceber, que tudo foi bem orquestrado para você se sentir perseguido e paranóico, desde a informação, que plantaram, para você tomar conhecimento daquele sistema de rastreamento do qual estava sendo vítima até o próprio rastreamento, sem que você possa provar que foi desta forma que eles fizeram.
Embora na maioria das vezes a perseguição se dê com uma viatura oficial da Polícia Militar atravessando a sua frente por vezes eles poderão lhe seguir ou passar por você em sentido contrário, dissimulando sua perseguição a ponto de ridicularizá-lo no caso de você decidir abrir uma queixa contra eles ou falar a respeito disso com alguém, principalmente numa delegacia, caso fosse o caso de você procurá-la. Seria um desacreditado, seria uma pessoa com problemas psicológicos.
O uso de rastreador era para Carlos se sentir perseguido e ele já estava se sentindo perseguido desde o Rio de Janeiro. Só que ele percebeu a perseguição da Polícia Militar e não falou nada. Nem dentro de sua casa – o que foi detectado pela sua escuta como se ele não tivesse ainda se sentindo perseguido e nem desconfiava do método com o qual o perseguiam - nem dentro da casa de seu sogro e cunhados, que aguardavam ele pagar o mico de dizer que estava sendo perseguido pela PM, para todos em coro dizer que não "...existia isto naquela cidade calma."
Donde seus criativos psicotorturadores tentavam passar para ele o máximo de vezes possível de informação a respeito de rastreadores. Assim foi, que ele pode ver naquela edição da revista Época uma matéria sobre como funciona aquela tecnologia do GPS, em que, segundo os dados do texto, pode inclusive ouvir aquilo que se fala dentro do automóvel.
Agora, imagine isto tudo acontecendo com você ao mesmo tempo.
Carlos continuou a nada falar a respeito de seu sentimento de perseguição pelas patamos da PM. Foi através da insistência de seus cunhados, que também tentavam lhe passar esta informação tão disfarçadamente quanto a revista, que viu um filme em DVD com o título de "Por Um Triz", onde se pode ter uma idéia a respeito de como um carro pode ser rastreado com precisão por um Laptop de mão.
Ainda assim, Carlos se fazia de desentendido. Eles então engatavam conversas a respeito do tal GPS na frente dele para ver se ele finalmente pescava o assunto.
Carlos estava constantemente sendo assediado pelo teatro-realidade de seus cunhados médico psicotorturadores.
E não fora somente este DVD que lhe mostram para curar a sua miopia voluntária, o psicotorturador Mário Celso era o encarregado de pegar os vídeos que tinham tudo a ver com aquilo que Carlos deveria sentir, e também de Denzel Washington eles passaram "Sob o domínio do mal", onde um policial ao tentar descobrir um assassinato se vê frente a frente com o demo, que se incorpora em qualquer pessoa e pode passa de uma para outra desde que elas se toquem. E, estas pessoa passam a ter o mesmo comportamento que o outro, daí que o policial acaba sendo também isolado e cercado por todos que o atormentam e tem o mesmo comportamento em relação a ele, conforme Carlos naquela pequena cidade de Redenção da Serra. Carlos se lembra de que no final deste filme sua cunhada a militante e médica psicotorturadora, Drª Marina, de forma muito natural lhe disse: "...que horrível, não? Isso deixa a gente nervosa, não?".
Citemos mais um, que eles usaram, para ilustrarmos um pouco mais a criatividade daquela Ekipemédika encarregada da psicotização de Carlos: "O Informante". A história tinha tudo haver com o quê Carlos estava vivenciando. O filme é baseado na vida de um alto funcionário da poderosíssima indústria de cigarros americana e do seu dilema em esclarecer a opinião pública sobre a maracutáia dos fabricantes de tabaco. E, com isso ele é ameaçado constantemente. É abandonado por sua mulher e sua vida sofre uma reviravolta por conta do seu empenho em desmascara a maracutáia da poderosa indústria.
Carlos tinha virado um joguete na mão daquela família de médicos militantes e psicotizadores. Eles sabiam que ele perceberia tudo aquilo. Era feito para ele sentir e perceber e não poder provar nada. Ficava o dito pelo não dito. Tudo isso na frente de seus filho e de sua incrédula mulher.
Uma guerra em surdina medonha e cretina impostas pela obsessividade e perversidade do coletivo militante patrocinado pelo poderio do Estado. Mas, como ele falaria sobre isso com alguém, no caso sua mulher Maura, sem que ela ficasse ainda mais desconfiada de sua "...implicância com todos?"
Era uma curra psicológica. É senhores! Uma escuta em sua casa, conjugada com um bando usando o teatro-realidade pode fazê-lo doido.
► 26 / 10 / 04 – Carlos telefonou às 10 horas mais ou menos do orelhão da Praça Epaminondas, centro de Taubaté, para o Departamento de Polícia Federal através dos números (0XX)(61) 311-8000 e falou com Nirma (ou Mirna) Muniz e Ilma Carvalho. Perguntou a elas o que ele deveria fazer para descobrir se no meu carro haviam instalado um rastreador colocado pela Polícia Militar. Elas deram-lhe um outro telefone, pois não estavam conseguindo transferir a ligação para uma outra pessoa que conseguisse respondê-lo. Deram-lhe os telefones 345-9502 / 345- 9503 que era da Superintendência. Carlos ligou para lá e Ana Paula que tem um sotaque nordestino, lhe disse que ele deveria ir até a Polícia Civil para dar uma queixa. Carlos perguntou-lhe e se a polícia civil estiver mancomunada com a PM nesse sentido, o quê ele deveria fazer? Ela lhe disse que era impossível que todos estivessem mancomunados e que ele deveria tentar essa saída e rezar para dar certo.
Redenção da Serra, uma cidade pequena, cravada em uma serra do interior do Vale do Paraíba, que diferentemente do Rio de Janeiro, é uma região dominada por PTista, PSDBistas, PCBistas, PPSistas e cujo prefeito Thomaz Gonçalves Dias prefeito, que monopoliza a política local pelo seu terceiro mandato parece estar recebendo bastante ajuda do governo Geraldo Alkimin, que esteve naquela ínfima cidade por duas vezes. E, que por essas características foi o lugar para o qual você, sem saber até então, tinha sido enxotado de Niterói (Rio de Janeiro) para lá, pelos que faziam a escuta de sua casa, para levar uma curra psicológica, que combinaram a falta que você tinha de seus filhos com a intensificação de seu tormento naquele momento em que você estava sozinho e longe da família.
Isto é um outro exemplo daquilo que um escuta permanente pode fazer com qualquer pessoa. MA-NI-PU-LA-ÇÃO e PSI-CO-TI-ZA-ÇÃO
Um lugar que poderia ser um paraíso de sossego para qualquer um que não fosse um pária em cidadania, onde, em sua maioria as famílias possuem um parente trabalhando na prefeitura, você poderá ver quase toda a população chamá-lo sussurradamente de "...safado", "...mau caráter", "...falso", "...viado", cochichando e apontando para você como se participassem da mesma peça de teatro que você vem assistindo durante todo esse tempo e que havia começado dentro da redação do jornal em que você trabalhava, mas que não consegue descobrir qual o diretor responsável por ela, mas que você passou, por esse mesmo motivo, a chamá-lo de o Grande Irmão, por não conseguir vê-lo, mas sempre perceber a sua presença pelas coincidências, pelas ofensas e encenações que lhe são familiares de a muito tempo.
Seria isto um “transtorno fabricado” que poderia levá-lo a um psiquiatra estadual chamado Maurício Lucchese, que de prontidão e pronto a amarrá-lo a um tratamento de seis meses e cujo remédio – RESPIDON - receitado por ele rezaria em sua bula ser recomendado à pessoas que "...ouve vozes e tem confusões mentais"?
De tempos em tempos, o Prefeito da cidade e/ou sua filha gorda passarão por você de carro rindo para a sua cara e cumprimentando-o, como se quisesse que você visse nisso também uma provocação de um daqueles que você desconfia estar por trás daquelas armações. Freqüentemente você ouvirá do secretário da curtura da cidade, que é casado com a filha do prefeito, comentários com os amigos dele de que você é "...viado", sempre que você passar por ele. E às vezes ele fará questão de localizá-lo na "...cidade pacata e calma" para fazer tais comentários perto de você.
A polícia militar poderá ficar rondando a sua casa ao mesmo tempo que você ouve aquele mesmo assobio que deram para sua mulher que você ouvia a 370 Km dali, e sempre que você for caminhar na avenida principal da cidade lá eles estarão dando 3, 4 ou 5 voltas bem devagarinho ao seu lado e para demonstrar que estão a vigiá-lo insistentemente.
E se você sair de sua casa para ir ao mercado, padaria, caminhar ou seja lá para o quê for, lá eles estarão a esperá-lo ou para atravessar na sua frente sem abordá-lo, mas só para administrar o que já fizeram e para dar continuidade a perseguição que podemos chamá-la de psicológica ou virtual pois tudo isso, você perceberá que terá uma sincronia. Coisa de gente bem aparelhada, como se trabalhassem com ponto de escuta ou coisa que o valha. Ou seja, a patamo com o seu bigorilho piscando e seja lá quem tiver que lhe provocar passará exatamente na hora em que você abrir o portão de sua casa e se você tiver que ir a algum lugar, lá eles estarão. Como se dissessem a você: "...olha! sabemos de tudo o que se passa na sua casa". E sempre quando você estiver chegando em sua casa, oriundo de um município vizinho, haverá um comitê de recepção que o aguardará no botequim da esquina da rua de sua casa para ficar apontando-o e rindo de sua cara. E com certeza você encontrará a PM na entrada da cidade a esperá-lo.
Queriam atuar no psicológico de Carlos, para ele se sentir perseguido.
Há!.... Os adolescente e crianças!?... Irão surgir aos montes para lhe insultarem. Porque esses grupos mal intencionados se esconde atrás deles com o mesmo despudor com que fazem os traficantes de drogas. Os amigos de seu filho cansaram de chamá-lo de "...viado" e fazer provocações sem que seu filho veja e depois telefonarão para sua casa para perguntar se ele esta lá. O quê queriam com aquilo? Queriam um desgaste seu com os seus filhos, que nada via, aumentando o seu inferno astral dentro de seu lar.
Os enviados da patota farão de tudo para atingí-lo e como o esquema vem de longa data, você passará a entender as provocações por mais dissimuladas e subliminares que elas sejam.
Poderá aparecer em sua frente uma velhinha septuagenária chamada Maria, vizinha de sua sogra por mais de 20 anos – respeitável professora e com aparência da famosa "velhinha de Taubaté" - aposentada como professora de colégio estadual (ex-funcionária pública), portanto, insuspeitável ao olhos de praticamente todos, e seu marido Pedro Marx, também funcionário público estadual da Sabesp, que juntamente com seu filho Márcio, amigo de infância de seu cunhado Mário Celso – também professor de colégio municipal - vão lhe chamar de "...safado", "...falso", "...mal caráter" e "...viado" de forma quase sussurrada sempre que você passar ou estiver nas proximidades deles e que depois também afavelmente o cumprimentarão, como se nada daquilo estivesse existindo e fosse fruto de sua "...confusão mental." Eles parecem se divertirem com isto, terão estas atitude sempre com um sorriso na boca.
Você vai se perguntar qual o sentido daquilo, será que tem o intuito de fazê-lo repetir aquela mesma atitude que você tomou com o cara do sobrado, levando a fama de nervoso e "...maluco", constrangendo-o na frente de seus filhos?
Você irá procurar o Ministério Público Estadual em 10/10/03 na Barra Funda para relatar os fatos e o Promotor de Justiça, Dr. Rui Viana, lhe dirá que, "...você deverá descobrir quem esta fazendo isso com você" e que além disso, "...é da alçada federal pois passou de um estado para outro", escreverá em uma folha o endereço do Ministério Público Federal e, depois de passar menos de uma semana que você foi ao M.P. - mais precisamente em 15/10/03 - , encontrará em seu E-mail uma propaganda de um Deputado Augusto Carvalho, do PPS (Ex-PCB) - o partido que você citou várias vezes, como um dos suspeitos de estarem mandando fazer essas sacanagens com você, e que chegou a falar sobre ele com o promotor que o atendeu. A leitura desse episódio será interpretada por você como se eles – o Grande Irmão - quisessem assinalar que nada adiantará você acionar o M.P., pois está tudo dominado. Ou seja, a lei não vai funcionar para você, pois é uma perseguição federal.
Aí só lhe restará forçosamente você ter a mesma atitude escatológica que eles estão tendo com você, para poder se defender para ver se aquela gente recua naquela guerra em surdina, escondida de (ou combinada com?) seus sogros.
Como chegar ao subliminar e a confusão de sentidos
A sua atitude reativa propiciará a eles estudar quantos decibéis alcança a sua audição, encenarão a seguinte manobra: sabendo eles que você é um sujeito reativo, passarão a xingá-lo sussurradamente. E colocarão uma pessoa, digamos que... a setuagenária velhinha de Taubaté, para ficar varrendo a calçada e ver se você, quando passar por ela, replica o xingamento, fica entendido que você ouviu o que ela falou para você. Ela então abaixará os decibéis do sussurro e continuarão a lhe testar para ver se você ouve os novos xingamento com decibéis mais baixos. E se você treplicar as ofenças, abaixarão os decibéis ainda mais, até você ficar ligado na forma mais subliminar possível. Você nervoso, por estar sendo xingado por boa parte da cidade, acabará por ficar cada vez mais, focado nisto e sem ter com quem desabafar acabará entrando em choque com sua mulher que se recusa a falar com você sobre o assunto.
Você vai ficar maluco sem ser um maluco. Vai ficar deprimido, ansioso e angustiado. Vai ficar em um beco-sem-saida com um tormento perverso como este. Por vezes passará pela sua cabeça que você está sendo fruto de um estudo BolcheNaziFacista comportamental, para saber em quanto tempo um ser humano leva para ficar maluco.
Usarão uma outra técnica também que é para lhe confundir ou para tentarem iludir os seus sentidos, que consiste em pegar o marido da velhinha de Taubaté, o Pedro Marx, que tem voz inconfundível – com rouquidão e pigarro de fumante - , e colocá-lo para passar em sua frente quando você estiver saindo de sua casa para a casa de sua sogra que mora em frente a sua, como se ele estivesse saindo para o trabalho e depois a voz dele aparecerá na janela da casa da sua sogra, que fica próxima a dele enquanto lá você estiver tomando café, com a intenção de levá-lo a pensar que o problema é seu. Não estarão só usando escutas, mas também emissores de sons, e talvez digital, por serem de ótima qualidade e por ser mais difícil localização por não fazerem ruído.
A técnica da reprodução de ruidos será aplicada de diversas formas. Em uma outra delas, eles conseguiam reproduzir determinados barulhos que lhe são familiar dentro da casa em que você mora. Um exemplo era o som que a porta da cozinha da casa em que Carlos morava por favor de seu sogro. A porta tinha uma batida inconfundível e mesmo que alguém estivesse na sala, no banheiro ou no quintal, pelo barulho, que ela fazia ao se fechar quando alguém chegava, anunciava com o seu barulho que alguém tinha chegado em casa. Várias foram as vezes que este som foi reproduzido. Algumas vezes ele veio acompanhado da voz do filho de Carlos, o Vitor, como se ele chamasse por ele "...oh pai".
Poderão fazer chegar um cheiro de substância química, que parece ser um mata-mato, chegar dentro de sua casa, e depois quando você sair em seu portão aparecerá um vizinho a duas casas da sua, com uma bomba de borrifar o tal veneno. Uma técnica de provocação e "paranoalização"? Esperavam com isto que você fosse até seus parentes, o sogrão do peito, para relatar tal fato? Ou, que chegasse até o tal vizinho para reclamar?
Embora na capital do Estado os dois partidos PSDB e PT se engalfinhem na disputa da prefeitura da capital paulista em 2004, para ver quem "...comanda a masas atrasada do país" (Folha de S.Paulo, editoria Brasil, 2ª feira, 11/04/05 pág. A 5), isto parece não estorvar a cumplicidade com que percebe-se militantes desses dois partidos unem-se nas sacanagens dirigidas a você, na prefeitura de Redenção da Serra, no interior do Vale do Paraíba e a mais 180 Kms de distância de São Paulo.
É...parece que "...só a luta pelo poder separa o PT e PSDB" (Folha de S.Paulo, editoria de Brasil 2ª feira, 11/04/05 pág. A 5), ...a ética política é a mesma.
Você terá que mudar daquela pensão, de São José dos Campos, onde estão lhe sacaniando dissimuladamente. Comentará este fato com sua mulher, dentro de sua casa. Dois dias depois, ela então chegará com a informação de que o João Carlos "Preto", um militante petista e jornalista que trabalha no jornal do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, tem um sobrinho que mora numa casa em São José e precisa dividir o aluguel com alguém. Ele se chama Luciano Cocca, e trabalha como fotógrafo do maior jornal da região, o ValeParaibano. Você dividirá o aluguel do imóvel em que ele mora, em uma vila, que pertence à avó da namorada dele, a quem ele chama de Drica. Você entrará em um acordo com ele e ele tentará se aproximar de você e fazer amizade.
No primeiro mês correrá tudo bem, mas depois disso, através de janelas que dão para os vizinhos aparecerão pessoas que o insultarão da mesma forma. E, o seu amigo com quem divide o aluguel também começará a se trancar no quarto com sua (dele) namorada e começará a falar de uma forma que você possa ficar ouvindo que você é "...mau caráter", "...safado", "...viado", enquanto ela responde que "...não faz isso deixa ele em paz" e etc.... Como você não tem outra alternativa a não ser a de se mudar mais uma vez, o quê pela sua experiência você já sabe que não adiantaria, passará a revidar a agressão da mesma forma, você passará a revidar de forma sussurrada as ofensas.
Como a patota está preparada para a sacanagem, mas não está preparada para ser sacaniada. Vão procurar lhe confundir um pouco mais.
Um dia eles vão sofisticar a brincadeira, no mesmo formato da vizinha de sua sogra e colocarão um emissor de som com os dois conversando sussurrando e deixarão a porta do quarto semi-aberta para quando você passar e notar que ele está dormindo sozinho e não com a namorada dele, procurando confundi-lo e deixá-lo inseguro levando você a uma brilhante conclusão: que o problema é seu, "...você está ouvindo vozes"
Engenhoso não?! A sofisticação dessa trama é levá-lo a desconfiar de si próprio.
Como Carlos chegou até Luciano Cocca? Digo, como ele chegou até Carlos?
Explico: Mais uma vez eles ouviram dentro de sua casa, em conversa com sua mulher, que você precisava de sair "...daquela pensão em que estavam lhe sacaniando" e colocaram o amigo de sua mulher, o tal jornalista João Carlos "Preto" do PT do sindicato dos metalúrgico de Taubaté para fazer aquela ponte, indicando o sobrinho dele, Luciano Cocca, quando sua mulher se encontrou com ele no ônibus que ligava Redenção da Serra até Taubaté.
É o tal teatro-realidade – o conto-do-vigário – que somente depois que vítima caí é que vai descobrir como lhe deram a pernada. Descaradamente Luciano Cocca passou a tentar "psicotízá-lo" dentro da casa que, com ele, você dividia o aluguel em São José dos Campos. A patota não respeita direitos.
Você não terá descanso, pois essa gente não lhe dará nenhuma opção. Eles são insistentes e obsessivos no nível patológico. E, como você até então não sabe onde querem chegar com isso, vai se defendendo da maneira que pode quando está nervoso e passa a evitá-los, quando se está tranqüilo.
Você procurará neutralizar a provocação da pessoa com quem você divide a casa e da garotada da rua, de quem sempre você ouvirá ofensas ligadas aos seus apelidos de "...carioca" e "...176" (seu apelido e número na cooperativa em que você trabalhava no Rio), usando, durante a noite, um tampão de ouvidos feito de silicone para poder dormir e depois de uns 3 meses de uso deste tampão, aparecerá um certo zumbido constante em seus ouvidos. Desse dia em diante, você acordará sempre com um zumbido insuportável nos ouvidos. E, ele sempre aparecerá quando você ficar estressado por alguma coisa ou situação. E, se eles criarem alguma situação, como as muitas que lhe criaram, você não vai conseguir dormir porque o seu zumbido durante a noite não o deixará dormir de tão alto que ficará. Você nunca mais ficará curado deste seu zumbido.
Com isto você começa a carregar as marcas da tortura que você sofreu sem que ninguém, a não ser você mesmo, a perceba.
A molecada da rua sempre ficará gritando coisas familiares e apelidos, que você ali, naquele lugar de São José dos Campos, em que poucas pessoas lhe conhecem pensaria que ninguém saberia. E quem estará lhe esperando no dia que você fizer a mudança para lá? Positivo! Isso mesmo, a Polícia Militar, dissimuladamente parada do outro lado da rua. Aquela que deveria servir para manter a ordem estará sempre tentando lhe apavorar e iconizá-la como o seu perseguidor.
No município em que você estuda, por vezes não o deixarão dormir, principalmente quando for vésperas da prova para a qual você vem se preparando a bastante tempo e que diante mão eles sabem para onde.
Como sacaniá-lo com zuações é mais importante que qualquer outra coisa para eles, inclusive o sossego coletivo, colocarão um homem com uma voz escandalosa praticamente a noite toda na véspera de suas provas, não o deixando descansar durante toda a noite. Esse cidadão fará tanto escândalo que acabará criando confusão com outros moradores que nada sabem que aquele tormento lhe é dirigido.
E então estará fechado o círculo: você ficará sendo atormentado ao transitar pela rua, com viaturas que sabem da sua rotina e vão a toda hora lhe atravessar o caminho, contando com ajuda de pessoas que se aproximarão de você para dizer alguma gracinha ou fazendo amizade com você para depois se revelarem um figurante desse teatro de terror, que involuntariamente você vem participando; na sala de aula, com os estudantes profissionais a insultá-lo; na biblioteca, de uma faculdade, que você escolheu para estudar, pessoas também o insultarão e a noite quando você chegar em casa para descansar e dormir, o que lhe obrigará a dormir com um tampão no ouvido. E, no final de semana quando você for ficar com seus filhos no município em que você mora, também será insultado por todos. Você será xingado quase que 24 horas por dia, todos os dias.
Haverá dias que você ficará angustiado, não conseguindo dormir durante toda a noite e sem conseguir pensar em outra coisa a não ser nessa situação de tensão que lhe massacra psicologicamente e que você não pode sair por aí gritando que isso está acontecendo com você sob pena de desempenhar o papel de "...maluco", que é justamente o que eles estão esperando que você faça.
Às vezes, você ficará com medo de se levantar da cama, com raiva, descrente na justiça, revoltado por ser tão ridicularizado, humilhado o tempo todo e se sentindo muito sozinho no meio de tudo isso, mesmo rodeado de "parentes". Parentes afins. A fim de lhe foder.
Pergunto: Quantas incursões de psicotização como essa já houve no histórico da patota? Pelo que Carlos sentiu é trabalho de gente tarimbada e profissional. Teve ter muita gente por aí tomando remédio tarjado por conta de perseguições como estas.
Haverá ocasiões em que você temerá por sua segurança e se achará com risco de morte, e isto é resultante do processo de "paranoialização." Você suspeitará que a patota pode estar mais preocupada ainda por saber que você passou no concurso para Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo e que sabendo o que você sabe, pode pôr em risco os projetos políticos deles e causar um outro escândalo monumental que acabaria envolvendo muito mais gente que o primeiro, aquele das aposentadorias. Você perceberá que essa gente tem um poder de penetração estupendo e que você estará realmente cercado por ele, pois a "patota do T" ajuda a "patota do C" que por sua vez ajuda a "patota do C do B" que também ajuda a "patota do SDB" (ver apêndice ). Parece que há um acordo tácito entre eles, que o único crime que deve ser denunciado é o crime de corrupção financeira. Os outros crimes, como o de tortura psicológica como estas, não devem ser denunciados, mas contar com a participação de todos eles. Estes crimes quando são descoberto por um outro partido político, que não sabiam dele, passam a valer como moeda de troca para abafar um outro crime ou escândalo em que o partido que descobriu por último, pode estar sendo vítima da imprensa ou de alguma investigação policial.
Uma produção milionária de psicotização
Constatará a cada dia que está deflagrada uma produção milionária de psicotização e de cujo objeto é você, desencadeada pelo simples fato de ter presenciado uma maracutáia da militância do Partidão no jornal em que você trabalhava há mais de dez anos. Você perceberá que nesses 2 últimos anos, na pequena cidade para a qual você foi enxotado e encurralado, paralelo ao tormento fabricado que lhe querem impingir de ter quase uma população inteira a lhe insultar sussurrada e dissimuladamente, faz parte sutil da brincadeira tentar ligar e iconizar a imagem do ético jornalista escritor Sr. Zuenir Ventura, versado em ética e inveja, com o seu tormento.
Ele, nesse tempo, por vezes aparecerá na tela do plim-plim de sua TV, como se respondesse, em curto espaço de tempo, com seu estilo alegórico e debochado, sob a forma de dirigidas e dissimulas notícias ou abertura de novela, algo que fosse passado pelos que fazem a escuta permanente de sua casa àqueles que militam naquela emissora, mas que, como conseqüência de um plano de psicotização, somente uma pessoa como você, "...neurótica", "...paranóico" e cujo problema é achar que "...seu umbigo é o centro do universo" e que além da inveja padece de outro mal que é de "...ver nos outros aquilo que existe dentro de você"(1), poderia possuir tal olhar.
Explico: Ao ver o ético jornalista escritor Zuenir Ventura compondo a comitiva presidencial que foi a Portugal, você vai comentar diante da TV, do seu sogrão do peito, que "...os figurões e as celebridades podem tudo, que apesar daquela maracutáia do sindicato ainda tem lugar em comitiva presidencial como forma de limpar a imagem".
Pronto ! Coincidentemente, não mais que uma semana ou menos ele aparecerá na abertura da novela "Celebridade". Coincidência criada com o mesmo tripé no qual se apoiava o lançamento do livro "Inveja, mal secreto" e que poderia ser checada através de uma investigação séria, como rastreamento de ligações.
Mas não é somente ele que irá aparecer na telinha do plim-plim, no horário em que você estiver vendo. Aparecerá um outro personagem de sua história, o grande arquiteto..., não, não é Deus. É quase ele. É o Dr. Oscar Niemayer, que também trabalhava na prefeitura de Niterói – o berço do PCB - na mesma época em que lá você morava e sofria com o tormento-fabricado que lhe dirigiam, e lugar em que você tinha comido o pão-que-o-diabo-amaçou. E, quando ele aparecer, você descontraído, na casa de seu sogro - com a mesma descontração com que freqüentou aquele divã furado - vai falar sobre os dois números da revista "Em Foco", da qual ele era responsável e que vinha praticamente pronta da União Soviética, e que era preciso somente dar uma repaginada para ela ser impressa. Vai falar ainda que fez um anúncio de uma espingarda de nome "Ballalaika" para uma das revistas. Você, pensando que estava em casa de parentes de confiança, vai comentar isto com o seu SOGRÃO-DO-PEITO-AMIGO-DO-ALKIMIN.
Vai dizer que fez dois números da revista para ele, Oscar, e dirá que você tinha sido levado para fazer aquele "freela" pelo Léo Malina, filho de Salomão Malina – o último(?) secretário geral do PCB e o fundador e presidente de honra do PPS. O Dr. Oscar o apresentou ao Sr. Raimundo Pereira, um gráfico que era o responsável pela impressão da revista, e que hoje é o Presidente do PCB.
Dirá a ele, seu sogro, que somente depois é que você entendeu que eles queriam lhe recrutar para o partido deles.
Coitado desse meu amigo lerdo de raciocínio, hem?!
Carlos fará esporadicamente outros comentários, como o de que conhecia Denise Cunha da Central Globo de Jornalismo, quando ela era uma recém formada em jornalismo e militante do PCB junto ao Jornal Movimento, na mesma época que ele, na sucursal da Lapa, centro do Rio de Janeiro e os repórter Ricardo Alvarez e Rodrigo Alvarez pai e filho, ambos do Partidão e o filho da Central Globo de Jornalismo. Estes últimos, ele conheceu durante a campanha do Caó – Carlos Alberto de Oliveira (também do PCB), ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas e ex-economia do JB, um dos aposentandos por perseguição política e amigo de Paulo César Santos Rodrigues.
Ele se lembra de ter falado também que Luiz Alberto Bahia, que figurava no Conselho Editorial do jornal Folha de São Paulo, era do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro e que a ele fora apontado algumas vezes quando Luiz Alberto , passeava de sandália franciscana e bolsa a tira colo na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro.
Esta conversa com o seu sogro vai coincidir com a entrada em cena dos seus cunhados que poucos dias depois, no fim de semana próximo, passaram a lhe atormentar dentro da casa de seu sogro.
Eles, apesar de fazerem o papel de elenco de apoio, não estavam direta e explicitamente lhe atormentando. Mas, depois do episódio daquele comentários, começaram a fazer com você o mesmo que o resto da população fazia. Só que agora dentro da casa deles. O único refúgio que Carlos tinha até então.
Foi aí, que o moleque iconoclastra acabou por começar a matar seu próprio ídolo - o velho sogrão que morava no seu coração.
Como forma de investigação que procurava respostas para a entrada deles naquele tormento fabricado desconfiou daquela coincidência, mas como tantas outras deixou-a guardada, como muitas outras no arquivo de suspeitas não confirmadas totalmente. Na realidade Carlos gostava tanto daquela família que fazia tudo para não ver o que eles faziam com ele. Mas, não demoraria muito tempo para confirmar aquelas suspeitas integralmente em um curto espaço de tempo.
Você tinha passado no concurso de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Teriam eles que acelerar aquele processo de "psicotização"?
Depois de já confirmado para você a participação de seu sogro e de seus cunhados – relatada na segunda parte de "Em legítima defesa" – nessa trama da sua psicotização e estando você colérico e possesso com sua mulher que se nega a discutir o que estão fazendo com você na casa dos pais dela, pois se antes ela já não queria falar sobre o que os seus vizinhos e os amigos dela estavam fazendo com você, agora, com a entrada em cena dos seus irmãos, é que ela não teria interesse em discutir o assunto. Preferirá vê-lo como uma pessoa que precisa de "...tratamento."
A sua casa ficará de pernas para o ar. Ela sempre porá a família original dela na frente de sua família matrimonial. E, foi dessa forma que os espiões da escuta se aproveitaram daquele seu calcanhar de Aquiles.
Uma das importâncias deste relato reside nisto: demonstrar o modus operandis e demonstrar aquilo que uma escuta permanente na residência de alguém pode fazer com a vida dela.
Pode destruir a sua família. E, foi isto que aconteceu com a de Carlos.
Vários serão os comentários que você fará, pensando estar convivendo com pessoas de sua família. E, este foi um outro erro: o de confundir a família de sua mulher com a sua própria família, e acabar descobrindo que a ética política, pode, atropelar não só a fé em Deus, a ética profissional do médico, a ética do psiquiatra, ditar as relações de vizinhanças, ser mais forte que amor de tios pelo sobrinho, enfim pautar as relações familiares e colocando sua mulher e filhos contra você.
QUARTA PARTE
Central Globo de Jornalismo – a notícia fazendo história
Você se lembrará que entre outras coisas, que você comentava com o seu sogrão querido dentro daquela casa, era sobre uma outra versão para a queda do governo Collor.
Corria dentro do jornal em que você trabalhava, o JB, que a campanha desencadeada contra o governo Collor teria sido motivada por ter o presidente Collor de Mello armado uma trama para fortalecer uma concorrente da TV Globo – a TV Manchete.
Percebendo o poder que se tem quando se tem os meios de comunicação nas mãos, ele, Collor "...importou uma quantidade enorme de equipamentos de última geração, que lotou quase dois andares, para concorrente da "Vênus Platinada". Na realidade uns diziam que era "...um plano que ele tinha", e outros diziam que "...os equipamentos já tinham sidos importados". Logicamente a trama vazou e chegou ao conhecimento do Partidão/Globo que tem um número enorme de militantes/espiões espalhados nos meios de comunicações. E Collor tinha um agravante, tinha descontentado setores conservadores da área militar ao mexer com o SNI – Serviço Nacional de Informações e com velha reservas de mercado.
Com isto, Collor teria acendido o estopim dos "Canhões de Navarone" da mídia televisiva contra o seu governo.
Por esta mesma época Carlos se lembra muito bem de ter passado por suas mãos, para serem editadas e publicadas no Jornal de Brasil, várias matérias sobre os cheques sem fundos (mais ou menos uns 300) do Banco do Brasil que os Blochs emitiram em nome da Manchete. Quem estava usando o Jornal do Brasil, na época era o Partidão e a AP, digo o PSDB, logo aquela notícias tinham o patrocínio deles. Queriam regaçar com a pretensão da concorrente.
Para um governo que estava sendo massacrado pela imprensa, como o de Collor de Mello, não é de se estranhar que o seu ex-porta voz, Cláudio Humberto tenha sido acolhido no jornal "O Dia", por Eucimar, também um ex-JB? Temos sempre que desconfiarmos dessas mexidas de pedra no tabuleirão de xadrez.
Carlos se lembra também que na época foi lançado um boato na redação do Jornal do Brasil, de que Collor de Mello estaria envolvido, quando jovem, no assassinato ocorrido em Brasília de uma menina chamada "Araceli". Hoje, como perseguido político, Carlos percebeu que esta prática da boataria também o Partidão domina com maestria. O Partidão pode colocar qualquer uma como "...maluco", "...viado", "...alcagüete de polícia" ou assassino e etc... Quando eles não podem colocar como forma de manchete de jornal, eles lançam a boataria.
Hoje o próprio Partidão, digo a TV Globo faz um especial de TV, JK, e usa a história da família Adolfh Bloch - omitindo que o próprio Partidão (PPS) e o PSDB (PCB/AP) ajudaram a detoná-los e a levá-los a bancarrota divulgando, via Jornal do Brasil, a enorme quantidade de cheques sem fundos que eles tinha emitidos - para alavancar e fazer merchandising político do nosso pretenso presidente Geraldo Alkmin, antecipando-se a escolha da candidatura do PSDB e as eleições.
Quem não deve saber disso é Maristela Kubistchek, a vice de Eduardo Paes, candidato pelo PSDB (digo PCB, JUC, Ação Popular) ao governo do Rio de Janeiro.
É a notícia fazendo história. Surge uma questão filosófica: o que é a história? É a estória sob forma de notícias e que a "...massa atrasada"( Folha de S.Paulo, editoria Brasil, 2ª feira, 11/04/05 pág. A 5) não descobriu ser uma mentira e assim galgou a condição de história, ciência que irá instruir nossos jovens em nossos bancos escolares?
Diante dessas informações deduz-se que os nossos estudantes "caras-pintadas" foi uma das maiores mentiras da história (ou estória?) contemporânea, criada pelo "Comite Central Global de Produções do Jornalismo do Partido Comunista Brasileiro" e que não passou de uma manipulação de nossa juventude ("...as massas atrasada do país"), que foi usada como massa de manobra, para derrubar o governo Collor por interesses, que entre outros, os particulares, daquelas "Organizações".
Por que de Comite Central Global de Produções de Jornalismo do Partido Comunista Brasileiro?
Porque, hoje, separar a Rede Globo do Comite do PCB (Partido Comunista Brasileiro), seria o mesmo que separarmos o café do leite, depois que ambos se misturam. É a versão muderna da política do café com leite.
Sempre que ouve a frase "...jornalismo sério e responsável" é, uma charada para Carlos, o nascimento de um âncora do jornalismo pautado na ética e com seus profissionais de confiança, espalhados pelas principais rede e emissoras de TV.
Temos um Centro de poder paralelo ao do Estado. São esses partidos de esquerda, PCB e PSDB as eminências pardas da imprensa e do poder, quem decide o que deve ser divulgado ou não, quem deve ser investigado ou não e quem eles vão escancarar nas páginas de jornais ou não, a notícia que deve ser dada ou não. Escondem a sua corrupção e divulgam suas benfeitorias, enquanto divulgam a corrupção e escondem as benfeitorias dos outros partidos. Isto quando não partem para a mentira descarada. São os fabricadores de história do Brasil. Basta lermos atentamente os jornais todos os dias para vermos o que eles estão querendo a longo e médio prazo.
Os caras pintadas deveriam ser riscados dos livro didáticos escolares por serem uma mentira descarada dos fabricadores de história.
Coincidentemente, enquanto você faz suas últimas anotações, em 2006, quando já estava morando em Taubaté, e tendo sua casa vigiada em tempo integral, aparecerá no Fantástico, uma edição sobre as confidências de alguns ex-presidentes – seria uma antecipação de desmentido, que se colocaria a frente de suas anotações ou o faria mudar de opinião sobre os fatos e as informações que você tinha? -, e dentre eles aparece FHC dizendo que era "...amigo de Miguel Paiva", deputado morto pela tortura no quartel da Barão de Mesquita (cujo Tenente do Exército Amílcar Lobo o teria assistido e umas da últimas pessoas a vê-lo com vida). Seria uma aviso indireto para que você, depois de sofrer tudo o que sofreu, não mexesse com gente tão poderosa – como "O Poderoso Chefão" da social-democracia - e guardasse o seu relato de tortura psicológica?
Sabiam que Carlos fazia sua anotações, sobre o que lhe ocorrera, e ciêntes do que ele sabia, o "...jornalismo sério e responsável" passa a sua dianteira. Sugirão algumas edições espertas, tal como a que aparece o ex-presidente Fernando Collor de Mello dizendo que os motivos que o levaram a ser "impeachimado" fora ele não "...participar de churrasco com deputados."
Ora! Se o próprio ex-presidente dá um depoimento deste sobre os motivos da interrupção de seu governo, quem seria o tolo de dizer que não é verdade, certo? Teria sido um acordão (a ex-ministra Zélia teve que deixar o país e somente por estes tempos teve o encerramento dos processos que a perseguiam), para deixá-los em paz? Ou através de um teatro-realidade pegaram o nosso ex-presidente distraído e o usaram para desfazer versões? Agora fica a pergunta: será que ele poderia dizer que o real motivo de sua queda fora a tentativa de fortalecer a TV Manchete, a emissora concorrente daquelas "Organização" que o entrevistava e e ter mexido naquela caixa de marimbondo chamada SNI?
Teria sido este programa uma daquelas formas de notícias que aparentando ser dirigidas a milhares de ouvintes, teria endereço certo, como uma residência vigiada permanentemente?
Ainda dentro desse perfil de noticias e programa com endereço certo estaria uma edição extemporânea que rememoria a ditadura militar, a tortura e a barbaridade feita por ela. Estariam fazendo a cabeça de Carlos, mostrando-lhe que uma tortura psicológica não representaria nada diante da brutalidade feita pela ditadura militar? Queriam dizer a ele que a ditadura fazia pior? Seria uma reedição da máxima que a imprensa atribui ao malufismo: tudo bem! "...nós estupramos! mas não matamos".
E uma outra curiosidade, é a de ver em outro noticiário a figura de Chico Recarei, ao ser preso por um mandado expedido de forma errada por um Juiz Federal e algum vizinho soltar a frase "... isto pode acontecer com qualquer um" como se aquilo fosse dirigido a você. E, mesmo que fosse, poderia ser comprovado?
Sim, porque se lhe fazem a escuta porque você sabia demais, vão querer desmanchar através da contra-informação para confundí-lo, aquilo que eles sabiam que você sabia. Ou seja, com um jornalismo sério, vão querer formar a sua opinião. Vão querer formar a opinião de sua vítima. Vão querer que ela ache que tudo o que aconteceu com ela foi um piquenique!
Conclui-se que os meios de comunicação são feitos para fazer a sua cabeça não só de forma ampla, mas também restrita, e muitas vezes excessivamente restrita.
Carlos se lembra também de uma conversa, em que João Santana, editor da editoria de "BRASIL", do Jornal do Brasil, dissertava sobre a função do jornal na sociedade. Ele, que já tinha sido militante político de esquerda, dizia que o jornal "...tinha a função de fazer a cabeça das pessoas". Carlos, na época, tinha entendido aquele conceito de forma figurada, ampla e geral, no sentido de ser o jornal um formador de opinião. Mas agora, com sua experiência de torturado psicológico, que possui uma escuta ambiente permanente, o permite interpretar de forma bem restrita.
Desta forma, a restrita, é a que deve esta fazendo a cabeça de muita gente, que dela não se apercebe, mas que pode estar sendo uma vítima sem saber que é.
Um exemplo, que qualquer leitor assíduo de jornal deve se lembrar, foi a campanha desencadeada pelo Jornal do Brasil contra o BANERJ com intuito de privatizá-lo a qualquer custo e contra o PDT de Leonel Brizola e de Marcelo Alencar.
O objetivo maldoso com que o repórter às vezes sai para fazer matéria acabava por criar situações pitorecas, como a repórte que, a mando de Dácio Malta editor do Caderno Cidade, foi para rua apurar erros na emissão de IPTU no governo Marcelo Alencar. Ela passou pela prefeitura e entrevistou as pessoas que estavam na fila de reclamações de IPTU e chegou a conclusão que 90% dos carnês de IPTU do Rio de Janeiro tinham saido com erros. Ela não se deu conta da sorte que teve de, naquela fila, não ter encontrado 100% de erro nos carnês.
Você será chamado para a Comarca em que você passou somente depois de ter pedido um prolongamento de prazo. Parecia que os seus documentos não sairiam em tempo hábil. Queriam fazê-lo entender que o poder tudo pode? O quê já estava lhe deixando com a pulga atrás da orelha. Você estava bastante tenso por isto, por não ser bobo e por saber que existia gente muito importante que poderia fazer mais uma covardia com você. Finalmente foi marcado o dia 12 de maio para sua posse no Tribunal.
Os "camaradas" usam a imagem de seus entrevistados
Na fase em que estavam cientes de que você descobriu a trama da psicotização e estava colocando tudo no papel, diversas são as maneiras de pressioná-lo para que você se acovarde diante do poderio que teria de enfrentar.
Os nossos camaradas vão usar a imagem de seus entrevistados. No dia de sua posse de escrevente no Tribunal de Justiça, 12 de maio de 2005, já pela manhã, alguém vai soltar a seguinte frase ao lado de sua casa: "...é só ele ver o jornal para ele saber com quem está se metendo."
Você não sabe a que jornal se referem, mas você vai seguir a sua rotina e vai assistrir ao "Bom Dia Brasil" e lá estará o Presidente do Supremo Tribunal Federal falando sobre a reforma do judiciário e aproveitando para fazer críticas ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Pergunta-se: estavam usando a imagem de seus entrevistados ou mostrando seus quadros de alto escalão?
Seria aquilo algum aviso? Como se vê, fica tudo suspenso no ar. É você quem tem que deduzir ou associar!
Como você não agüenta mais tanta pressão em cima de você por uma informação a qual você foi uma testemunha acidental, você ficará louco para assim que chegar no Tribunal de Justiça poder contar o que acontecido com você durante estes últimos 10 anos de perseguição e dizer que você é uma testemunha no processo "Bateaux Mouche". Mas, infelizmente no dia em que você estava chegando ao seu Ofício de trabalho, dia 13 de maio de 2005, o juiz titular estava de saída naquele mesmo dia. Tinha sido atendido em seu pedido de transferencia para a comarca de São José dos Campos.
No Sábado, 21 de maio de 2005, uma semana depois que você foi empossado no cargo, o seu sogrão do peito vai dizer que é para levar "...o jornal para ler, pois ele já tinha lido o jornal que o seu filho Mário Celso", o cirurgião-dentista, tinha trazido de Taubaté. O Jornal se encontrava dobrado na página de Editorial. Desconfiado de tudo que vinha daquela família, Carlos pega o jornal e vai ler. Coincidentemente se depara com a coluna de Carlos Heitor Cony, em belo e gozador artigo sobre escrevente na página de editorial. No artigo ele diz que a justiça, aquela que eles sabiam que você poderia procurar para relatar o que sofrera, pois você já dissera isto antes dentro de sua casa, acaba se perdendo nos labirintos da burocracia de seus Ofícios. E, assim a turma, sabendo que você era um bom entendedor, tentava transformar um processo de psicotização em psicogozação e ameaças de deixá-lo sem emprego novamente.
Antigos personagens e mais interatividade televisiva?
Passou-se o tempo e, em 15 de julho de 2005. Depois que você estiver dormindo após um dia exaustivo de trabalho em seu Ofício, a provocação psicológica do latido e uivo incessante de cachorro o acordará e não o deixará dormir de jeito nenhum, e vai obrigá-lo a se levantar. Você não terá outra alternativa a não ser a de ligar a TV para se descontrair. Coincidentemente, estará começando o programa de Jô Soares - aquele apresentador, que transformou um bom programa de entrevista em uma barricada contra o PT, mostrando assim que a sua militância política jogou por terra o seu lema de "Faça humor não faça a guerra" - com uma entrevista de outro antigo personagem da história de Carlos, o Sr. Marcos Sá Corrêa, ex-chefe do ético jornalista escritor Zuenir Ventura, no Jornal do Brasil. Um outro ético jornalista do Partidão.
Seria o mesmo velho truque de interatividade da TV, que foi usando por conta do lançamento do livro Inveja, mal secreto?
Que comentários Carlos faria de Marcos Sá Corrêa, o estoriador?
O quê o serviço de inteligência do Partidão queria saber sobre o que Carlos sabia a respeito dele? Carlos não sabia muita coisa, mas o suficiente para "...pessoas que vêem nos outros aquilo que existe dentro de si"(1) a deduzir que "...aquilo que existe dentro de si" era o que se tinha visto os militantes de partido fazerem.
Marcos, no programa do Jô, aparece dando uma de "Dirceu-caça-borboleta" - personagem de Dias Gomes em o "O Bem Amado" - dizendo que "...os insetos tem gestos..." e outras coisas mais. Pura sacanagem e gaiatice. Mostra também a sua Ong ECOs (?), com a qual partilha a sua chefia com o "Kiko", filho do Dr. Nascimento Brito, que também já fora editor do Caderno Cidade e mostra a foto de um dos filhos do Dr. Roberto Marinho.
Mais uma forma codificada de argumento para fazer a sua cabeça e levá-lo a pensar que, com tanto figurão envolvido naquela maracutáia do divã do espanhol, seria melhor puxar o breque e pensar duas vezes antes de tomar alguma decisão . Seria melhor você ficar quietinho e nada contar sobre a covardia que lhe fizeram por todo esse tempo? E não fora somente com você, fora com os seus filhos também, embora estes não tenham nenhuma consciência disto.
Pouco tempo depois que o Marcos Sá Corrêa e seus Camaradas, a quem chamavam de o grupo de Veja (Marco Sá Corrêa, Romeu Pompeu de Toledo e Flávio Pinheiro), chegaram ao Jornal do Brasil, por ocasião do dissídio da categoria, eles atrasaram o salário da redação por dois meses seguidos, algo que nunca tinha acontecido na história daquele jornal. Era um bode colocado numa sala apinhada de gente. Depois que retirassem o bode, poderiam colocar mais gente que não haveria mais reclamações. Em época de dissídio atrasar pagamento baixa o moral da redação e demonstra que quem está atrasando pagamento não tem a menor condição de dar aumento para ninguém e sorte de quem não for mandado embora nos famosos passaralhos (demissões de várias pessoas) das redações. Certo?
Errado. Depois do dissídio, ele implementou o aumento diferenciado na redação. As chefias tinham aumentos muito maiores que o resto gentalha. Formou-se assim uma pirâmide com sua enorme base formada por pessoas com salários baixos e em seu acume, as chefias com salários astronômicos. E quem eram as chefias? A patota do PCB. Tudo isso corria em completo sigilo e só vinha a tona por ocasião do recebimento dos contra-cheques (hollerith). Aí Inês era morta.
Com isso nosso grande comunista do PCB, Marcos Sá Corrêa, deixou escapar por entre seus dedos aquela oportunidade ímpar de se fazer justiça social através de distribuição de renda. E fez o justo oposto.
Em pleno dissídio ele quis ludibriar a redação criando uma espécie de cestas básica, vales ou cartões que o jornal distribuiria, em substituição ao índice dado a categoria, para as pessoas poderem comprar com descontos em supermercados, lojas e valeria também para as entradas de cinema. Ele defendia que os vales e cartões acabariam por eqüivaler ao índice obtido. Aquela pretensão dele foi apelidada de "Baú do Marcão" por boa parte da redação. Ele ganhou um vaia depois de ter a cara-de-pau de defendê-la na assembléia dentro do jornal.
Carlos depois da assembléia galhofou: "...puxa o japonês saiu puto dentro das calças por não aceitarmos o Baú da Felicidade dele." Não demorou dois palitos e ele já estava de volta dando a entender a Carlos que já tinha chegado aos seus ouvidos aquela tirada de mau gosto. Na primeira oportunidade que arranjou, ele voltou e passou imediatamente a se referir a Carlos como camarão, por ser Carlos de aparência avermelhada e olhos claros, mais precisamente verdes, "...como a inveja"(1), aos olho de Mestre Zu, o seu subordinado, em sua literatura de araque.
Ele, o camarada Marcos, implementou na redação a sua corte, que eram os olhos e ouvidos do rei. Tudo que se dizia na redação chegava imediatamente aos seus ouvidos em questão de minutos.
O Camarada Marcos, que era formado em história – ou inventor de estórias que se transformam em história? - e não em jornalismo, era o chefe do mestre Zu e dificilmente não saberia daquelas "...informações de divã" do espanhol que chegavam ao jornal.
Marcos Sá e "O MaisCareta"
Ainda sobre divã, tem-se que um ilustrador do Jornal do Brasil que se chamava Otta, ex-editor da revista "Mad", começou fazer umas tiras de quadrinhos com o título de "O maiscareta". Era uma homenagem nada singela ao psicanalista Eduardo Mascaranhas - um daquele grandes heróis que tanto lutaram para implantar a "ética" política na psicanálise, quando tiraram o Amílcar Lobo e seu psicanalista didata da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, cassaram-lhes os registros e colocaram suas dezenas de Amilcares Lobos. Não foi troca de seis por meia dúzia, foi uma troca de dois por centenas (ou dezenas de centenas? Ou centenas de milhares?). Incomodado com as tiras do JB, Eduardo Mascaranhas telefonou para Marcos Sá Corrêa, que, por sua vez, deu um aviso ao Otta: "...pare com as tiras!" Otta não entendeu muito bem, e, talvez por ser um compulsivo como Carlos, atirou nova tira em Eduardo Mascaranhas e com isso foi atirado para fora do jornal.
Puxa! Que força tinha aquele psicanalista dentro do jornal! Por quê hein?
Durante seu reinado, o de Marcos, o critério usado para ser admitido no jornal era um: tinha que ser do partido. Tem que ser do Partidão. Foi por suas mãos ou do grupo que ele deixou no jornal depois que saiu, que entraram Regina Zappa, editora de Internacional, Lucíola Soares (amiga do psiquiatra e psicanalista Júlio Sérgio Waisseman), Anselmo Góis, Alexandre Medeiros, Lauro Jardim, Anabela Paiva, Mirian Leitão, Oscar Valporto e seu irmão Marcelo Carnaval estes dois último eram filhos de um antigo comunista ligado aos bancários e Nelson Jobim (com um rostinho de ministro), este último, redator da editoria Internacional. Citemos somente estes para ficarmos no higth-socite do Partidão, naquele enorme aparelho que era o JB. E, como até entre os comunistas existe sua própria segregação social, alguns deles entraram logo como sub-editores sem ter a menor experiência no assunto, foi o caso de Regina Zappa - que não tinha a faculdade de jornalismo e sim a de história, e com a confusão das aposentadorias ela acabou por conseguir seu registro da mesma forma como Carlos conseguiu o registro dele e, lhe foi retirado - e Oscar Valporto, sem precisarem passar pelo estágio de repórter no purgatório da editoria de Geral (Caderno Cidade), como os outros jornalistas, o resto da "...patuléia."
Fica uma pergunta: por que muitos políticos que certamente são contra o nepotismo, tem seus filhos ou parentes, lugar e vaga garantidos na imprensa? Não que se deva ser a favor do nepotismo, mas assim fica muito fácil ser contra?
O Camarada Marcos Sá Corrêa, biógrafo de Oscar Niemayer, e filho do comentarista político Vila-Boas Corrêa, era um homem a frente de seu tempo. Estava tão preocupado em seus feitos pela causa do Comunismo do partido dele, que um belo dia, em seu plantão de fim-de-semana, quando a democracia argentina sofreu uma quartelada de alguns de seus comandantes caras-pintadas, ele a noticiou em minúscula chamada de uma coluna de segundo clichê. Com título em três de quatorze (3 x 14). Ele pouco se importou em parar as máquinas e usar este veículo maravilhoso, o jornal, da forma como ele deveria ser usado: botar a boca no mundo e denunciar, em manchetes bombásticas, aquela ameaça a democracia em nosso continente.
Pois é, parece que os comunistas não gostam de democracia. E, é esse o problema deles. Eles acham que a democracia burguesa é um estágio inferior de regime político. Então para que respeitá-la né?
Dele, Marcos, ainda corria a fofoca dentro do jornal de que tinha uma empresa de assessoria de comunicação voltada para empresários. Membro do partido que manda e desmanda na imprensa vendendo imagem de empresário para a imprensa. Era "171" puro. Tanto poderia fazer o nome do empresário desaparecer, como aparecer, ou aparecer mal, num toque de mágica.
Façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço: é o lema dos comunistas do PCBão. O partido é a materialização da contradição. Faz um jogo duplo e fica bem com ambas a partes.
Iesa Rodrigues, uma antiga editora de modas do Jornal do Brasil e pessoa ligada ao Partidão, fez um "feature" (box) defendendo o modelo que havia assassinado Mônica Granuzzo, uma adolescente que foi atirada de um prédio no Humaitá depois de uma tentativa de estupro, quando ainda não tinha chegado em casa o último participante da passeata que havia sido feita em solidariedade a família de Mônica em nome da "Luta contra a violência", que com certeza tinha o Partido por trás. Por trás tanto da passeata quanto daquele "feature" defendendo o modelo. Iesa Rodrigues não era doida de fazer aquele feature sem ordens de seus superiores.
Depois que estourou o escândalo das aposentadorias, ela – Iesa Rodrigues - parava qualquer coisa que estava fazendo para chegar até a editoria em que Carlos estivesse trabalhando para apontá-lo, mostrando-o para uma pessoa que ela sempre carregava com ela, ela fazia um teatrinho, baseado naquilo que a psicotorturapeuta de Carlos, Márcia Erlich passava para a patota da redação.
Vamos dar mais uma espiadinha no Partidão?
O PCB (leia-se PPS) e PSDB (leia-se AP, JUC e PCB) que possuem o poder sobre a imprensa, apesar de dizerem o contrário, usam os mesmos métodos da escola de Assis Chateaubrian – a chantagem. Inclua aí a chantagem sexual.
Primeiro Ato (vide Folha de São Paulo terça-feira, 23/11/2004, editoria BRASIL, pág. A 8) : descobre-se um istimo entre "...quadrilha e juiz do Superior Tribunal de Justiça" em investigação feita pela Polícia Federal. "O caso nasceu de interceptação telefônica feita pela PF com autorização judicial." A interceptação telefônica feita com autorização judicial é uma das primeiras coisas que eles frisam. Por quê? "A série de reportagem foi feita pelo comunista, digo colunista da Folha, o jornalista Josias de Souza", que por isto é processado pelos objetos de sua denúncia.
Segundo Ato (vide Folha de São Paulo, quarta-feira, 24/1104, editoria de BRASIL, pág. A 11) : não temos como provar acordos políticos, mas logo depois estranhamente e aos poucos, passam a limpar a barra daquele ministro que teve os seu caso e o de seu filho estampados em vergonhosas manchetes. Aquela otoridade passa a ser um defensor incondicional da liberdade de imprensa e das "...bandeiras da ANJ (Associação Nacional de Jornais)" e se gaba de ter sido o "...único presidente de tribunal superior presente à posse da nova diretoria da ANJ, em São Paulo."
Terceiro Ato (vide Folha de São Paulo, Sexta-feira, 13/05/05, sexta-feira, 13/05/05, editoria de BRASIL, págs. A 4, A 5 e A 7) : o ministro passou a ser um aliado ou refém político daqueles que abriram as manchetes bombásticas sobre ele e seu filho? Passou a ser um, pet, um gato angorá a desfilar nas mãos de quem detém o poder na imprensa e dos meios de comunicação, que por sua vez, trabalham de forma articulada. Aí pode-se até desconfiar de como ele passa a ser usado. Aquela otoridade aparece em diversas matérias de jornais externando a sua ojeriza ao nepotismo e acolhendo "...quase todas as medidas sugeridas por Claudio Fontelles, procurador-geral da República e sai em defesa na liberdade de expressão no caso da censura ao novo livro de Fernando de Morais, chamado "Na toca do Leão".
Assim é, que podemos ver o ministro usável, ombreado a um ALTAPATENTEDOEXÉRCITO usável em uma entrega de prêmios de Jornalismo sério e responsável promovido pelos profissionais daquelas "Organizações". Esta entrega de prêmios estava sendo feita por Janice Caetano, militante do partidão, de quem nos familiarizamos a umas cento e poucas páginas atrás junto com Dácio Malta. Uma intimidação visual, associando aqueles do Jornal do Brasil na época das espionagem de divã com as forças do exército e da justiça. Continuavam a insistir no "...tá tudo dominado"?
O domesticado Ministro, depois de um acordão político que passa pela imprensa, a mesma que o garfou, acabará sendo salvo pela arca-de-noé da política: as eleições. Sairá candidato pelo PSB. Informação esta passada pelo Radar da revista Veja, por Lauro Jardim, ex-economia do JB, com atmosfera de crítica entre aspas. É o jogo do faz-de-conta-que-não-sei-da-armação. Como se vê, tudo - da garfada ao salvamento - passa pela militância do Partidão. Aí, o sujeito fica sem saber se o Partidão queria, limpar e fazer predominar a ética na Justiça ou se estava somente querendo fazer um refém político naquele Tribunal.
Teriam, os Gouvêia Vieira, algum grau de parentesco?
Alguns nomes seriam interessantes em destacar no expediente do Jornal do Brasil na época em que vazava informações de divã de um dos donos do barco "Bateaux Mouche" para dentro do jornal, para que se faça as devidas ligações ao longo deste relato: o primeiro, Jorge Hilário de Gouvêia Vieira (um dos fundadores da ONG VIVA CRED – um subproduto da VIVA RIO - , que atua na Rocinha) por sua ligação com o movimento ViVa-RIO, um nicho do Partidão. E, por possuir o mesmo sobrenome de Eugênio Gouvêia Vieira, "the boss" da Petróleo Ipiranga S/A., que segundo o que circulava na redação, chegou a injetar dinheiro no JB.
Um outro que constava daquele expediente era João Geraldo Piquet Carneiro.
► Notícia pinçada de
Cláudio Humberto.com.br
Pai da matéria
A informação caiu como uma bomba no Congresso, que recebia bem a indicação do embaixador Sebastião do Rego Barros para a Agência Nacional do Petróleo. A sugestão a FHC teria sido de João Geraldo Piquet Carneiro, que defende em Brasília os interesses da Petróleo Ipiranga S/A, empresa de Eugênio Gouvêia Vieira - aquele que arrumou na Firjan uma ocupação para o primeiro-filho Paulo Henrique.
Teriam, os Rêgo Monteiro, algum grau de parentesco?
Citemos também no expediente do jornal, o Diretor Sérgio do Rêgo Monteiro por curiosidade em saber qual o grau de parentesco entre ele e José Carlos do Rêgo Monteiro, um militante do Partidão e presidentes do SJPMRJ – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do RJ - há tempos atrás (princípio da década de 80?) e Cida do Rêgo Monteiro, chefe da Dr. Marina Baptista de Azevedo, a cunhada de Carlos que importou a trama de sua psicotização do Rio de Janeiro para dentro da família dela, em Redenção da Serra.
Seriam, os Luccheses, parentes?
Por coincidência, Eugênio Gouveia Vieira, "the boss" da Petróleo Ipiranga, o mesmo que se encontra hoje na presidência da Firjan tem em sua assessoria de comunicação da Federação a repórter Bette Lucchese, que é também da Central Globo de Jornalismo, que por coincidência tem o mesmo sobrenome de Maurício Lucchese, o psiquiatra que queria amarrar Carlos em uma camisa-de-força de um tratamento de seis meses receitando-lhe um remédio de tarja preta para pessoas que "...ouve vozes e tem confusões mentais."
Por coincidência Maurício Lucchese militava naquele longínquo município de Redenção da Serra, encravado na serra do Vale do Paraíba, junto ao sogro de Carlos, o respeitável Dr. Neymar Neves que elogiava o trabalho do psiquiatra para ele - Carlos.
Seriam os elogios a Mauríco uma primeira casca de banana, colocada pelo sogro de Carlos, milimetricamente sob os passos de seu querido genro?
Ói que lindio, doutor!
Mais tarde, depois que Carlos começar a reclamar com sua mulher em casa, que está se sentindo mal (como um daqueles espanhóis?), com dores no peito, angústia, medo, medo de sair na rua e ansiedade ao conviver com aquela situação de sacanagem da cidade e dentro da casa deles, o sogro de Carlos irá elogiar mais uma vez o psiquiatra Maurício Lucchese que "...curou a veterinária da Prefeitura de sindrôme do Pânico."
Seria este último elogio ao psiquiatra que "...curou a veterinária da Prefeitura de sindrôme do pânico" uma segunda casca de banana colocada pelo sogro de Carlos, milimetricamente sob os passos de seu querido genro?
Fácil não? Criaram uma atmosfera que levaria qualquer um a ficar como louco, com sindrôme do pânico e apavorado e depois atravessam um psiquiatra na frente do sujeito.
Qualquer similaridade com o caso das multas e aquele coronel Jairo não é mera coincidência. É o teatro-realidade combinado com uma escuta em tempo integral da vítima, a força motriz que faz qualquer tramóia da patota dar certo.
Quando um doutor ético entra nesse tipo de maracutáia ele deve pensa: eu joguei a casca de banana, se ele pisar e cair o problema é dele que pisou. Certo?
Errado, quando se está conivente em reproduzir uma atmosfera que levaria qualquer um ao caminho de um psiquiatra.
A ética política produz isto em sua vida: enquanto Carlos educava seus filhos para respeitar seus avós e tios. Estes davam o troco armando um grande esquema de psicotização de Carlos. O filho mais velho de Carlos, Vitor, aquele que sofreu com as agressões na vila do Ingá em Niterói, foi criado com Carlos contando estórias sobre o seu avô materno, o sogrão do peito de Carlos. Ele queria o seu filho Vitor admirasse seu avô e a carreira de médico, então ele criava estórias sobre o sogrão do peito dizendo que o avô do Vitor saia, à noite, a cavalo para fazer parto em lugares longuínqüos e floreava tudo aquilo como num conto de fadas.
É, a vida realmente é uma caixinha de surpresas. Eis que quinze (15) anos depois se depara com um plano de psicotização do qual participa o sogrão do peito e toda a sua família, quando Carlos estava sozinho e sem um parente ou amigo com quem ele pudesse falar sobre o que estava acontecendo com ele.
Senhores, quem é da patota, da militância, vai sempre agir assim.
Passam o braço em seus ombros e com o outro enfiam-lhe a adaga no fígado. Ou, fazem um brinde a você colocando cicuta em seu copo.
Os camaradas estavam, desde a muito, cada um no seu metie, sendo coordenados pelo Grande irmão, que fazia a escuta da casa de Carlos. A polícia, os vizinhos, os médicos – parentes dele ou não -, os funcionários da prefeitura e os jornalistas. E, estes, cada um encrostados com suas máscaras de jornalistas em suas mídias, cada um fazendo a sua parte.
Pouco antes de fazer uma assinatura de Veja, era certo Carlos ler de cabo-a-rabo esta revista que seu sogro assinava e depois de ler lhe passava. Certo dia ele achou engraçado ler uma matéria que além de coincidir com o tema das aposentadorias para perseguidos políticos também tinha em seu lide, o mesmo pensamento que ele expressou, em conversa com sua mulher quando subiam a escada que ia da sua casa até a rua e que havia dito na semana anterior. A frase era: "...muito desse pessoal lutou contra a ditadura, não pela democracia, mas por não ser ela, a ditadura que apregoavam" (ver APÊNDICE). Como Carlos costumava dizer para sua mulher que coincidências demais, não existiam, os coleguinhas parecem que es-cu-ta-ram o que ele disse e pareciam querer mexer com a sua capacidade de entendimento e associações.
A matéria na realidade é uma brincadeira em que Carlos Heitor Cony - membro do Partidão - empresta a sua foto para uma brincadeira de membros do Partidão, servindo de "bucha de canhão". Quem escreve - Marcelo Carneiro - é do Partidão. E quem opina ao final do texto é uma outra membro do Partidão ou da AP, Lúcia Hipólito, uma das meninas do Jô, que faz parte daquela barricada na TV que o Jô Soares armou contra o PT, no escândalo do mensalão.
Mas ao mesmo tempo Carlos se questionará nesta hipótese e vai ficar em dúvida pois ele não tem absoluta certeza de que o jornalista Marcelo Carneiro é ligado ao Partidão ou não. Não se pode generalizar, certo?
Errado. A dinâmica e exigência dos fatos obrigarão aquele falso jornalista a sair da tocaia e a máscara de jornalista vai desabar do rosto daquele aparelho na mídia quando ele fizer uma matéria defendendo a VIVA-Ong do Rio, digo a ong VIVA-RIO (ligada ao respeitável e ético jornalista escritor Zuenir Ventura, o voyeur de segunda-mão dos divãs do Rio), no episódio da prisão de William de Oliveira, um líder da rocinha ligado a Ong Viva do Rio, que foi preso por ligação com tráfico. (ver apêndice).
► DESTAQUE PARA A DIFERENÇA ENTRE UM JORNALISTA DE VERDADE E UM APARELHO ENCROSTADO NA MÍDIA.
Crítica feita a reportagem "A vida no fio da navalha" para ser enviada a "VEJA" (Obs.: Não foi enviada)
Gostaria de congratular a revista Veja pela disfarçada "cobertura" da matéria "A vida no fio da navalha" (Veja/16 de março de 2005/Edição 1896 – ano 38 – nº 11) de Marcelo Carneiro. Obra de mestre. O repórter desatento parece não saber o que é notícia e, fica evidente para quem conhece o modus operandis da militância atuar (inclusive dentro da imprensa), que ele quer transformar em algo menor, um caso grave: o envolvimento de um militante da ONG VIVA RIO (nicho do Partidão), o líder comunitário da rocinha William de Oliveira, com o crime organizado. Parece quase proposital como o seu texto se perde em dados genéricos, como se quisesse mostrar ao leitor que se trata apenas de um acidente (ou incidente?) de percurso de uma instituição que tem inúmeras frentes de trabalho nas comunidades carentes, sem falar no seu esforço em destacar em grandes números o caráter social daquela ONG. E na cara dura destaca "...sua prisão causou surpresa". Pergunto: mas como "..sua prisão causou surpresa", se o envolvimento do líder comunitário com o tráfico é tema de livro já publicado e denunciado em entrevista feita com o escritor Júlio Ludemir - que pertencia aos quadros do Viva Rio - há mais de 3 meses? A matéira omite que Alexandre Dumans, o advogado do líder comunitário William de Oliveira foi convidado a defendê-lo pelo também advogado e empresário Jorge Hilário Gouvêa Vieira, empresário e um dos fundadores da ONG Viva do Cred, que atua na Rocinha e que noticiada pelo jornal "Folha de São Paulo" na pág. C5 de 26/03/2005, matéria, que justiça seja feita, foi muito mais completa do que "Veja" foi na sua. Uma omissão no mínimo suspeita, se encararmos que uma revista como "Veja" deveria trazer em suas páginas uma matéria mais completa e abrangente que noticiários locais. Sou leitor de "Veja" e fico muito decepcionado, pois fica parecendo tratar-se de um outro tipo de "operação abafa" disfarçada, a mesma que a revista criticou no caso da fofoca social em torno de Chico Buarque (Edição1895/09/03/05). Se a mãozinha dos amigos de Chico devem ser criticada naquela "grande notícia" sobre seu namoro com a morena, eu imagino que a mãozinha dos amigos daquela ONG VIVA DO RIO não deveriam tornar menor nem "unanimar", ao nível nacional, uma versão "amena" daquele grave episódio. Assim, uma péssima cobertura prejudicou a notícia, a HISTÓRIA, que não aparecerá conforme o fato. Ficará registrado nos arquivos de Veja, que é fonte de consultas, pesquisas e fonte de referência de jornalismo sério e independente, uma outra notícia. Por desatenção ou preferência política, tira-se da foto parte de seu registro, conforme tantas vezes li, em Veja, as acertadas críticas aos regimes Nazistas e Stalinista. Teria sido melhor não dar a notícia do que fabricar uma outra em seu lugar.
Carlos Eduardo da Silva , Redenção da Serra – São Paulo
Uma outra coincidência envolvendo o jornalista escritor Carlos Heitor Cony, foi que no dia 1º de maio de 2005, dia do trabalho, Carlos Eduardo e sua família sairam de Redenção da Serra para irem ao Shopping Center Vale em São José dos Campos. No caminho e dentro de seu carro rastreado por GPS, ele aconselhava seu filho Vítor a ler um pouco mais para ter um pouco mais de cultura geral. Coisas de pai pra filho. Então Carlos Eduardo tentava ilustrar a necessidade de se ler, contando para ele uma história que ele tinha lido na página de Opinião da Folha de São Paulo, jornal que ele lia diariamente. Falou primeiramente para o seu filho, que uma leitura que ele não perdia, era a coluna de Carlos Heitor Cony, escritor que admirava muito pelo texto fluido e humorado. Contou então que lera há um ou dois dias uma coluna de Carlos Heitor Cony em que ele contava que foi caminhar no calçadão de copacabana e sentou-se ao lado da estátua de Carlos Drumond de Andrade. Logo depois aproximou-se um casal que pergutou a ele se aquela estátua era do Cazuza, e ele respondeu que não, que era do Renato Russo. A coincidência reside no fato de não durar dois palitos e Carlos Eduardo ler um outro artigo de Carlos Heitor Cony, se referindo a Zuenir Ventura.
Estabelecer esta coincidência a princípio seria uma sandice, a não ser pelo fato de achar que ela, a coincidência, fosse uma brincadeira para mostrar que o rastreador que Carlos Eduardo tinha em seu carro era daqueles que dá para se escutar o que se falava dentro dele.
Uma brincadeira de gente sofisticada.
O quê parecia é que todos os jornalistas do Partidão queriam dizer de forma cifrada que estavam empenhados na defesa da ética do jornalista escritor Zuenir Ventura. É o jornalismo sério e independente na cobertura de um crime. Ou seria, acobertando o crime de espionagem de divãs e tortura psicológica?
Não sendo isto uma sandice. O que diria o Ombusdman da Folha de São Paulo, Marcelo Beraba, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, sobre o caso?
Foram inúmeras as sinalizações de que o escuta da residência de Carlos tinha uma linha direta com sua patota do Partidão encrustados nas diversas mídias, responsáveis pelo jornalismo sério.
Uma outra coincidência da qual vale apena contar, só para ficarmos no nível desse tipo de jornalismo, foi quando Carlos, tendo sua casa de pernas-pro-ar, com a incredulidade de sua mulher em reconhecer que seus irmãos, seus pais e vizinhos estavam fazendo com ele, e no meio de uma discussão sobre esse tema aos gritos dentro de sua casa com sua mulher, ao mesmo tempo em que passava o programa do Jô Soares. Derrepente, naquela barricada que o Jô armou contra o PT, uma das meninas do vivo gordo, a jornalista Lillian Witte Fibe, - a Lillian Quibefrito do programa Vivo Gordo – sem mais nem menos no ar e ao vivo começa a perguntar e a responder ao mesmo tempo "ah...o quê? Ah....o Zuenir? Ah o Zuenir Ventura? Ele e o filho, Maurinho, trabalham comigo lá....(no Globo), eles são umas graçinhas". Por coincidencia a parte da mesma frase dita por Lily Wasseman, a mãe do psiquiatra Júlio Sérgio Waisseman.
Uma panaquice como esta, poderia ser demonstrada cientificamente com uma investigação se houvesse empenho político para esclarecer este tipo de tortura, pois acredita-se que um rastreamento de ligação telefonica, seja ela residencial ou de celular, não devem ser muitas, ligando a minúscula cidade de Rendenção da Serra a Central Global de Produções do PCB.
Estes argumentos parecem coisa de maluco não? Mas, não senhores! Apenas não se tem como provar. Mas, é o nosso jornalismo sério e responsável, que tudo pode. Pode desde derrubar um presidente da república, tanto quanto derrubar e destruir carreiras de ministros, deputados federais, deputados estaduais, vereadores, advogados, acusar qualquer um, estampar a cara do cidadão na tela e nada se pode fazer contra eles num crime de invasão de domicílios mancomunados com a escuta ambiente da vítima.
Podem entrar, via satélite, na casa de um cidadão, que é um pária em cidadania, escutar o que ele diz dentro de seu lar, sacaniá-lo enfrente ao seu sofá ao mesmo tempo em que destroem com a sua família e não podemos fazer nada quanto a isso, a não ser contarmos a história de Carlos para todos.
Assim um ciclo de pessoas que orientados por alguém que faz a escuta ambiente da casa de sua vítima, confrades na luta política, se cruzam com a história do desafortunio de uma pessoa que tem um mal secreto, - a Inveja - e cujo crime foi ser testemunha acidental de um outro mal, mais secreto ainda - o crime da usurpação sistemática dos divãs por parte das militâncias políticas. A politização da psicanálise. E, que podem fazer qualquer um fugir do país, com torturas psicológicas.
Carlos - "Fera ferida"
O ambiente de seu lar havia se deteriorado. Carlos e sua mulher não conseguiam falar nem "...um bom dia" para o outro, enquanto estavam naquela casa que ficava em frente a casa dos pais dela. Ela argumentava que ele tinha se isolado da família dela. Ele respondia que qualquer um em sua sã consciência faria o mesmo naquelas condições numa família em que não queriam a sua consciência sã. Mas, por mais que ele argumentasse, estranhamente, nada faria o ponto-de-vista de sua mulher mudar. Ele cobrava mais solidariedade por parte dela que desde o início de tudo sempre o repreendeu na frente de pessoas que a tempos já vinham participando daquele seu tormento. A essência da filosofia de Maura era: "...um dia depois já era passado, e o passado tinha que ser deixado para trás." Por isso ela não conseguia se lembrar de absolutamente nada do que Carlos lhe mostrara, para provar pelo menos para ela, o quê estava acontecendo com ele. Apesar de Carlos não se lembrar de datas exatas ele conseguia se lembrar de cada detalhe significativo daquele seu "tormento fabricado", pois eles agiam de forma que levasse ele a sentir. Isso mesmo somente sentir. E, por isso mesmo não conseguiu esquecer nada do que lhe fizeram, durante esses mais de 10 anos de tormento.
Assim que Carlos (celular (012) 9793 1217) começou a trabalhar alugou um apartamento no centro de Taubaté/SP, Rua Dona Chiquinha de Matos, 192 Aptº 108, e ainda ficou morando na mesma casa com Maura e seus filhos. Ele tinha que comprar móveis e eletrodomésticos para depois se mudar completamente. Continuava com suas anotações, que sofreram com grandes espaçamentos devido ao seu estado emocional.
Por esse mesma época, paralelo as sacanagens, havia por parte deles um certo empenho em desfazer seus argumentos e relatos através de contra-informações.
Carlos estava "Fera Ferida". Sozinho sem nenhum parente ou amigo por perto que pudesse conversar sobre o que ele sofrera naquela cidade. Ficou sozinho chorando o leite derramado mais uma vez. Mas desta vez ele estava "...colocando tudo no papel" a medida do possível, conforme ele havia dito ao seu cunhado Dr. André Luiz Baptista de Azevedo, no dia em que este lhe acusara de ser "...bipolar; ...ter medo de deixá-lo com seus sobrinhos e sua irmã" e que era para ele "...fazer um tratamento psiquiátrico."
Ele estava mal – como um daquele espanhóis – e procurava se desabafar com qualquer um que o papo permitisse engrenar a sua história. Fosse um advogado, fosse um jornalista, fosse o jornaleiro da praça Santa Terezinha, uma vendedora das Casas Bahia, fosse um enxertador de brinquedos em Kinder Ovo, fosse um vendedor de cartão telefônico ou um colocardor de gás em isqueiro descartável. Ele só queira contar a sua história, que até para ele, que a vivenciara, estava difícil de acreditar. Continuava estudando para o curso de Oficial de Justiça. E um belo dia, depois de estudar na biblioteca da Unital, na Rua Rio Branco – centro de Taubaté/SP - parou no bar em frente a ela e o noticiário do Jornal Nacional que falava sobre a roubalheira do PT (o Valerioduto), permitiu-lhe engatar a sua experiência política com a esquerda. Narrou, naquele bar, resumidamente a sua história de tortura e perseguição que sofrera sob o olhar de incredulidade de um dos seus donos, e foi para casa.
Uma semana mais ou menos voltou a mesma biblioteca para estudar. No momento em que foi ao banheiro, ouviu vir na voz alta de um dos donos do bar para quem ele narrara a sua história, um comentário de que ele seria um "...louco, safado e viado...." Aquilo lhe pegou de surpresa e ficou irritadíssimo. Pegou suas coisa na biblioteca e foi embora, enquanto gritava para o dono do bar: "... fala psico-torturador, você também leva jeito para a psico-tortura."
Carlos chegou até sua casa e foi recebido com latidos de cachorro. Irritado com os acontecimentos daquele dia e vendo a família de seu sogro desfrutar da tranqüilidade que a ele não era permitida e apesar de eles terem parado de fazer com ele o que tinham feito, ele não conseguia dissociar eles daqueles que ainda continuavam a fabricar o seu tormento. Carlos, pavio curto e reativo não agüentou a pressão daquele dia, e então decidiu gritar para a família de seu sogro para eles ver como é bom atormentar os outros. Começou a gritar do portão de sua casa: "...acorda médico torturador"; "...acorda família de médicos que faz adoecer"; "...vamos ver se é bom ser molestado no nosso sossego"; "...eu tenho o direito de ir e vir sem ser chamado de viado, mal-caráter, safado ou qualquer coisa que o valha, seu médico safado"; "... vocês estão doidos para esconder aquele vazamento de divãs e expulsão de estrangeiro do pais que houve lá no Rio. Quem sabe não é o próprio Júlio quem vocês querem esconder? A sua filha Marina sempre foi uma torturadora psicológica e sempre foi uma espiã do Partidão que freqüentou a minha casa. Ela nunca me enganou. Mas eu não tinha como provar o que ela fazia comigo e sempre deixei prá lá, para ver se um dia ela se desse conta do erro e parasse com aquilo. Mas parece que ela é uma psico-torturadora contumaz. Eu não sabia que a tortura era congênita. Pelo que eu vi aqui acho que poderia se dizer isso." Carlos gritou também: "...o Sr., doutor, não respeitou a minha família, os meus filhos, a Maura e nem eu. Por quê? Porque sou um taxista. Se eu fosse um médico o Sr. não me trataria assim. Não é?"
Depois de um certo tempo eles foram até a área sobre a garagem e Mário Celso começou a ameaçar que iria "...descer enfiar a porrada em Carlos, que tinha que ter respeito." Carlos não deixou por menos e gritou para ele também: "...Mário! você sempre foi um moleque e nunca conseguiu um trabalho decente até consegui esta boquinha do PSDB que o seu pai arrumou para você. O PSDB abriu uma vaguinha para você. Foi essa a troca? Conseguir um empreginho para o Mário, como prêmio da atuação magistral de nosso cirurgião-dentista-psico-torturador e por ele ter colaborado em colocar um rastreador em nosso carro?". Carlos gritou para toda a vizinhança ouvir.
A PM, como sempre provocativa, apareceu por lá, com seu bigorrilho piscando e fazendo a sua parte na tortura. Perguntaram a Carlos: "...o que estava havendo?" Carlos exaltado e sem papas na língua falou para eles que "...deviam prender bandido ao invés de ficar atormentando trabalhador e pai de família." Seu sogro Dr. Neymar desceu em seu socorro e disse que Carlos estava com "...problemas...."
Carlos imediatamente perguntou: "...o Sr. não vai dizer problemas psicológicos vai Dr. Neymar? ...me poupe!"
Dr. Neymar se corrigiu a tempo e falou "...não. Não é isso que eu quero dizer, eu quero dizer que ele está muito cansado e sob pressão, trabalhando e estudando." Falou isto para a polícia. Carlos se conteve e preferiu aproveitar a intervenção de seu sogro e desceu para casa. Afinal ele não queria que arrumassem algum pretexto para retirarem o emprego que ele lutou para conseguir.
Carlos, já no cargo pelo qual lutou bravamente, o de Escrevente Técnico Judiciário do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, passou a ser ameaçado, por pessoas que se colocariam em seu caminho ou ao seu lado para dizer se ele "...não fizesse nenhuma besteira poderia levar sua vidinha. O salário não é astronômico mas dá para sustentar a família. Se você olhar prá trás vai ver que já esteve muito pior." Carlos estaria assim impedido de falar e relatar o que lhe acontecera? Queriam agora amarrá-lo com o barbante do medo do desemprego.
Um funcionário público, vítima de um covardia dessa monta, não pode relatar o quê lhe fizeram? Tentaram lhe puxar o tapete o tempo todo durante as suas provas, e quando ele foi chamado para o seu cargo no emprego público, queriam chantagiá-lo com o desemprego. Parece brincadeira, mas não é. Ele pode ouvir pedaços de conversas dirigidas a ele com "...ah...vai ter que fazer outro concurso!"
Carlos viu-se em uma sinuca de bico, se falasse poderiam arrancar-lhe o emprego e se não falasse e denunciasse o seu caso, continuaria o processo de psicotização, manipulação e ou de armação para que ele ficasse preso a um processo administrativo ou algo que o pareça e sendo assim fruto de chantagens eternas. Ele pode até imaginar: qualquer coisa que ele falasse com algum colega, poderiam chamá-lo, para ameaçá-lo com o tal processo administrativo. A única coisa que não fizeram foi deixá-lo 100% em paz.
Durante os meses que precederam a sua saída da casa de seu sogro até o mês de agosto, Carlos sofreu com dores estomacais indescritíveis. Foi ao médico. Diagnosticou-se duas úlceras e uma gastrite. Em um ambiente como aquele em que estava vivendo, ou melhor sobrevivendo, não é surpresa nenhuma desenvolver uma úlcera, mesmo as de origem bacteriológica. A tensão, o estresse e a depressão faz cair a imunidade fisiológica de qualquer um que esteja submetido a tal ambiente.
Pouco tempo depois daquela discussão com Mário Celso, no dia l7 de agosto de 2005, em jejum desde às 20 horas do dia anterior, dia do exame de endoscopia digestiva solicitado por seu médico, pediu para sua mulher - de quem estava separado por conta da família dela e porque ela nada fizera para frear aquele teatro-realidade que seu pai e seus irmãos fizeram com ele -, para acompanhá-lo pois era condição indispensável para ele poder fazer aquele exame. Sua mulher o acompanhou. Após o exame ele foi levado para casa por ela. Descansou, mas não conseguiu fazer nenhuma alimentação, pois doía-lhe o esôfago, assim ficou e não se alimentou. À noite, depois de encontrar sua ex-mulher que tinha saído do trabalho, foi, como forma de lhe agradecer, levá-la de carro até Redenção da Serra aonde ela mora com os seus filhos, seus sogros e cunhados.
No retorno, lá pelas 9 horas da noite mais ou menos, Carlos deparou com uma Blitz feita pela PM. Mandaram que ele encostasse o carro e ele assim o fez. Viu a forma provocativa de seus bigorrihos e pressentiu uma armação. O PM deu boa noite e pediu os documentos. Ele lhe entregou e achou estranho que o PM tivesse saído de perto de seu carro (do lado de sua janela) com seus documentos na mão e tivesse ido para o carro que estava atrás do seu uns 7 metros mais ou menos. Olhou pelo retrovisor e viu o seu cunhado cirurgião-dentista-psico-torturador, Mário Celso com sua mulher, Kátia, dentro do outro carro. Carlos olhou pelo retrovisor lateral do seu carro e viu Mário Celso apontar em sua direção. Pareceu-lhe que o guarda queria chamar a atenção para eles, numa dissimulação da associação da imagem dele, Mário, com a dos PMs - de quem Carlos, no entender daquele que o monitorava, morria de medo. Eles já sabiam que Carlos estava escrevendo a sua história da curra psicológica que sofrera naquela cidadezinha de interior dentro de uma família de médicos que lhe queriam doente.
Uma forma de ameaça velada depois daquela discussão em que ele demonstrou estar a par de tudo o que eles vinham fazendo? Para Carlos aquela Blitz fora armada como ameaça velada, já que durante vários anos que por ali passou nunca houvera antes qualquer blitz. Entendeu dessa forma, mas, pegou seu documento e saiu. Logo depois vem atrás dele o tal cunhado. Este lhe joga o farol alto, para que ele saia de sua frente. Carlos vê exagero e provocação e não sai da frente. Ele corta e lhe dá uma fechada. Carlos vai atrás dele e ambos ficam um fechando ao outro. Por final, ambos param e ambos dessem do carro. Mário parte para cima de Carlos dizendo que vai "...lhe dar uma porrada." Carlos, em jejum e fraco, não recua daquela situação e ainda diz muitas verdades na cara de seu cunhado. Inclusive que ele e a família dele "...eram médicos-psico-torturadores" e os chama de "...família Mengele."
Como todos da patota, Mário estava preparado pra fazer o teatro-realidade, a tortura psicológica chamando Carlos de "...mal-caráter, "...viado", "...invejoso", etc.. e etc.., mas não estava preparado para ser chamado de "...torturador" e nem de entender que a sua vítima tinha o direito de se defender. O direito a legítima defesa. Os dois vão para os finalmente e Carlos é atingido na boca com um soco que lhe arrebenta internamente seus lábios superiores. Carlos perde seu documento e óculos. Os dois apartados pela Kátia, namorada e auxiliar de psicotização de Mário, que ainda lhe ameaça de morte. Ela pede desculpas para Carlos e vão embora. Ao procurar seus documentos, Carlos acha o relógio de Mário Celso. Guarda-o como prova de que sofreu violência, que houve a briga e anota tudo em sua agenda.
Vítor o filho de Carlos, foi visitá-lo depois que o tio, Mário, relatou a sua versão sobre os acontecimentos para ele e viu os lábios de seu pai arrebentados e inchados. Foi uma lástima para Carlos que sempre quis preservar seus filhos desta guerra de surdina, que vinha sofrendo por 10 anos.
Oh loco! Como se diz no Vale do Paraíba, "...arregaçaram" com a vida de Carlos e não lhe davam sequer o direito da "legítima defesa". O direito de reagir aquela covardia com gritos. Queriam que o cara cheio de raiva e revolta diante daquela trama que descaradamente sacaniou mais ainda o seu casamento, a relação dele com os filhos e os separaram mais uma vez, queriam que o homem sussurasse como eles?
A patota, "...o pessoal do bem", segundo eles mesmos, parece querer estirpar os predicativos humanos, tais como a inveja, a raiva, a revolta, a legítima defesa, o dirieito ao segredo, a indignação, as relações familiares decentes e etc... . E, impor a sua prática de grupos: a militância, o ódio político, a perseguição obsessiva, a espionagem, os vazamento dos divãs, os psicotorturapeutas, as escutas ambientes, as práticas da psicotização e impor a ética política a todos.
Queriam que Carlos se sentisse como alguém que "...ouve vozes e tem confusões mentais", sem combinar nada com ele. E, como ele nunca se sentiu como alguém que escutasse voz e sim como alguém que estava sendo perturbado e atormentado por um monte de gente e estava atento a tudo que ele faziam com ele, e mais, estava decidido a virar o jogo e denunciar a trama e o porquê dela, caíram em desespero ao se verem flagrados com as calças na mão, ou seja os espiões estavam sendo espionados. Perderam o controle.
Perder o controle faz parte para os que não respeitam as regras do jogo democrático. Foi o que aconteceu na ditadura, perderam o controle.
Além de médico de confiança, advogados de confiança, psicanalista de confiança, temos hoje, senhores, que buscar parentes de confiança.
Pois é, saber provocar em patota é fácil, mas ouvir as verdades e ser provocado é um outro lado da moeda que ninguém fica afim.
Carlos foi parar naquela cidadezinha do interior – Redenção da Serra - para ficar próximo aos seus filhos, arrumar um emprego de taxista – que não era bem a sua praia, mais era um trabalho honesto e pela família dele ele era capaz de qualquer coisa - criá-los decentemente e com esperança de ver terminada aquela perseguição que lhe desencadearam desde 1995, dentro do jornal em que trabalhou. Mas, o que ele conseguiu levar com ele foi um soco na boca, ficar com um zumbido no ouvido do qual não consegue se livrar; ficar separado de seus filhos por mais uma vez - com a vergonha de ser questionado por eles que não entendiam o porquê dele estar tratando seu avó e seus tios daquela forma; ficar separado de quem ama, sua mulher, pela falta de solidariedade dela com a sua causa; a lembrança de seu músculo do rosto caído na passagem de ano 2004-2005; as somatização de sua angústia com manchas roxas que se espalharam pela sua região pélvica e que mesmo assim não sensibilizou sua mulher; o sofrimento com a síndrome de pânico que teve, por ser avacalhado por sua vizinhança; a decepção com uma família de médicos com a qual ele conviveu por 15 anos que manipularam sua decisão de mudar para aquela cidade de interiror e que foram buscá-lo no Rio, já sabendo o que estava preparado para ele; sua intimidade violada e o seu destino sendo conduzido por um nunseiquem que ele passou a chamá-lo de "O Grande Irmão".
Isso sem contar todos os outros transtornos subseqüentes.
Depois de tudo isso Carlos procurou sua mulher e tentou mais uma vez se relacionar com ela. Ela disse tinha esperança que ele se reconciliasse com sua família. Carlos disse que era impossível, a não ser que ele pudesse devolver o soco na boca com a mesma intensidade com que lhe dera seu irmão Mário e que eles pedissem desculpas a ele diante de seus filhos admitindo que agiram mal com ele.
Ela se calou.
Carlos continuou usufruindo o carro que pertencia a sua mulher por ter que ir para outro município onde trabalha a 78 km mais ou menos de onde mora.
O carro continuava com o rastreador/localizador GPS e eles sabiam que ele sabia e estava se preparando para procurar o Ministério Público por mais uma vez.
Mas, estranhamente o seu carro no dia 15 de outubro de 2005, sofreu um furto quando estava estacionado em frente ao prédio em que mora. Isto ocorreu num Sábado mais ou menos as 2 horas da manhã. Carlos foi acordado pelo interfonema do porteiro que lhe comunicou que havia policiais dizendo que o "...veículo Pálio vermelho estacionado em frente ao prédio tinha sido furtado, que tinham pego os dois jovens em flagrante delito com o toca CD em mãos." Na delegacia Carlos teve a oportunidade de conversar com os dois rapazes. Eram eles, Luiz Cláudio dos Santos e Ciro Rafael Ferreira. Disseram-lhe que "...queriam ir para balada e precisavam de dinheiro" e "...a idéia de arrumar grana tinha sido de dois outros homens (um deles se chamava Pedro) que conheceram ali mesmo no centro." Disseram não ter passagens pela polícia até então, e "... os dois outros homens haviam apontado o carro Pálio vermelho" que estava estacionado entre dois outros carros, um Corsa Millenium prateado de placa LNS 2236 com placa de Parati (do apto. 109) na frente e um Fiesta branco de Placa CYG 0217 - que pertencia a Carol, uma outra moradora do prédio – atrás. Falaram que viram que o "...toca CD estava sem a frente e com o alarme (uma luz que ficava piscando) ativado mas que foram avisados de que aquilo era um falso alarme" e também que os dois outros homens lhes disseram que "...o toca CD sem a frente valeria alguma coisa e seria fácil passá-lo de imediato." Disseram ainda que fora estes homens quem lhes "...ensinaram como fazia para meter o pé na porta para abri-la" e que "...não conheciam Taubaté" e que "...imediatamente após o furto os dois foram correndo para uma rua, (Tv. Vera Cruz) onde foram pegos pela polícia, enquanto os outros dois que os induziram a roubar o carro correram para o lado oposto ao deles, no sentido de onde veio a polícia."
Os PMs que presenciaram a conversa de Carlos com os rapazes falaram que duvidavam que isto estivesse acontecido. O delegado, Sr. Luiz Carlos Gouvêa Domingos, não quis colocar no Boletim de Ocorrência nº 5696/Pantão/5005, este fato de Luiz Cláudio e Ciro Rafael terem sido induzidos por outros dois homens a furtar o carro de Carlos. O carro ficou com o painel bastante danificado, para quem queria furtar somente um rádio e que isto pode ser constatado pelo perito Joaquim, para onde Carlos se dirigiu logo após sair da delegacia, ainda de madrugada.
Curiosamente, o soldado PM Carmino, não quis dar o nome para constar no Boletim de Ocorrência, mesmo diante a insistência de um outro soldado. E, depois vendo que Carlos insistia muito com Luiz Cláudio e Ciro Rafael para que só assinasse os seus depoimentos se constasse a parte em que eles diziam que o carro fora apontado por outros dois rapazes que com a chegada da polícia fugiram deixando somente eles, o soldado Carmino chegou perto de Carlos e disse: "...você esta preocupado com isto por quê? Você estava sendo perseguido? Carlos olhou para ele e não disse nada.
Seria uma operação de retirada do rastreador?
É o caso de uma investigação.
Carlos ficou morando no centro de Taubaté, deprimido e se sentindo bastante amargurado e só com uma história atravessada na garganta. Telefonou para vários deputados tentando contar a sua história e não conseguiu ninguém para sentar e escutá-la. Não sabia também a quem recorrer para vê-la investigada. Por ter gente de alta esfera não poderia relatá-la para qualquer um do Ministério Público ou da Polícia sob a pena de ver sua "...história dos outros" cair em mãos dos historiados, ou seja, de cair em mãos de algum membro desses partidos colocados nestes órgãos. Todos com certeza já estavam de sobreaviso em relação a ele. Ele teria que buscar um membro do M.P. de confiança ou um juiz de confiança, para poder falar sobre o seu caso, e vê-lo pelo menos parcialmente apurado.
Carlos ficou sozinho e amargurado. Passou um bom tempo sem fazer anotações alguma. Estava deprimido e não ficava afim de mexer com aquele assunto tão doloroso para ele. Todos os dias acordava pensando no tamanho da sacanagem que lhe fizeram. Com sua anotações iniciada e não terminadas e sem saber o quê fazer com elas. Sua história será esquecida e não seria contada por ninguém o que se passou em sua vida?
Carlos continua com sua casa sendo vigiada em tempo integral. Não levava jeito para o trato com as palavras e não sabia por onde começar. Carlos queria apenas que uma pessoa, que fosse, o escutasse. Seria uma injustiça esta macabra história, que se passou durante os últimos 11 anos em pleno regime democrático, ficar sufocada pelo pavor de Carlos em tomar alguma atitude em relação a ela.
Depois que suas anotações ficaram prontas, não de forma definitiva, mas o principal que ele gostaria que ficassem sabendo, procurou sua mulher e quis mostrá-las a ela. Ela disse que não estava interessada no assunto. Parecia que sabia de tudo sem precisar ler, absolutamente nada. Estranho, não?
Vamos ajudá-lo a contar a sua história?
Proposta:
1 - Criação de uma "COMISSÃO PERMANENTE CONTRA A TORTURA", constituída por membros de todos os partidos representados na Câmara dos Deputados que trabalhariam junto com o Ministério Público e do Judiciário, para investigação de arbitrariedades como estas da qual Carlos foi vítima.
2 – O monitoramento da PM e de seus rádio por parte do Ministério Público.
3 - A criação de um arquivo público, em que os meios de comunicações fosse obrigados a deixar uma cópia de suas publicações para consultas e cópias.
Desvela-se um abominável mundo novo
Caminhando pelas ruas do centro de Taubaté e Pindamonhangaba, Carlos percebeu que por umas três vezes, algumas pessoas emparelhavam com ele e faziam referências, entre si, ao filme "O Operário" (The Machinist). Ele entendeu o recado e acabou por alugar, em 01/09/2006, o DVD. É assim que a patota, em seu ofício de perseguidores e torturadores psicológicos atuam. Não falam nada diretamente com você. Agem dissimulada-mente. Vale apena alugar o filme e ver o filme. Trata-se da história de um operário que matou por atropelamento uma criança e fugiu sem prestar socorro. Este personagem do filme foi implacavelmente perseguido, até ser preso. Fez-se justiça. Carlos não viu similaridade com o seu caso, a não ser pelo modus operandis com que o torturaram. Eles fazem meia-boca ao não revelar a técnica que usam para isso. No filme não fica claro, para o público o uso de uma escuta ambiente. Eles escondem isto. Eles condenam as vítimas desse tipo de psicotortura a uma terrível solidão, ao quebrar os vínculos de confiança que qualquer pessoa tem que ter em outra, para qualquer grau de relacionamento. Uma escuta ambiente combinada com o psicotormento levou o atormentado operário, que matou uma criança, para trás das grades. O operário matou uma criança e fugiu, por isso uma das torturas a que foi submetido foi a de ficar um ano sem (o deixarem) dormir. Carlos foi testemunha de uma psicotortura contra os espanhóis do "Caso Bateaux Mouche" e pediu uma investigação em aposentadorias com indícios de fraude por parte de liderança política do PPS (leia-se PCB) contra o INSS, por isso foi condenado ao mesmo tipo de psicotortura em que entre outras coisas, foi ficou mais ou menos uns quatro anos sem dormir uma noite sequer com a tranqüilidade de quem não está sendo torturado. Tem uma monstruosa desproporção entre essas duas penas, não?
Ver e não criticar já é aceitar. E a ópera do malandro é vende-los como "cults". Assim, o intelectualóide o aceita de antemão.
Este tipo de obra intelectual, é prova contundente de que nossa elites intelectuais estão sintonizadas internacionalmente, isto é globalizadas na criação do que há de mais mUderno para reprimir nas sociais-democracias futuras. Estas elites intelectuais sabem da tortura psicológica e delas participam há muito tempo. Ao invés de denunciá-las, preferem tirar proveito, transformando as informações privilegiadas que obtém de seus Partidos (leia-se PCB, PSDB, PT, e outros) em obras literárias-funcionais, difundindo-as e fazendo sua apologia, tornando-as, tal qual o programa "Big-Brother", palatáveis ao público em geral para torná-las aceitáveis como forma de repressão em sociedades futuras. Não seria este o sentido de uma das obras literárias(-funcional?) mais recentes de Chico Buarque (militante antigo do PCB, biografado por Regina Zappa, já devidamente qualificada na pág.9), o livro Estorvo, que a meia-boca trata da mesma matéria, transformado com rapidez em filme, por Ruy Guerra, para deleite da intelectualidade, que embevecidas passam a difundi-lo como "cult", juntamente com auxílio da mídia veiculando uma "crítica" favorável e orquestrada para isso?
Para isso o quê?
Para criação-aceitação da realidade do "Big-Brother", a Sibéria Virtual, a tal Zona Z , na qual enclausuram Carlos Eduardo durante estes últimos 11 anos. Esta Sibéria Virtual, inspirada na modernidade da social-democracia americana, parece ser uma acordão entre os partidos de ideologia marxista-leninista ao nível internacional. Isto é claro, não há dúvidas. O que não está claro é o critério usado para que uma pessoa seja a ela condenada. Assim de forma subliminar e gradativa, com a ajuda da literatura-funcional desses intelectuais moderninhos e de "mentes perversas", vai se formando a Sibéria Virtual, que neste exato momento já tem seus prisioneiros ou suas vítimas. Não será de se admirar, se daqui a pouco tempo, aproveitarem este relato de Carlos Eduardo, como fonte de dados para algum filme-funcional ou literatura-funcional.
E, então descobre-se que aquele "...herói", que enfrentava os "...cães, os capitães e seus canhões", de cujo "...cavalo só falava inglês" , não "morreu de over dose", tornou-se seu "...inimigo" e, hoje, "...está (servindo) no poder" e que é com a ajuda dele(s) que você quase fura os ouvidos e até pensou em se matar. E se isso fizesse, ele jamais saberia. Aliás, a "...grande maioria da massa atrasada" sequer faria a mínima idéia de que ele disso, de alguma forma, teve participação.
Voltamos ao mesmpo ponto em que alguem mandava chamar o ladrão. "Chame o ladrão!"...."...chame o ladrão!"
O Socialismo Libertário quer implementar a repressão antes de terminarmos com o analfabetismo (ignorância) e a fome.
Prestem a atenção! Olhem para o futuro que esta se desenhando.
A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, hoje, pode ser pinçada como um exemplo de como as Assembléias Legislativa dos outros Estados da Federação ficarão em um futuro não muito distante. Ela conta em sua maioria, com deputados do PSDB (leia-se PCB, Ação Popular, JUC) ou do PT se levarmos em conta que as outras agremiações - PPS (leia-se PCB), PSB, PV e PC do B - podem ser redistribuídas a um ou a outro, pois estes tem a mesma base ideológica - marxista-leninista - e cujas divergências não são incompatíveis. Criou-se a cláusula de barreiras para os partidos nanicos, com a desculpa de que eram legendas de aluguel. Existiria uma outra forma para que essas outras representações fossem impedidas de atuarem como legendas de aluguel? Ou somente a cláusula de barreira funcionaria? Todos se calaram! Vai ficar cada vez mais difícil se eleger quem não pertencer a estas ideologias, que eles fazem questão contra-informar que não existem mais.
Futuramente, aos moldes americanos, existirão somente dois partidos: o PT e o PSDB, haja vista a polarização das eleições de 2006. A composição e os acordões entre eles serão cada vez maiores. É quando a "...palma verde vai se avermelhar".
Tudo em seu conjunto é muito bem arquitetado.
Já tentaram desarmar a população uma vez, e irão tentar novamente até conseguirem.
Com uma arma na mão, em legítima defesa, um cidadão mais decidido a usá-la não titubiaria em se defender da agressões sofrida em uma Sibéria Virtual, tal qual as que sofreu Carlos Eduardo, que apesar de defender o comércio de armas, prefere não usá-las. Seria uma imprevisibilidade, para o sistema. O sistema tem que diminuir os riscos, para manter um controle maior. E, tirar as armas das ruas é manter controle. Pensa bem se uma pessoa acuada dessa forma atirasse na patota que o atormenta? Seria o fracasso do esquema, ninguém iria querer atormentar ninguém. Teriam que ter mais respeito pelo outro.
As elites política estão manipulando a "...massa atrasada". Não perguntaram a Carlos, se ele preferia um pau-de-arara ou se a Sibéria Virtual. Jogaram-no lá, na Sibéria Virtual. Pegaram as gravações de seu divã. Escreveram um livro com elas. Deram-lhe grandes prejuízos materiais, morais e de saúde. Tentaram colocá-lo como louco, empurrando-o para um psiquiatra que o medicou inapropriadamente. Manipularam sua vida com a ajuda de um número infinito de pessoas, inclusive pessoas que lhe eram valiosas afetivamente. Tiraram-no do convívio com seus filhos por duas vezes. Destruíam cada fio de confiança que ele depositava em outra pessoa, fazendo com que elas agissem de forma a faze-lo entender que participavam desse esquemão. Tiraram mais e 11 anos de qualidade de sua vida. Destruíram a sua família e ele sequer pode provar que foi dessa forma. E, pelo que tudo indica, como não chegaram a isso pela ténica a tendência é colocá-lo como quem sofre de Transtorno Bipolar através de determinação de algum togado do sistema, com base em testemunhas de sua convivência. E, ficará, pelo que tudo indica, condenado perpetuamente a uma escuta ambiente.
Redenção da Serra, 17 de agosto de 2004. (Data em que Carlos iniciaou as suas anotações)
QUINTA PARTE (II)
A família dos médicos que fazem adoecer
Carlos estava morando em Redenção da Serra há quase um ano e não via as provocações cessarem. Resolveu então chamar o seu cunhado André Luiz Baptista de Azevedo, médico municipal de São José dos Campos e da GM para falar com ele o quê estava acontecendo. Tinha sido André quem o buscara do Rio de Janeiro para Redenção. Contará a sua história do sindicato, a perseguição que lhe desencadearam em Niterói e o tinha se repetido nos diversos lugares que ele morou. Narrará o absurdo do uso de um helicóptero, que em determinado dia ficou sobrevoando o sobrado da Rua Princesa Isabel, 113 em que ele morava por aproximadamente uns dez minutos, uma provocação de algum policial na certa, etc.. e etc... Dirá a ele que, fora o uso do helicóptero, até agora, o mesmo está se repetindo na cidade dele e ele desconfiava da participação da PM e dos políticos locais naquela sacanagem.
Depois de escutá-lo, André lhe disse que isso era impossível pois todos os soldados da PM na cidade o respeitavam e que todos eram seus amigos, que ele era médico Tenente da reserva do exército, que alguns PMs até lhe prestavam continência, que "...não existe nada disso naquela cidade tranqüila", e "...o que é pior", que ele também "...não acreditava que tivesse acontecido aquilo que você relatou ter acontecido no Rio de Janeiro" e que "...isso é coisa sua Carlos", usando o mesmo argumento da psicotorturapeuta Márcia Herlich, e que "...você não é o centro do mundo e nem tão importante assim para que o persigam" - frase tirada da boca de Maura, quando Carlos e sua família moravam no sobrado.
Carlos não era tão importante assim mas o que ele sabia tinha uma importância inimaginável. Poderia causar um reviravolta no processo do "Bateaux Mouche" e naqueles que são interligados a ele, como o que punia os oficiais da marinha acusados de receberem dinheiro para liberar o barco. E, que acabaria por redimir do achincalhe pelo qual ainda passa o nome do ex-tenente do Exército e médico lotado no quartel da PE da Barão de Mesquita, o Dr. Amílca Lobo e seu psicanalista didata Dr. Carbinete. E, de quebra, ainda tira um esqueleto de dentro do Baú do acadêmico Hélio Peregrino. Com pose de matriarca bonachona, a jornalista escritora de Veja, Lya Luft, deve saber desse esqueleto no Baú de seu ex-cara-metade, tanto quanto o presidente Lula sabia do mensalão, mas ela prefere criticar a ignorância de Lula sobre o mensalão, quando o vazamento sistemático dos divãs, deveria ser considerado um crime dez vezes maior que o mensalão, "...um crime de lesa pátria".
André dirá a Carlos, "...você é um Bipolar" ou seja, que ele sofre do chamado Transtorno Afetivo Bipolar. E, para demonstrar um certo "approach", André diz que ele também "...é um bipolar". E, numa forma de fazer Carlos ficar desconfiado, como técnica, vai atravessar uma frase significativa no meio da conversa, tipo: "...precisa ser mais agradecido."
Durante a conversa parecia que ele usava determinados termos familiares a Carlos, parecia querer fazer Carlos desconfiar, sem poder provar, que sabia o que Carlos falava em sua casa e que aquela sacanagem que Carlos sofrera no Rio, estava acontecendo em Redenção. Tentava fazer Carlos sentir que também ele, André, estava por traz daquela trama, através do uso de palavras e frases significantes para Carlos, e que o levava a desconfiar que tinha alguém coordenando, seja lá o quê, por trás daquela atitude.
E, acreditem senhores você não pode fazer nada a não ser ficar desconfiado.
Carlos ficou apreensivo pelo rumo que tomou aquela conversa e vai ficar reprisando as frases e palavras uma a uma e vai tirar as suas conclusões e associações que o levará a pensar que ele parecia querer fazer referência a assuntos do qual tinha tratado dias antes dentro de sua casa com a sua mulher. Queriam levá-lo a desconfiar de uma escuta? Isso seria uma forma de atormentá-lo, como o "Grande Irmão" vinha a tempos fazendo?
O assunto que Carlos havia tratado mais recentemente com sua mulher Maura, se referia a não aceitar o apartamento que fora oferecido por uma outra cunhada, Márcia, irmã de André e Maura, também médica e militante do PT, por ficar num conjunto habitacional ruim para ele e para a sua família. Carlos de certa forma desdenhava o apartamento oferecido por Márcia por ficar num conjunto residencial ruim e, com a experiência que vinha tendo com aquela perseguição, não conseguiria morar nele nem por 3 meses.
Você vai ficar desconfiado daquela conversa com André por muito tempo, pois ele sequer questionou as outras pessoas da vizinhança e as inocentou completamente, dando-lhe um diagnóstico, que parecia vir pronto por outros caminhos, sem que ele tivesse a mínima competência para aquilo, pois como médico do trabalho e clínico geral não saberia diagnosticar distúrbios que psicanalistas e psiquiatras sérios levariam meses para isso.
Com exceção de Mário Celso e sua mulher Kátia, os cunhados de Carlos não moravam em Redenção. André e sua mulher Vanderléia e Márcia e seu marido José Carlos Moraes moravam em São José dos Campos. Mas todos os finais de semana André e Vanderléia iam para Redenção da Serra. Márcia e José Carlos iam para lá nos finais de semana, pelo menos uma vez por mês, e com mais freqüência nos finais de semana prolongados. E, Marina e seu segundo marido, Cláudio, moravam no Rio de Janeiro e iam para lá nos finais de semana prolongados, e de acordo com seus interesses no tormento de Carlos. Mas, nas féria, todos estavam sempre lá.
Carlos se sentiu um joguete indigno da consideração das pessoas. Ele raciocinou e chegou a conclusão de que numa cidade pequena como aquela e tendo boa parte da vizinhança, funcionários da prefeitura, a Polícia Militar e funcionários de estatal – Sabesp - fazendo tantas sacanagem com ele, aqueles fatos dificilmente ocorreriam sem que eles, seu sogro e seus cunhados também soubessem. Uma vizinhança que tinha muito apreço pelo Dr. Neymar, que praticamente fez o parto de todos da cidade e há tempos tinha sido o prefeito que fundou a cidade de Redenção nova quando a cidade Redenção velha tinha sido inundada pelas águas de uma represa, segundo ele mesmo se orgulhava em falar.
Mas, como não ficou claro para ele a participação deles de forma explícita naqueles episódios que até então vinham somente da vizinhança, da PM, dos funcionários da prefeitura ele ficou somente com a desconfiança de que na melhor das hipóteses eles saberiam delas.
Eles já tinha assinalado para Carlos que tinham a escuta de sua casa, de forma bem subliminar, pois quando ele tinha se assentado em Redenção da Serra, e já estava trabalhando como taxista em São José dos Campos, pediram a Maura para ele ir pegar sua sobrinha Thais, filha da Dr. Marina e do Dr. Júlio Sérgio Waisseman, que estava passando férias no Paiol, uma colônia de férias, que ficava bem longe de Redenção. Maura logo se prontificou dizendo que Carlos poderia ir buscá-la, sem consultá-lo. Carlos deu um tremenda bronca em Maura, pois ele ainda não tinha esquecido, que quando ela estava se preparando para pegar seus filhos e vir embora para Redenção, uma das pessoas a quem Carlos recorreu foi Dr. Marina, para que ela falasse com sua irmã, Maura, para não fazer aquilo, para ele não ficar longe de seus filhos. Marina ao telefone lhe disse que sua "...irmã precisava de descanso" e que seria "...bom para poder juntar um dinheiro para comprar um apartamento." Carlos disse a ela que "...se para comprar um apartamento, as famílias tivessem que se desintegrar ou o pai se afastar de seus filho era preferível não tê-lo. E, que ouvir aquilo dela, depois de acompanhar todo o processo de separação entre ela e o Júlio quando os seus filhos ficaram praticamente jogados a própria sorte, era melhor que ser surdo" e bateu com o telefone na cara dela.
O certo é que faltava pouco para Carlos esquecer aquele episódio, mas ainda não tinha esquecido por completo. Carlos disse a Maura que só iria "...buscar sua sobrinha em respeito ao pai dela, Dr. Neymar", que era uma "...corrida muito cara e que não estava afim de dar mole para quem vivia chorando miséria, como aquela cunhadinha esperta." E, passou a pragueja a Dr. Marina, com palavrões, que deve ter feito a alegria de quem fazia a sua escuta, pois teria aí um grande material para fofocas, fruto de espionagem.
Daí, também é que pode ter sido o motivo de André atravessar aquela frase "...deve ser mais agradecido" para Carlos, como se dissesse a ele que ouvia tudo o que ele dizia em sua casa.
Coincidentemente, uma semana depois de Carlos ter falado, dentro de sua casa, que seria uma corrida de quase 200 a 250 reais que ele teve que fazer de graça para aquela cunhadinha esperta, ela, Marina, depositou na conta de Maura R$ 300,00, isto foi em fevereiro de 2002. Com isto foi o primeiro sinal que Carlos recebera em Redenção, onde sinalizavam-no que sabiam o que se passava em sua casa. Sabiam que Carlos pescaria aquele sinal e Maura não, ou fingia que não. Carlos desconfiado falou para sua mulher perguntar a irmã dela o porquê daquele depósito. Maura assim o fez. A Dr. Marina disse que tinha pego o fundo de garantia do último emprego de que saíra, da Faculdade de Estácio de Sá, e resolveu dar R$ 300,00 para ela. Uma explicação esfarrapada, mas que foi aceita por Maura de bom gosto e aceita com muita desconfiança por Carlos. Era o que eles queriam.
Carlos depois que descobriu toda a trama pediu a Maura um extrato que ele pudesse comprovar aquele depósito. Maura se recusou a fornecê-lo.
Eles agiam segundo um pivô, que fazia a escuta de Carlos. E não era somente eles, seus cunhados, mas também a vizinhança, a Polícia Militar e funcionários da prefeitura.
Outras foram as sinalizações de que tinham a escuta da casa de Carlos.
Quando Carlos estava estudando para a prova de Escrevente Técnico Judiciário para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e falava em sua casa que tinha que ler a revista "Veja", para fazer a prova de Conhecimentos Gerais, praticamente no outro dia lá estava André recolhendo todas as revistas para levá-las para a casa dele. E, em uma outra vez, quando Carlos, reclamou para Maura que o Mário Celso, seu irmão, era egoísta porque pegava as revistas para ler e sumia com as revistas. Carlos falou isto num determinado dia e no outro lá estava Mário Celso, com um bolo de revistas nas mãos a jogá-las sobre a mesa na frente de Carlos.
Era dessa forma sutil que eles encontravam para dizer a Carlos que eles sabiam o que se passava em sua casa. Carlos percebia. Era feito pra isto. Maura não percebia e se Carlos explicasse a ela o mecanismo, ela não dava importância ou isto acabava por se transformar em uma briga entre eles.
Por isso Carlos se sentia editado, onde tudo que ele falava de bom não tinha resposta, e tudo o que era uma crítica ou o externar de sua raiva, que lhe era provocada propositadamente naquele ambiente que lhe cheirava a conspiração permanente, vinha uma resposta dissimulada, que ele entendia e que apesar de sempre discutir tudo com sua mulher, era sempre rechaçado e acabava por se transformar em brigas nas quais sua mulher acabava por dizer que ele "...tinha que fazer um tratamento." Reforçando assim aquilo que eles queriam. Um comportamento muito estranho. Carlos nunca saberia se sua mulher estaria por trás daquela trama, a não ser que ele fosse até as últimas conseqüências.
Não tinha saída para ele. Era o sistema querendo enlouquecê-lo. Era uma perversidade psicológica que lhe impuseram durante todo esse tempo sem recuarem nela mesmo vendo-o mal. O pior dessa trama é que a vítima esta vendo tudo o que estão fazendo com ela e não consegue se defender. Qualquer um diante de uma situação dessa começaria por ficar preocupado com o que falar dentro de sua própria casa. Isto foi um dos motivos que iniciou as divergências entre Carlos e Maura, quando ainda estavam em Niterói. Ele tinha uma forma de lidar com esta situação totalmente diferente dela. E, com razão, pois o alvo era ele e não ela.
Isto é tortura psicológica genuína. E, era esta a intenção deles. Sabendo que ele é observador e, ilhado por aquela situação, forçosamente teria que comentar com alguém, que prontamente diria que era "...impossível aquilo acontecer numa cidade calma como aquela" ou com sua mulher que rechaçava o assunto e acabava por terminar em conflito dentro de seu lar, tornando o seu ambiente íntimo desagradável e mais propício a sua depressão e isolamento. E, para eles, cada vez mais próximo daquilo pelo qual tramavam, o de um tratamento psiquiátrico.
Era neste sentido que a Polícia Militar do Estado de São Paulo agia. Ela interceptava e se fazia tão presente a Carlos durante todos os dia, a cada passo que ele dava. Isso era para ele se sentir perseguido. E, ao se sentir assim conseqüentemente teria que falar com alguém daquela família que estava preparada para duvidar de suas palavras. E, assim o problema passaria a ser dele.
Carlos, intuitivamente entendendo isto não pago o mico que eles queriam. Até mesmo em sua festa de Natal e Ano Novo eles arrumavam um jeito de aparecer para ele em frente da casa de seu sogro para atormentá-lo dissimuladamente.
Este tipo de tormento faz sua mente ficar encaraminholando uma idéia fixa no sentido de solucionar o problema e saber até a onde eles querem chegar, pois na época você já estava fazendo uns 9 anos naquele martírio. Você fica o tempo todo dividido entre o lidar com a rotina de seu interesse e a observação do tormento fabricado por eles, tais como ofensas em sussurros, pessoas a lhe apontarem no meio da rua, outras passando por você e falando pedaços de frases que você costuma falar dentro de sua casa, e isto nos três municípios em que você costuma freqüentar, etc e etc... .
Tratando dos problemas que a própria existencia lhe impõe, tais como procurar um emprego, cuidar de filhos, etc.. e ainda tendo que lidar com um tipo de problema que você não sabe como resolver. Pois se a própria polícia está se encarregando de lhe perturbar, a quem você vai recorrer? Turvam assim o seu ambiente em todos os aspectos. Você fica irritado e acaba por ficar sem paciência até com os seus filhos, e acabava por se isolar para evitar o descoforto obsessivo que lhe imputaram, comportando-se assim como se fosse um doente. Isto senhores podemos chamar de tormento fabricado.
Aí, você ficará se perguntando se todos aqueles ofensas que você fez por telefone, quando ficou sozinho no Rio, a sua mulher e a família dela - no auge e no calor de uma separação em que a sua mulher pegou os seus filhos, único relacionamento afetivo que você tinha, e foi morar na casa de seu sogro, afastando-os de você por mais de 370 Km e você vendo todos os seus projetos de vida ruir com aquela atitude - chegou aos ouvidos deles, como parte da edição de sua vida, que o "Grande Irmão" vem fazendo ou simulando fazer – um misto de espionagem com fofoca -, para tentar demonstra como você é desequilibrado (ou Bipolar ?) e para convencê-lo a participar como figurante de todas essas encenações da qual você vem sendo vítima, não falando claramente sobre o assunto, mas deixando-o trincado, ao ficar fritando-o com aquelas meias-palavras.
O que é pior nesta tortura é que a vítima sabe o que estão fazendo com ela e não pode fazer nada para se defender. Nem seque gritar, o que seria normal num caso de tortura. Assim a vítima fica sendo moída por dentro, por um longo tempo, pelo seu inimigo.
O que essas meias-palavras faz com um sujeito que vem de longa data sendo sacaniado ininterruptamente? É justamente ficar mais desconfiados de tudo e de todos. E não fora somente o seu xingamento descompassado que o "Grande Irmão" tinha para mostrar aos seus cunhados empatotados. Como você sabia que vinha sendo vigiado passo a passo. Você que durante todo o seu casamento, nunca traiu sua mulher, vai passar a fazê-lo, e assim desesperado (na realidade um morto-vivo, por não estar acreditando no que estão fazendo com você e com a sua vida), depois de uma separação, que lhe deixou perdido "...como um boi na multidão", deixou-se extravasar sua compulsão sexual, ao trepar com putas, arrumou amante - uma psicóloga plantada pelo Partidão e que você desconfiado não abriu nenhuma informação para ela, mas continuou com o romance que quebrou a sua solidão e o desconforto da destruição de sua família - e fez de tudo para poder ter de volta a sua libido que se fora junto com aquela desilusão e com a sua perda de tempo naquele casamento em que tanto se esforçara para ser um bom chefe de família sem ver o retorno disso por conta de um tormento incessante e perverso desencadeado por conta de uma vingança de partido político, ou seja, você traíra a irmã dele com todos enquanto era vigiado e editado pelo "Grande Irmão" que se valia, pelo que você desconfiava ser um rastreador instalado em seu carro, tal eram as coincidências com que integrantes da PM lhe interceptavam em seu percurso.
Assim, o "Grande Irmão" cumulou mais elementos informativos a seu respeito, editando-o e estocando argumentos adicionais que justificariam a cumplicidade de seus cunhados, que o auxiliariam na humilhação e no seu tormento fabricado dentro da casa de seu sogro, sem que ninguém percebesse a não ser você mesmo e os figurantes que colaboravam com eles. Tudo isto vai lhe passar pela cabeça, até que você depois de certo tempo conseguir armar o quebra-cabeça inteiro.
Ainda sobre rastreador. Na passagem de 2003 para 2004, Carlos e Maura adquiriram um carro Fiat, em São José dos Campos. Mário Celso, o irmão dela, que tinha comprado o carro do Dr. Júlio Sérgio Waisseman, pediu o carro deles emprestado dizendo que o dele estava com problemas mecânicos. Uma semana depois, o carro de Carlos e Maura passará a ser interceptado, sem abordagem, com precisão pela Polícia Militar do Estado de São Paulo. Perseguição esta descrita na primeira parte deste relato e que teve início com um comboio da PM na Rodovia Dutra quando Carlos se encontrava sozinho. A suspeita de Carlos recai sobre o responsável pelo Centro de Policiamento do Interior, o coronel da PM Sebastião Souza Pinto com a ajuda de Mário Celso.
E o porquê de se citar o coronel, que se reformou em 2004 (sic), como um dos suspeitos de ter colocado um rastreador com a ajuda de Mário Celso no carro de Carlos e Maura?
Porque quem fazia a escuta da casa de Carlos, ou passavam as informações sobre ele ou eram os mesmo que armaram aquela prensa que ele sofrera na delegacia do centro de Niterói, lá no Rio de Janeiro, quando ouviram-no dizer em sua casa que "...não era louco para se meter com a polícia", ficou com a certeza de que ao ver a polícia ele ficava congelado ou apreensivo. E, ao ouvirem ele dizer também que o PPS era o partido que estava por trás daquelas perseguições, uma das primeiras coisas que eles fizeram dentro da casa do sogro dele, logo depois de ele comprar um carro para trabalhar como taxista na praça de S. J. dos Campos foi colocar um outro cunhado dele, José Carlos de Moraes, com o jornal aberto por bastante tempo justamente na página em que o Secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, estava dando posse ao Coronel Sebastião Souza Pinto, ligado ao PPS, segundo a própria matéria informava.
Depois, já na fase das associações para armar aquele quebra cabeça é que Carlos foi entender que o seu cunhadinho José Carlos de Moraes - homem de confiança da Deputada Federal, a médica Ângela Guadagmin de Moraes (a bailarina da pizza), aquela que retirou a sua candidatura da eleição para prefeitura de São José dos Campos, em 2004, por ser pressionada pelo jornal ValeParaibano, que a colocava sob suspeição na venda de um parque do município, quando ela tinha na prefeitura a sua administração - que fazia parte do staff do Ministro da Saúde Humberto Costa, estava, na realidade, atuando no teatro-realidade para infernizar a atmosfera em que Carlos vivia.
►Fortaleza sediará o I Encontro de Secretários de Saúde de Capitais
O CONASEMS e a Secretaria Extraordinária de Capitais de Regiões Metropolitanas (Ministério da Saúde) promoverão o I Encontro de Secretários de Saúde de Capitais. O evento acontecerá entre os dias 21 e 22 de março, em Fortaleza. Veja a programação.
PROGRAMAÇÃO
Dia 21 de março
20:00 horas - Abertura Oficial –
Ministro da Saúde do Brasil, Humberto Costa
Governador do Estado do Ceará, Lúcio Alcântara
Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins
Secretário Estadual da Saúde do Ceará, Jurandi Frutuoso e Silva
Presidente do Conasems e Secretário de Saúde de Fortaleza, Luiz Odorico Monteiro de Andrade
Expositores: José Carlos de Moraes, Diretor do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas/MS
Rogério Carvalho, Secretário de Saúde de Aracaju
Ele, José Carlos, não estava inocentemente lendo um jornal, ele queria que o seu cunhado Carlos lesse a matéria, que o amedrontaria, o deixaria trincado, estressado e encucado ao ler aquela notícia que ele estava lhe mostrando através de um teatro-realidade. Esta foi somente a primeira matéria que lhe dirigiram através do teatro-realidade. Sabendo que Carlos era um bom entendedor, era através da dissimulação que lhe passavam informação, também dissimulada sob forma de notícias, que procuravam pô-lo a par de situações que o levaria a ficar desconfiado e estressado sem que pudesse provar o que estavam a fazer com ele. Era, o que podemos chamar de paranoialização. Era para criar, e dar continuidade, ao clima de perseguição e conspiração, fazendo-o perceber que estavam fazendo um arranjo para isto, intimidá-lo e perseguí-lo, conforme fizeram no Rio. Queriam que Carlos entendesse o que estavam fazendo com ele sem que ninguém precisassem falar. Assim, falavam por intermédio daquilo que podemos chamar de alimento mental – a notícia - subliminar. Este modus operadis sem dúvida deve ter sido criado em cima daquilo que ouviam de seu ambiente familiar, quando Carlos, em momentos de descontração com os seus, falava que "...fazia boas associações."
Uma outra matéria que José Carlos Moraes também mostrara explicitamente para Carlos foi a da "Operação Anaconda" que havia prendido o Juiz de Direito Luís Carlos em uma mega operação da Polícia Federal. Esta matéria foi diferente, José Carlos mostrou a Carlos de forma bem explícita. E ele também não entendeu aquele ato na época, hoje ele tem a plena certeza de que era uma espécie de ameaça. O cunhado estava mostrando a ele o que acontece a quem tem alguma informação da patota. Daí é que Carlos, já na fase de análise da trama, pode deduzir que o argumento que o partido estava usando para que a parte da família que morava aqui no Vale do Paraíba entrar como força tarefa de sua psicotização era o de que ele andava batendo com a língua nos dentes, isto é, falando sobre o que ele sabia da patota.
Pura mentira, Carlos trabalhava 16 horas em cima de um táxi na praça Cônego Lima, em São José dos Campos, para ganhar menos da metade do que ele ganhava em Niterói e não estava nem um pouco preocupado com política. E, mesmo assim as patamos de São José dos Campos, passaram a desviar o seu trajeto normal, para chegar até a delegacia, e passar bem em frente ao seu ponto, conforme já explicado na primeira parte deste relato.
Ao mostra aquela matéria como ameaça, José Carlos, homem de confiança da Guadagmin, faz qualquer um que pense ou intui, a levantar suspeitas sobre a forma como foi realizada aquela operação.
Pois como percebemos pelas informações deste relato, entre as várias funções da imprensa, uma delas é a de lavagem dos fatos .
Como assim? Dizer que algo aconteceu de uma determinada forma, quando na realidade aconteceu de outra?
Então quando sai publicado na impresnsa que "...foi por escuta telefônica com autorização judicial", pode-se desconfiar que talvez não tenha sido bem assim?
Que determinada operação pode ter iniciado por uma escuta ambiente e depois ter sido legalizada, inclusive com a participação da imprensa?
Nuncredito! !
A trama é tão ardilosamente bem montada que você às vezes se porá em dúvida e inseguro ao ver tanta gente corroborando para ela e você sem contar com ninguém, nem mesmo com sua mulher que estranhamente se recusa a falar sobre esse assunto com você desde sempre, preferindo sempre ficar do outro lado.
Para eles que tinham o conhecimento do que se passava dentro de sua casa esta briga entre o casal era bom para o estressamento de Carlos. Um trabalho de psicotização com um empurrão da simploriedade estranha de sua própria mulher.
Entretanto, a essa altura dos acontecimentos Carlos intuirá que as encenações deles, que tentam lhe passar saberem o quê ele fez e o quê ele diz em sua casa, dando a entender que sabem de tudo e que ele é um "..mal agradecido", não passam de um ardil para fazê-lo desconfiado – paranóico -, recuado, inseguro e para acobertarem - sob a forma de justificativas – cegando-o para o fato de que aquilo já estava armado para ele antes mesmo de ele chegar àquela cidade e para a verdadeira intenção deles que não era de se vingar e sim a de lhe dar um atestado de maluco respaldado por familiares médicos dentro da casa de seu sogro.
Era uma família de médicos que estava fazendo Carlos adoecer para levá-lo a um tratamento psiquiátrico. Desabilitando-o como testemunha do vazamento do divã - de um dos donos do "Bateaux Mouche" que fugiram - para edição do ético jornalista escritor Zuenir Ventura na redação do jornal em que ele trabalhava.
Carlos se encontrava numa sinuca-de-bico, pois ao botar a boca no trombone, entre eles, para denunciar o que estavam fazendo, ficariam contra ele, inclusive seus sogros que passariam inocentemente (até aqui Carlos não sabia que o seu sogro, pessoa a quem tinha em grande estima e consideração, também estava por trás daquela operação de psicotização) a testemunharem a sua loucura, pois nunca observaram – ou fingiam não observar - absolutamente nada daquilo que ele relataria que vinha sofrendo, seja dos seus vizinhos seja de seus cunhados.
Existe algum lugar melhor do que a própria família de médicos para lhe perfilarem como maluco?
Carlos estava batalhando um emprego através de concurso público com toda a dedicação que um homem nos seus 49 anos pode se dedicar. Carlos estava, por força das circunstâncias na aba do sogrão que em troca queria levá-lo a um hospício.
Neste ponto a Igreja Católica tradicional está cheia de razão. O Marxismo-Leninismo é letal a organização famíliar.
Embora Carlos não pudesse provar absolutamente nada contra eles, a cada encontro dele com seus cunhados aparecerão frases ou situações construída para deixá-lo se sentindo cada vez mais desconfiado e rejeitado por eles. Eles contavam com a ajuda de seus amigos na cidade, que passavam por ele e sussurravam as ofensas de sempre. Ele percebia e não comentava nada, ficava observando e guardando para si, já estava mais do que abatido por dentro e eles não percebiam. E eles achando que Carlos não percebia suas insinuações, serão a cada encontro mais incisivos. Pareciam querer ferir sua parte afetiva e trabalharem a sua rejeição.
Rejeição, por ele não se sentir aceito pela sua mulher, e que junto com a pressão que ele sofreu no sindicato e no trabalho na época das aposentadorias o levou a ficar deprimido, o que o motivou a procurar aquela esperta psicóloga Márcia Erlich.
Querem forçá-lo a uma crise? Estão trabalhando em cima de seu diagnóstico, feitos em cima da gravação da psicotorturapeuta?
Imaginem! Alguém que trocou um ganho certo em um lugar que gostava pela insegurança de um ganho menor em um lugar que não tinha escolhido de livre arbítrio, mas forçado pelas circunstâncias, para ficar mais perto de seus filhos, pois sua mulher não cumpria aquilo que ela havia se comprometido, que era de levar as crianças todos os meses para visitá-lo no Rio. E, que ao se mudar para lá, carregou também uma tímida esperança de ver terminado o transtorno que lhe impunham diariamente em Niterói, verá toda a sua angústia, aflição e transtorno crescendo juntamente com a decepção com sua mulher - que havia lhe imposto aquela situação e que não agüentava sequer o seu desabafo com ela a respeito daquilo que estavam fazendo com ele - e revolta com os seu cunhados que estavam colaborando naquele teatro repugnante e obsessivo.
Dado esse quadro estressante seus pensamentos ficavam constantemente invadidos pela análise dessa situação sem parar. Carlos vai começar a relembrar tudo que lhe veio acontecendo em sua vida.
A participação deles passava cada vez mais daquilo que se classificaria do subjetivismo dele, Carlos, para o explicitismo deles, seus cunhados. Passou de uma condição de palavras chaves e teatro-realidade, onde o levaria somente às desconfianças para uma participação mais explícita, onde a certeza absoluta se impunha no conceito de Carlos.
Você ao longo de todo esse tempo, 10 anos, forçosamente acabou por desenvolver os seus métodos subjetivos de investigação. E um deles é tentar recapitular aquilo que você fez ou falou antes de determinados fatos acontecerem com você. E o que teria acontecido para a entrada de forma explícita de seus cunhados naquele tormento fabricado?
Você se lembrará que fez comentários em relação a Oscar Niemeyer, que havia aparecido em uma reportagem na televisão dizendo que "...gostava de ficar com amigos", que "...amigos eram muito importante da vida dele" e toda uma converça fiada própria de matéria dirigida. Era um comentário que, se Carlos quisesse ser chamado de louco,diria que era dirigido a ele. Comentário proposital e editado para isso, para que você ao vê-lo, na telinha fizesse comentários que você costumava fazer em voz alta e eles ficassem sabendo através de escutas e informantes, o quê você sabia sobre ele. Carlos estava sendo espionado e atormentado desde que tinha chegado ao Vale do Paraíba. Pensando que estava na companhia de parentes de confiança, ele acabou por comentar com o seu sogro que conhecera Oscar Niemaeyer e que fizera duas revistas para ele. Que ele editava uma revista chamada "Em foco", que vinha praticamente pronta da U.R.S.S. – e chegou até a citar que era financiada pelo "...chamado ouro de Moscou". E, que somente tempos depois ele entendeu que o arquiteto estava tentando lhe arregimentar para o partido dele. E, que você, já tinha sido militante e que não queria mais participar de militância nenhuma.
Sobre este episódio, o do recrutamento, talvez explique um pouco o porquê dessa perseguição a Carlos.
Imaginem! O grande Arquiteto, em pessoa, lhe abrindo as portas do paraíso e você meio alheio aquele teatro.
Olha o crime que, displicentemente, ele havia cometido.
Foi como se Jesus Cristo descesse em carne-e-osso aqui na terra e convidasse Carlos Eduardo a participar de seu apostolado. Convidasse Carlos a se sentar com ele na Santa Ceia, e abrisse as portas do Paraíso eterno para que ele entrasse e, este "..ingrato", lhe desse as costas dizendo: Obrigado Jesus Cristo, vai procurar sua turma, estou bem sozinho. Não quero ser seu apóstolo, não quero ir ao Paraíso e não quero participar da Santa Ceia.
Com certeza Jesus deve ter ficado intrigado e se perguntando, o que este cara está fazendo dentro de um jornal?
Dalí em diante ficaram de olho no "Cabra" ("...marcado para sofrer?"). E, como ele pisou na bola por duas vezes. A primeira, quando ele testemunhou acidentalmentes a operação BANIMENTO do espanhol. E, a segunda, quando ele pediu uma investigação nas aposentadorias aos perseguidos políticos promovidas pelo apostulado, e com isto acabou por flagrar um dos apóstolos (Salomão Malina), mais importante em pleno pecado do capital.
Resultado? Foi levado para a Inquisição. Foi sentenciado pelas igrejinhas. Quem? O pecador do capital? Não, Carlos, o "...alcagoete de polícia", o "...invejoso", "...o mau-caráter", "...o animal", "...o viado", aquele que, segundo Zuenir Ventura, "...não deveria ser considerado como um ser que pertencesse a nossa (deles) espécie".
Coisa das igrejinhas.
Cunhados e sogro passam também a botar "...fogo no rabo do invejoso"
A entrada de seus cunhado em cena coincidiu justamente com este seu relato sobre Oscar Niemeyer.
E, por quê a patota estava tão preocupada com as informações que Carlos tinha a respeito deles?
Era porque Carlos tinha passado na prova para Escrevente Técnico do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apesar de tudo o que eles fizeram para lhe atormentar durante os seus estudos e suas provas,. Poderiam estar pensando então que Carlos poria, com a seu boquirotismo, em risco de nulidade aquele processo do "Caso Bateaux Mouche", que a deduzir por aquela edição do Linha Direta e para quem sabe prever os passos da militância, poderiam estar na alça de mira do controle externo do Conselho Nacional de Justiça.
Com isto eles tiveram que acelerar o processo da psicotização dele, e assim acabaram por cometer um monte de barberagem contra Carlos. Tinha que ser pior do que ele tinha sofrido no Rio. E foi por isso, que o deixou, em dois anos, tão mal quanto os oito, que levaram para deixá-lo da mesma forma, lá no Rio.
O ano de 2004 estava sendo o inferno astral de Carlos, apesar de ter sido o ano em que ele passou para o cargo de Escrevente Técnico Judiciário do Estado de São Paulo. Ele fez a prova para o concurso de Escrevente no dia 29 de fevereiro e ficará aflito aguardando o resultado. O resultado foi positivo, ele passou na prova. Depois ficou aguardando a convocação para a prova prática de digitação, que saiu somente em 01/08/04. Ele ficou muito ansioso neste período, e lógico que eles sabiam disso. Concomitantemente a toda esta ansiosa espera de provas e os seus resultados, ele terá que conviver com pessoas que parecem querer atrapalhar o seu desempenho nesse concurso.
O boquirrotismo de Carlos não era tão exacerbado assim. E isto é uma outra questão muito importante, pois Carlos acha que este foi um argumento manipulador usado, como pretexto, pelo Partido para que a família de sua mulher – que ele se confundiu como sendo a dele também – participasse daquele seu tormento produzido. O partido tinha que ter um motivo para continuar atormentando Carlos, e eles tinham que ter um motivo para se auto-justificar e ceder a vontade do Partido (PCB).
Carlos se lembra que em uma reunião na casa da Drª. Márcia Baptista de Moraes, por ocasião do início do governo Lula, pouco depois dele vir para Redenção, ele foi quase que instado a falar sobre a sua militância política quando a família estava ali reunida. Não desconfiando que aquilo era uma espionagem chegou a falar sobre a sua militância, e sobre a sua célula do Méier, um bairro da zona norte do Rio de Janeiro, que tinha a assistência de Arlindenor, que também prestava assistência ao pessoal da medicina da UERJ. O Dr. Cláudio, atual marido da Drª Marina Baptista de Azevedo, disse que o conhecia e que recebia orientações dele em sua célula da UERJ. Carlos soube que o Arlindenor tinha saído do PC do B para o PSDB porque este pagava um salário maior aos seus políticos profissionais. Hoje ele sabe que aquela conversa toda na casa da Drª Márcia foi pura espionagem, queriam saber o que ele sabia. Por isso o instaram a falar.
Carlos tinha entendido o recado desde a batida que deram em seu carro, em Niterói. E, ficou muito mais comedido no que falava sobre a patota e os políticos e mesmo assim continuou a ser perseguido com insistência quando ficou sozinho em Niterói. Foi por pura perversidade do partido que armaram aquela curra psicológica para ele. E a família cedeu porque isto sempre traz dividendos.
Sobre o vazamento do divã de um dos donos do "Bateaux Mouche" para mesa de edição de Zuenir Ventura, na redação do Jornal do Brasil, Carlos falou somente duas vezes sobre este assunto num período de 10 anos. Uma vez foi em sua casa, que era vigiada por uma escuta permanente e que ele não sabia, na vila do Ingá, Niterói. A outra foi no final de 2004/início de 2005, dentro de seu carro, e foi numa conversa com o Dr. Neymar, o seu sogrão do peito. Nesta última vez ele já sabia que era vigiado em tempo integral.
Ficar do lado do poder é sempre cômodo. Então quando Carlos disse aquilo sobre Oscar Niemeyer, estava provado que ele ficava passando informações sobre o seu convívio com o Partido, quando isto não era verdade.
Quando Carlos veio para Redenção, a única coisa com a qual ele se importava era como arrumar um emprego, trabalhar e cuidar da criação de seus filhos.
Os parentes o instavam a falar e se ele falava, chegavam a conclusão de que era boquirroto que sabia além da conta, portanto. Ele falou porque o assunto veio a baila e porque ele pensou que estava entre pessoas que eram suas amigas e não um bando de espiões de meia-tigela de médicos psicotorturadores.
Querem vigiar o que você fala até dentro de sua casa?
Hoje, ele faz questão de falar com o maior desprendimento, em qualquer lugar que esteja, tudo aquilo que ele sabe do Partidão, mesmo sabendo que o local se encotra cheio de espiões do partido.
Carlos tinha um outro defeito. Costumava fazer comentários sobre o que se passava na TV dentro de sua própria casa ou na casa do sogrão do peito.
Um deles foi quando logo depois das eleições de 2002, na qual saiu vencedora a Governadora Rosinha Matheus Garotinho pelo PMDB, quando aparece no jornal da TV Globo, um vídeo em que alguns turistas argentinos são saqueados em um arrastão formado por um bando de favelados numa praia da zona sul do Rio de Janeiro, um dos lugares com mais policiais por metro quadrado daquele Estado.
Ato dois: Dias depois aparece um coronel da PM na TV dizendo que achava "...muito estranho que logo após as eleições aparecesse (em vídeo) aquele tipo de arrastão em um local que é permanentemente vigiado pela polícia”, dando a entender que era uma ação política, pré-determinada.
Ato três: O Governo do Estado do Rio de Janeiro dá o troco. Dando a entender que aquela operação política era uma ação do PCB, a polícia do Rio de Janeiro, liderada pelo Álvaro Lins (chefe da polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro) prende William de Oliveira por ligação com o tráfico. Depois de ser bravamente defendido por Rubens César Fernandes da Ong VivaRio (Vide O Globo, sexta-feira, 04/03/05, editoria RIO, pág. 21). A TV Globo, também dá a William um espaço para se defender, que muito governador de Estado não tem. A leitura dessas notícias em voz alta parecia incomodar o Partido Comunista Brasileiro (leia-se PPS e PSDB), que tinha a escuta integral de onde ele vivia. Até porque, Carlos, em seus comentários, demonstrava saber, que tanto o líder comunitário da Rocinha, William de Oliveira, o coordenador Rubem César Fernandes, o(a) repórter que cobria o caso e o jornalista-escritor Zuenir Ventura, em fim todos eles são confrades em um mesmo partido, o PCB, via Viva-Rio.
Esta sua reação à forma como aqueles partidos PPS (leia-se PCB) e PSDB (leia-se AP) se arvoravam sobre o poder no Rio de Janeiro, acabava por ouvir comentários estocantes de seus cunhados tais como: "...o Maluf já foi pro saco, agora só falta o Garotinho." Era pura provocação, dando a entender que ele era um defensor do governador do Rio. Eles queriam fabricar, além do tormento, uma guerra em surdina, em que Carlos de pavio curto e ali sozinho acabaria explodindo como eles queriam. Carlos tinha que driblar tudo isso.
Ele não falava nada demais. Só somava aquilo que via e era noticiado na TV. Qual o crime dele?
E o que veio primeiro? O ovo ou a galinha.
Como Carlos já sabia que o seu tormento estava sendo fabricado por esses partidos, acabava que, irado, sempre soltava alguma informação sobre a falta de ética da atuação desses grupos que sempre defenderam o uso dela. E, isto acabava por ser uma prova de que ele andava batendo com a língua nos dentes. Teve um certo dia que Carlos, nervoso e reativo pelas sacanagem que sofria, começou a estocar os donos da casa, o Dr. Neymar Neves e Dona Regina sua sogra dizendo que apesar de ter morado em São José dos Campos por dois anos, nunca ouviu ninguém falar bem da Deputada Ângela Guadagmim, que era sempre elogiada por ela, D.Regina e o Dr. Neymar. A resposta vinha logo, no outro dia: a mesa ficava cheia de correspondência da ética Dep. Ângela Guadagmim, que era amiga do
Dr. Neymar e dava emprego ao seu cunhado José Carlos Moraes.
Para Carlos o Big-Brother não é uma brincadeirinha de televisão, foi uma vivência. O da televisão é para assimilarmos a idéia. Uma idéia detestável. Por todos esses anos "o escuta" e perseguidor de Carlos já o deve ter ouvido falar que ficou em depressão quando estava vendo o filme baseado na obra de Jorge Orwell.
Por mais paradoxal que pareça ou por isso mesmo, o incrível é que a parte mais suja neste tipo de trabalho, parece ter ficado com os médicos.
Aos jornalistas escritores - as "...penas mercenárias" ou "...penas de aluguel", como em momentos de jocosa descontração nas redações, chamam uns aos outros, ao falarem verdades em tons de brincadeiras - fica a parte mais elegante da ética política.
Agora na fase de explicitação da participação dos cunhados e cunhadas de Carlos na Operação Psicotização, eles, que em sua maioria, não moravam em Redenção da Serra, mas que nos fins de semana poderia contar com a metade deles lá para cooperar com ela. E, que Carlos sabia serem do PT e PCB, escondidos da presença de sua mulher e dos seus filhos, passarão a chamá-lo pelas suas costas de "...viado, safado, mal-caráter" de forma sussurrada como até então vinha sendo feito só pelos seus vizinhos e encenando os mesmos trejeitos, com que a patota vem lhe aporrinhando desde o Rio de Janeiro. Então, aquela desconfiança que havia ficado com ele, de que no fundo todos os seus cunhados estavam, no mínimo, sabendo o que praticamente a cidade toda estava fazendo com ele se transformará em certeza absoluta. Ele começou a se sentir humilhado e procurou se defender evitando-os.
Nessas encenações Mário Celso e sua mulher Kátia, funcionária do PSF – Programa Saúde Família - da prefeitura, reproduzirão aquele mesmo diálogo relatado no Boletim de Ocorrência na 76ª Delegacia de Polícia, na Av. Amaral Peixoto, em Nitéroi de onde Carlos saiu apavorado quando lá foi socorrer os seus direitos ha anos atrás. Eles ficavam no quarto, quando Carlos estava na sala e de forma sussurrada, reproduziam o diálogo daquela mesma forma que fora descrito na primeira parte deste relato. E, como a vítima desse tormento fabricado acaba por ficar ligado no que eles estão fazendo, acabará por aguçar os seus sentidos, principalmente o auditivo. E isto eles devem saber melhor do que qualquer um, pois são espertos no assunto de psicotização.
O tio da Kátia, fez uma obra dentro da casa em que Carlos morava e a toda hora falará para o ajudante dele "...esse cara é viado", de forma que ele acabará por sentir ridicularizado e humilhado dentro de sua própria casa, durante dois dias inteiros. Talvez o intuito fosse e de fazer ele sentir que estava "...ouvindo vozes". Mas é humilhado e ridicularizado que Carlos vai se sentir na casa de seu sogro. Mais uma arapuca que o Partidão lhe armara.
A Perfídia da Malícia (1)
Antes de Carlos se decidir a ir morar na cidade em que se encontravam os seus filhos, nas férias do meio de 2001, ele havia captado um certo mal estar e um distanciamento dos seu cunhados na casa de seu sogro. Era um tratamento diferente daquele que recebera em tempos anteriores, antes de sua separação(?) de Maura. Esse mal-estar era uma forma diferente e afastada e em algumas vezes percebia até mesmo uma má vontade, que Carlos procurava não dar a entender que tinha entendido – ele dava a impressão de que não percebia - a forma como estavam lhe tratando. Pareciam mesmo rejeitá-lo. Queriam que ele, assim se sentisse. Isto levou-o, depois das férias, a telefonar para Maura reclamando de que desconfiava que ela estava comentando com seus irmãos as brigas que eles – sua mulher e ele - tinham e que isto estava levando eles a um tratamento diferente daquele que ele estava acostumado e se isso continuasse ele não estaria interessado em ir para Redenção de maneira nenhuma. Falou também neste mesmo telefonema que a família dela era muito importante para ele e que ele gostava muito deles e que se ela ficasse fazendo comentário da briga de casal, a família dela passaria a não tratá-lo como sempre o tratou, e ele não iria para lá. Ele falava ao telefone no Rio abertamente, mesmo sabendo que era escutado pelos espiões de sua casa, pois não havia outra forma de se conversar. Ele pensava que aquele tormento não entraria na casa de seu sogro de forma alguma, mesmo com toda a desconfiança que tinha da Dr. Marina e do Dr. Júlio.
Ledo engano, queriam ferir seus sentimentos a ponto de mandá-lo a um psiquiatra de qualquer jeito.
Quando ele já tinha vendido parte de seu patrimônio, em Niterói, e retornou a Redenção para outras férias com seus filhos, quando se decidiria se iria ou não para lá, ele notou um outro ambiente, com receptividade e um bom convívio, o que levou a repensar e se decidir pela mudança.
O teatro-realidade falou mais alto. Eles mudaram o comportamento e as atitudes deles em função da escuta que tinham das conversas e discussões entre Carlos e Maura. Mudaram o tratamento articuladamente para manipular a sua decisão em mudar para lá e desferirem-no a curra psicológica que o aguardaria.
Produziram um churrasco, um ambiente ótimo em receptividade, onde se encontravam todos aqueles que, mais tarde, depois que Carlos se acentasse na cidade, fariam o justo oposto com ele, tentariam a todo o custo atormentá-lo perversamente. Um contra-ponto – uma forma de fazer Carlos por em dúvida se o que estava acontecendo era real ou era fruto da imaginação dele - para o que se sucederia.
Diante daquele ambiente de receptividade, que apagaria aquela impressão anterior com que Carlos ficara a respeito deles e influenciou na decisão dele de se mudar definitivamente para lá.
Manipularam a decisão de Carlos de se mudar para Redenção através da escuta que tinham de sua casa no Rio somado ao teatro-realidade articulado com aquela família de médicos psicotorturadores daquela cidadezinha encravada numa serra do interior do Vale do Paraíba.
E, ao descobrir isto Carlos não demorou muito em descobrir quem havia levado isto para a parte da família que morava no Vale.
A idéia de foi e está sendo manipulado o tempo todo é horrível.
É preferível um escândalo, é preferível que arrasem com sua vida de uma vez só, do que ficar sofrendo homeopaticamente com manipulações e ameaças dissimuladas e eternas e um processo de psicotização interminável.
Várias foram as sinalizações de que aquela família de médicos estavam agindo de forma articulada com alguém (o Grande Irmão) que tinha a escuta do ambiente que Carlos freqüentava. Este alguém trabalhava como um pivô no qual se articulavam as sacanagens da vizinhança; das patamos da PM, que passavam exatamente na hora em que Carlos estava saindo do portão ou ficavam a esperá-lo nos lugares em que ele dizia que ia e interceptavam seu carro em qualquer lugar que ele estivesse; dos funcionários da Prefeitura e dos da Sabesp que agiam conforme o quê era ditado pelo pivô.
Eles marcavam um contraponto
Atuavam de maneira cordatos e gentis e depois passavam a um comportamento estranho, para levá-lo a uma suspeição.
Foi assim com o pai da Vanderléia, mulher do André, o Sr. Avelino, um ex-policial aposentado por problemas psicológicos (um louco que não rasga nota de R$10,00 de jeito nenhum) e que trabalhava como taxista (embora isto seja proibido por lei) na cidade.
A família dele ofereceu um almoço ao sogros Dr. Neymar de D. Regina e do qual Carlos também foi convidado a participar junto com os seus filhos. A partir dali, sempre que Carlos saia de sua casa e tinha que passar em frente ou perto da casa dele, lá ele estava junto com uma outra pessoa, algum colega, a cochichar e a apontar para Carlos, como se falasse a seu respeito para o outro. Este seu comportamento era sistemático e obsessivo. Carlos apenas sabia que ele estava seguindo a orientação de alguém, mas não sabia o porquê daquilo no início, até que no armar as peças do quebra-cabeça ficou claro para ele. Agora ele sabe que ele estava orquestrado com a cidade, que contava com funcionários da prefeitura, funcionários da Sabespe, Polícia Militar, PSF, Programa de Saúde Mental do Estado, vizinhos, sogro, cunhados e com parte do jornalismo sério e independente, numa tentativa de atormentá-lo.
Existia um conflito interior e a relutância em acreditar no que estava acontecendo com ele. Carlos já estava na família há 15 anos e nesta trama tinha pessoas com menos de seis meses nela, mancomunando naquele seu tormento.
Agora a estratagema ficou clara para ele, e assim fixada, ficou um pouco mais fácil dele entender como estavam agindo. Embora essa fixação vá ficando cada dia mais clara para ele, ele ainda não tinha uma idéia clara e absoluta de tudo e nem aonde eles queriam chegar com aquelas encenações.
Desconfiado sobre o que aquela gente estará querendo, ao mesmo tempo que toda a sua família – mulher e filhos – estão mergulhados numa relação afetiva com eles e que eles se mostrem afáveis com você na frente deles, enquanto escondidos tentam feri-lo afetivamente, deixando-o deprimido e abalado emocionalmente com o que está acontecendo em sua volta.
Como denunciar isso, sem ter provas ou alguém do seu lado e sem ficar mal com todos e se comportando justamente da forma com que eles o estão induzindo?
Quando a Drª. Marina mostra sua pele de Carneiro, o Dr.
Foi na festa de aniversário dos filhos do Dr. André, quando estavam todos lá, inclusive a Dr. Marina e seu atual marido, o Dr. Cláudio, que Carlos pode ter a certeza absoluta de que havia sido ela a médica psicotizadora que trouxe aquele seu tormento fabricado para dentro da família dela. A Dr. Marina, explicitou a sua participação naquela trama com um ato simples, mas muito significativo para Carlos, que sempre desconfiou de sua participação no teatro-realidade para levá-lo a um psiquiatra, mas que pela forma que agia até então nunca poderia dizer que ela participava daquilo com certeza absoluta, porque pairava sempre o peso da dúvida, com os argumentos que até então ele tinha. Mas, naquela festa, ela passou a apontar em direção a ele como todo o resto da cidade fazia e como em Niterói foi feito, um gesto simples e banal, bobo e ridículo, mas com grande significado para ele, por ser esclarecedor. Ela saia do silêncio pantomímico de espiã e passou a compor, com os outro, da micagem dissimulada como muitos daquela cidade.
Foi o que Carlos precisava para poder esclarecer aquelas dúvidas que estavam em seu arquivo de dúvidas não solucionadas por mais de 8 anos.
Que paciência tem o meu caro amigo !
Suportou anos de sacanagens da Dr. Torturadora, e foi confimar a sua participação na tortura por um gesto simples e banal, bobo e ridículo, mas diferente de tudo o que ela tinha aprontado com ele. Por ser explicito e igual ao gesto que muitos faziam em direção a ele.
Na realidade ela, a Drª. Torturadora queria dizer para ele: será que este bobão não entende o que a gente quer fazer com ele?
Foi aí que a Dra. Marina mostrou sua pele de Carneiro, o Dr..
E, isto para Carlos bastava para esclarecer toda a participação dela desde o Rio, e confirmar para ele que fora ela quem havia trazido a trama para dentro da família.
Somente agora em 2004, Carlos pode confirmar com convicção sem nenhuma sombra de dúvida, que a Drª Marina freqüentou sua casa por anos e que volta e meia o estocava com alguns comportamentos estranhos, com intuito de confundi-lo e paranoializá-lo, lançando a desavença entre ele e sua irmã, sempre participou dessa hedionda trama de sua infelicidade, a de ficar sem sua familia.
Não é comum homenagens, em folha de rosto de livros, como: "À minha invejável família" do livro "Inveja, mal secreto".
Teria algum sentido extra a dedicatória que o Mestre Zu colocara em sua literatura? Seria um ato de premonição do Mestre ou ele já sabia desses cunhadinhos a tempos atrás? Ele sabia, através do serviço de informação do Partidão, da desconfiança que Carlos tinha da Drª Marina e do Dr. Júlio desde a querela sindical? Ele sabia que os parentes afins de Carlos, estavam colaborando com aquela curra psicológica para protegê-lo desde de antes da feitura de seu livro "Inveja, mal secreto"?
O partido sabia do zelo que Carlos tinha e tem por sua família, da preocupação com seus filhos e do amor que ele tinha e tem por sua desleal mulher. Desleal com a sua célula familiar, desleal em defenter os seus, do ataque daqueles que querem intervir nela.
E, quando anos depois você estiver revendo a sua história e as mudanças que em função dela, o relacionamento com sua mulher teve, você se fará a seguinte pergunta o tempo todo: Ela era apenas uma mulher desleal ou sempre esteve como "stand by" durante todo esse tempo?
Esta trama foi per-fei-ta. Saiu como planejaram. Foi uma vingança requintada do partido, por eles saberem o conceito que Carlos tinha deles. O partido da "...boquinha."
Carlos traumatizado com os acontecimentos daquela festa, chamará pela segunda vez (em 13/06/04), o seu cunhado o Dr. André, para conversar e questionará o porquê dele e de seus irmãos estarem agindo daquela forma com ele e logo em seguida se desmanchará em prantos e depressão, não tanto pelo que fizeram mas por vê-los ladeado ao seu perseguidor e por não ter mais dúvidas sobre a participação deles naquela sacanagem. E, argumentando que "...essa situação de humilhação já perdura por 10 anos e que não era justo misturar uma punição e perseguição por questão política com questões familiares". E em prantos seguiu em seus discurso: "...porra esse pessoal já me tirou quatro ou cinco empregos; bateram em meu carro; me fizeram mudar de endereço por mais de cinco vezes e vocês estão com eles me sacaniando?"
Até então Carlos não tinha a visão global do plano, que ainda se desdobraria em outros lances. Logo depois aparecerá uma viatura policial que emparelhará com o carro em que eles conversavam. O mesmo policial da cidade e um dos que se faziam presentes em vários lugares da cidade, pergunta a André se está precisando de ajuda e ele expulsará o policial dizendo que "...está tudo certo por aqui...vai embora!"
Por esta abalado emocionalmente e por não ter tido tempo para raciocinar que o seu lado emocional, apesar de todas as evidência, ainda resistia em aceitar que aquilo já estava armado para ele antes mesmo dele chegar aquela cidade e de que eles estavam todos participando de uma trama para levá-lo a uma tratamento psicológico, ele em prantos contará a sua história do que houve no sindicato, ainda confuso e pensando que eles estavam fazendo aquilo com ele por ficarem sabendo que ele tinha xingado toda a família deles durante a separação, conforme eles queriam que ele pensasse.
Carlos argumentará, que eles, seus cunhados, devem "...estar com muito ódio de dele para participarem daquela perversidade, ao se vingarem daquela forma." André vai dizer pela segunda vez que "...você deve procurar fazer um tratamento psicológico" e completará dizendo a Carlos que "...sente medo de deixá-lo sozinho com a minha irmã e meus sobrinhos", sem explicar por que achava aquilo.
Carlos, humilhado e em prantos dirá que "...fica difícil ser feliz quando parece que todos estão querendo lhe sacaniar, puxando para baixo a sua auto-estima e que ficar sendo xingado praticamente o dia todo e em quase todos os lugares, por uma atitude que ele havia tomado a mais de 10 anos atrás não é bom para ninguém e que além do mais, em nosso país não tem pena perpétua e muito menos cruéis".
Ele persistirá em deprimir Carlos. Responderá que Carlos não significa nada para ele e que ele se preocupa mesmo é com o irmão mais novo dele. Dirá a Carlos: "...você não vale uma lasquinha da unha do dedo mindinho do pé do meu irmão Mário" procurando humilhá-lo e atingi-lo afetivamente. Carlos procurará demonstrar que as pessoas são frágeis e que não é certo ficar estocando suas fraquezas e pinçará como exemplo, a irmã dele, André, a Márcia, que participava daquele seu tormento sendo que ela mesma era tão ou mais frágil que ele, e que sua fragilidade consistia em não agüentar um simples telefonema de mulher perguntando sobre o marido dela, pois estragaria todo o seu dia. Diante desse argumento de Carlos, ele, André passará a ameaçá-lo com o dedo em riste dizendo que é para ele "...não fazer nada contra a irmã dele que se arrependeria".
A ameaça foi um outro fator, dito a psicoterapeuta Márcia Erlich, que deixava Carlos irritado e apreensivo e que ele por isso mesmo sempre a encontrou pelo caminho ao longo de seu tormento fabricado.
Carlos argumentou que parece que eles estavam de acordo com o que aconteceu na vila, quando o seu filho (e sobrinho deles) foi espancado e que foram obrigados a sair de lá por conta disso. André lhe responderá que "...ah levar um tapinha, o meu filho leva também na escola e daí?" tentando minimizar um problema, que embora do passado, não foi somente um tapinha e foi muito traumático para Carlos e sua família e principalmente para o seu filho Vítor, que tinha apenas 6 anos na época e não sabia porque estava sendo tratado daquela forma por todas as crianças daquela vila.
Um exemplo do trauma do Vítor, pode ser evidenciado, quando ele ficou com pavor de uma série de brinquedos e CD's chamados "Cavaleiros do Zodíacos" que ele tinha. Estes bonecos era a febre da criançada na época em Carlos e sua família foram morar na vila e Vítor os adorava. Mas, com os acontecimentos que se sucederam em um ano e meio de convivência naquele ambiente hostil parece que ele associou o seu sofrimento aos bonecos. Tempos depois, quando já tinhamos saido da vila, ele passou a detestar aqueles bonecos.
Carlos falou também para André: "...vocês estão dando a entender através de encenações, que tem conhecimentos de tudo que se fala e se passa na minha casa, passando-me um sentimento de quem está sendo mostrado por outrem e de desconfiança e conspiração constante. E, eu já vi este quadro antes, por todos os lugares por que passei."
Ele, André, não irá admitir a participação deles de forma direta, o que já era claro para Carlos, mas soltará uma frase que terá a sua admissão implícita: "... eu só não quero que você afaste os seus filhos dos meus irmãos."
Carlos ainda argumentará: "...vocês são médicos e que não poderiam estar fazendo isso comigo. Existe um nome para quem participa desse tipo de tortura e se eu colocar isso direitinho no papel vai ficar muito ruim para vocês".
Carlos dirá ainda que "...não é justo o que estão fazendo comigo durante todo esse tempo" e o que parece "... é que isso só vai parar quando eu meter uma bala na cabeça."
André vai dizer a Carlos que "...você está aí chorando mais você já sacaniou muita gente. Você sacaniou a aposentadoria de muita gente, se fosse comigo eu o matava". Carlos não conseguia para de chorar e de se sentir humilhado ao ouvi-lo dizer que "...você, um homem deste tamanho aí, chorando como uma criança. Tá surtando. Tem que fazer um tratamento!"
Carlos saiu dali e andou uns 12 Km a pé e no frio durante a noite, chorando com vontade de morrer por mais aquela humilhação imposta pela esperteza do "Grande Irmão" e só foi parar quando seu corpo estava quase totalmente anestesiado de cansaço e frio.
Vítor, o filho de Carlos, foi buscá-lo de carro com o Mário Celso a pedido de Maura. Carlos não aceitou entrar naquele carro com o Mário e voltou andando com o filho. Carlos inventou um desculpa qualquer para que o filho não ficasse sabendo daquela situação. Em mais um lance Carlos se sentiu humilhado sem poder reagir, pois ele e sua família dorme e come às custas dos pais dele, seus sogros. Embora vivesse uma situação que não foi ele quem havia criado, este fato era indubitável.
Como Carlos poderia reagir àquela situação de pressão psicológica sendo que foi levado pelas circunstancias criada por eles mesmo?
O que lhe doía não era tanto o que seus cunhados estavam fazendo com ele, se bem que isto o fazia doente também, mas a mando de quem e para que eles faziam.
Às vezes, o crime não está no que se faz mas na intenção e a pretexto de que foi feito.
Todo o passado que tanto lhe custara em sossego; dinheiro; noites inteiras sem dormir; mágoa; fobias; dores no peito; expulsões; brigas com vizinhos; brigas com provocadores; dores no estômago; depressões; idas a médicos; terapeutas; invasão de privacidade; brigas com a sua mulher; filho sendo agredido no local em que ele morava; venda de sua casa; batidas em carro; mudanças de endereços; gozações; deboches; armações em delegacias; policiais lhe constrangendo diante de seus filhos; idas à justiça; afastamento do convívio com seus filhos; incêndio sob supenção em seu carro; punição injustas no seu serviço e um novelo incontáveis de sacanagens e constrangimentos lhe viera a cabeça num só "flash back" ... que o deixou atônito. E, em sua cabeça, todos os seus cunhados apresentavam-se como músicos partícipes, ali reunidos, como integrantes daquela sinfônica do sofrimento, cujo maestro era invisível aos seus olhos.
Assim demonstravam eles que concordavam, todos sem exceção, com tudo aquilo que lhe acontecera ao passarem de elenco de apoio a atores principais daquele teatro de horror para sua infelicidade durante os últimos 2 anos e meio em que ele ficou como hóspede daquela família de médicos que estavam lhe fazendo adoecer.
E, mais, a família de sua mulher estava colaborando com a humilhante invasão de privacidade de alguém que não era nenhum criminoso diante da sociedade. Era o inverso, a sociedade agindo criminosamente contra ele. Ouvindo suas trepadas, confidências, desacordos e tudo aquilo que se tem numa família.
Era a ética política ditando as relações familiares
Em 14 de junho de 2004, no dia seguinte, o mesmo cunhado telefonará pela manhã para pedir-lhe desculpas pelo ocorrido e dizer que "...achava que tinha sido muito duro nas suas críticas". Mas, o mal já estava feito. E, por um tempo, talvez sensibilizados pela sua depressão e por você falar em suicídio, eles suspenderão as ofensas que vinham da duas casas que ladeavam a sua e dos fundos da casa que dá para o ginásio esportivo do colégio municipal e durante aquela semana será tudo mais tranqüilo e Carlos até se iludirá de que tudo terminou.
Nesta situação de estresse, depressão e angústia um belo dia você acordará com a região da pélvis totalmente coberta por manchas roxas, uma azia e dores no estômago diárias, que vai persegui-lo par e passo com aquela situação.
Até então, Carlos não tinha sequer uma anotação por escrito de qualquer coisa, de tudo o que havia acontecido durante todos esses anos. Foi a partir desse dia que ele tomou a decisão de começar a fazer tais anotações. E foi a raiva dessa situação, que já estava insuportável para ele, o seu "layt motive" para descrevê-la. E tentar juntar fatos e acontecimentos e analisá-los. Carlos se defrontou com essa sua incapacidade de não saber escrever e de não saber relatar fatos sem deixar pairar dúvidas em suas descrições. Isto para não falar onde e quando se pontua corretamente. Mas, foi escrever sua anotações, tentando descrever os seus sentimentos e lembranças de tudo que ocorrera em sua perseguição.
E, não era somente isso... tudo. Ora deprimido, ora nervoso e mergulhado emocionalmente nessa situação, com seus pensamentos invadidos tentando explicações imediatas e conclusivas ao mesmo tempo com relutância em recapitular situações tão estressantes e que nesse mesmo tempo, estava sendo submetido aquele tormento fabricado, a única forma que ele encontrou para conseguir concatenar seus pensamento era a hora em que ele saia para caminhar.
Tinha vezes que ele conseguia descobrir determinadas sacanagens na hora em que estava sobre o teclado e parava porque ficava apavorado com o que descobrira, e ficava por dias sem conseguir escrever novamente. Um exemplo disso foi quando ele descobriu sobre o churrasco que fizeram, e que acabou manipulando a sua decisão de vir para o Vale do Paraíba.
Carlos que nunca escreveu nada mais que vinte linhas de carta, se verá numa situação de ter que descrever sobre algo difícil de explicar, sem saber como e sem ter a menor condição psicológica de fazê-lo. E, que só poderia ser por escrito, pois ninguém ficaria a escutá-lo por umas três hora de relato dos dez anos de psicotorturas. Condição psicológica construída por aquela situação de transtorno fabricado, mas que o deprimia e o deixava abatido emocionalmente. Onde a sua cabeça é invadida por idéias que ficam tentando analisar aquela situação e se alterna em raiva, decepção, desespero, ansiedade, agitação e etc.... Sem ter com quem conversar e confiar para falar sobre aquele assunto que o incomodava. A única forma de que você conseguirá para conseguir escrever é levar um bloquinho em suas caminhadas e começar a concatenar seus pensamento e sentimentos em relação ao que lhe veio acontecendo. E, que durante o trajeto de sua caminhada, quando Carlos estava sozinho, apareciam situações mise-en-scene de execução e ou pessoas a sussurrarem as mesmas ofensas que todos lhe dirigiam.
Foi justamente durante este processo de lembranças que fez Carlos descobrir o motivo pelo qual estava sendo perseguido durante esses 10 anos: o seu testemunho do vazamento do divã de um dos espanhóis do "Caso Bateaux Moucher", para dentro da redação do jornal em que ele trabalhava. E, cuja a edição pertencia ao Mestre Zuenir Ventura.
Foi movido pela curiosidade, por ver seus cunhados tentando fazer referências ao ético jornalista escritor Zuenir Ventura em sua frente, que levou Carlos a comprar (em 30/12/2004, conforme nota fiscal incorporada aos seus documentos que provam parte deste relato) o livro "Inveja, mal secreto" do Mestre Zu e nele viu a "...perfídia da malícia"(1). E, se na época em que ele morava na vila de Niterói, ele não ligou para aquela palhaçada via TV, hoje era diferente, eles tinham chegado muito longe com ela.
Depois do "...surto" de Carlos, que tinha compreendido o que eles queriam com mais clareza, ele pode ver a tentativa deles retirarem a participação da Drª Marina Baptista de Azevedo daquela tramóia. Ela que não ia para Redenção com muita freqüência, retornou quase que imediatamente, logo no fim de semana após, mesmo não sendo um fim de semana prolongado e pôs-se a se mostrar simpática, gentil e amiga de Carlos. Cumprimentou-o com beijinhos no rosto e afagos no ombro. Eles estavam preocupados com a possibilidade de Carlos descobrir que fora ela a responsável por trazer aquele tormento do Rio para dentro da família. Então, enquanto todos continuavam fazendo a sua parte como antes, ela tirava a bunda da seringa. Carlos observou timtim-por-timtim todo aquele movimento teatral. Carlos pode ver aquele sorriso cínico de canto de boca da sua cunhadinha médica psicotorturadora e deixou a coisa rolar. Mas já não tinha ambiente nem estômago para suportá-los, mas manteve-se firme fingindo acreditar em tudo.
Carlos não conseguia mais ficar junto deles. Ele percebia que os preocupava, principalmente Marina que, não conseguia esconder este sentimento, estava preocupada e aflita com aquele distanciamento de Carlos. O que significava aquele seu comportamento? Deveria ela esta se questionando. Já tinha sido informada pelos que faziam a escuta de Carlos que ele dissera em discussão com sua mulher que "...seus irmãos querem me induzir a um tratamento psicológico", ou seja, que ele tinha descoberto tudo. Mas tudo até onde? Desconfiava dela também? De toda a participação dela desde lá do Rio? Era isso que ela não queria que ele deduzisse e desvelasse: que ela tinha sido uma espiã do partido, além de participar de episódios que deixava Carlos desconfiado (leia-se "paranóialização") e gerava discussão em sua casa entre ele e sua mulher, Maura.
Os outros cunhados fizeram de tudo para isolá-la. Participavam mais intensamente das sacanagens, enquanto ela se fazia de boazinha e amiga com risos nervosos de canto de boca. E, para demonstrar o seu afeto por Carlos, chegou a friccionar a mão em seu ombro no costumeiro beijinho de saudações.
Ela sabia que se Carlos fizesse essa ligação dos fatos, acabaria por descobrir a pessoa "traíra" que ela era e sempre foi, ao trazer aquela trama para dentro da família e partícipe não só como espiã das sacanagens que ele sofrera desde os seus primórdios.
A descoberta da trama o remetia a pensamentos sobre situações que a envolvia anteriormente, e que o levou a desconfiar dela, Marina e de seu ex-marido, Júlio, por vezes . Não só do que ocorrera ali naquela casa de seus sogros junto com seus cunhados, mas também o que ocorrera na vila, no sobrado e em todos os endereços em que ele morou no Rio.
A Ekipemedika preocupava-se com a
saúde no atacado enquanto fazia adoecer no varejo
Ainda que não falassem sobre política na frente de Carlos, naquele fim de semana em que tantavam salvar a bunda da cunhadinha-traíra, Carlos os flagrou conversando sobre política, onde a Drª. Marina falava sobre a "...saúde do Rio de Janeiro". Carlos entrou na cozinha de repente e perguntou sobre "...o que do Rio de Janeiro?". Pega no contra-pé acabou tendo que responder: "...o César Máia estava desviando a verba destinada a saúde do Rio de Janeiro."
Pelas conversas ela era ligada ao grupo do Ministro Humberto Costa, a quem José Carlos de Moraes, homem de confiança da Drª. Ângela Guadagmin, assessorava. Daquela conversa a intervenção dos hospitais do Rio de Janeiro, não deve ter passado uns 30 dias.
E, já na fase em que Carlos, estava pegando informações para suas anotações, pode confirmar que ela tinha sido chamada pelo Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, no concurso que tinha prestado, por uma portaria daquele Ministro, em 27 de março de 2005, no apagar das luzes de sua administração.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro
PROCESSO PARA CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL TEMPORÁRIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO N. º 02/MS, DE 27 DE MARÇO DE 2005.
I- O COMITÊ EXECUTIVO DE GESTÃO DOS HOSPITAIS REQUISITADOS, por força do Decreto n. 5392, de 10 de março de 2005, que declara estado de calamidade publica no Setor Hospitalar do Sistema Único de Saúde do Município do Rio de Janeiro e considerando o disposto em seu artigo 5o., torna publica a convocação dos candidatos listados abaixo, para contratação emergencial temporária, nos termos do artigo 2º, inciso I, da Lei n 8745, de 9 de dezembro de 1993.
II- De acordo com o disposto no inciso II do Artigo 7o. da Lei n. 8745/43 o salário devido aos contratados será o seguinte: Profissionais de Nível Superior – R$ 1.597,49 Profissionais de Nível Médio – R$ 1.024,18 ; Médico 24 horas – R$ 1916,98.
III- Os convocados foram aprovados em concurso realizado pela Secretaria Estadual de Saúde do Município do Rio de Janeiro e pelo Hospital Universitário Pedro Ernesto. A presente convocação não exclui o candidato de eventual chamada pelo órgão para o qual prestou concurso.
IV- Os convocados que possuírem vinculo de 40 horas semanais com o Serviço Publico Federal, Estadual ou Municipal, estão impossibilitados de participar da presente contratação temporária e se seus nomes constarem deste Edital, favor desconsiderar a convocação.
VI – Os candidatos deverão comparecer no Núcleo Estadual do Ministério da Saude, na cidade do Rio de Janeiro, nos dias especificados. Os candidatos que não vierem a ser contratados, passarão a compor cadastro de reserva do Ministério da Saúde, para contratação temporária emergencial.
Edital da Secretaria de Estado da Saúde
CLASS.NO CONC./ NOME / CATEG/ DATACOMPARECIMENTO
8 CAROLINA ARANA STANIS SCHMALTZ Med/Infectologia 29/03; 9 ALEJANDRO MARCEL H MORENO Med/Infectologia 29/03; 10 ANDREYA MOREIRA DE S SOARES Med/Infectologia 29/03 ;11 LUISA ANDREA TORRES SALGADO Med/Infectologia 29/03 ;12 IVAN BENTO VIANNA JUNIOR Med/Infectologia 29/03 ;13 MARINA BAPTISTA DE AZEVEDO Med/Infectologia 29/03 ;14 FABIANA DE CARVALHO SERRA Med/Infectologia 29/03 ; 15 RUTH KHALILI FRIEDMAN Med/Infectologia 29/03 ;17 FLAVIA MARINHO SANT ANNA Med/Infectologia 29/03 ;18 ANA CRISTINA DO AMARAL JACQUES Med/Infectologia 29/03; 19 FABIO FRANCESCONI DO VALLE Med/Infectologia 29/03 ; 20 JOAO NINO DE LUCA Med/Infectologia 29/03 ;22 EDILSON FLORIANO DOS SANTOS Med/Infectologia 29/03 ;23 JOSE GILBERTO DE AS Med/Infectologia 29/03 ;24 JOARI MARQUES DE MIRANDA Med/Infectologia 29/03 ;25 MARCELO DO VALLE M TEIXEIRA Med/Infectologia 29/03
É isto aí! A militância não dorme no ponto.
É difícil ver um militante desempregado. E ninguém faz críticas desse tipo de Nepotismo.
E, no entanto estavam preocupados em puxar o tapete de Carlos no concurso para Escrevente Técnico Judiciário do Estado de São Paulo.
E as sacanagens continuavam.
Depois daquele "...surto" de Carlos, coincidência ou não o certo é que o seu cunhado, o responsável pelo teatro-realidade e que não conseguia estudar o suficiente para passar em concurso público por ser um preguiçoso, fizera prova para um concurso (odontologia) de São Luis de Paraetinga, uma instância turística governada por um prefeito do PSDB. Ele ficara em terceiro lugar ao disputar apenas duas vagas conforme rezava o edital da Prefeitura, e teve a sorte de abrirem mais uma vaga além da que dispunha o edital, o quê acabou por beneficiá-lo. Levou a vaguinha no maior mole do PSDB. Um dos partidos que estavam naquele pool da psicotização de Carlos.
Coincidentemente, ele, Mário, fez questão de passar por Carlos, no dia da notícia, com o telefone ao ouvido e dizer que "...ah...certo, o critério é político... né!?" Soltando assim, mais uma frase que Carlos havia dito dentro de sua casa, quando criticava a forma de divulgação do resultado do concurso que ele tinha prestado para o município de Jacareí, e que no dia da prova neste município, como todas que prestou, fizeram uma sacanagem com ele que o fez perder a concentração.
Pois é, a patota vai tentar lhe mostrar o poder que ela tem em todas as esfera sociais, e vai lhe dizer, sem usar as palavras, que não adianta ser um sujeito esforçado, trabalhador, honesto, perseverante, feliz, que adora os seus filho e que gosta da vida, apesar dos pesares, porque para isto se concretizar em sua vida "...o critério é político...", isto é, tem que pedir licença a eles para você viver.
SEXTA PARTE
O PSF – Programa Saúde Família - e o Programa de
Saúde Mental do Estado se unem para uma psicotizaçãozinha básica.
Em determinado sábado o cunhado mais novo, Mário Celso, em prantos, começa a descrever como seus amigos de turma de um curso que ele fazia, começaram a fazer umas brincadeiras com ele e que ele não havia gostado. Dizia que ficou com raiva por não poder responder a algumas provocações (uma situação parecida com a de Carlos?). Caiu em prantos (como Carlos?). E, cercado pelo Dr. André, Maura, Dr.Neymar e sua mãe, Dona Regina que o acalmavam passava para todos (ou todos passavam para Carlos?), que estava com problemas psicológicos, enquanto Carlos olhava aquilo tudo com desconfiança e incredulidade.
A representação continuava, e o mesmo cunhado numa atuação magnífica (digna de um "Kikito de Ouro") diante de seus olhos, a simular que "...ouve vozes", ao afirmar ao pai dele dissera uma frase que Carlos ali testemunhando aquilo não ouvira o seu sogro dizer. Neste teatro, ele repetia justamente aquilo que Carlos dizia em sua casa: "...que estava com dor no peito" e preocupando os próprios pais dele que fingiam sofrer com aquele aparente transtorno de seu temporão, enquanto Carlos oscilará entre a crença e a desconfiança de que aquilo não passava de um teatro-realidade engendrado quase que de forma perfeita. Era o velho conto-do-vigário em plena atividade mais uma vez, e o objeto deles só ficará sabendo depois que cair. Ele começara a se tratar com um psiquiatra do município chamado Maurício Lucchese, que além de atender em no município de Redenção da Serra, tem um escritório particular em Taubaté, em um edifício quase enfrente ao Hospital Regional, um outro município próximo.
Esse mesmo psiquiatra Maurício Lucchese, já tinha sido elogiado pelo sogro de Carlos, o Dr. Neymar Neves (médico que chefiava PSF, Programa Saúde Família) como sendo um dos responsáveis pela elaboração do Programa de Saúde Mental para o Estado de São Paulo e cujo pai, também médico, seria a pessoa indicada para chefiar o Hospital Regional de Taubaté, não fosse a médica que atualmente o chefia, amiga de Fernando Henrique Cardoso, que por isso foi escolhida para o cargo.
Tempos depois e já sabendo, com suas escutas, da situação emocional de Carlos, pois já tinha voltado a sua fobia diante daquela situação que tinha colado em sua vida como uma tatuagem que o deixava trêmulo por dentro e o fazia ficar isolado e evitando de sair na rua, uma espécie de sindrôme do pânico construída pela patota, o Dr. Neymar, o sogro de Carlos, fala para a mulher de Carlos, que mais tarde transmite a ele, que o tal "..psiquiatra tratou da veterinária da prefeitura que havia tido síndrome do pânico" e que ele, "...o psiquiatra, Dr. Maurício Lucchese era muito bom e que a tinha curado."
A patota abusa desse teatro-realidade o tempo todo quando estão acuando alguém. É um teatrinho atrás do outro, até a vítima cair.
Esse mesmo cunhado, em crise, embora junto aos familiares parecesse estar doente ao se juntar com seus vizinhos e colegas de infância, Carlos vai conseguir ouvir palavras do tipo "...mau-caráter", "...safado" e "...viado" e frases, como "....esse mal caráter não vai ficar aqui" (frase mais do que conhecida de Carlos, quando ele morou no sobrado da Princesa Isabel, 113-Térreo, e a relatou na 76ª delegacia de Niterói e por isso mesmo passou a acompanhá-lo, junto com outras formas de tormentos) como se eles estivessem falando a respeito dele e vão tentar provocá-lo com zuações subliminares de forma que eles pudessem fazer isto em frente a todos sem que os outros desconfiassem. Isto era para Carlos ficar em dúvidas se, realmente, era com ele ou não o que eles faziam e falavam. Esta técnica de tormento sempre deixava Carlos tão nervoso, que ele ficava trêmulo por dentro. Isto também hipersensibilizava a sua audição a ponto de ouvir o que eles diziam em voz muito baixa.
Estranhamente, embora ele, Mário, aparentasse estar doente para toda a família e bastante afetado com o seu estado psicológico consiga nos momentos em que ninguém prestava atenção – ou fingiam não prestar - chamá-lo de "...viado" sussuradamente e assim tentava levar Carlos a dúvidas se o problema seria seu ou se ele, mesmo doente, o que seriam pouco provável nas pessoas normais, estaria fazendo aquilo com ele. Era esse comportamento que levou a desconfiança e incredulidade de Carlos desde o início.
Tal qual o amigo com quem Carlos dividiu o aluguel, em São José dos Campos, Mário vai ficar no quarto falando com a namorada dele, Kátia, que também trabalha do PSF sob a chefia de seu pai, Dr. Neimar, as mesmas frases que Carlos ouvia lá no Rio de Janeiro, Niterói, quando ele morava no sobrado, onde um casal travava repetidas vezes um diálogo, que durava bastante tempo, em que o homem com raiva dizia que "...esse safado não vai ficar aqui" e ela, uma voz feminina, parecia querer acalmá-lo dizendo "...deixe ele em paz, para com isso e etc..." fazendo-lhe sentir (diferente de entender) que aquilo tudo era dirigido a ele, e que Carlos narrou no Boletim de Ocorrência na 76ª Delegacia situada na Amaral Peixoto, em Niterói, de onde saiu apavorado sob as ameaças de colocá-lo sob suspeição de uso de tóxico, insanidade mental e ameaça de esbofetiá-lo.
É o PSF - Programa Saúde Família - trabalhando a rejeição e a depressão de Carlos, ao mesmo tempo que construiam os alicerceres para destruir a sua família. A mesma rejeição e depressão da qual ele foi tentar se livrar deitando-se naquele divã da psicotorturapeuta Márcia Erlich, da Sociedade Psicanalista do Rio de Janeiro, e no qual tudo que falou passou a se voltar contra ele, durante os dez anos que se posterizou.
Mário Celso, depois de se medicar passou a dormir o sono dos justos diante de todos, era de fazer inveja a Carlos – ou para fazer inveja a Carlos? - que sempre acordado durante a noite por latidos de cachorro, por vezes, fóbico com aquela situação acabava por perder o sono por toda a noite.
E como nessa trama, tudo é sincronizado, depois de um ou dois dias, que Mário tiver ido ao psiquiatra, justamente na hora que Carlos chegar a casa de seu sogro, e lá estivesse falando com ele, coincidentemente sua outra cunhada do Rio de Janeiro, a Dr. Marina Baptista de Azevedo, telefonará de lá para o Dr. Neymar, justamente na hora em que ele estava na sua frente. Ela perguntará sobre o diagnóstico que o psiquiatra deu do irmão dela. Ele, Dr. Neymar, afastando-se como se quisesse tornar a conversa mais privada vai ler o diagnóstico para ela. Ela pedirá a ele que leia mais alto por não estar escutando". O pai dela, o sogrão do peito, repetirá alto "...TOC – Tormento Obsessivo Compulsivo" em alto e bom som para que Carlos também pudesse escutar. O intuito era fazer Carlos ver similaridade entre o seu transtorno que era fabricado por eles e o do transtornado Mário Celso, seu cunhado-psicoatormentador-ator-de-terceira.
Além disso, como você sabe que eles tem a escuta de sua casa, passará a intuir que eles querem explorar a desconfiança, a simploriedade e a relutância de sua mulher em falar sobre esse assunto que você teima em discutir com ela. Você ficará sendo sacaniado por toda a vizinhança e por seu parentes afins sem ter ninguém com quem falar sobre o assunto durante todo o tempo. Isso com certeza leva qualquer um a loucura. Você estava diante de um teatro-realidade que parecia ter alguém que lhe conhecia muito bem por trás daquilo tudo a ouvir tudo que se falava em sua casa e a comandá-los quase que de imediato, pois era hábito seu dizer aos seus filhos que "...a gente tem que aprender com a experiência dos outros".
Durante o mesmo tempo que o seu cunhado MarioCelso-psicotorturador-ator-de-terceira estiver tomando os primeiros medicamentos, ficará sobre a mesa da sala de seu sogro, a xerox de um texto com o título "Transtorno Obsessivo Compulsivo (Social)". Pareciam que eles queriam que você lesse aquele texto e se identificasse nele. Aquilo funcionaria como o seu alimento-mental – o que um intelectual chamaria de olhar, para fazer a sua cabeça. Um texto isento e sério, tal qual determinadas notícias, que acabaria por convencê-lo de que você tem aquilo que eles - aquela ekipemédika - queriam que você tivesse.
Ói que lindo! Doutor.
Ele, Mário, aparecerá mais calmo e tranqüilo e dormirá como um anjo diante de todos, sob os efeitos da medicação do psiquiatra, enquanto sua mãe, D. Regina, elogia o aparente sossego de seu filho caçula. Embora pelas costas de Carlos, ele, André e sua mulher Vanderléia ainda lhe sussurrem ofensas dentro daquela casa. Este destaque para um sono tranqüilo consistia num contraponto para a insônia de Carlos diante daquela situação e por ser acordado no meio da noite por eles, que sabiam que ele tinha sono leve e acordava com qualquer barulho e não conseguia dormir se não fizessem silêncio.
Carlos ficou muito magoado com todos eles porque chegou a conclusão, de que há tempos eles já sabiam do que vinham fazendo com ele, de ser chamado de "...mal-caráter", "...safado", "...filho-da-puta" e "...viado" por praticamente o dia inteiro e parte da noite, durante quase dois anos pelos vizinhos deles e em mais de um município do Vale do Paraíba e porque agora, também eles estavam participando, não mais como elenco de apoio, mais como artistas principais daquele teatro-realidade da psicotização.
A encenação era tamanha que, com o intuito de lhe confundirem, uma das casa que ladeavam a que Carlos morava ficou vazia por um tempo enorme e ainda assim Carlos pode ouvir as ofensa que de lá partia e da outra casa pode sofrer com o mesmo transtorno com três vizinhos que por ela passaram.
Quanto mais o atormentavam mais Carlos acabava por tentar se lembrar passo a passo do que se sucedeu, não só ali, naquela cidadezinha, mas também nos momentos que antecederam a sua vinda para ela, quando ele, ainda estava no Rio.
Foi neste período que Carlos conseguiu entender que não era só uma vingança e sim um trabalho de psicotização. E, que o único motivo não era o de ele ter pedido uma investigação daquelas aposentadorias no sindicato e sim por ele saber demais sobre os planos do Partido e daqueles vazamento de informações de divã para as redações de jornais.
Êta pensamento lerdo desse meu amigo heim?!
Sempre que ele se colocava diante do computador para passar a limpo suas anotações feitas durante as suas caminhadas, sua casa sofria um apagão momentâneo que coincidia com o ligar do seu computador. Essa era uma das formas que usavam para avisarem a ele que estavam sabendo que ele estava tomando anotações sobre o seu tormento fabricado. Várias foram as brincadeiras com sua luz e seu o telefone.
Eles tinham também uma câmara colocada em alguma lugar da vizinhança que indicavam quando Carlos chegava a sua varanda. Pois, quando lá chegava eles disparavam obsessivamente o tal latido de cachorro para atormentá-lo. A escuta não era somente na casa em que Carlos morava. O Grande Irmão dava a entender a Carlos que não era somente em sua casa que faziam sua escuta. Por mais de duas vezes mostraram a Carlos que escutavam o que era dito na cozinha de sua sogra e na avenida em frente a igreja, lugar que ele andava com sua mulher, quando não estavam brigados por conta dessa situação.
Em suas lembranças Carlos vai reprisar tudo o que lhe foi significativo em seus diálogos como aquele bando de médicos que o fazia adoecer. Entre outras conversas, logo que Carlos se situou em Redenção, ele se lembra o dia em que ele estava contando a Dr. Márcia sobre a suspeita pressão que lhe faziam alguns companheiros na cooperativa em que ele trabalhava, onde a concorrência era tanta que um queria tirar o outro da corrida a qualquer custo. E, ele se lembra quando ela lhe disse: "...pois é Carlos aqui você não vai encontrar nada disso. Política é coisa muito suja." É ou não é "...a perfídia da malícia"?
Os médicos Marina e Cláudio moram no Rio e sempre vinham nos fim-de-semana mais prolongados e participavam também das seções de psicotizações. A Dr. Márcia e José Carlos, também participavam da sacanagem e por duas vezes que Carlos, Maura e as crianças dormiam em seu apartamento em São José dos Campos, tentavam reproduzir as sacanagens de forma dissimulada, o que deixava Carlos constrangido. Mas, firme ele não dizia nada.
Com sofisticados estratagemas em que os amigos deles passando perto de você e sussurrar o mesmo de sempre: "...viado". Você, emotivo e percebendo aquela manobra orquestrada envolvendo tanta gente, ficará nervoso, se sentindo cada vez mais humilhado, se vendo sozinho, inseguro, fragilizado, deprimido e sem saber como lidar com aquela situação e nem como dela se livrar. Carlos, como tantas outras vezes, vai procurar a sua mulher para falar sobre este assunto que para ele estava insuportável. Como é de seu costume, ela o rechaçará dizendo: "...Carlos, eu trabalho muito e sempre chego em casa cansada e ainda tento estudar e não gostaria de falar sobre este assunto. Traga-me coisas boas e positivas para falar." Dirá ainda que "...você não dever reagir aos insultos deles e deve ficar quieto." Ela sempre tratou esse problema, como se fosse uma problema exclusivamente de Carlos. Mas, apesar de ser um problema de Carlos, ela queria que ele o tratasse da maneira que ela achava que ele deveria tratar: ele agüentando os insultos e as formas de paranoialização e psicotização calado sem dar bola para o assunto. A típica castradora de homens. Eles, os psicoatormentadores, sabiam em que lugar eles tinham se metido, por informação daquele que tinha a escuta da casa de Carlos por anos. Maura era uma pessoa que priorizava a sua família original em detrimento da marital.
Carlos não conseguia acreditar no que estava ouvindo, mas sua ficha vai cair e chegar a uma conclusão: ele estava com cunhados, sogros e mulher errados, e o que tem que fazer é dar o fora dali o mais rápido possível. E disparou a sua ansiedade para que fosse chamado para o cargo para o qual havia passado, o de Escrevente Técnico Judiciário do Estado de São Paulo, que pareciam não ter muita pressa em chamar os novos servidores concursados.
Carlos sentiu-se expulso daquela família da mesma forma como o foi daqueles endereços em Niterói. Expulso de forma vil e maquiavélica, sem que ele tivesse objetivamente feito qualquer coisa para aquilo acontecer com ele.
Pela segunda vez ele foi o-bri-ga-do a ficar sem o convívio diário com os seus filhos por conta de ingerência do Partido dentro de sua casa – via familiares de sua mulher - através de uma escuta que o fez de bobo novamente.
Ele percebeu que seus cunhados depois que ele passou a evitá-los, esboçaram um teatro-realidade sem palavras de "peninha dele". Como se ele fosse um cachorro, um "puldo" ferido em seus sentimentos. Não tiveram coragem de pedir desculpas.
Assim é o ser humano. Tiveram a coragem de fazer toda aquela covardia e teatro, mas não tiveram coragem de pedir desculpas. E, se pedissem, Carlos não acreditaria nela, pois não foi uma só psicotortura foram muitas. Até a empregada eles usaram para fazer gracinhas. Aliás ela e o filho dela que também trabalhava na prefeitura.
Como Carlos não conseguia mais ficar a vontade entre os seus cunhados por não confiar mais neles e nem em suas conversas. Vai procurar evitar sempre o convívio com eles e ficar desconfiado de seu teatro-realidade. Ele ficou desambientado em relação a eles e a sua mulher que finge nada saber. Passou a se isolar. Um sintoma de quem tem o TOC - Tormento Obsessivo Compulsivo. Com a diferença de que o dele foi um tormento produzido por seus parentes, os Doutores Baptistas de Azevedo.
O que mais o revoltava era observar que Maura gostava de desfrutar da companhia deles. Parecia que ela procurava mostrar a eles, ao fazer sala, que não concordava com as atitudes de Carlos, de se afastar deles. Ela queria que Carlos sofresse tudo aquilo e ainda tivesse um sorriso no rosto para eles. E isso, Carlos não conseguia fazer. Era algo incontrolável e nisso ele não ia arredar pé. Mesmo porque não foi ele o responsável por aquele ambiente péssimo que estava vivendo. Uma verdadeira covardia.
Se eles soubessem o que se passa na cabeça de alguém que fica acuado dessa forma por tanto tempo, não fariam isso com muita freqüência.
"Tem-se muita paciência com a cólica alheia", Machado de Assis tinha razão. Em 18 de setembro de 2004 depois de Carlos discutir a situação do ambiente que ele vinha enfrentando, Maura lhe disse que "...mesmo que meus irmãos lhe xinguem dentro da casa de meu pai você não deve reagir em nada e ficar quieto e não demonstrar nenhuma reação." Carlos então relativizava a situação e sempre chegava a conclusão de que Maura mais do que não o amar, ela não gostava dele nem mesmo como um ser humano, aliás não tinha nenhum sentimento por ele, nem de amigo, nem de companheirismo, nada. Qualquer irmã dela, em estando seu marido naquela situação, não titubearia em defendê-lo, mas o que Maura lhe pedia era pior do que ela não o defender, era ele não se defender. Ela falava aquilo sem dar outro tipo de saída para aquela situação como se fosse realmente uma situação que qualquer um vivenciaria com tranqüilidade e conforto.
Apesar de não ter sido a intenção dela protegê-lo, para ele não cair naquela armadilha de seus cunhados, ele tinha mesmo é que ficar calado pois se esboçasse qualquer reação, ficaria com a atitude de psicótico ou no mínimo encrenqueiro. Era um jogo de paciência em que ele tinha que conviver, mesmo que com aqueles latejamentos que fazia arder todo o seu corpo, por ter que conter a sua ansiedade, raiva, decepção, sentimento de traição, vergonha, falta de confiança em todos e o incômodo de ter que conviver com aquela família, por força das circunstâncias.
Depois de uma semana sofrendo com pontadas no peito, no sábado 25/09/04 pela manhã, Carlos recordou de seu sonho: um órgão que parecia ser o seu coração que se encontrava "encaixado" em sua perna, que estava dobrada, e cuja ponta do joelho coincidia com a ponta do coração. Resumidamente era a sua perna dobrada, só que no lugar do joelho, o que se apresentava era o seu coração. Estava com uma textura de fígado amarelado, ressecado e se esfacelando e que uma das válvulas se parecia estrangulada, muito vermelha e que lhe dava a impressão de estar inflamada onde se ligava a uma veia muito grossa que estava secionada. Isso vinha coincidir com uma dor que ultimamente ele vinha sentindo em seu peito.
Carlos preferia ficar calado a falar qualquer coisa com Maura. Ela percebeu que não estavam bem e seus argumentos são os de que ele não a ama. Aquela chatice de quem acha que a felicidade deve cai a seus pés e que a felicidade de um casal deve ser puro esforço do homem e nenhum da mulher. Maura tinha um comportamento estranho, mesmo depois dela lhe falar que "...mesmo que meus irmãos estejam lhe insultando, não faça nada", achava que ele deveria cair aos seus pés por amor.
Ainda nessa semana Maura relatou o seu sonho: "...tinham arrombado e entrado em nosso apartamento quando nos morávamos no Rio".
Bingo! A natureza se encarregou de abrir os olhos de Maura.
Carlos lhe disse: "...seu sonho é significativo e síntese do que aconteceu com a sua teimosia em não ver o que estavam fazendo comigo, com a seu auxílio." Ele falou que o sonho era ilustrativo daquilo que ela com o seu otimismo desequilibrado e a sua mania de varrer problemas para debaixo do tapete pensando que assim eles terminariam ou desapareceriam, havia criado um monstro, que não parou de crescer e que acabou por fazer um estrago em nossa relação. Havia deixado que todos nos sacaniassem sem que ele pudesse sequer se defender e agora já não se contentavam mais em ocupar os arredores de nossa casa, ocupavam nossa sala e acabou por habitar nossa cama de casal.
Parece familiar não?
Carlos que sempre foi um naturalista e contra recorrer a psiquiatras para resolver o seu pequeno problema de depressão resolve recorrer ao psiquiatra tão propalado por eles para, - diante daquele quadro horroroso de tensão que fez disparar sua ansiedade por ter que esperar o resultado da prova prática de digitação que fizera para o concurso de Escrevente Técnico Judiciário de SP -, enfrentar com menos sofrimento aquela situação. E, aí sim, conseguir escapar daquele hospício em forma de família – a casa dos médicos, os doures Baptista de Azevedo, que o faziam adoecer.
Carlos marcou a consulta e no dia 27 de agosto de 2004 às 16:30, em que estava indo para o consultório do tal psiquiatra, aparecerá toda a família de Pedro Marx, sua mulher Maria (a tal velhinha de Taubaté da primeira parte), seu filho Marquinhos e outras pessoas para ficarem cochichando e apontando para ele, quando ele saía da cidade de Redenção. Já na cidade de Taubaté, quem praticamente fez sua escolta foram as patamos da PM com os seus bigorrilhos a piscar. Na certa queriam que Carlos relatasse ao psiquiatra o que ele vira. Carlos a esta altura do campeonato já sabia o que estava acontecendo e não ligou para aquela palhaçada. O que ele não sabia, até então, era que o psiquiatra fazia parte naquele esquemão da tramóia.
Carlos em sua consulta com Maurício Lucchese, explicou-lhe que estava sendo atormentado pela família de sua mulher e pediu um tranqüilizante para agüentar aquela barra. Também explicou a ele que um dos seus atormentadores dentro da casa de seu sogro era um paciente dele, o Mário Celso.
Maurício Lucchese, argumentará que Carlos deverá fazer um tratamento com um mínimo 6 meses com ele e depois lhe receitou um remédio que não tem nada a ver com aquilo que Carlos pediu a ele. Maurício Lucchese prescreveu-lhe uma droga pesada chamada RESPIDON (RISPERIDONA) LOTE 2944005, indicada para pessoas que "...ouve vozes e tem confusões mentais", o que nunca foi o caso de Carlos.
Ao chegar em casa e ao ler a bula, Carlos teve o insight de que mais uma vez caiu na armadilha deles – a ekipemédika . Ficou com raiva e apavorado com mais esse personagem que acabou por fechar a trama da psicotização, guardará o remédio e fará um documento que diz que não era paciente do Dr. Lucchese, que autenticará e vai tirar xerox autenticada para provar a data em que ele foi feito. Isto para se defender de alguma acusação que venha a sofre de que ele está sob tratamento com aquele médico.
Como se diz no interior do Vale de Paraíba: Nói trupica mais não cai!
Carlos guardou a caixa de remédios inteira, sem tomar um só comprimido e nunca mais voltou lá para a segunda consulta que ele marcou depois de 15 dias para "...saber como você está reagindo ao remédio".
A situação de Carlos se agravou ainda mais, ficou mais apavorado do que estava quando foi procurar por aquele médico com vários diplomas da USP moldurados na parede. Mais uma vez enfrentava uma situação sem saber como agir e a quem relatar ou recorrer para lhe ajudar.
Vivenciando isso, você ficará atormentado por ver pessoas que são médicas (ou da área da saúde) e tão próximas a você querendo o seu mal. E mesmo que as relações sejam afáveis você ficará sempre com uma raiva contida deles e se sentindo mal na sua presença e não conseguirá mais esquecer os episódios, que sempre invadirão a sua cabeça sem que você consiga pensar em outras coisas, pois ficará sempre analisando o ocorrido.
Sua análise o levará sempre as mesmas conclusões de que estão querendo lhe pressionar psicologicamente fazendo você se sentir perseguido, tentando magoá-lo afetivamente, procurando levá-lo a pensar que você escuta vozes ou procurando fazê-lo ridículo ao denunciar ou brigar com alguém que aparentemente nada estão lhe fazendo. Este é o modus operandis da patota. Isto é resquício da prática stalinista, onde as pessoas entregavam umas as outras, mesmo sendo parentes, por força da ética e da política do Estado.
Depois disso você não mais conseguirá ficar no meio deles com tranqüilidade sem se sentir envergonhado e traumatizado com suspeitas de que estão sempre fazendo o tal teatro-realidade. Não só diante deles, mas também diante dos amigos deles, você passará a ser um "cabisbaixo" vendo, que o que você pensou ser, a sua última trincheira de refúgio, dominada pelo "modus operandis" do "Grande Irmão".
Você não terá mais dúvidas em afirmar que todas essas encenações já estavam prontas antes mesmo de você se mudar para o tal município localizado no Vale do Paraíba, onde mora o seu sogro e que havia sido tramada pelo "Grande Irmão" e seus cunhados empatotados que moravam no Rio em comum acordo com os empatotados que moravam no Vale do Paraíba, para levá-lo a um "...tratamento psicológico", fazendo-o desacreditado como testemunho dos métodos operacionais e anti-éticos da patota.
Maura contou a Carlos que uma conhecida sua ao procurar um terapeuta que já tratava de alguém da família dela, não aceitou o caso por ser anti-ético tratar de duas pessoas da mesma família.
Carlos chegou a conclusão que aquele psiquiatra, Maurício Lucchese também não poderia aceitar aquele tratamento ou receitar tranqüilizante algum se não fosse sua falta de ética, dado que, Carlos falou com ele sobre os seus cunhados, que estavam lhe atormentando dentro da casa de seu sogro. E, Carlos havia falado também que Mário Celso estava se tratando com ele. Por tanto, ele não poderia avaliar a Carlos e ao seu cunhado ao mesmo tempo, pois não saberia quem estaria mentindo.
O psiquiatra elogiado pelo sogrão do peito fazia parte da tramóia, e Carlos só foi descobrir depois que já estava com o copo de água na mão para tomar o remédio tarjado que ele o receitara.
Ou seja, nesse teatro-realidade as pessoas de forma aparentemente natural aparecerão na sua frente elogiando alguém ou dizendo algo para induzirem sua atitude, ou seja, manipulá-lo de acordo com os interesses deles. Tal qual no caso do coronel reformado da PM que dava jeito nas multas, também colocaram na sua frente pessoas a elogiando e azeitamento a atuação do tal psiquiatra que tinha auxiliado o Plano de Saúde Mental para o Estado de São Paulo.
Ói que lindo!
Era o PSF – Programa Saúde Família e o Plano de Saúde Mental para o Estado de São Paulo unidos para uma psicotizaçãozinha básica.
Apesar de não conseguir conviver com os seus cunhados, e apesar dele ter quase 90% de certeza de que seu sogrão-do-peito estava também por trás daquela trama, Carlos, ainda consegue conviver com ele. E, sempre que ele precisava de alguém para levá-lo a Taubaté, Carlos se dispunha a isto.
Ainda que, o Partido para se colocar dentro da família, tivesse argumentado que Carlos era um boquirroto, somente no final de 2004 foi que Carlos falou com o seu sogro sobre os vazamentos de divãs que a militância promovia, e do linchamento que haviam feito de Amílca Lobo e ao seu psicanalista didata Carbenite. Apesar de deconfiar que seu sogro estava contra ele, isto era sua maneira infantil de Carlos dizer que aquele mesmo partido a que ele pertencia, jogava tão sujo quanto qualquer ditadorzinho Cubano. Como se ele, seu sogro, tivesse o poder de corrigir os rumos do Partido, ou fosse parar com aquela operação psicotizadora.
Foi neste mesmo dia que Carlos falou para ele que "...este pessoal (a militância) ainda arma aparelho ao lado da casa dos outros e colocam escuta para poder manipula-los ou fazer armações para os inimigos. O Dr. Neymar que sempre ouvira tudo com muita calma ficou nervoso e disse: "...isso não existe mais, Carlos". Como se Carlos o tivesse ofendido pessoalmente ou tivesse dito sobre o que estava acontecendo na casa dele. Foi ai, com o nervosismo do Dr. Neymar, que cresceu a percentagem, de 90 para 95%, da certeza de seu envolvimento naquela tramóia. Mas ainda faltava 5% de confiança velho sogrão do peito. Carlos não queria acreditar que o velho sogrão que morava no seu coração também era um agente da KGB agindo em terras de "Jeca Tatú".
Logo depois dessa conversa, o Dr. Neymar, o sogrão-do-peito de Carlos teve que fazer uma viagem para o Rio de Janeiro. Dessa viagem Carlos desconfiou que ele queria passar a informação, dita por Carlos, a quem o havia incumbido daquela missão – de fazer o seu genro falar.
No dia em que ele foi viajar, Carlos subiu e foi tentar despedir dele antes dele pegar a estrada. Assim que Carlos entrou na cozinha ele saiu e foi até o muro da casa de seu vizinho, Pedro Max, que trabalhava na Sabesp. E ouviu o Pedro falar para ele "...ah é viado", como todos daquela cidade. Um ato em si estúpido e bobo, como os latidos de cachorro, o que não constituiria em nenhum crime em si se feito isoladamente e não tivesse o intuito de psicotizar alguém. O sogrão-do-peito derrubou os 5% de confiança que Carlos, apesar de tudo ainda depositava nele. Foi assim que ele, como a sua filha Marina, mostrou-se a que veio. Eles queriam que Carlos acreditasse que o problema era dele de qualquer maneira e então jogaram aquela última cartada. A última cartada veio de quem Carlos mais amava.
A verdade é que eles já estavam desesperados com aquela situação de ter falhado na missão de psicotizar e tinham que jogar suas últimas cartadas, até porque, o Tribunal de Justiça estava para chamar no começo do ano.
A penúltima vez que Carlos esteve com o seu sogão-que-ja-não-era-mais-do-peito, foi quando já estava trabalhando no Fórum de Guaratinguetá. Ele tinha se aposentado em março/abril de 2005. Ele ia até Taubaté só para comprar jornal. Carlos disse que Maura faria isso, que se fosse por isso pura e simplesmente não haveria necessidade. Reinou o silêncio dentro do carro e Carlos vendo sua feição de preocupado cutucou: "...o que esta preocupando o Senhor Dr. Neymar?". O Sogrão-que-já-não-era-mais-do-peito, de forma calma, fria como sempre fora não vacilou e respondeu: "...quem? Eu preocupado? Eu já estou aposentado. Quem tem que se preocupar são vocês. O emprego público agora não tem estabilidade, tem?"
Carlos não entendeu o que ele queria dizer com aquilo. Mas, no Fórum em que ele trabalhava já tinham falado para ele que se "...não fizesse nenhuma besteira poderia levar sua vidinha. O salário não é astronômico mas dá para sustentar a família. Se você olhar prá trás vai ver que já esteve muito pior" e outras palavra ao ar que davam a entender que "...teria que fazer outro concurso." Isto, fora outros lances que não é o caso de se discutir aqui, nesta parte.
E a última vez que Carlos falou com o sogrão-que-já-não-era-do-coração, foi quando ele veio em seu socorro, por ocasião da discussão que se sucedeu quando Carlos chegou irritado da biblioteca da UNITAL da Rua Rio Branco e que foi descrito na primeira parte deste relato.
O palco foi o Vale do Paraiba, os atores, parte da população, a polícia militar e uma ekipemédica composta de sogro e cunhados.
Tem como aceitar isso , sem nenhum ressentimento?
Carlos se lembra que passou o Natal e Ano Novo de 2004 para 2005 com um dos músculos de sua face despencado. Ficou mais ou menos um mês assim. Carlos chegou a falar para o seu sogro sobre isso e ele não respondeu nada. Magoado com aquela situação toda acontecendo em sua volta, Carlos sabia o porquê daquele seu músculo despencar. Era decepção profunda com aquela família de médicos que queriam vê-lo doente.
Levou tempo para Carlos descobrir a trama. Até porque tinha uma parte dele que não queria acreditar no que estava acontecendo. Mas depois que descobriu, não dava para Carlos conviver com aquela gente que colaborou para o seu linchamento psicológico. Dessa forma ele foi cuspido para fora da "família", ficando sem a convivência diária com os seus filhos pela segunda vez, por força de uma situação que independia dele – era uma imposição de operação de partido - que o perseguiu para salvar a pele de um ético jornalista escritor e o seu segredo dos vazamentos de divãs.
E, o convívio de seus filhos ficou com aqueles que queriam levar o pai deles a loucura.
Foi mais uma tortura psicológica eficiente do personal torturer. Ele sabia o quanto a família de Carlos era importante para ele. Pode ao longo do tempo observar o quanto Carlos corria atras deles, da sua mulhe e de seus filhos.
É isso aí, se você por algum motivo entrou em rota de colisão com o partido, você não terá direito ao segredo; a intimidade; a saúde; a saúde mental; ao trabalho; a moradia; ao sossego; a cidadania; a um advogado; a psicanálise e a convivência com seus filhos - a sua família.
E, o que é pior, eles sabem fazer isto tão bem dissimulado que você não terá sequer o direito de provar que isto tudo aconteceu em sua vida.
Dr.ª. Marina, a médica psicotorturadora,
que mereceria um capítulo a parte.
Uma pessoa que fez espionagem de sua casa por 10 anos mais ou menos merece ser mostrada também.
Marina queria ser Médica e política como o pai, o Dr. Neymar Neves. Para a política não havia nenhum empecilho, foi para o Partidão, mas como médica ela enfrentava a limitação de não suportar sangue, o que a levou optar pelo Sanitarismo.
As exigências de seu partido que optou pela via pacífica da tortura psicológica, caiu-lhe como uma luva. Na tortura psicológica, não há sangue. Manipulam e arruinam com a vida das pessoas, mas a pessoa não consegue provar que a arruinaram. E, não lhes deixam marcas aparentes. Exemplos: quem pode provar que Carlos possui e adquiriu este zumbido insuportável em seus ouvidos que ele diz que tem? Pode ser uma invenção dele. E, as úlceras, quem pode provar que ele a adquiriu por conta dessa pressão que ele diz ter sofrido? E, a destruição de sua família, quem pode provar isto, se sua própria mulher se nega enxergar isto e a discutir com ele sobre esse assunto e diz que não foi bem isso? E, suas manchas roxas espalhadas pela pélvis, não poderiam ter surgido por qualquer motivo que não fosse a sua angústia?
É senhores, assim são os AmílcaresLobos politica-menti-korrretos.
A desconfiança de que seus cunhados, Dr. Júlio e a Dr.ª Marina, que moravam no Rio sabiam de tudo que houvera no sindicato e no jornal sempre foi pano de fundo em seu relacionamento com eles. Júlio foi o psiquiatra que havia lhe indicado a "Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro" de cuja psicóloga, Márcia Erlich, havia lhe passado a perna, cedendo a gravação de sua psicanálise para a sua patota do Partidão no Jornal do Brasil.
Como o partido tinha a escuta da casa de Carlos, nessa época, e sem que ele tivesse leve desconfiança disso, com certeza essa desconfiança em relação a eles deve ter chegado ao conhecimento deles. Após a confusão e o quiproquó do sindicato, Júlio passou a lhe evitar. Além do mais, quando Carlos foi trabalhar na praça como taxista por ocasião de sua demissão do jornal em 1997 ele passou a cumprimentá-lo perguntando-lhe: "...como vai o táxi? Tá bom?". Carlos achava um cumprimento estranho talvez um erro conceptual crasso para um psiquiatra, ao confundir a pessoa com seu intrumento de profissão, e dele chegou a reclamar para Maura. Mas parecendo orientado por quem ouvia o que ele dizia na sua casa, continuava a cumprimentá-lo da mesma forma, sempre que o encontrava, como se quisesse fazer graça de suas demissões dos jornais (modos operandos para paranoializar uma pessoa) e Carlos não tinha, naquele tempo, aventado essa hipótese. Carlos e Maura chegaram a reclamar do que lhes acontecia na vila, incluindo o espancamento de Vítor, seu filho, pelas outras crianças, mas eles pareciam não dar muita importância para suas reclamações, e sempre tergiversavam sobre o assunto. Muito provavelmente a eles era dito que tudo não passava de uma encenação, apenas no nível psicológico. Mentira!
A família de Carlos sofreu muito naquela vila!
Carlos e Maura também não queriam dar importância para aquilo.
É lógico que ele, Júlio, não indicara aquela "sociedade" a toa. Ele era do Partidão e Marina também e ambos sabiam de tudo que ouve tanto no sindicato quanto no jornal. Embora dele, Júlio, Carlos tivesse plena certeza que ele sabia de tudo, dela, Marina, não poderia dizer o mesmo até surgirem os primeiros lampejos de desconfiança.
Júlio e Marina se separaram e, ela, nesse processo se aproximou mais de Maura e de nossa família.
Sem se imiscuir diretamente naquele processo, Carlos chegou a participar de forma solidária daquele momento difícil na vida de Marina e de seus filhos. Sempre que podia, buscava ou pedia para Maura chamá-la para passar o fim-de-semana com eles. Chegou a participar de roda de reza, feita pela tia dela, coisa em que depositava pouca ou nenhuma fé. Mas como dizem "...faz parte", ele queria demonstra solidariedade.
Nesta época, seu casamento com Maura, também estava em crise e por isso mesmo, pelo menos uma vez por semana, Carlos parava o seu trabalho como taxista em Niterói e ia ao Rio almoçar com Maura, que por falta de tato ou miopia afetiva sempre acabava por colocar a Marina na fita dos almoços. Apesar de reparar nisso Carlos nunca se importou com a presença dela pois sabia do momento difícil pelo qual estava passando e compreendia perfeitamente a preocupação de Maura. Carlos também respeitava aquele seu momento e procurava ser amigo no seu silêncio. Hoje ao saber como Marina agiu com ele por todo esse tempo, Carlos não sabe até que ponto aquela interferência dela em seus almoços com Maura, não era coisa do Partido.
Hoje, com o que Carlos sabe deles, já não pode afirmar o que foi verdade e espontâneo por parte deles, Marina e Júlio, e o que foi performance do teatro-realidade representado por quem tem informações daquilo que se escuta e se passa dentro de sua casa.
Carlos lembra-se de que no calor de sua separação, Marina com raiva (ou se fingindo com raiva) do Júlio, chegou a fazer uma fofoca a respeito dele com Maura, e dizendo que tinha sido o Júlio quem havia falado. Isto, Carlos soube através de Maura que um dia começou a falar sobre esse assunto e parou no meio e acabou por chamar o Júlio "...de fingido." Carlos guardou este momento desde então. Na época entendeu com um daqueles disse-que-me-disse compreensível próprios das separações. Com o esclarecimento da trama de sua psicotização, em Redenção da Serra, Carlos entendeu o veneno de quem (Marina) gostaria de realizar algum desejo (separar Carlos e Maura) passando informações (fofoca a respeito dele) em nome de uma pessoa (Júlio, seu ex-marido e amigo de militância) que depois daquela separação pouco ou nada conviveria com ele (Carlos), para poder prejudicá-lo (Carlos). Assim o partido entra na sua vida mais íntima.
Na vila em que morava Carlos e sua família, em um dos aniversários do Luiza, sua filha, Marina apareceu por lá levando um casal, amigos dela e de Márcia, sua outra irmã de São José dos Campos. Este casal era Nelson e Francis. Carlos não os conhecia, mas Maura já os conhecia de tempos atrás mas não eram amigos dela e sim de Márcia.
Ela, Francis, trabalhava em São Gonçalo, num lugar carente de serviços médicos e descrevia a difícil situação do povo daquela região. Ele era Tenente Médico do Exército. Ele engatou uma conversa com Carlos, que somente muito depois Carlos foi desconfiar que estava sendo sondado em sua própria casa. Nelson depois de se conversar bastante engatou a seguinte frase: "... eu não sei não cara! Eu acho que no tempo da ditadura tudo ia melhor." Carlos não titubeou e falou "...que isso Nelson? Ditadura nem pensar! Estamos vivendo tempos bem melhores numa democracia."
Ela Marina levou aquele casal para sua casa com o intuito de testá-lo em sua ideologia, queriam saber se ele não era uma espécie de "viúva da ditadura". Carlos na hora não pescou. Naquele tempo da vila, Marina já participava do teatro-realidade com Carlos e ele sequer desconfiava.
Depois de um longo tempo, Marina apareceu no sobrado da Rua Princesa Isabel, 113 -Térreo – Bairro de Fátima/Niterói - para o qual a família de Carlos havia se mudado. Foi justamente nesse dia, o marco que levou Carlos a ter em mente o começo de sua desconfiança da participação de sua querida cunhada Marina na trama de seu tormento e espionagem do partido.
Ela e Maura ficaram tomando sol na varanda em frente a casa. O vizinho que morava no andar de cima que desde a mudança de Carlos para lá, lhe provocava ininterruptamente, no momento em que ela estava lá, começou a jogar um perfume para a sua casa, conforme às vezes ele fazia com outras substâncias químicas para irritá-lo, quando Carlos estava sozinho. Situação que nunca houvera quando estava com visitas. Carlos ficou questionando o porquê daquilo, pois sempre que era provocado por quaisquer das formas que usavam, ficava nervoso e seus pensamentos eram invadidos por aquela situação a ponto de ficar dividido interiormente. Parte ficava prestando atenção no que fazia e parte ficava analisando aquela situação de provocação. Questionava não só o porquê, mas também, o porquê com perfume, já que ele costumava fazer aquela provocação com substâncias químicas com cheiro desagradável e forte, quando não havia ninguém perto dele.
Carlos lembra-se que dentre as possibilidades por ele aventadas, uma delas foi a de que eles estavam fazendo aquilo, na presença dela, como uma pequena demonstração de como era muito fácil lhe atormentar; tentavam provar para ela, a Drª. Marina, que ele era uma pessoa muito "afetada" e por isso exagerava em seus relatos sobre a vila e o que lhes aconteceu lá e estavam dando para ela um exemplo - nesse caso diferenciado daquilo que ocorria normalmente - de como eles procediam, fazendo-a despreocupar-se e livre de seu sentimento de culpa por estar ciente de que estavam exageradamente lhe sacaniando e sendo conivente e participante naquela trama. E, uma outra possibilidade aventada, era para Carlos, ao perceber aquilo e vendo nela uma testemunha, pudesse falar com ela se ela estava notando a provocação, no que ela lhe responderia que não, deixando-o em dúvida sobre sua própria percepção, conforme agora aqui, na cidade de Redenção, faziam com ele o que seu pai, seus irmãos e seus amigos.
Hoje (2004), Carlos obteve a resposta de que na realidade esta sua última suspeita tinha procedimento. Ficou tão decepcionado que caiu em prantos. "...Surtou", conforme o julgamento de seu cunhado o Dr. André. Principalmente, quando retrocedeu em suas memórias, que está muito ligada aos seus sentimentos de tudo que até aqui sofreu com esta perseguição, e consegui resposta para todas as suas desconfianças em relação as atitudes dela, Marina e de sua família, desde o início de sua perseguição, lá no Rio de Janeiro em 1995 até aqui no Vale do Paraíba em 2005. Portanto 10 anos de perseguição política e psicotização.
Carlos esclareceu vário atitudes suspeitas das quais, ele se lembra, ela participou quando ele ainda morava no Rio de Janeiro com sua família, e uma outra foi de quando ele estava com uma crise de depressão, e por sempre insistir em se tratar de forma natural, comprou um estrato (tintura) de erva de São João. Isto foi no meio de uma determinada semana e ainda na mesma semana, foi convidado para almoçar no fim-de-semana próximo na casa de Marina. Quando lá estávam apareceu, Lily Waisseman, a mãe do Júlio, ex-sogra de Marina, que trabalhava no Viva-Rio, a Ong-nicho-do-Partidão. Ela apareceu atuando como se tivesse muito nervosa, impaciente irritada e até mal-educada mesmo, reclamando de depressão. Como ele tinha lido a pouco tempo sobre os efeitos da tal erva de São João e tinha adquirido a tintura recentemente, inocentemente lhe propôs o uso do tal medicamento fitoterápico. Ela mal-educadamente o rechaçou dizendo que "... necessitava de um remédio de verdade". Como se ela quisesse lhe despertar para o uso de um remédio "...verdadeiro". Na época ele tinha achado tudo aquilo muito estranho. Mas a sua desconfiança ficou só por aí, sem mais evidências, não pode avançar mais no caminho da certeza de que aquilo já era um teatro para levá-lo a um tratamento psiquiátrico.
Sobre Lily ele se lembra também de um dia ter aparecido na casa de Marina justamente quando ele lá estava e dela ter ouvido sem que ninguém lhe perguntasse qualquer coisa a respeito, que trabalhava na ONG VIVA RIO junto com Zuenir Ventura e que "...o achava uma gracinha". Na certa ela queria fazer uma inveja a Carlos, ou causar algum ciúme. Como nenhum dos dois, tanto Lily Waisseman quanto Zuenir, para ele não valiam absolutamente nada, sequer deu-se ao trabalho de respondê-la.
Hoje, anos depois, Carlos pode afirmar categoricamente que aquilo era uma encenação e já fazia parte do plano de psicotização que ele veio sofrendo nestes últimos 10 anos, e que não era interpretado dessa forma e sim como uma punição por ter sido o responsável por pegar o último secretário geral do PCB com a mão naquela botija das aposentadoria de forma irregular, junto com o ético jornalista escritor Zuenir Ventura que sabia ser um voyeur de 2ª mão dos divãs do Rio.
A certeza de que aquela operação de psicotização já estava armada por eles já não pairava dúvidas e a certeza de que aquela trama arquitetada pelo partido tinha a participação dela, Marina, que a trouxe para dentro da família, também não.
Carlos lembra-se de uma outra atitude suspeita da qual ela participou e que aí deve ter sido a reunião em que colocaram o Dr. Neymar a par da situação por que Carlos estava passando e foi o gérmen plantado que possibilitou, tempos mais mais tarde, levar para o Vale do Paraíba a curra psicológica da qual ele seria a vítima. A última vez que o Dr. Neymar esteve em Niterói quando Carlos ainda morava no sobrado, Marina promoveu um almoço pouco antes de a Maura ir para a casa dos pais, em Redenção da Serra. Ela disse que era um almoço só para os "...colegas de trabalho" dela conhecerem o seu pai, o Dr. Neymar. Portanto nem Carlos nem Maura participariam. Fora o próprio Carlos quem levou o Dr. Neymar e D. Regina, para o tal almoço. Hoje, na fase de conclusão Carlos tomou conhecimento de que uma de suas "...colegas de trabalho" se chama Gina Torres Rego Monteiro. Qualquer grau de parentesco entre ela e José Carlos do Rêgo Monteiro, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do RJ, na segunda gestão do Partidão depois da expulsão do "...pelêgo Machado" pode não ser mera coincidência. Um outro que também poderia ser um seu parente é Sérgio do Rêgo Monteiro, que aparece no expediente do jornal com a função de diretor.
Querem fazer teatro-realidade com velhos atores ou parentes de velhos atores do Partidão, que Carlos os conhece muito bem. O Partidão trabalha muito com famílias. Como a máfia siciliana.
Carlos intui (e só assim é que você pode entender como agem), que foi naquela reunião que colocaram a par e azeitaram o Dr. Neymar para o tormento que seu "...boquirroto" genro estava e deveria continuar sofrendo até levá-lo a um tratamento psiquiátrico.
Com isto, Carlos, conseguiu quase que esvaziar todo o seu arquivo de suspeitas não confirmadas que se acumulara durante esses dez anos de convivência com seus inimigos íntimos.
A Dr. Marina Baptista de Azevedo, não poderia ocupar nenhum cargo como médica e muito menos de direção de qualquer hospital, na concepção desses mesmos membros do partido a que ela e seus familiares pertencem, pois como prova o noticiário, eles estão sempre apontando um torturador aqui ou outro ali, mas os torturadores deles nunca aparecem com impedimentos dessa natureza. Na realidade, a ela deverá estar guardado algum posto importante, como prêmio pelos seus serviços prestados ao partido e como voto de confiança naquela militante que colocou a ética política afrente da ética médica durante 10 anos.
Em resumo, até hoje, Carlos não sabe porque sua cunha ainda não trocou sua vestes alvas por um capuz, que seria um traje mais apropriado para aquilo que ela desempenhou por tão longo tempo. Ele acha que ela ainda não se deu conta daquilo que ela é.
NOTAS:
(1) Trechos do livro "Inveja, mal secreto" de Zuenir Ventura.
APÊNDICES DE "Em legítima defesa"
APÊNDICE 1
► JORNAL DO BRASIL
Data: 02/01/94 – Página 8
Título : O secular segredo de confissão
Igreja condena padre siciliano que delatou assassino.
RESUMO: Pároco siciliano Paolo Turturro contou aos fiéis de Palermo no sermão de noite de Natal o que ouvira de um assassino em confissão.
Justiça italiana pressiona Turturro a revelar o nome do mafioso que, no confessionário disse ter planejado e executado a morte do Juiz Giovanni Falcone, sua mulher e três policiais de sua escolta em maio de 1992.
O que diz o direito Canônico Promulgado pelo papa João Paulo II em janeiro de 1983. Não admite exceção para a quebra do segredo de confissão nos cânones ou artigos que tratem de matéria.
È o seguinte o texto:
Cân. 983 - § 1. O sigilo sacramental é inviolável, por isso, não é lícito ao confessor revelar o penitente, com palavras ou de qualquer outro modo por nenhuma causa.
APÊNDICE 2
► JORNAL DO BRASIL
JB Expediente
Conselho Editorial
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Sec. De Red. Orivaldo Perim
Diretor: Nélson Baptista Neto.
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Diretor : Sérgio Rêgo Monteiro
APÊNDICE 3
►JORNAL DO BRASIL
sexta-feira, 7/01/94 pág. 15
Matéria: Donos do "Bateaux Mouche" (acidente de 88) têm prisão pedida
■ Acusações de formação de quadrilha e sonegação fiscal levam o M.P. a oferecer denúncia contra cinco empresários.
O M.P. através do promotor Marcos Ramahyama pediu ontem à 23ª Vara Criminal a prisão preventiva de cinco donos do Bateaux Mouche Rio Turismo Avelino Rivera, Pedro Gonzalez Mendez, José Ramiro Fernandez, Ramon Rodrigues Grespo e Geraldo Sienna.
O pedido foi feito com base em denúncia por formação fiscal. Eles já tinham sido denunciados no fim de 93 por sonegação fiscal e uso de contas fantasmas.
As investigações começaram logo depois do Revillon de 1988 quando o naufrágio do Bateaux Mouche IV matou 55 pessoas. Dos nove proprietários do iate apenas dois estão presos desde 28 de outubro de 93: os empresários Álvaro Pereira da Costa e Faustino Puertas Vital, que cumprirão quatro anos de pena em regime semi-aberto no Instituto Penal Plácido Sá Carvalho em Bangu.
Ambos saem todo dia, bem cedo, para trabalhar no Restaurante Sol e Mar, cujas contas também estão sendo devassadas pela justiça, e só voltam às celas no fim da noite. Além deles, Avelino Fernandes Rivera, José Ramiro Gandara Fernandes, Gerardo Mongarde Senra e Pedro Gonzales Mendes foram denunciados no mês passado pela procuradora da República Bianca Matal. Todos estão recorrendo da decisão da Justiça Federal, após perderem ações de indenização que no entanto, até agora, não foram pagas às famílias das vítimas.
O M.P. do Estado também, ofereceu denúncia por crime de sonegação fiscal e falsidade ideológica contra o grupo espanhol, enquanto a Secretaria estadual de Economia e Finanças enviou dossiê à Central de Inquéritos sobre contas fantasmas e fraudes fiscais praticadas pela empresa:
2º CLICHÊ
Coordenadas
Denunciados no mês passado pela procuradora da República Bianca Matal os empresários Avelino Fernandes Rivera, José Ramiro Gandara Fernandez, Gerardo Mongarde Senra e Pedro Gonzales Mendes – também donos da Bateaux Mouche Rio Turismo – atualmente recorrem de decisões da Justiça Federal, após perderem dezenas de ações de indenizações. Estas, no entanto, até agora não foram pagas às famílias das vítimas no naufrágio em 88.
O M.P. do Estado também ofereceu denúncia por crime de falsidade ideológica contra o grupo espanhol por terem Avelino, José Ramiro e Pedro Gonzales aberto contas fantasmas no Bradesco (nº 1.630) e Unibanco (nº 121.574-7). As duas estão em nomes de Carlos Augusto da Silva, Antonio Vasquez Fernandes e Antônio Carlos Montes. A perícia nos cartões de assinatura das contas abertas pelos empresários no Unibanco foi encomendada pelo tributarista Bóris Lerner, que perdeu seu único filho, a mulher e três amigos no naufrágio do Bateaux Mouche.
O Instituto Del Picchia, de São Paulo, comprovou que Carlos Augusto da Silva, Antonio Carlos Montes e Antonio Vasquez Fernandes eram, na verdade Avelino, Álvaro e Faustino em mais um golpe.
Coordenada
Tragédia Causada por negligência
Organizado do passeio no barco que afundou por excesso de passageiros numa noite de ventos fortes – o empresário Francisco Garcia Rivera dono da Itatiaia Turismo – ainda está em liberdade, absolvido pela justiça.
Outros três condenados militares da Marinha responsáveis pela Capitania dos Portos sofreram condenações, mas tiveram suas penas suspensas.
O empresário que negou socorro às vítimas Carlos Mathias, morreu aos 70 anos em outubro de 93. Ele foi condenado por omissão, mas não chegou a ser preso por causa da idade.
Denúncia – Os sobreviventes logo denunciaram que a negligência dos organizadores do passeio à Praia de Copacabana fora a causa do naufrágio. Os proprietários do restaurante Sol e Mar, também donos do barco; a empresa promotora do evento, Itatiaia Turismo; e a Capitania dos Portos dividirão para sempre a responsabilidade pela morte de 55 pessoas das 140 que estavam no Bateaux.
Denúncia que não chegou a ser provada, muitos afirmaram ter visto quando, após duas vistorias, um militar da Capitania dos Portos teria recebido dinheiro do comandante do barco, liberado logo em seguida. Uma semana depois, o Ibope ouviu 300 cariocas e apenas 27%, responderam acreditar que a justiça seria rigorosa.
Entre as vítimas estavam a atriz Yara Amaral, a mulher do ex-ministro Anibal Teixeira; Maria José Andrade e Souza, empresários e turistas.
Os responsáveis pelo barco não foram vistos naquela madrugada, sequer para reconhecer o corpo do comandante.
APÊNDICE 4
POLÍTICOS SE UNEM NO ADEUS A MALINA
02/09/2002
... PPS, funeral teve a presença de nomes de PT e PSDB SÃO PAULO. O velório do presidente de honra do PPS, Salomão Malina, ontem, no saguão da Assembléia Legislativa de São Paulo, reuniu os principais líderes do partido e remanescentes do antigo Partido Comunista Brasileiro, além de amigos e políticos de outras correntes de esquerda. Malina morreu sábado, aos 80 anos, vítima de câncer linfático
Jornal: Globo/ Editoria: O País/ Edição: 1/ Autor:/ Tamanho: 296 palavras/ Caderno: Primeiro Caderno
MORRE O ÚLTIMO SECRETÁRIO-GERAL DO 'PARTIDÃO'
01/09/2002
Salomão Malina, presidente nacional de honra do PPS, seria homenageado amanhã em São Paulo O presidente nacional de honra do PPS, Salomão Malina, morreu na madrugada de ontem. O corpo está sendo velado na Assembléia Legislativa de São Paulo e será enterrado hoje, às 10h, no Cemitério Israelita de São Paulo. Ele tinha 80 anos e sofria de câncer no sistema linfático há mais de duas ...
Jornal: Globo/Editoria: O País/Edição: 3/ Autor: Lilian Fernandes/Tamanho: 735 palavras/Caderno: Primeiro Caderno
FILHA DE PRESTES DESMENTE SALOMÃO MALINA
01/06/2002
Filha de Luiz Carlos Prestes e historiadora, Anita Leocádia Prestes desmentiu declaração de Salomão Malina, o último secretário-geral do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), que afirmou que setores do Partidão, com o apoio de Prestes, chegaram a conspirar para dar um golpe em 1964, antes da tomada do poder em 31 de março pelos militares. A afirmação consta do livro "O último ...
Jornal: Globo/Editoria: O País/Edição: 1/Autor:/Tamanho: 153 palavras/Caderno: Primeiro Caderno
O ÚLTIMO SECRETÁRIO
24/05/2002
Livro reúne relatos de Salomão Malina sobre o PCB Com a coragem de um herói da Segunda Guerra, Salomão Malina, último secretário-geral do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB), admitiu que setores do Partidão, com o apoio de Luiz Carlos Prestes, chegaram a conspirar para dar um golpe em 1964, antes da tomada do poder em 31 de março pelos militares. Esta e outras informações sobre tema .
Jornal: Globo/Editoria: O País/Edição: 1/Autor:-/Tamanho: 328 palavras/Caderno: Primeiro Caderno
GRUPO REAGE À NOMEAÇÃO DE FAYAD
16/10/1998
... - pedindo que seja desencadeada campanha internacional para a exoneração de Fayad. Cecília Coimbra disse ainda que dois ex-presos políticos(o médico Luiz Roberto Tenório e a jornalista Miriam Malina) que passaram pelas mãos de Fayad quando estiveram presos no DOI-Codi do Rio, na década de 70, já a procuraram, dispondo-se a, outra vez, prestar depoimentos sobre a participação de Fayad na ...
Jornal: Globo/Editoria: O País/Edição: 1, 2 /Autor:-/Tamanho: 419 palavras
APÊNDICE 5
Justiça
Rumo à "estação INSS"
Militantes que queriam derrubar a ditadura para instalar a sua própria vão ganhar 4 bilhões de reais em indenizações
Marcelo Carneiro
Karl Marx até acharia normal. Afinal, ele viveu por muitos anos dos estipêndios que o amigo Friedrich Engels arrancava da mais-valia dos operários das fábricas do pai. Mas Vladimir Lenin ficaria chocado. O líder russo era um idealista, aquele tipo de pessoa que esquece as considerações práticas da vida para se deixar guiar por uma causa. É de imaginar o desgosto de Lenin ao saber que seus discípulos no Brasil inventaram uma forma de revolução segura e com aposentadoria garantida. É exatamente isso que está ocorrendo no Brasil. Lenin, vindo do exílio, desembarcou na Estação Finlândia, em Moscou, para dar início à insurgência bolchevique. No Brasil os caminhos revolucionários levaram à Estação INSS. Milhares de militantes esquerdistas que queriam derrubar a ditadura militar – e instalar outra ditadura em seu lugar – estão cobrando um pagamento vitalício pelos sacrifícios pessoais que fizeram pela causa. No total, essas indenizações podem chegar a 4 bilhões de reais. Pedir pagamento público vitalício por ter sido comunista é uma ofensa à memória das centenas de militantes que foram mortos em combate ou nos cárceres da ditadura. É também uma conta cara para o povo. Não é difícil saber de onde o dinheiro virá: do bolso dos brasileiros.
Pessoas que foram torturadas ou perderam seus empregos públicos apenas por discordar das idéias dos ditadores e viram suas carreiras serem cortadas por razões políticas são merecedoras de reparação financeira. Mas essa noção foi amplamente distorcida no Brasil. A comissão federal que decide pela justeza das indenizações já recebeu 43.000 pedidos. E eles continuam chegando. Obviamente, a maioria é de pessoas a quem a ditadura não causou maiores males. Na semana passada, veio a público uma história exemplar. O jornalista Carlos Heitor Cony, que ao longo das últimas quatro décadas construiu uma sólida carreira como escritor e hoje é colunista do jornal Folha de S. Paulo, teve aprovado um pedido de indenização que lhe garantirá uma pensão de 19.000 reais. Para chegar a esse cálculo, a comissão valeu-se da Lei nº 10559, de 13 de novembro de 2002. Pelo texto, há dois tipos de indenização. No primeiro, a pessoa pode receber o correspondente a trinta salários mínimos por ano de suposta perseguição política, até o limite máximo de 100.000 reais. No segundo tipo, o indenizado recebe um valor mensal correspondente ao "posto, cargo, graduação ou emprego" que ocuparia se estivesse em atividade. No caso de Cony, a comissão avaliou que, não fosse por sua militância, ele poderia ter ocupado altos postos de direção do Correio da Manhã, de onde saiu por pressão política. É um espanto. O Correio da Manhã fechou as portas nove anos depois da demissão de Cony. "É justo que o Brasil faça um ajuste de contas com a sua história, mas essas indenizações são um abuso", diz a cientista política Lúcia Hipólito.
SÉTIMA PARTE
APÊNDICE 6
Um aparelho na mídia.
(Carta feita para ser enviada a revista "Veja")
Veja16 de março de 2005.
Edição 1896 – ano 38 – nº 11
Gostaria de congratular a revista Veja pela disfarçada "cobertura" da matéria "A vida no fio da navalha" (Veja/16 de março de 2005/Edição 1896 – ano 38 – nº 11) de Marcelo Carneiro. Obra de mestre. O repórter desatento parece não saber o que é notícia e, fica evidente para quem conhece o modus operandis da militância atuar (inclusive dentro da imprensa), que ele quer transforma em algo menor, um caso grave: o envolvimento de um militante da ONG VIVA RIO (nicho do Partidão), o líder comunitário da rocinha William de Oliveira, com o crime organizado. Parece quase proposital como o seu texto se perde em dados genéricos, como se quisesse mostrar ao leitor que se trata apenas de um acidente de percurso de uma instituição que tem inúmeras frentes de trabalho na comunidades carentes, sem falar no seu esforço em destacar em grandes números o caráter social daquela ONG. E na cara dura destaca "Sua prisão causou surpresa". Pergunto: mas como "sua prisão causou surpresa", se o envolvimento do líder comunitário com o tráfico é tema de livro já publicado e denunciado em entrevista feita com o escritor Júlio Ludemir - que pertencia aos quadros do Viva Rio - há mais de 3 meses? Ele omite que Alexandre Dumans, o advogado do líder comunitário William de Oliveira foi convidado a defendê-lo pelo também advogado e empresário Jorge Hilário Gouvêa Vieira, empresário e um dos fundadores da ONG Viva do Cred, que atua na Rocinha e que noticiada pelo jornal "Folha de São Paulo" na pág. C5 de 26/03/2005, matéria, que justiça seja feita, foi muito mais completa do que "Veja" foi na sua. Uma omissão no mínimo suspeita, se encararmos que uma revista como "Veja" deveria trazer em suas páginas uma matéria mais completa e abrangente que noticiários locais. Sou assinante e leitor de "Veja" e fico muito decepcionado, pois fica parecendo tratar-se de um outro tipo de "operação abafa" disfarsada, a mesma que a revista criticou no caso da fofoca social em torno de Chico Buarque (Edição1895/09/03/05). Se a mãozinha dos amigos de Chico devem ser criticada naquela "grande notícia" sobre seu namoro com a morena, eu imagino que a mãozinha dos amigos daquela ONG VIVA DO RIO não deveriam tornar menor nem "unaminizar", a nível nacional, uma versão "amena" daquele grave episódio. Assim, uma péssima cobertura prejudicou a notícia, a HISTÓRIA, que não aparecerá conforme o fato. Ficará registrado nos arquivos de Veja, que é fonte de consultas, pesquisas e fonte de referência de jornalismo independente, uma outra notícia. Por desatenção ou preferência política, tira-se da foto parte de seu registro, conforme tantas vezes li, em Veja, as acertadas críticas aos regimes Nazistas e Stalinista. Teria sido melhor não dar a notícia do que fabricar uma outra em seu lugar.
► Ainda sobre o tema acima descrito no dia 29 de março de 2005, os jornais da TV Globo, ao longo do dia deram um espaço não comum a quem esta sendo acusado pela polícia do Rio de Janeiro de associação para o tráfico, o líder comunitário da rocinha William de Oliveira. O que a mídia fez com o cantor Belo, que não teve o mesmo tratamento. E a defesa não para por aí. O famoso técnico em áudio e que está sempre na mídia comprovando ser a assinatura verdadeira e ou a fita verdadeira, dá o seu laudo mais ou menos da seguinte forma: '...a voz da gravação é a mesma de William de Oliveira. Mas, não podemos dizer se as frases tiveram seus lugares alternados'.
O perito Ricardo analisou as gravações e afirmou que a voz é mesmo do líder comunitário. Mas não pode afirmar se houve montagem. (Então, segundo palavras de nosso especialista em gravações (vídeo e audio) Ricardo Molina, pode-se fazer montagens com gravações)
As investigações já resultaram na prisão de seis PMs acusados de receber propina de traficantes. A ex-presidente da Associação de Moradores da Rocinha também foi presa, e acusou o atual presidente, William de Oliveira, de ter ligações com criminosos. Ele passou uma semana na prisão e saiu graças a um hábeas-corpus.
No início do mês, o Jornal Nacional mostrou trechos de gravações de conversas de William cedidos pela polícia. O grampo teve autorização judicial.
Agora, o Jornal Nacional teve acesso a novos trechos de conversas gravadas pela polícia. Segundo as investigações, o líder comunitário da Rocinha teria repassado a traficantes da favela informações obtidas com autoridades.
A história se refere ao roubo de três fuzis do Forte de Copacabana, no ano passado. O Exército subiu os morros do Rio. Segundo a polícia, durante a primeira incursão, William teria conversado com um traficante da Rocinha conhecido como Soul.
William: Me ligou o comandante do Comando Militar do Leste. Pô, eles estão lá no Pavão, entendeu? E eles devem vir aqui.
Traficante "Soul": Mas daí, compadre, tem que ir pra lá mesmo, porque pra cá não chegou p... nenhuma.
William: Estão com autorização para meter o pé em qualquer porta, entendeu? Aí o comandante ligou pra mim, pra falar comigo. Aí eu falei: “olha, a gente não tem queixa de nada aqui". E o pior é que ele falou que é o seguinte, se tiver êxito essa operação, eles vão fazer uma batida igual a essa em todas as comunidades por causa de três fuzilzinhos.
Os investigadores dizem que William também teria falado com um outro traficante da Rocinha conhecido como Negão e fornecido informações que obteve de um encontro com oficiais da PM.
William: Pô, olha só, acabei de falar com o major aqui e o coronel também veio. Eles vão entrar amanhã aí às seis horas da manhã.
Traficante "Negão": Como é que é?
William: Cinco horas da manhã. Vem "bagulho" de tanque para entrar na Via Ápia, no Boiadeiro, eles vão fuçar tudo.
Os locais citados ficam na Rocinha, mas os fuzis foram encontrados numa outra favela.
Num trecho, já exibido, William teria dito ao assessor dele, Alexandre Leopoldino, que teria mandado que as armas fossem deixadas lá.
Alexandre Leopoldino: Acharam no Vidigal.
William: É, eu mandei jogar lá.
William foi procurado, mas quem falou foi o advogado dele.
“São diálogos absolutamente pertinentes para um líder comunitário que está intermediando uma relação entre autoridades constituídas e autoridades não constituídas. É um conteúdo absolutamente pífio, no sentido criminal”, afirma o advogado de William, Alexandre Dumans.
Em declarações recentes, William disse que reconheceu a voz dele em alguns trechos gravados, mas que teria havido montagem. Em outros trechos, o líder comunitário disse que nem reconheceu a voz dele.
A pedido do Jornal Nacional, o perito Ricardo Molina analisou as gravações da polícia e afirmou que em todos os momentos a voz é de William. Mas que não é possível saber se houve mudanças na ordem das conversas.
“É possível afirmar que o William participou de diversas conversações. Agora, nos trechos específicos onde, vamos dizer que seriam mais incriminatórios, é muito difícil, ou talvez impossível, saber se aquela fala estava exatamente naquele ponto, estou falando do ponto de vista técnico”, explica Molina.
O chefe de Polícia Civil afirma que não houve montagem.
"A participação do William nesse episódio todo é de colaboração, ele tem um comportamento conivente e de apoio e de orientação aos traficantes, inclusive dizendo a eles como procederem diante de uma possível operação das Forças Armadas”, explica Álvaro Lins, chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O Comando Militar do Leste e o comando da PM do Rio negaram ter passado qualquer informação ao líder comunitário William de Oliveira.
APÊNDICE 7
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
Boletim Informativo de Setembro de l996.
INAUGURAÇÃO
As obras foram concluídas na parte administrativa da sede do Sindicato. Já está funcionando também a nova central de telefones digitalizada. A diretoria já começou a instalação da rede de computadores (dez máquinas). Venha conhecer seu novo Sindicato. Uma reunião comemorativa e bebemorativa no dia 8 de outubro, às 20h, é a melhor oportunidade. Na ocasião, começará a ser distribuída a cartilha "O Direito Autoral do Jornalista", feita pela Fenaj com o apoio do Sindicato.
APÊNDICE 8
Folha de São Paulo
Opinião
Tendências / Debates
Lavagem de notícias
Olavo de Carvalho
No dia 31 passado, os jornais brasileiros espremeram em textinhos de 10 cm uma das notícias mais importantes deste século e do anterior: documentos da extinta Alemanha Oriental confirmavam que o atentado contra João Paulo 2º, ocorrido em 13/05/81 na praça de São Pedro, fora planejado pelo governo soviético e realizado através do serviço secreto búlgaro. A TV omitiu a notícia por completo. Quarenta e oito horas depois, a menção discretíssima aos tiros que devastaram a saúde do papa já estava esquecida – e, como se não tivesse nada a ver com a sua morte, não voltou a aparecer no noticiário.
No meio de tantos insultos lançados à memória do falecido pontífice, os panos quentes estendidos sobre a ação macabra de seus agressores foram, decerto, o mais cínico e perverso. Mas não constituem novidade no comportamento da grande mídia. Quando o escritor Vladimir Bukovski, o primeiro pesquisador a vasculhar os arquivos de Moscou, voltou de lá com as provas de que a KGB havia subsidiado durante mais de uma década a imprensa social-democrata da Europa Ocidental, mesmo os jornais "soi disant" conservadores opuseram uma renitente má vontade à divulgação do fato, alegando que não era bom "reabrir antigas feridas". Na mídia nacional, permanece tabu a confissão do agente tcheco Ladislav Bittman de que a famosa participação da CIA no golpe de 1964 foi um truque difamatório criado pela espionagem soviética através de documentos falsos distribuídos por jornalistas brasileiros que então constavam da folha de pagamentos da KGB. E assim por diante.
Com 500 mil funcionários e uma rede mundial de milhões de colaboradores, a KGB foi – e, é – a maior organização burocrática de qualquer tipo que já existiu ao longo da história humana (o paralelo com a CIA é grotesco pela desproporção), com recursos financeiros ilimitados e funções quevão infinitamente além das atribuições normais de um serviçõ secreto, abrangendo o controle de milhares de publicações, sindicatos, partidos políticos, companhas sociais e entidades culturais e religiosas em todo mundo. Sua influência na história cultural do século 20 é imensurável. Entre os anos 30 e 70, não houve praticamente escrior, cineata, artista ou pensador famoso, na Europa e nos EUA, que não fosse em nenhum momento cortejado ou monitorado, subsidiado ou chantageado por agentes da KGB.
É impossível compreender a circulação das idéias no mundo nesse período sem levar em conta o maciço investimento soviético no mercado ocidental de consciências. A infinidade de crenças, símbolos, giros de linguagem e cacoetes mentais que se originaram diretamente nos escritórios da KGB e hoje se encontram incorporados ao vocabulário comum, determinando reações e sentimentos cujo teor comunista já não é reconhecido como tal, ilustra a eficácia residual da propaganda longo tempo depois de atingidos os seus objetivos imediatos. No manejo desses efeitos de longo prazo reside uma das armas mais eficazes do Partido Comunista, que, com nomes variados, é o único organismo político com alguma continuidade de comando e unidade estratégica que subsiste em escala mundial do século 19 até hoje.
A extinção oficial do império soviético não diminuiu em nada o poder da KGB, apenas a renomeou pela enésima vez. As menções freqüentes da mídia ocidental à "máfia Russa" sé servem para encobrir dois fatos que os estudiosos da área conhecem perfeitamente bem:
1) A máfia russa é o próprio governo russo, e não outra coisa, e o governo russo é a KGB e nada mais.
2) Desde o começo da década de 90 não há mais máfias nacionais em competição sangrenta, mas uma aprazível divisão de trabalho entre organizações criminosas de todos os países, uma autêntica "pax mafiosa" que, por meio do narcotráfico, do contrabando de armas, da indústria dos seqüestros etc., geou um poder econômico mundial sem similares ou concorrentes imagináveis.
Conforme mostrou a repórter Claire Sterling no seu livro "Thieves' World" ("O Mundo dos Ladrões"), Nova York, Simon & Schuster, 1994, a constituição desse império do crime deu-se sob o comando da "máfia russa", que continua regendo o espetáculo. Muito antes disso, a KGB já tinha uma atuação intensa no narcotráfico, prevendo a possibilidade de o usar um dia como fonte alternativa de financiamento para os movimentos revolucionários locais, como veio mesmo a contecer (v. Joseph D. Douglass, "Red Cocaine. The Drugging of America and the West", Londres, Harle, 1999).
O leitor não deve estranhar a menção a organizações religiosas. Nos EUA, o Conselho Nacional da Igrejas é notoriamente uma entidade pró-comunista (v.Gregg Singer "The Unholy Alliance", Arlington House Books, 1975), e o mesmo se deve dizer de seus equivalentes em outros países. A penetração da KGB nos altos círculos da Igreja Católica e sua influência decisiva nos rumos tomados pelo Concílio Vaticano 2º são hoje bem conhecidas (v. Ricardo de la Cierva, "Las Puertas del Infierno" e "La Hoz y la Cruz", ambos pela Editorial Fênix, de Barcelona). E Ali Agca, o assassino contratado pelos soviéticos para matar o papa, não disse senão o óbvio ao declarar que não poderia Ter agido sem a ajuda de membros da hierarquia eclesiástica. Não por coincidência, as mais estapafúrdias "teorias da conspiração" literárias ou cinematográficas, que envolvem nesse empreendimento assassino até mesmo a CIA, recebem da mídia mais espaço e tratamento mais respeitoso do que os documentos oficiais que oferecem a prova da autoria do crime.
Assim como existe lavagem de dinheiro, existe lavagem de notícias. Essas tem sido a principal atividade da mídia ocidental elegante nas últimas décadas. Se não houvesse outras fontes de informação, todo mundo já teria se persuadido de que o comunismo jamais existiu e estaria pronto para aceitá-lo de novo como utopia de futuro, com outro nome qualquer.
Olavo de Carvalho, 57, jornalista e ensaísta, é autor de entre outros livros, o "o Jardim da Aflições" (É Realizações, 2001)
APÊNDICE 9
O REAL DA ÉTICA
Helena Besserman Vianna
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Nota do editor: Esta conferência foi pronunciada em Tours, em 17 de Outubro de 1998, e foi o último trabalho de Helena Besserman Vianna publicado em “Gradiva”. Ele termina com uma citação de James Baldwin, que ilustra tão bem o espírito combativo e incansável de nossa inesquecível colaboradora: "Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado".
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Muito provavelmente minha participação nesta tão organizada jornada, como prévia dos Estados Gerais da Psicanálise, que será realizado em julho de 2000, em Paris, deve-se à publicação de livro de minha autoria – Não Conte a Ninguém... (Imago,1994), que, na tradução ampliada em francês, intitula-se "Politique de la Psychanalyse face à la Dictature et à la Torture – N’en parlez à personne", com prefácio de René Major, e, em castelhano, com prefácio de Horacio Etchegoyen, "No se lo Cuente a Nadie" (Polemos, 1998).
Aprendi com meu pai, estudioso do Talmud, a resposta a uma de suas instigantes perguntas: "O que é que vive durante séculos, mas pode morrer ainda antes de ter nascido?" Resposta: um livro. "Nasce a cada vez que alguém o lê e pode morrer nas brumas do esquecimento, no assassinato da memória, nas deformações e omissões que se fazem de sua leitura". Ou ainda, em se tratando do real da ética, o que inclui os impasses éticos da instituição psicanalítica, esta leitura pode ser realizada com angélica postura de cordeiro, propondo que questionar o comportamento ético dos psicanalistas face ao social, é apenas tentar uma tal denominada etificação calamitosa, como fez Allouch em seu livro sobre o caso Amilcar Lobo (Cahiers de l’Unebévue,1997).
Creio não ser necessário relatar-lhes o histórico do envolvimento de um candidato de uma das sociedades psicanalíticas do Rio de Janeiro (Rio1) filiada a IPA, Amilcar Lobo, em equipe de tortura a prisioneiros políticos em época de ditadura militar e a proteção que recebeu de seu analista-didata (Leão Cabernite), que teve, por sua vez como analista-didata a Werner Kemper. Kemper, que durante a Segunda Guerra Mundial trabalhou COMPROMETIDO com o regime nazista, na qualidade de diretor do Instituto Göring, chefiado por Matthias Göring, primo do famoso general de Hitler. Werner Kemper chegou ao Brasil em 1948, apoiado por Ernest Jones, então presidente da IPA. Também não vou detalhar pormenores quanto a participação ativa e/ou passiva de outros dirigentes da sociedade internacional fundada por Freud ou sobre aspectos éticos de algumas de suas afiliadas, pois a documentação de suas respectivas transgressões éticas consta pormenorizadamente nos livros que citei anteriormente.
Existem temas que possuem significado, representação e propriedades particulares: – real, ética, institucionalização, se inserem neste espaço. São conceitos polissêmicos , questionados por filósofos, antropólogos, historiadores, cientistas sociais, e, evidentemente, também por psicanalistas.
Sabemos que diferentemente do que acontece com outros animais e seus agrupamentos, o sistema sócio-político de qualquer sociedade humana não pode ser prognosticado a partir de conhecimentos sobre a espécie Homo Sapiens, por mais amplos que sejam os saberes utilizados. Por exemplo, especialistas no assunto podem descrever com minúcias as abelhas e seu sistema institucional, podendo constatar que, se uma sociedade de abelhas modificar seu comportamento sócio-político-ético, esta sociedade caminhará para sua desintegração e possível extermínio, enquanto abelhas.
O mesmo não se aplica às comunidades humanas.
O conhecimento das origens e primórdios da cultura e dos sistemas sócio-políticos de seu passado não me permite prever como evoluirá cada instituição, sua cultura e sua ética. Isto porque a cultura de cada sociedade é exercida e utilizada pelo conjunto de seus componentes. Cada ser humano opera e funciona sob a influência de alguma cultura. Por outro lado, o comportamento de cada indivíduo também tem seu efeito cultural.
Deixo de lado deliberadamente certos aspectos específicos da ética psicanalítica, em especial no encontro psicanalista-analisante, e o que indago agora, não é tanto sobre o real da ética para o psicanalista, mas sim, quando e a propósito de que, falamos de ética no espaço em extensão (no sentido de "estension" de Lacan) do psicanalista no mundo , - esteja o psicanalista se penteando em banheiro público (exemplo de Allouch), praticando tortura a presos políticos, ou ainda apoiando direta e/ou indiretamente medidas institucionais atrabiliárias e totalitárias, seja em tempos de tirania ou de "soi-disant" poderes democráticos.
Sem pretender esgotar o assunto, formulo algumas hipóteses iniciais como encaminhamento para novas contribuições no que concerne aos impasses éticos que com freqüência se repetem em diferentes instituições psicanalíticas.
1. a manutenção de segredos e ocultação de fatos institucionais, na grosseira pretensão de sustentar como verdade e como real, o poder do esquecimento;
2. a notificação de ocorrências institucionais da mais alta importância social e política, como se nada de mais se tivesse passado;
3. Concordo, em termos gerais com as opiniões de Eric Santner, apresentadas em seu livro "My own Private Germany" (Daniel Paul Schreber’s Secret History of Modernity – Princeton Univ.Press,1966), de que impasses e conflitos individuais e coletivos, surgem quando há mudanças na matriz fundamental da relação do indivíduo com a autoridade social e institucional, e ao modo como cada um responde às exigências do poder e das autoridades ditas "oficiais". Nas investiduras de poder, alguns, senão muitos psicanalistas, se enquadram no que Santner denomina de "investidura simbólica", na qual fica dotado de novo status social e investido de um mandato simbólico que, desse momento em diante, impregna sua identidade na comunidade. Nesses casos, a estabilidade institucional bem como o equilíbrio emocional e o comportamento ético real de seus membros, fica submisso ao simbólico social e ao poder que a este se atribui, através de títulos, postos, honrarias e atributos similares.
Penso que somente através do esclarecimento transparente e sempre documentado de fatos que de alguma forma atingem a comunidade é que se pode estabelecer as responsabilidades individuais e/ou coletivas nas passagens ao ato que geram impasses maléficos ético-institucionais, ainda que, por particularidades inerentes ao nosso ofício, estes atos estejam quase sempre intimamente aprisionados ao uso indevido da transferencia e a questões que remetem aos problemas relacionados ao que se quer significar com "transmissão da psicanálise".
Vou citar-lhes exemplos até bem conhecidos que corroboram os itens que acabei de mencionar.
A intervenção direta dos princípios e leis nazistas na Sociedade Psicanalítica alemã (DPG), iniciou-se em 1935, quando ficou estabelecido que as autoridades nazistas governamentais só admitiriam a existência da psicanálise na Alemanha, se "todos os seus representantes fossem arianos". Nestas circunstancias, Ernest Jones, na qualidade de presidente da IPA, reúne-se em Berlim com os membros não-judeus da sociedade psicanalítica alemã (entre eles Werner Kemper – fundador da primeira sociedade psicanalítica do Rio de Janeiro, a qual pertencia Amilcar Lobo, analisante em formação de Leão Cabernite, que por sua vez, foi analisante de Kemper) e, em reunião realizada em dezembro de 1935, concordam com que "os poucos judeus ainda remanescentes na sociedade deveriam apresentar suas demissões "espontaneamente", para impedir a dissolução da sociedade e assim, "salvar a psicanálise". Real de nova ética... Este episódio terrífico e vergonhoso para a instituição psicanalítica alemã e mundial, é descrito por alguns psicanalistas, entre eles Kemper, de forma escamoteada e eufemística, dando a entender que os psicanalistas judeus teriam liberdade para decidir, por vontade própria, se podiam ou se deviam demitir-se da sociedade psicanalítica alemã.
Outro exemplo: terminada a Segunda Guerra Mundial, a revista oficial da IPA, apresenta uma relação dos psicanalistas alemães falecidos durante a guerra, sem nenhuma menção ao fato de que grande parte deles eram judeus que foram assassinados ou exterminados em fornos crematórios dos campos de concentração construídos pelos nazistas.
Um último exemplo: em 1989, Amilcar Lobo escreve suas memórias em livro intitulado – "A Hora do Lobo e a Hora do Carneiro"(seu codinome na equipe de tortura). Em resposta a crítica que fiz a esse livro, Lobo diz o seguinte: "...Dra. Helena Besserman Vianna escreve que em nenhum momento me mostro envergonhado pelo que cometi ou assisti nos quatro anos que fiz o serviço militar. No entanto...parece esquecer que o Homem utiliza a tortura e os assassinatos há milhares de anos, desde que se organizou em sociedades. Há bem pouco tempo, a Inquisição torturou e matou inúmeros judeus e há pouco mais de quarenta anos o regime nazista alemão procedeu da mesma forma. Assim é o Homem na sua total estrutura mental e eu não me envergonho de ser um deles...".
Convido-os a refletir e questionar no que esta declaração de Lobo contem de anti-ético mas, especialmente, de transmissão deformada do pensamento freudiano, dentro e fora do "setting" analítico ou a postura ética dos psicanalistas face ao real da ética.
Este tipo de declaração feita por Lobo é, evidentemente, eivada de aspecto político (e qual ato não é político?), e enseja a vontade de, em parodiando Freud, chegar a poder dizer – "...estes psicanalistas são, portanto, os únicos a não serem ...psicanalíticamente éticos!".
É bem verdade que ao contar o que se pede que não seja contado a ninguém, fica presente o risco de se incorrer em erros de interpretação. Entretanto, a ocorrência destes erros é amplamente menor que os perigos da ignorância sistemática. Na pior das conseqüências, os erros de interpretação poderão ser retificados, enquanto que o silencio sobre as origens dos impasses éticos e seus desdobramentos em muitas instituições psicanalíticas só podem servir a especulações inconfessáveis que não terão certamente, sequer, o mérito de se sustentarem diante dos fatos.
Para chegarmos ao ético nos dias de hoje, onde o mal-estar da civilização se faz sentir em crises de alma e –mercado, podemos observar, mesmo entre os psicanalistas, que grande parte das instituições psicanalíticas, simultaneamente a aparência de coesão entre seus associados, desenvolve uma nova relação e orientação no que concerne ao tempo social. Cada vez mais, generaliza-se a temporalidade que governa o mundo atual – o presente.
Neste sentido, ocorre-me ressaltar que o que denominamos convencionalmente de atualidade, não deixa de recordar a lembrança. Assim, pergunto: se é sempre oportuno lembrarmos que esquecemos, será também oportuno, em rememorando, restaurar tanto o objeto do esquecimento quanto o da lembrança? Penso que sim.
Não lembrar do passado leva ao risco de ter o pensamento e a postura ética do psicanalista e, de qualquer ser humano, em qualquer regime político, voltar-se para o discurso apologético, buscando justificativas, defesas, ou mesmo louvando atos inconfessáveis do passado, ou ao risco de resguardar-se em arquivos que permanecem secretos, as transgressões éticas e os documentos que comprovam as devidas responsabilidades.
Não rememorar cobra tributo à capacidade de pensar e questionar, especialmente a ética face aos Direitos do Homem.
A ameaça de esquecer que esquecemos leva a construções de inverídicas reconstruções. O que se pretende com os "assassinatos da memória" não é destruir a verdade. O que certamente se pretende obter é destruir a memória da lembrança e a consciência da verdade. Quero significar com estas palavras que "não esquecer" quase sempre pressupõe uma espécie de vingança pessoal ou institucional, enquanto que recordar favorece os aspectos positivos por uma vida construtiva e com amplitude de criatividade e de diálogo entre diferentes. Em outras palavras, não esquecer é a guerra permanente, ao passo que rememorar é uma das possibilidades mais eficazes de desenvolvimento criativo nas posturas éticas e realísticas das instituições.
No desenvolvimento muitas vezes contraditório, lento e desigual de obter através do processo psicanalítico subjetividades mais livres, a psicanálise não é, evidentemente, o único caminho. O futuro ainda é enigmático no que concerne aos rumos que tomarão os indivíduos para obter sua autonomia.
No que tange à lucidez, resta ainda muito a conquistar, pois a ilusão e a obstinação aos dogmas psicanalíticos já estabelecidos, tal qual Phénix, renascem sempre de suas cinzas. Ainda assim, a ética psicanalítica tem contribuído de forma grandiosa para desarraigar, especialmente no Ocidente, o obscurantismo e o fanatismo, contribuindo éticamente, ainda que modestamente, a buscar uma humanidade menos narcísica, apesar de seus paradoxos: o conhecimento do inconsciente, pode favorecer o consciente, na medida em que a responsabilidade individual na passagem ao ato é nomeada, levando ao respeito e prática dos Direitos do Homem.
Parafraseando Churchill, talvez, neste conturbado final de século, questionando os dogmas instituídos na ética dos psicanalistas, possamos nos dar conta de que a psicanálise e o exercício de sua ética seja um dos piores caminhos a trilhar, a exceção de todos os outros.
Termino com James Baldwin: "Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado".
► Homenagem a Hélio Pellegrino
Homenagem a Hélio Pellegrino
Miriam Chnaiderman
Hélio Pellegrino foi um dos personagens mais marcantes da história da psicanálise no Brasil. Médico de formação, psicanalista nada ortodoxo, poeta e militante de esquerda, Pellegrino fundou, em 1973, a Clínica Social de Psicanálise, uma iniciativa única no sentido de enfrentar a elitização da prática psicanalítica.
O texto abaixo, escrito pela psicanalista Míriam Chnaiderman, foi lido em uma homenagem a ele quando de sua morte, em 1988, e publicado originalmente no número 2 da revista Percurso, editada pelo departamento de psicanálise do instituto Sedes Sapientiae.
"Quando me comunicaram que havia sido escolhida para representar o Sedes Sapientiae em uma homenagem a Hélio Pellegrino, organizada pela Comissão Teotônio Villela, não hesitei por um instante sequer. Embora soubesse da enorme responsabilidade, embora pudesse não me sentir à altura de tão honrosa tarefa, senti como se estivessem me oferecendo uma possibilidade de elaboração daquilo que não é elaborável, ou seja, da morte. Tenho aqui a oportunidade de me sentir acompanhada nessa dor tão aguda e insistente, esse peso negro, essa falta e saudade que a morte de pessoas tão queridas e admiradas faz sentir. Mortes que são marcas e cicatrizes no corpo de cada um de nós - a sensação que vamos tendo com o suceder de mortes desse ano é de uma velhice precoce.
Sentia também que falar de Hélio Pellegrino era falar de tantos outros companheiros de luta, companheiros de ternura, aqueles que buscaram a camarada vida e que morreram nessa procura irrequieta. Sou de uma geração que passou pela universidade nos anos de maior repressão, e foi a partir de figuras como Hélio Pellegrino, Éder Sader, Luiz Roberto Salinas Fortes que pudemos nos manter do lado da vida e do amor, do lado da resistência ao podre, ao hediondo. Foram pessoas, essas, que amaram muito a vida. Amavam tanto a vida que a amavam também em outros, em nós. São pessoas que fizeram com que a vida em nós se fizesse mais vibrante e que através dessa vida em nós, se faziam mais vivas ainda. Intenso fluxo de uma batalha gloriosa que faz o coração explodir, que faz a morte vir sorrateira e, em alguns, indolor. E fica a dor em nós, vivos. Com a responsabilidade da vida tão aprendida e admirada nessas figuras tão belas. É boa a sensação de ter tão cuidado em nós aquilo que recebemos por esses anos todos, de cada um deles.
Falar de Hélio Pellegrino é falar da história da psicanálise no Brasil, é colocar a questão das relações entre a psicanálise e a política. Hélio jamais evitou esta questão, contrariamente à postura das sociedades de psicanálise filiadas à Internacional. Sempre foi um poeta, um militante e um apaixonado pela prática clínica. Suas atividades não se davam em compartimentos estanques. Em qualquer um de seus textos teóricos, que abordam questões complexas da psicanálise, é possível encontrar a preocupação com o político - a questão dos movimentos do desejo é uma questão política também, a história se dá no movimento das subjetividades.
Para Hélio, o centro do ser humano é de indeterminação e liberdade: a psicanálise é a ciência desse salto e do processo pelo qual, gradativamente, tornamo-nos humanos. Estranha leitura da psicanálise, onde o centro humano é o da indeterminação e da liberdade. Era a psicanálise de Hélio, marotamente desacatando Freud na busca da superdeterminação, na amarguice em relação à possibilidade de escolha. Hélio recoloca o destino como indeterminação, ou, a liberdade como destino humano. A vida de Hélio é coerente com sua leitura da psicanálise - militante do desejo, militante das forças de vida, sua cólera era a cólera-esperança, a cólera que faz mudar, a cólera que se ergue contra o que é mortífero.
Brincalhão, bonito, bem-falante - é a imagem que guardo de Hélio no único encontro que tivemos. Mal consegui chegar perto dele, pois era um dos meus mitos das décadas de 60 e 70. Era das pessoas que me nortearam nas escolhas que fui fazendo no meu percurso como analista. Hélio sempre se insuflou contra qualquer forma de autoritarismo. Embora pertencesse à Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, jamais se sujeitou a qualquer patrulhamento, e sempre atuou, como analista, de forma coerente com sua crença libertária. Sempre incomodou muito aos sacerdotes da casta psicanalítica.
Hélio juntamente com Anna Katrinn Kemper inspiraram a fundação da Clínica Social de Psicanálise, implantada em 1973. Hélio foi um dos principais idealizadores desse "banco de horas", em que cada profissional ligado ao projeto depositaria duas horas de atendimento gratuito por semana. Os clientes pagavam quantias simbólicas pelos serviços - oferecia-se terapia de grupo para adultos e adolescentes e ludoterapias para crianças, além de orientação para pais. Havia grupo de estudo para os profissionais interessados pela questão social e política na psicanálise. Em 1973, a hegemonia da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro era total, e, silenciosamente, esta buscou eliminar o trabalho da Clínica Social. Pois, na Clínica Social buscavam-se profissionais identificados com o projeto, independentemente de sua formação. E as Sociedades Psicanalíticas se outorgam o direito único de autorizar ou não um profissional como sendo psicanalista. Não conseguiram destruir a Clínica Social nem os seus frutos.
O próprio Departamento de Psicanálise do Sedes Sapientiae é um dos frutos e continuadores da Clínica Social de Psicanálise do Rio de janeiro. Por meio da Clínica Social lançou-se a idéia da possibilidade do trabalho psicanalítico fora dos cânones tradicionais do que é tido como psicanálise pelas Sociedades de Psicanálise. Em São Paulo, o curso de Psicanálise do Sedes foi o primeiro núcleo de formação de psicanalistas não vinculado à Internacional Psicanalítica, e o primeiro núcleo a se indagar sobre a questão política na psicanálise bem como suas diversas possibilidades de atuação.
Hélio queria que as camadas mais pobres da população pudessem ter acesso à psicanálise, não acreditava que a psicanálise levasse necessariamente a uma prática elitista. A psicanálise, embora muitas vezes acusada pelas esquerdas de estimular o individualismo, vem exatamente questionar o que se concebe, tradicionalmente, como sendo o indivíduo. De fato, há uma práxis psicanalítica que parece justificar uma tal acusação - uma práxis que tem levado os psicanalistas a pairarem acima da realidade social, enclausurados em seus consultórios, afirmando uma imutabilidade de essência no inconsciente.
Chiam S. Katz, no seu livro Psicanálise e Nazismo, reproduz um trecho de um artigo que encontrou no Vol. X, nº 2, 1976, p.273 da Revista Brasileira de Psicanálise: "Sugiro que se o analista tem uma determinada ideologia política ou religiosa, é talvez devido à existência de algo que resistiu à análise, e que essa ideologia seja mantida ausente em sua mente, e não interfira em seu trabalho psicanalítico".
E. Jones já dissera (IJP, 1934, vol. XV): "... os psicanalistas se representam como homens de ciência, cujo único alvo é a procura da verdade". Critica os que politizam a psicanálise, pois "conseguir propagar suas idéias sociais particulares em nome da Psicanálise é perverter sua verdadeira natureza".
É o que vai afirmar o Dr. Amilcar Lobo Moreira da Silva, criticando Hélio Pellegrino e Eduardo Mascarenhas - Hélio e Eduardo querem politizar a instituição e "não se pode querer fazer política dentro de uma instituição científica".
Obviamente, a postura de Hélio levaria a um choque direto com a Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. O conflito se inicia, conforme ele mesmo relata (A crise na psicanálise), em 1969, quando foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Hélio pediu então à sua Sociedade Psicanalítica um documento em que ficasse dito que sua prisão poderia causar ansiedade em seus pacientes. O documento lhe foi negado "sob o pretexto de que a Sociedade não poderia imiscuir-se em assuntos políticos".
Nesse mesmo ano - 1969 - Dr. Amilcar Lobo foi aceito em formação na mesma Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. Hélio, através da declaração de ex-presos políticos, pôde comprovar que em 1970 Dr. Amilcar Lobo passou a fazer parte da equipe de torturadores políticos no DOI-CODI, onde permaneceu até 1973 sem perder a condição de candidato a analista e tendo por analista didata o Dr. Leão Cabernite.
Hélio nos fala: "A conduta da direção da SPRJ, nesse tenebroso caso limite, desmascara sem engano possível a verdadeira natureza do apoliticismo por ela proclamado, revelando seu acumpliciamento integral ao sistema, mesmo nos seus aspectos mais repulsivos, como é o caso da tortura".
Conseqüência: Hélio, juntamente com Eduardo Mascarenhas, é desligado da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. Move processo e é reintegrado após ampla movimentação no Fórum que Wilson Chebabi coordena no Rio de Janeiro. Há, então, a possibilidade de ampla discussão fora das tradicionais instituições psicanalíticas - busca-se pensar se nossos conhecimentos sobre o Complexo de Édipo, sobre a repetição, sobre o devir-humano etc., podem nos ajudar na compreensão de fenômenos sociais sem cair no psicanalismo, já tão combatido.
Não há psicanálise que não passe por uma determinação histórica e social. Como psicanalistas sem psicanalismos, talvez possamos buscar, a cada momento, o jogo de forças e intensidades produtoras de transformação.
Regina Chnaiderman em São Paulo, Hélio Pellegrino no Rio, cada um a seu jeito, mas um jeito sempre corajoso, nos ensinaram um viver poético.
Com a morte de Regina, Hélio, Salinas, Eder e tantos outros, fica em nós o sopro de vida que deles recebemos e a enorme responsabilidade de levar adiante projetos tão lutados e tão sonhados.
Post-scnptum
Após a morte de Hélio Pellegrino, decidiu-se pela continuidade da Clínica Social de Psicanálise: "É preciso não deixar doentes nossos sonhos, nossos ideais, nossas esperanças...", dizia a carta-convite para a comemoração e inauguração da nova sede no dia 14 de abril de 1989."
Miriam Chnaiderman - psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sades Sapientiae.
Hélio Pellegrino
Um homem e seu pensamento
Maria Rita Kehl e Humberto Werneck*
Uma semana antes de sua morte (causada pelo terceiro infarto, em março passado), Hélio Pellegrino escrevia mais um artigo para o Jornal do Brasil (16/3/88) narrando o tortuoso episódio que culminou com a cassação do registro do Dr. Amílcar Lobo pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) devido à sua participação e conivência, como médico militar, na tortura política dos anos 70 - inclusive no episódio da morte do ex-deputado Rubens Paiva. O envolvimento político do psicanalista Hélio Pellegrino no processo de denúncia e esclarecimento da participação de Lobo na tortura (com a cumplicidade do analista-didata deste, Dr. Leão Cabernite) valeu-lhe a expulsão da SPRJ (Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro), em 1980, junto com seu colega Eduardo Mascarenhas.
Pudera. Escrevendo, discutindo e analisando a relação entre a instituição psicanalítica, o poder, a tortura e os direitos humanos; diferenciando com clareza os pudores corporativistas que protegem as castas médicas dos verdadeiros e rigorosos princípios éticos que fundam e legitimam a prática da psicanálise, Hélio Pellegrino corajosamente arrancou o véu de formalidade e silêncio que protegia e poupava os membros das sociedades psicanalíticas de se defrontarem, como seres humanos e políticos, com os acontecimentos de seu tempo. A atuação de Hélio, seus artigos e reflexões sobre a verdadeira ética da psicanálise sacudiram a poeira de todos os consultórios brasileiros, tiraram os divãs de um limbo atemporal em que se tratava o inconsciente como pura idéia imaterial e desvinculada da história, para nos situar (como quis Freud, há cem anos) num lugar absolutamente humano, envolvido com matéria carnal e social, tendo o amor como maior recurso e a liberdade como objetivo. Para Hélio, "liberdade é ação, é coisa encarnada, inserida no real com objetivo de transformá-lo, modelando-o (...) Não há liberdade abstrata, nobre princípio apenas retórico, a ser festejado e exaltado em cerimônias patrióticas. A liberdade é centro da condição humana"1. Não se concebe analista como o Dr. Cabernite, que, em nome de uma pretensa neutralidade, não se empenhe de corpo e alma em analisar e curar seu cliente da psicopatologia que fez dele um homem envolvido na tortura de outros homens; assim como não se concebe médico como o Dr. Lobo, que assistia cidadãos torturados, alguns até a morte, sem denunciar o sadismo institucionalizado que os estava vitimando. Se os Dr. Lobo e Cabernite correriam riscos? São riscos da profissão, de quem se envolve com matéria humana, emocional, obscura às vezes, perigosa sempre. Se não queriam riscos, deveriam ter ficado na botânica, na veterinária ... "O psicanalista é o contrário do burocrata ou do especialista. Ele escuta o desejo, debruçado sobre o coração selvagem da vida e, a partir desse pólo, se esgalha, ampliadamente, em todas as direções (...) Você é um centro pessoal de transformação do mundo. Só sua prática nesse sentido é que dirá a você o que fazer e o que mudar, inclusive na sua vida e na própria profissão"2.
Assim viveu Hélio Pellegrino: esgalhando-se, ampliadamente, em todas as direções, acertando e errando, pagando alto preço de sua ousadia em fazer da própria vida um exercício de liberdade. Embora não compartilhe de sua fé religiosa, reconheço na atuação analítica, política e também poética de Hélio Pellegrino uma espécie de vínculo permanente com o aspecto sagrado da vida, esta única chance que nos é dada de participar da comunidade humana e do cosmo, e com a qual temos um único compromisso: o de não fazê-la pequena, mesquinha, covarde. Não desperdiçar a vida, não desperdiçar o manancial de amor que existe em cada um de nós.
Hélio Pellegrino morreu do coração no dia em que o governo Sarney derrotava por meio de uma Constituinte majoritariamente corrompida, mais uma esperança de eleições diretas, agora em 1988. Depois do duro impacto que foi a notícia de sua morte repentina, depois de algumas horas parada diante do vazio que sempre nos deixa o desaparecimento de uma pessoa querida e admirada, compreendi que só morre do coração quem tem coração. A coletânea que se segue, de trechos de seu pensamento sobre vários assuntos, não pretende dar conta da complexidade e da amplitude do personagem Hélio - ela é só uma pequena amostra dos caminhos que ele percorreu e desbravou com lucidez e coragem; com a inteligência e o coração.
Maria Rita Kehl é psicanalista e escritora.
A 23 de março passado, quando um infarto matou Hélio Pellegrino, no Rio de Janeiro, não foram poucas as tentativas de capturar com palavras a sua figura múltipla. "Ele foi o poeta da psicanálise", escreveu o repórter José Castello, no Jornal do Brasil. "Um inacreditável homem-e-meio", disse o advogado e professor de direito Nilo Batista. "O melhor exemplo do homem sem medo", observou o jornalista e escritor Cícero Sandroni. "Ninguém como ele sabia falar e escrever a palavra mais certa para abalar a iniqüidade e despertar o sentimento fraterno", declarou o ensaísta e professor Antonio Candido, que concluiu: "Foi luminoso e é insubstituível". A definição mais exata de Hélio Pellegrino, no entanto, talvez tenha sido dada por ele próprio, num artigo que dedicou à memória do indigenista Noel Nutels, quando de sua morte, em 1973. Era um homem desatado, verdadeiro, caloroso", anotou Hélio, como se falasse de si mesmo. "Sua capacidade de aceitar o Outro fazia com que este se sentisse, irresistivelmente, convidado para a festa do diálogo, da amizade, da comunicação."
Festa que este poeta, psicanalista, escritor e ativista político, mineiro de Belo Horizonte, animou como ninguém em seus 64 anos de vida. Raras pessoas terão sabido, como ele, combinar ação e pensamento. Dono de uma capacidade verbal assombrosa, batalhou por meio de ensaios, palestras, debates, conferências e artigos na imprensa. Mas não ficou sendo um intelectual de gabinete: levou seu verbo também para as praças, ruas, palestras, e por causa dele amargou três meses de prisão sob o AI-5, em 1969. Psiquiatra e, mais tarde, psicanalista, concebia seu ofício como um instrumento de libertação - mas não se limitou a exorcizar os fantasmas que rondam os divãs: combateu igualmente os vícios e monstruosidades que, aos poucos, se vão grudando no casco da instituição psicanalítica.
No caso da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ), de que foi membro, Hélio Pellegrino denunciou não apenas o poder imperial dos burocratas que a comandavam como também o acobertamento, por esses dirigentes, de um associado, Amílcar Lobo, que colaborara com a tortura a prisioneiros políticos no início dos anos 70. A denúncia lhe custou a expulsão da SPRJ, à qual só conseguiu retornar pela via judicial. Pouco antes de morrer, colheu um vitória quando o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro cassou o registro de Amílcar Lobo, impedindo-o de exercer a profissão. "Pela primeira vez desde 1964", observou Hélio num artigo; "alguém é punido por ter-se envolvido, na condição de militar, com a tortura política".
Apaixonado pela justiça, ele carregava em seu final de vida um sonho obsessivo: ver reaberto o caso Riocentro. Uma semana antes de sua morte, o Superior Tribunal Militar decidiu pelo arquivamento do inquérito aberto para apurar esse atentado terrorista com que a extrema-direita, no dia 30 de abril de 1981, pretendeu semear o pânico e a morte entre as 30 mil pessoas que assistiam a um show de música promovido por organizações democráticas. O inquérito policial-militar, como se previa, não avançou um milímetro na direção da verdade.
Hélio Pellegrino nunca se conformou com isso. No último parágrafo de seu último artigo, publicado postumamente, citava o ministro do Exército, general Leônidas Gonçalves, que a propósito de outro episódio falara em "honra militar". "Em nome dela é que o IPM do Riocentro deveria ter sido reaberto", argumentou Hélio. O escritor Otto Lara Resende, seu amigo, conta que ele andava siderado pelo conceito de honra e lia muito sobre o tema - mergulhara, com especial interesse, nos textos do escritor católico francês Georges Bernanos. "Estava se preparando para escrever um longo artigo sobre o Riocentro", revela Otto Lara Resende, lembrando que Hélio morreu com outra frustração: horas antes do infarto fatal, já hospitalizado, viu a Constituinte aprovar a emenda que praticamente liquidou a esperança de eleições diretas para presidente este ano.
A morte poupou-o de mais um pesado golpe: internado no Instituto Brasileiro de Cardiologia, em Ipanema, não chegou a saber do melancólico fechamento da Clínica Social de Psicanálise, decidida em assembléia da entidade na noite de 22 de março. "A clínica morreu com ele", diz com amargura o psicanalista carioca João Batista Ferreira, que ajudou a pôr de pé essa utopia sonhada por Hélio Pellegrino. A idéia era colocar a psicanálise ao alcance das camadas mais pobres da população. "O operário só entra no meu consultório como bombeiro ou pintor de paredes, jamais como cliente", disse ele certa vez. "Só entra quem paga meu preço, e o preço é a nossa linha de partilha severa, o leão-de-chácara na porta do consultório, que tem a arrogância de barrar a imensa maioria do povo brasileiro. O preço é uma determinação do mercado, o ponto em que a psicanálise se articula com a política".
Como driblar esse nada manso leão-de-chácara? Hélio imaginou um banco de horas em que cada profissional ligado ao projeto depositaria duas horas de atendimento gratuito por semana. Os clientes pagariam quantias simbólicas pelos serviços, que consistiriam em terapia de grupo para adultos e adolescentes e ludo-terapia para crianças, além de orientação para os pais. Implantada em 1973, a Clínica Social de Psicanálise foi sendo lentamente sufocada por problemas financeiros, como a alta perpétua dos aluguéis. Resta o consolo de saber que não desapareceu sem deixar traços. "Foi uma fagulha irradiadora", avalia João Batista Ferreira. "Hoje, várias sociedades psicanalíticas têm suas clínicas sociais". Em 1981, ainda vicejante, a entidade, numa iniciativa sem precedentes, estendeu seu raio de ação até uma favela carioca, o Morro dos Cabritos. No tempo da ditadura, chamou a si a tarefa de dar cobertura a militantes políticos que precisavam deixar o país.
A clínica promoveu ainda fecundos simpósios sobre psicanálise. Um deles em particular, dedicado ao tema Psicanálise e Política, em setembro de 1980, teria importantes desdobramentos: foi nessa oportunidade que Hélio Pellegrino, ao lado de dois colegas, Eduardo Mascarenhas e Wilson Chebabi, abriu fogo contra os barões da instituição, denunciando seus privilégios, seu pretenso apolitismo e os altos custos do tratamento. Começava uma pequena revolução. "A história das instituições psicanalíticas brasileiras se divide em antes e depois de Hélio Pellegrino", demarca Eduardo Mascarenhas, para quem o colega morto, entre outros méritos, teve o de "tirar a psicanálise , de seus castelos mal-assombrados e transportá-la para o espaço público".
"Incansável Dom Quixote a lutar contra dragões reais que nada tinham de moinhos de vento", como o descreveu Cícero Sandroni, Hélio Pellegrino já nasceu marcado por essa vocação. "Nas minhas lembranças mais remotas eu o vejo indignado com os absurdos do país", depõe o crítico de teatro Sábato Magaldi, seu primo e companheiro de infância em Belo Horizonte. "Ele tinha uma espécie de ira santa". Ira que, uma vez provocada, desconhecia barreiras e convenções. Certa madrugada - quem conta é outro amigo de juventude, o radiologista Eloy Heraldo Lima, seu colega de faculdade -, Hélio Pellegrino passava pela Praça da Estação, em Belo Horizonte, quando deparou com dezenas de famílias de indigentes dormindo ao relento. Indignado, buscou um telefone e interrompeu o sono do arcebispo da cidade, Dom Antônio dos Santos Cabral, para exigir - inutilmente - que ele, primeiro, fosse ver o triste espetáculo, e em seguida acolhesse aquela gente em seu palácio, afinal de contas "uma casa de Deus".
A história é contada no romance O Encontro Marcado, de Fernando Sabino, do qual um dos personagens principais, Mauro, não disfarça o perfil exuberante de Hélio Pellegrino. Este livro, que já vendeu mais de 50 edições desde 1956, além de traduções para várias línguas, eterniza a amizade que, na vida real, uniu quatro escritores mineiros ao longo de meio século: Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Hélio Pellegrino. Os quatro "vintanistas", como os chamava carinhosamente seu mestre Mário de Andrade. No caso dos dois últimos, os laços eram ainda mais antigos, pois se conheceram nos bancos do Jardim da Infância Delfim Moreira, em Belo Horizonte. "Perdi uma grande parte de mim, e com certeza a melhor", disse Fernando Sabino ao ver decepada essa camaradagem de 60 anos.
Há quem sustente que, dos quatro, Hélio "era o menos mineiro". Nada tinha, em todo caso, da proverbial contenção montanhosa - quem sabe pelo fato de ser filho e neto de italianos. "Brasileiro, mineiro, belo-horizontino, era italiano como quem mais o fosse", disse dele o historiador Francisco Iglésias, em homenagem que lhe prestou no Conselho Federal de Cultura. Ardia em Hélio Pellegrino aquela desmesura que o fascinava na figura de Noel Nutels. "Era uma personalidade solar, que irradiava de maneira incrível a inteligência e a generosidade", observa Antonio Candido, seu companheiro de Esquerda Democrática, Partido Socialista e, por fim, Partido dos Trabalhadores. "Nada de fechado nele. Tudo aberto, para deixar passar a força de vida e para receber a força da vida. Homem de justiça e de combate, ele se jogava com a intensidade da paixão, fosse raiva contra o mal, fosse a mais ruidosa alegria diante do bem".
Para Iglésias, que com ele conviveu desde a juventude, Hélio era "um homem-comício" - "um extraordinário orador, de linguagem incisiva, de forte beleza poética, imagens ousadas, de voz firme e sonora, servido por sua bela estampa". O jornalista carioca Moacir Werneck de Castro, que o conheceu mais tarde, carrega no mesmo adjetivo para qualificar Hélio Pellegrino: "Era dono de uma opulência verbal extraordinária, as palavras lhe vinham com extraordinária facilidade, num submisso tropel. Gostava de jogar com elas, de as dissecar, esbagaçar e remontar, de tirar efeitos inesperados de suas assonâncias - e dissonâncias". Não se perdia, entretanto, "no fluxo vocabular, não se deixava arrastar por ele. Guardava seguro o equilíbrio entre a forma exuberante, barroca, e o claro conteúdo do pensamento".
Tão bem dotado para a tribuna, o palanque, era fatal que Hélio Pellegrino cedo se entregasse à paixão da política embora sua mocidade transcorresse sob a repressão da ditadura do Estado Novo. Até isso parecia movê-lo. "A guerra e a política nos marcaram profundamente", disse numa entrevista. "Nossas esperanças eram centradas no pós-guerra, na vitória da justiça, da liberdade, da fraternidade".
Assim, aos 20 anos, fundou em Belo Horizonte uma Liga Intelectual AntiFascista. Juntou-se, por essa época, ao grupo que iria editar na capital mineira um panfleto clandestino, Liberdade (nome proposto, a pedido de Hélio, pelo escritor Georges Bernanos, que vivia então em Minas). Era impresso numa velha máquina temerariamente instalada atrás do prédio da Secretaria da Segurança Pública. A publicação, em 1945, ano da redemocratização, ganhou existência legal e sobreviveu por alguns meses, como jornal diário. "Passávamos o dia inteiro de cuecas imprimindo o jornalzinho", contava Hélio Pellegrino, que assinava com o pseudônimo Mário Sobral (tomado de empréstimo a Mário de Andrade) uma crônica com muita gozação em cima dós políticos que apoiavam o governo.
Deposto Vargas, Hélio embarcou com entusiasmo na recém-criada União Democrática Nacional (UDN), que ainda não adquirira sua fisionomia conservadora. Era estuário natural da gente de esquerda que não fechava com o Partidão. Mais exatamente, na ala da UDN que ficou conhecida como Esquerda Democrática. Foi por essa facção que Hélio, ainda estudante, aos 21 anos, saiu candidato a uma cadeira de deputado federal na Constituinte de 1946. "Ele fez uma campanha curtíssima, só quinze dias, e por pouco não se elegeu", lembra sua viúva, a psicóloga Maria Urbana Pentagna Guimarães Pellegrino, com quem teve seus sete filhos (nos últimos 27 meses, vivia com a escritora gaúcha Lya Luft; costumava dizer que "o casamento feliz é uma penitenciária de cinco estrelas").
Da Esquerda Democrática, Hélio saltou para o pequeno e aguerrido Partido Socialista Brasileiro, o PSB, do qual viria a ser uma das figuras principais em Minas. "Foi uma experiência tumultuada", rememora o escritor Marco Aurélio de Moura Matos, que foi presidente da seção mineira do partido. "A direção nacional não nos entendia, era muito acadêmica, tinha até um certo ranço stalinista". Do outro lado, Hélio e seus companheiros sofriam ataques do Partidão, que os acusava de trotskismo. "O que éramos mesmo é anti-stalinistas", precisa outro antigo dirigente do PSB de Minas, o jornalista José Maria Rabêlo, hoje presidente da seção estadual do PDT (Partido Democrático Trabalhista). "Nós acreditávamos que a revolução não podia ser feita para implantar outro totalitarismo". Rabêlo se recorda de Hélio Pellegrino "menos como um construtor de partido do que como um teórico brilhante". O que não o impedia de sair às ruas para liderar, por exemplo, duas greves históricas, dos bancários e dos condutores de bonde. Participou também de um esforço pioneiro para organizar a população de periferia, na favela conhecida como Vila dos Marmiteiros. Já formado em medicina, Hélio ligou seu nome a uma ruidosa campanha para expulsar o então governador Juscelino Kubitschek que era urologista - da Associação Médica de Minas Gerais. Juscelino havia negado aumento de ordenado e melhores condições de trabalho para os médicos do serviço público estadual. "Conseguimos expulsar o homem", conta o radiologista Eloy Lima, outro líder do movimento.
Nessa época, Hélio já havia escolhido a psiquiatria, a partir de um episódio decisivo, que relataria anos mais tarde num belo artigo, "Minha vida com os neuróticos". Durante uma aula de fisiologia nervosa, no segundo ano do curso, o professor ilustrava, na pessoa de um velho marinheiro, a doença chamada tabes dorsal. Sentindo-se reduzido a objeto, a coisa, no centro do anfiteatro repleto de estudantes, o homem, de repente, urinou na roupa - e, vexado, não pôde conter também as lágrimas. "Meu colega Eloy Lima percebeu juntamente comigo o acontecimento espantoso, e fomos três a chorar", escreve Hélio em seu artigo. "O choro do velho, seu desamparo, sua figura engrouvinhada sobre a qual parecia ter-se abatido todo o inverno do mundo, tudo me surgiu de repente como um tema de meditação, a partir de cuja importância poderia eu, quem sabe, encontrar caminho. A meus olhos, a tabes dorsal integrou-se numa pessoa humana visada como um todo. Esta totalidade única e indissolúvel deveria tornar-se objeto de ciência".
Foi em busca dessa trilha que Hélio, formado em 1947, enveredou pela psiquiatria, para desaguar em seguida na psicanálise. Não é verídica a história, integrante de seu copioso folclore, segundo a qual ele teria colocado à porta de seu primeiro consultório uma tabuleta dizendo que "só um louco procura o psicanalista Hélio Pellegrino".(A frase tem toda cara de Otto Lara Resende", desconfia Marco Aurélio de Moura Matos). Mas poderia perfeitamente ser de Hélio Pellegrino, um homem que nunca perdeu a capacidade de rir e de brincar. "As pessoas graves, sérias, compostas, morrem ainda em vida, e se tornam o busto de si mesmas", advertia. Sabia como poucos manejar a arma do humor. Numa passeata, por exemplo, no centro do Rio de Janeiro, nos anos 60, os manifestantes foram subitamente surpreendidos pela entrada em cena do brucutu, o assustador veículo que a polícia usa para dispersar multidões com jatos de água. Mas das mangueiras da fera, naquele dia, não saiu mais que um ralo fio de água. "Pessoal, o brucutu brochou!", pôs-se a berrar Hélio Pellegrino, provocando gargalhadas e desmoralizando a repressão.
Em outra ocasião, lembra Moacir Werneck de Castro, envolveu-se num incidente de trânsito; quando a pessoa com quem discutia informou que era uma alta patente militar, Hélio bateu de joelhos no asfalto e clamou, com as mãos postas: "Um marechal! Meu Deus, eu não mereço tanto!" Algumas de suas brincadeiras entravam na conta de um lirismo temperado pelo anarquismo - ou vice-versa. Foi assim em São Paulo, no ano de 1945, quando tomou nos braços a figura miúda de Monteiro Lobato e disparou com ela pela avenida São João, conta o poeta Paulo Mendes Campos: "Lobato, possesso, bradava 'pusilânime!', e o nosso amigo tentava explicar-lhe que estava apenas realizando uma complicada aspiração de infância: carregar no colo o mágico de seu mundo infantil".
Seu amor pela brincadeira, no entanto, nunca impediu que Hélio Pellegrino encarasse com exemplar seriedade as tarefas, profissionais ou não, que tinha pela frente. Solicitado por todos os lados, raramente se recusava a prestar os serviços que lhe pediam - escrever um artigo, redigir um manifesto, participar de um debate. Nos últimos anos, entre inúmeros compromissos que aceitou, fez parte da Comissão Teotônio Vilela, por melhores condições carcerárias, e do grupo Tortura Nunca Mais. Tinha prodigiosa capacidade de trabalho e passava mais de dez horas por dia no consultório - "puxando minha carroça", como dizia. Como militante, foi pouco típico e não raro dissentiu. Levado ao PT pela mão do crítico e teórico de arte Mário Pedrosa, Hélio dizia que pela classe trabalhadora era capaz de tudo, até de agüentar reuniões muito compridas. Não obstante, era o que acabava fazendo com muita freqüência - como atesta o psicanalista Carlos Alberto Barreto, seu companheiro de militância no PT.
Os dois ajudaram a criar, dentro do partido, no Rio, o Núcleo (hoje Clube) Mário Pedrosa, grupo informal de intelectuais e artistas que se reúnem toda sexta-feira em casa de Barreto para discussões políticas.
Ali se travaram debates inflamados - por exemplo, sobre se o PT devia ou não ir ao Colégio Eleitoral. Hélio, simpatizante de Tancredo Neves, mais tarde admitiu que boa parte dos atuais problemas brasileiros decorre da eleição indireta de janeiro de 1985. "Ele não tinha essa coisa da verdade absoluta", chama atenção Carlos Alberto Barreto. Era, para todos os efeitos, um homem aberto e tolerante - a tal ponto que sua flexibilidade por vezes deixava desconcertados os próprios amigos. Uma boa ilustração disso foi o episódio de sua prisão, em 1969. Durante o ano anterior, de grande agitação política, Hélio escreveu artigos incandescentes no hoje desaparecido Correio da Manhã. Além disso, participou de passeatas, discursou em praça pública, integrou comissões formadas para parlamentar com as autoridades.
Mas o que de fato pesou contra o psicanalista foi a imagem que dele projetou nessa época o dramaturgo Nelson Rodrigues, adepto da ditadura. Amigo e admirador de Hélio, Nelson converteu-o num dos personagens obsessivos de suas crônicas de jornal. Hiperbólico, pintava-o ali como um líder carismático capaz de incendiar multidões com "sua voz de barítono". Os militares, parece, tomaram ao pé da letra os arroubos retóricas do cronista: no primeiro dia de vigência do AI-5, 13 de dezembro de 1968, mandaram prender o psicanalista, que passou semanas escondido antes de se apresentar aos militares, em fevereiro - sob a proteção de Nelson Rodrigues, aliás. Muitos de seus amigos, nesse momento, não entendiam por que Hélio, tendo sido levado àquela aflitiva situação por causa de Nelson, não rompia com ele. Um desses companheiros, o jornalista Zuenir Ventura, que também estava preso, conta que nem quis ser apresentado ao cronista quando este foi visitar Pellegrino no cárcere. Logo compreendeu que uma das virtudes mais invejáveis de Hélio era, exatamente, "a sua capacidade de perceber, na pessoa, todos os pedaços dela". "Com ele aprendi que você pode ser radical sem ser sectário", diz o jornalista. "Nem mesmo nos momentos em que o radicalismo fervia, em 1968, Hélio deixou de ser plural".
Nelson Rodrigues, em suas crônicas, falava de Pellegrino como "o nosso Dante". Exageros à parte, não resta dúvida de que ele foi um poeta de alta qualidade, saudado em seus começos como um dos talentos mais puros de sua geração. Tinha enorme facilidade para versejar - o professor Antonio Candido se lembra das estrofes quinhentistas ("muitas vezes obscenas") que ele produziu de improviso, em mesas de bar. Maria Urbana, sua viúva, diz que Hélio nunca deixou de fazer poesia. Mas, por alguma razão, não quis publicar, a não ser esparsamente, em jornais e revistas (em 1980, gravou alguns poemas no disco Os 4 Mineiros). Livro, mesmo, se assim se pode chamar, só o Poema de Príncipe Exilado, volume com pouco mais de vinte páginas lançado em Belo Horizonte em 1947. Recusou, certa ocasião, o oferecimento de uma editora paulista para publicar Os Melhores Poemas do Hélio Pellegrino, alegando, com graça, que os textos não incluídos passariam automaticamente a ser "os piores poemas de Hélio Pellegrino".
Como prosador, limitou-se a participar de obras coletivas, como Crise na Psicanálise, de 1982, e Os Sentido da Paixão, um dos best-sellers do ano passado, no qual assina um ensaio sobre o mito de Édipo. A explicação para a sua inapetência editorial pode estar numa confissão que fez em 1979: "Fiquei dividido entre uma identidade de escritor, que não cheguei a realizar, e a identidade de psicanalista, que eu assumo", constatou, evasivo, numa entrevista. "Talvez eu seja exigente ou vaidoso demais". Otto Lara Resende acha que a psicanálise foi, para ele, uma espécie de sucedâneo da literatura. Só recentemente, e ainda assim sem entusiasmo, Hélio concordou em trazer à tona seus baús literários. Ao morrer, preparava uma coletânea de artigos publicados na imprensa, A Burrice do Demônio, outra de textos sobre psicanálise e uma terceira de versos.
Em tudo o que escreveu, poesia ou prosa, Hélio Pellegrino deixou a marca de uma inextirpável religiosidade, um cristianismo que ele, "socialista histórico, eventualmente histérico", casava bem com o marxismo. "Por mais que fizesse força, não conseguia escapar do projeto de Deus", diz Frei Betto. Hélio não brincava quando dizia que o programa do PT, para ser perfeito, só faltava incluir a ressurreição da carne - porque, explicava, "não há afirmativa mais materialista e mais revolucionária do que esta".
Duas semanas antes de morrer, num jantar em sua casa, ele surpreendeu alguns dos convidados ao pedir que Frei Betto lhe arranjasse um padre, pois queria se confessar. "Logo você, Hélio, adepto da Igreja moderna, da Teologia da Libertação?", houve quem se escandalizasse. Um dos presentes lhe perguntou se aquele desejo de se confessar não escondia o medo de morrer. "Não, com a morte eu já acertei as minhas contas", respondeu Hélio serenamente, para arrematar com bom humor: "Meu problema, agora, é com Deus - e, como mineiro, prefiro chegar a Ele através de um chefe de gabinete..."
Humberto Werneck é editor de cultura da revista Isto É.
De Helio Pellegrino
Sobre a tortura
"A utilização da tortura contra presos políticos, ou contra quem quer que seja, constitui crime de lesa-humanidade, e nesta medida fere de morte o imenso esforço civilizatório pelo qual a raça humana, através dos tempos, busca salvar-se das trevas da barbárie (...) A tortura visa a produção diabólica de um discurso que é o avesso da liberdade. Ele vira o torturado pelo avesso, na busca de uma confissão que o destrói, envenena as fontes de sua vida carnal e de seus valores espirituais.
"A tortura - corrupção absoluta - serve ao mal e à morte. A dignidade da vida, também absoluta, exige que em nenhum momento nos esqueçamos da tortura, sua negação mais evidente"3.
"Só a verdade liberta - diz a tradição humanística de todas as idades. Ao denunciar os torturadores, a sociedade civil busca não o revanchismo, mas a dignidade e a liberdade"4.
"A violência da tortura não é a violência da guerra. Esta, embora detestável, não chega a destruir o chão ético que torna possível a vida - e a morte - comunitária. Tortura é barbárie, pira e simples. (...) Na tortura o torturador desonra e destrói a condição humana e, portanto, foge da possibilidade social de anistia. Só se esquece um erro que pertença ao território humano. Um erro que destrói o fundamento da condição humana não pode não deve - ser anistiado, a não ser pela misericórdia de Deus".5
Relato de uma conversa com Amílcar Lobo, em setembro de 1986: "Por fim contou-me um episódio edificante. Tinha consultório no mesmo andar e no mesmo prédio que o Dr. Leão Cabernite, que havia sido seu analista-didata. Era o tempo da crise, e os libelos por mim escritos deveriam incomodar os burocratas da SPRJ. Um dia, encontrou o Dr. Cabernite no corredor. Começaram a conversar sobre a tempestade que sacudia a SPRJ, até que o Dr. Cabernite lhe perguntou: 'O Lobo, você não tem algum amigo militar que possa dar una cana dura nesse Hélio Pellegrino? Esse sujeito é insuportável e anda precisando'."6
Sobre a criminalidade no Brasil
"Criminalidade é efeito, é forma perversa de protesto, gerada por uma patologia social que a antecede e que é, também ela, perversa. (...) Uma crise social se torna apta a fomentar a criminalidade quando chega a lesar, por apodrecimento grave, os valores sociais capazes de promover a identificação agregadora entre os membros de uma comunidade.
"A crise brasileira, tal como agora a descrevemos, corresponde minuciosa e cuidadosamente ao tipo de crise capaz de produzir o sintoma da criminalidade. Assistimos, em nossa terra, provocada pelo capitalismo selvagem, uma guerra civil crônica, cuja assustadora violência nos enche de pasmo - e pânico.
"A criminalidade dos miseráveis, dos famintos, dos desesperados, dos revoltados, exprime uma forma perversa de protesto social, que não conduz a nada, e sem dúvida piora tudo. O delinqüente, ao cometer seu crime, não pretende nenhuma transformação da sociedade. Ao contrário, busca identificar-se imaginariamente com o seu inimigo de classe, copiando-lhe caricatamente os defeitos e deformidades."7
"A direita, pelos tempos afora e nos mais variados quadrantes, é useira e vezeira em atribuir alguns de seus piores crimes aos adversários de esquerda, com objetivo de denegri-los - e persegui-los. Tenta-se armar, nesta medida, uma subversão monstruosa: a autoria e a responsabilidade do delito são transferidos, pelos delinqüentes, aos que a eles se opõem, de modo que os criminosos, botando banca de impolutos, ainda encontrem, de lambujem, razões e argumentos para desmoralizar, reprimir e, se possível, eliminar seus oponentes.
"(...) A guerrilha dos ricos, em nome da TFP (Tradição, Família e Propriedade) e, agora, da UDR (União Democrática Ruralista), assassinou em 1985 perto de 250 trabalhadores rurais e continua a fazê-lo. Para torpedear o Plano Cruzado, pecuaristas da mesma UDR tentaram, na Europa, pagar dez dólares por tonelada de carne não exportada para o Brasil, no sentido de forçar a alta do produto. Qual é, a respeito, a opinião do general Ivan Mendes, chefe do SNI? Nós, do PT, temos a nossa - e não a escondemos. Quem são os delinqüentes?"8
Sobre as diretas...
"Vão perder a guerra, sim. Mais precisamente: já perderam. O povo nas pragas assumiu, sem caminho de volta, seu protagonismo histórico. A ditadura, trespassada pelo próprio fracasso, estrebucha. Sua violência já não infunde medo ou respeito. O autoritarismo e o arbítrio não conseguem auto-sustentar-se por mais tempo. O anticomunismo, como ideologia ativa, está esgotado, inclusive nos meios militares. E a exigência de impunidade dos corruptos não é razão decente para deter a abertura, tanto mais que a imensa maioria das Forças Armadas não é corrupta. Portanto, diretas-já. É este o mínimo a que tem direito o povo brasileiro depois de tanta tormenta e tanto dano."9
Sobre o governo Sarney
"...E é isto, exatamente, o que está fazendo o governo Sarney. Há uma conspiração, dentro de seus quadros, contra a reforma agrária. Querem transformá-la numa negociata sinistra, conspurcando uma bandeira manchada com o sangue de mártires, como o padre Josimo e milhares de líderes camponeses massacrados. (...) Hoje, a guerrilha dos ricos, patrocinada pela UDR e pela TFP, está impune e vitoriosa. O Estatuto da Terra, engendrado pelos próprios militares, foi jogado no lixo. O retrocesso vergonhoso nos aproxima da barbárie e do genocídio, pela violência e pela fome. 'Estamos vivendo como nos piores tempos da ditadura' - diz D. Ivo Lorscheider, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Tem razão."10
Sobre a Igreja e o marxismo
"Não existe, para o ser humano, espiritualidade desencarnada. Se isto fosse possível, Deus salvaria o homem por decreto, e não mandaria seu filho ao mundo para ser, entre nós, uma plena - e esplêndida - prática divina. Cristo nasceu, viveu e morreu. Ele foi o verdadeiro homem e, na ação de sê-lo, através de sua prática humana, garimpou e resgatou a luz de Deus que há no coração de todos os homens. A luz de Deus, aliás, reside não apenas no coração dos homens, mas no coração da matéria. Nesta medida o materialismo não ofende a Deus, nem o renega - necessariamente. Marx, materialista e ateu, está mais próximo da verdade de Cristo do que, por exemplo, o senhor Paulo Salim Maluf, católico praticante e confesso, mas dado a práticas perfeitamente inconfessáveis."11
Sobre o PT e as eleições
"O socialismo é hoje, no Brasil, um projeto possível, em virtude da existência do PT. Não é por outra razão que se procurou, recentemente, comprometer a todo pano a figura de Lula, distorcendo e deformando, a serviço da reação contrista ou direitista, as incisivas e corajosas declarações do presidente do PT feitas à Folha de S. Paulo. Lula sabe - como sabem os marxistas e os cristãos revolucionários - que a história do Brasil e, de resto, a história do mundo, é determinada pela luta de classes. Para que haja uma democracia que mereça o seu nome é preciso pugnar por uma 'sociedade sem classes' onde não haja uma minoria opressora e uma imensa maioria oprimida e explorada. Lula sabe também que, em nosso país, a classe dominante, para manter sua hegemonia, é capaz de qualquer vileza e de qualquer violência. As eleições burguesas só são toleradas - e seus resultados mantidos - na medida em que não ameaçam tal hegemonia. Transformá-las em fetiche é cair na perversão do processo democrático, cujo estuário só pode ser o controle da economia e do poder pela classe operária."12
Sobre a psicanálise
"Quando Freud desembarcou na América, em 1909, para fazer uma série de conferências - hoje célebres - sobre psicanálise, virou-se para Jung, que o acompanhava, e disse: 'Venho trazer-lhes a peste'. Em verdade, e num certo sentido, a psicanálise é a peste; ou melhor, ela representa a antiutopia mais radical até hoje concebida pelo espírito humano, chegando mesmo a constituir-se como uma utopia às avessas. A psicanálise pretende curar o ser humano de suas ilusões. Ela não acredita na bondade fundamental do homem, nem parte do princípio de que o processo civilizatório é uma rampa ascendente, de sucessivas vitórias, que chegarão necessariamente à plenitude do amor de todos por todos. A luta entre Eros e Thanatos - vida e morte - se decide dentro de nós, a cada instante. Por nascermos prematurados, incompletos, sem equipamento instintivo capaz de nos costurar com solidez ao mundo, sofremos a permanente saudade de ser pedra, a nostalgia de um sono sem retomo, regido por estatuto que nos transcenda e que não possamos desobedecer ou transgredir.
"O ser humano é ruptura com a natureza e a ordem cósmica, salto para a cultura, a linguagem e a lei, por cujo intermédio tenta assumir o rombo de indeterminação e liberdade que constitui o seu centro. A psicanálise é a ciência desse salto e do processo pelo qual gradativamente, nos tornamos humanos, através de dolorosas lutas e renúncias".13
Sobre a morte
"Nesse campo de paradoxos acelerados, podemos dizer que o suicida - e também o homicida - tem horror à morte e quer matá-la em si mesmo e no outro. Morrer é coisa de vivos - não de mortos. Morro enquanto vivo e, ao morrer, perco a vida e a morte, para entrar noutro reino. Luz e sombra, escuridão e rutilância dão-se sempre as mãos na eterna passagem das coisas, e no eterno retorno de tudo."14
Seleção de textos
por Maria Rita Kehl e Patrícia Costa
Junto com o poema de Hélio Pellegrino, abaixo publicado, veio um bilhete em que Humberto Werneck revela: "... ele dizia que escrevê-lo foi sua primeira reação diante do golpe de 64".
A Cólera-Esperança
Atiro-a contra as quinas erguidas desta madrugada, contra estes edifícios enormes, parados contra o cinza do céu sujo como o sabão que lava o piso dos botequins ao fim da noite.
Atiro-a contra o cansaço do mundo, contra o meu próprio e inenarrável cansaço, atiro-a em nome da utopia que é minha, a tua, a nossa utopia, atiro-a com raiva, sem estratégia, sem prudência, como uma hemorragia que se esvai e tinge a calçada com o esguicho de seu incêndio rubro.
Atiro-a para nada, para o nenhum resultado do grito que precede o baque do corpo atropelado na rua, atiro-a no ar do mar, na curva corrosiva do azul, à porta dos orfanatos e prostíbulos, atiro-a ao chão, como bile sanguinolenta que escorre, como quem cospe um dente arrancado por um murro na boca.
Mas atiro-a, flecha turva, esperança e nojo, vida e cólera, atiro-a com este punho fechado, com esta sede e esta fome, atiro-a com a funda mais funda do meu sonho mais profundo, atiro-a contra argentários e fundiários, opressores e ditadores, atiro-a em meu nome e em nome dos que ainda não têm nome, e em nome dos que em dores e cólicas acordam para o seu nome, e ao rés do chão, em pleno pó, o desentranham.
Hélio Pellegrino, abril, 1964
Notas
(1) "Capitalismo e mistificação religiosa". Folha de S. Paulo, 29/10/84.
(2) Carta Hélio Pellegrino à Maria Rita Kehl (trecho).
(3) "Tortura, nunca mais". Jornal do Brasil, 21/8/85.
(4) "A torturante culpa da tortura". Jornal do Brasil, 419185.
(5) "Cana dura". Jornal do Brasil, 14/9/86.
(6) "Tortura e anistia". Jornal do Brasil, 21/10/87.
(7) "Psicanálise da criminalidade brasileira: ricos e pobres". Folhetim, Folha de S. Paulo, 7/10/84.
(8) "Quem são os delinqüentes". Folha de S. Paulo, 30/07/86.
(9) "Com questa pittura...". Folha de S. Paulo, 12/6/84.
(10) "A guerrilha dos ricos". Folha de S. Paulo, 4/6/86.
(11) "O Vaticano e a luta de classes". Folha de S. Paulo, 1/8/84.
(12) "Lula e o fetichismo eleitoral". Folha de S. Paulo, 15/1/86.
(13) "Édipo e a liberdade". Folha de S. Paulo, 16/7/86.
(14) "Escuridão e rutilância". Folha de S. Paulo, 8/1/86
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